Portiñon OneShots

Від maravicherry

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Coletânea de estórias curtas do trauma Portiñon/AyD Pode conter hot. (Provavelmente terá) Cada início de capí... Більше

Traição?
Professora
Surpresa
Casual
Sugar... Mommy (?)
Serva
No escritório
Toxic
Virgen?
Toxic pt. 3

Toxic pt. 2

425 30 24
Від maravicherry

⚠️Possíveis gatilhos⚠️
• Relacionamento tóxico;
• Agressão física (leve);
• Traição;
• Ciúmes possessivo;
• Manipulação (leve).

Divirtam-se!

[...]

P.o.V.: Dulce Maria

— Mama, olha pra mim! — Meu filho Manu gritou da beirada da piscina, agarrado a sua boia de cintura. — Eu vou dar um super mergulho!

Eu sorri largo.

— Isso filho, a mamãe vai filmar! — Falei já sacando meu celular. Eu estava sentada em uma cadeira de praia ao lado de minha irmã Maitê.

Estávamos tendo um almoço de família em nossa casa hoje, e chamamos todas as pessoas mais próximas. No geral, chamamos os pais de Anahi, mais seus primos Marcos e Christopher, esse último acompanhado de seu marido Christian. Minha irmã acompanhada de sua esposa e, minha melhor amiga de anos, Zoraida, de sua filha Lia, que já tinha 13 anos e seu filho Maximiliano, de três.

Meus pais não falam comigo desde que me assumi, eles me expulsaram de casa e foi por isso que precisei me prostituir para sobreviver.

— Eles crescem tão rápido! — Mai falou ao meu lado com um olhar nostálgico. — Lia nem fala mais comigo e com a mãe dela.

Nossos olhares foram rapidamente para a pré adolescente isolada no canto da festa, usando um óculos de sol e uma sombreira enorme que Anahi emprestou para ela. A cara como sempre, enfiada no celular. Eu ri e neguei com a cabeça.

— Ai Mai, adolescente é assim mesmo! — Voltei meu olhar para a piscina, dando um tchauzinho para meu filho, que limpava a água de seus olhos. Ele acenou de volta com um sorriso lindo no rosto. — Você se lembra bem como eu era!

— Ah, você era insuportável! — Minha irmã falou e eu ri.

Engatamos em um diálogo longo e cheio de provocações sobre a época que éramos novinhas.

Mai não passou muito mais tempo ao meu lado, já que foi chamar a filha para almoçar e eu continuei sentada no mesmo lugar. Passei meus olhos por todo nosso quintal, vendo Anahi conversar com sua mãe enquanto preparavam as saladas que seriam servidas no almoço.

Seu pai debatia com Christopher sobre usar ou não abacaxi no churrasco e Zoraida e Christian jogavam futebol com meus bebês Emiliano e Maria Paula, que tentava acompanhar, mas ficava perdida na brincadeira.

Marcos estava um pouco mais afastado, bebia uma garrafinha de cerveja e observava tudo de longe, como sempre.

Percebi que alguém me observava através de minha visão periferica e logo olhei na direção de minha esposa, que intercalava seu olhar entre eu e seu primo Marcos.

Oh não... De novo não!

Anahi sempre teve uma cisma que Marcos tinha interesse em mim e, eu confesso que de fato parece que ele me olha demais, mas já tentei explicar para ela que ele definitivamente não é alguém que chamaria a minha atenção. Claro que minha esposa não deu a mínima para o que eu disse e sua desconfiança cresce a cada dia.

Não demorou muito para a morena pedir licença à sua mãe e vir em minha direção.

— Tudo certo por aqui, meu amor? — Ela perguntou com os dentes cerrados, provavelmente se segurando. Senti seu braço rodear minha cintura e me apertar com força contra ela.

Minha esposa usava um vestido solto branco e curto, eu, assim como Anahi, usava um vestido, porém vermelho e longo, já que minhas coxas estavam roxas, devido a nossa última briga. Além de meu quadril também estar cheio de hematomas causados por seus dedos, devido a louca sessão de sexo que se sucedeu após a dita briga. Então, nada de biquíni e piscina para mim, hoje!

— Tudo certo, vida. E contigo? — Perguntei forçando o tom e apelido carinhosos. Tínhamos uma imagem para manter na frente de nossa família. Rodeei seus ombros com meus braços e aproximei nosso contato em um abraço.

— Não me testa hoje, Maria! — Ela sussurrou entredentes perto de minha orelha, logo deixando um beijo em minha bochecha.

— Não sei do que está falando. — Falei logo me afastando. Senti seu braço me apertar mais contra ela, não deixando que eu rompesse o contato.

— Sei que o Marcos não faria nada para me prejudicar, mas sei o quão persuasiva você pode ser! — Ela falou baixo. — Para de flertar com meu primo, sua vadia!

— Vai começar com isso de novo? — Perguntei, já começando a perder a paciência. — Já falei que não dou a mínima para esse homem! — Revirei os olhos.

— Eu sei muito bem do que-

— Mama, mami! — Anahi foi interrompida pelos chamados de nossa filha, que vinha correndo em nossa direção com os olhos úmidos. Os bracinhos levantados em uma indicação clara que queria colo.

— Ô meu amor, — Eu falei com a voz quebrada, logo levantando minha filha em meus braços. Ela deitou a cabeça em meu peito no mesmo momento. — O que foi?

Anahi olhou para mim com uma expressão de "Nós ainda não terminamos!" antes de voltar os olhos para nossa filha. Seu olhar se transformando em um preocupado imediatamente. Minha esposa acariciou as costinhas de nossa filha com carinho.

— O que aconteceu, filha? — Ela perguntou.

— O tio Chris fez um gol em mim! — A menina resmungo, com sua voz infantil e algumas palavras erradas. Eu ri baixinho do dengo de minha filha, logo deixando um beijo em seus cabelos.

— Eu não acredito que o tio Chris fez isso! — Anahi falou alto, fingindo um tom de irritação. Logo a atenção dos dois adultos que jogavam bola com meus filhos se voltou para nós.

— Eu juro que eu tentei errar! — Chris falou nos fazendo rir. — Mas a culpa não é minha se a filha de vocês é horrível no futebol!

Maria Paula tirou a cabeça de meu pescoço e mostrou a língua para o tio. Todos nós rimos de novo.

— Tá tudo bem, filha! — Eu falei beijando o rostinho dela. — É assim mesmo, algumas vezes você vai fazer e outras você vai levar um gol! Essa é a graça do jogo, não é?

— É... — Minha filha assentiu, coçando seu olhinho. — Quero abraço, mami! — Ela estendeu a mãozinha para Anahi, que logo abraçou nossa filha, ainda com a menina em meu colo.

Anahi pegou ela em seus braços e a abraçou mais uma vez, dando vários beijos em sua cabeça. Um minuto depois a menina já corria em direção aos tios de novo para brincar. Emílio a abraçando rapidamente. Quase morri de amores ao ver a cena.

— Pessoal, venham almoçar! — Meu sogro gritou da área da churrasqueira.

[...]

Comemos em um clima agradável, pelo menos para a maioria de nós, já que Anahi fez questão de ficar ao meu lado na mesa, o que me gerou alguns beliscões no braço sempre que meu olhar cruzava com o de Marcos.

— Dul, você pode me ajudar em um negócio rapidinho? — Minha irmã me chamou.

Eu recolhia os pratos da mesa do lado externo para poder lavar na pia de dentro, e logo Zoraida começou a me ajudar também, e assim nós três seguimos para dentro de casa. Antes de entrar, passei meus olhos pelo local, percebendo que minha esposa falava aos cochichos com Marcos.

O que essa maluca tá aprontando agora?

— O que foi, Mai? Precisa de ajuda com o que? — Perguntei assim que entramos, colocando os pratos na pia. Percebi minha irmã trocar olhares preocupados com sua esposa.

— Amiga, você sabe que a gente te ama, né?! — Zoraida colocou uma mão em meu ombro e me olhou profundamente.

— O que é isso, gente?! — Perguntei, soltando uma risada confusa. — Que papo é esse?

— Dul, — Minha irmã começou, respirando fundo. — Tá tudo bem entre você e a Annie?

Eu arregalei os olhos em surpresa, e me afastei brevemente das duas, dando passos para trás, não fui longe, já que meu quadril foi de encontro a pia. Minha respiração se alterando, mesmo que de maneira quase imperceptível.

— O-o quê? M-mas p-por... — Fiquei um pouco desnorteada com a pergunta. — Como assim, tá tudo bem entre eu e Annie? Está tudo ótimo! Porque não estaria? — Perguntei na defensiva.

— Amiga, não nos entenda errado. — Zo segurou em minha mão, deixando um aperto. — A gente só percebeu ela te olhando com muita raiva hoje... Várias vezes!

Soltei um suspiro aliviado. Antes isso do que perceberem os hematomas.

— Aah! — Suspirei, soltando uma risada nervosa. — Não é nada, meninas! Ela só está de TPM e eu acabei irritando ela com minhas brincadeiras bobas, vocês sabem...

Inventei a primeira desculpa que pude, vendo as duas mulheres em minha frente trocarem mais um olhar desconfiado e preocupado. Elas não acreditaram nem um pouco em mim.

Senti minha melhor amiga apertar minha mão com ternura mais uma vez, me encarando com um olhar consternado.

— Mas não foi só iss-

— Amor, — Vi minha esposa entrar na cozinha, interrompendo a fala de Zoraida. O olhar azul logo caiu para a mão de minha amiga na minha e suas sobrancelhas bem feitas franziram. — Estava te procurando!

Anahi passou pelo meio de Maitê e Zoraida, esbarrando propositalmente em minha amiga, que soltou minha mão após o impacto.

Senti a mão de minha esposa agarrar meu braço com uma força desnecessária, intercalando seu olhar entre Zoraida e eu.

Percebi os olhos de minha irmã pousarem onde os dedos de minha esposa apertavam e logo dei um jeito de disfarçar.

— Eu vim lavar a louça e as meninas vieram me ajudar, Annie! — Expliquei, guiando minha outra mão até a sua que me tocava. Segurei em seus dedos, olhando em seus olhos.

Meu olhar dizia para ela maneirar, que não estávamos a sós. Ela não demorou a entender e logo levou minha mão que segurava a sua até seus lábios, deixando um beijinho terno.

— Não precisa se explicar, Dul! — Ela falou com um sorriso leve. — Só ia te avisar que vou dar banho nas crianças, já está ficando tarde.

— Tudo bem, meu amor. — Sorri para ela. Maitê e Zoraida observavam tudo em silêncio, um pouco confusas. — Quer que eu te ajude? Depois lavo a louç-

— Não, — Ela me cortou sem paciência. Respirou fundo antes de continuar. — ...Não precisa, meu amor. Minha mãe vai me ajudar!

Assenti e vi minha esposa sair da cozinha, cumprimentando Maitê brevemente e ignorando Zoraida completamente.

Anahi nunca gostou da minha amizade com Zoraida. Eu e Zo estudamos juntas no ensino médio e ela esteve comigo em todos os momentos da minha vida. Até quando cometi a loucura de entrar para o mundo da prostituição. Não que eu tivesse muita escolha, e foi por isso que minha amiga nunca me julgou.

— Amor, eu vou buscar o Max, ok? — Ouvi Zoraida falar com minha irmã, que sorriu para ela e lhe lançou um beijinho.

— Como pode? Dormiu a tarde inteira, esse menino! — Minha irmã comentou divertida.

— Deixa o menino, Mai. — Falei sorrindo. Me virei para a pia e comecei a lavar a louça.

— Dul, eu-

— Maitê, eu te amo! — Eu a cortei. — E sou muito grata pela sua preocupação, mas ela é sem fundamento! — Olhei nos olhos de minha irmã, antes de voltar a atenção à pilha de pratos em minha frente.

— Tudo bem! — Ela engoliu em seco algo que gostaria de me dizer. A conheço muito bem. — Eu vou chamar a Lia, Zoraida já deve estar voltando com Max.

Ouvi minha irmã se afastar e fechei os olhos com força, tentando impedir algumas lágrimas de escorrerem. Funcionou.

Terminei de lavar os pratos quando Mai e Zo vieram se despedir com seus filhos, e logo minha sogra e sogro também se despediam. Sinal que meus filhos já estavam devidamente limpos e confortáveis em seus pijamas. Agradeci minha sogra pela ajuda e os levei até a porta.

Quando estava passando pela sala, vi Christian e Christopher sentados no chão com meus filhos, brincando com um jogo de tabuleiro. Sorri com a cena.

Minha mulher eu não vi ainda.

Me dirigi a cozinha e resolvi me servir com uma taça de vinho antes de continuar a arrumação. Só faltavam secar e guardar as coisas.

Me distraí cantarolando uma canção qualquer, dançando suavemente pela cozinha enquanto arrumava os potes e panelas, e bebia meu vinho.

Não muito tempo depois, me assustei com a presença parada na entrada da cozinha, me observando.

— Oh Marcos, que susto você me deu! — Pus a mão sobre meu peito e ri fraquinho. Já havia me esquecido que esse homem estava aqui.— Eu estava tão distraída.

— Tudo bem. — Ele falou simplesmente e começou a se aproximar. — Tenho uma coisa a dizer, mas não sei como você vai levar... — Ele coçou a cabeça sem jeito.

Comecei a ficar nervosa. Se minha esposa aparecesse agora, eu ou o Marcos morreríamos. Ou os dois.

— O que quer me dizer? — Perguntei desconfiada, me afastando dele aos poucos.

— Não precisa ficar com vergonha! A Anahi me explicou tudo e particularmente, eu imagino como deve se sentir. — Ele falou, me deixando completamente confusa.

— O quê? — Franzi o cenho.

— Eu entendo você sentir falta de um homem de verdade depois de tantos anos casada com uma mulher...

Após essa fala sair de sua boca, eu agarrei a borda da pia com força, me segurando para não voar em seu pescoço.

— Perdão... Mas... O quê? — Perguntei novamente, começando a me alterar.

— Deve ser difícil pra uma mulher com um passado como o seu passar tanto tempo "presa", de certa forma. — Ele continuou. — E eu achei super legal a Annie entender isso e deixar você livre por algum tempo!

— Livre? Mas do que é que você está falando?

— Ué, a Annie me disse que você tinha voltado a fazer programa! — Ele abaixou um pouco o tom de voz e se aproximou um pouco mais. — E que tinha vontade de ter algo comigo! — O homem loiro e alto falou como se não fosse nada.

Tudo começou a fazer sentido. Levei uma de minhas mãos até minha testa e abaixei a cabeça. A taça eu deixei sobre a pia enquanto massageava as rugas que haviam se formado em minha fronte após minha expressão se fechar.

— A Annie disse isso, é?! — Perguntei baixo, ainda sem encarar o homem a minha frente. Os sentimentos de ódio, tristeza, decepção e vontade de matar minha adorável esposa se embaralhando em minha cabeça.

— Sim. — Ele respondeu confuso. Odeio essa capacidade que homem tem de se fazer de sonso nas situações mais adversas.

Levantei meu rosto e, por minha visão periférica, vi um vulto se aproximar da cozinha, mas logo parando na lateral da porta, se escondendo, vulto esse que eu conhecia muito bem. Sorri maléfica com o pensamento que cruzou minha mente.

— Interessante... O que mais ela te disse, Marc? — Perguntei me aproximando dele minimamente. Voltei a agarrar minha taça e comecei a tomar de maneira sensual.

— E-ela dis-disse que... É... — Percebi Marcos ficar desnorteado ao que passei a língua lentamente em meus lábios para limpar o vinho.

— O que foi, Marc? — Eu ri baixinho, me aproximando dele. Coloquei minha mão vazia em seu ombro e desci, acariciando seu peitoral, voltando a beber de minha taça. Não me demorei dessa vez. — A gata comeu sua língua?

— Ehem... — Ele tossiu nervosamente. Mas logo riu e coçou a parte de trás de sua cabeça. — Ela disse que não se importaria se eu quisesse ter uma noite contigo...

— Hmm... — Assenti lentamente, percebendo Anahi se mover impaciente em seu "esconderijo".

Essa mulher deve pensar que eu sou idiota! Que tipo de ideia é essa?!

— E então?... — Marcos me olhava com expectativa.

Fiz um biquinho com os lábios e inclinei minha cabeça para o lado, fingindo pensar. Bati meu dedo algumas vezes contra me queixo, olhando para o teto.

— Eu adoraria, Marc! — Falei com uma cara inocente. Lembro que isso costumava deixar meus clientes loucos. — Mas é que as crianças estão em casa e, por mais que minha esposa seja uma mulher super moderna e nada ciumenta, eu não gostaria de ter nada contigo com ela por perto também, sabe?!

Rodeei seu pescoço com meus braços e senti suas mãos em meu quadril. Senti ele me puxar para perto, esfregando seu membro ereto contra mim. Me segurei para não arrancá-lo com minhas unhas, que não estavam nada curtas.

Minha esposa deveria estar soltando fogo pelas ventas, apertando suas mãos em punhos. Ela sempre ficava assim quando alguém me tocava e ela não podia fazer nada.

— Mas e quando ela não estiver? — Ele perguntou. Os olhos brilhando em expectativa. Ugh... Homens são tão patéticos!

— Ah, quando isso acontecer... — Aproximei bastante nossas bocas, mas me virei um milímetro antes de tocar seus lábios, deixando um beijo no canto de sua boca. — Eu vou gritar seu nome!

Esse meu sussurro foi o estopim para o auto controle de minha esposa, que entrou completamente raivosa na cozinha, fazendo eu me afastar de Marcos automaticamente.

— Amor, que demora lá em cima! Estava fazendo o quê? — Perguntei completamente cínica.

— Nada. — Ela respondeu friamente. — Marc, já está tarde, não?! Preciso colocar as crianças para dormir.

— Ah claro, prima! — O homem coçou a cabeça nervosamente. — A gente vai... Eu não sei... Cont-

— Marc, está tarde! — Anahi o cortou sem paciência.

A expressão confusa no rosto do homem me fez sentir vontade de rir, mas me segurei. Anahi estava entre nós dois, então pude sorrir um pouco, disfarçadamente, escondida pelas costas de minha esposa.

— Ce-certo, então! Eu vou indo... — Ele falou um pouco sem jeito. — Tchau, Du-

— Eu te acompanho até a porta! — Minha esposa tocou as costas de seu primo e saiu o empurrando cozinha à fora. Finalmente pude rir.

Anahi estava merecendo umas "brincadeiras" como essas para parar de ficar com joguinhos idiotas!

— Dul, estávamos pensando, você não quer deixar as crianças dormirem lá em casa? — Christian entrou na cozinha de surpresa.

Deus, como essa casa está agitada!

— Mas, os três? — Perguntei surpresa. — Vocês sabem o quanto crianças dão trabalho, não sabem?

— Ah, é bom que eu e Ucker já praticamos! — Meu amigo brincou. — E eles ficam super bonzinhos com a gente. Além do mais, já estão de banho tomado, brincaram o dia todo, então estão cansados... E estávamos pensando em levá-los a um parque aquático amanhã!

Meu amigo falava e eu só conseguia pensar que poderia ter dedo da Anahi nisso, e se tivesse... Oh, Deus me proteja essa noite!

— Foi a Annie que pediu, não foi? — Perguntei, soltando uma risada no final.

— Uh... Bem... Sim, mas... Nós também queremos passar um tempo a mais com eles! — Ele falou com sinceridade. — E para completar, você ainda vai ter a casa todinha para você e sua esposa aproveitarem! — Ele concluiu com um sorriso sacana. Não pude evitar a risada. Chris é louco!

— Bem, pensando melhor, não vejo problema nisso! — Falei um pouco tensa. É melhor que meus filhos não estejam aqui essa noite...

— Ótimo! Vou avisar o Ucker! — Meu amigo saiu feliz. Me senti bem em perceber que eles realmente gostam dos meus filhos.

Logo saí da cozinha também, rumo ao andar de cima, para arrumar as bolsas das crianças.

Arrumei a de Maria primeiro, colocando tudo que ela precisaria para uma noite além de roupinhas de banho, toalhas e itens de higiene. Numa bolsinha separadas coloquei protetores solar para os três. Fui no quarto dos meninos e fiz a mesma coisa.

Antes de descer as escadas, vi Anahi um pouco alterada falando ao telefone em nosso quarto, me aproximei devagar, esperando escutar algo, mas logo a porta, que estava entreaberta, foi completamente escancarada.

— Ah, que bom que você está aqui. — Ela falou séria. — Vem!

Senti um puxão forte no braço, me arrastando para dentro do quarto e cerrando a porta imediatamente.

— Ai, Anahi! — Reclamei, puxando meu braço do aperto. Acariciei o local. — Pra que isso?

— Que palhaçada foi aquela com o Marc? — Ela perguntou irritada. Seu corpo muito perto do meu, me fazendo ficar presa entre ela e a porta.

Sua voz tinha um tom de ódio, mas estava baixa, para que as crianças e nossos convidados não ouvissem.

— Eu que te pergunto! — Me afastei dela, dando a volta em seu corpo e parando atrás dela. Deixei as mochilas das crianças sobre nossa cama e me aproximei novamente. — Que porra foi aquela que você disse para ele? — Perguntei tão irritada quanto ela.

Vi Anahi se virar para mim lentamente, massageando sua têmpora com uma das mãos.

— Era um teste, sua vagabunda! E você caiu direitinho! — Ela riu sem humor, jogando as mãos para cima.

— Anahi, você acha que eu sou burra? — Eu perguntei muito seriamente. — Eu saí de casa com 17 anos de idade, morei na rua por muito tempo... Aprendi a me virar da pior maneira possível... Você acha que eu não percebo quando fazem joguinhos de merda comigo?

Vi minha mulher revirar os olhos e se sentar na cama. A expressão ainda muito irritada.

— Não faz isso ser sobre mim, ok? — Ela ergueu seu dedo, me apontando de maneira acusativa. — Que você já estava lá se esfregando nele como uma cachorra!

Eu a observei por algum tempo, vendo como sua expressão irritada mostrava seus pensamentos. Ela sabia que quem tinha feito merda primeiro, foi ela! Eu só revidei...

Observei também a forma como ela se sentava, na ponta, com os braços para trás, apoiando seu corpo. Seu cabelo loiro escuro caindo como uma cascata ondulada para trás. Ela é incrivelmente linda!

Sorri ladino e caminhei lentamente até minha esposa, me sentando em seu colo, de frente pra ela.
Seus olhos confusos buscaram pelos meus, mas a confusão não durou muito em sua expressão. Logo que acariciei seu rosto e beijei o canto de sua boca.

— Você fica muito sexy com ciúmes. — Sussurrei contra seus lábios, partindo para beijar todo seu rosto, bem lentamente. Quando cheguei em seu maxilar e deixei uma mordida levinha, ela já respirava mais profundamente e uma de suas mãos encontrou minha cintura. A outra ainda sustentando seu corpo.

— Você deve fazer de propósito, então! — Ela brincou. Um tom bem mais calmo do que quando entramos aqui. — Me deixa louca só pra eu te foder com raiva, não é?!

— Claro que não! — Ri negando com a cabeça, enquanto acariciava seu rosto. Ela observava cada canto do meu. — É completamente orgânico.

— Orgânico, né?! Espera só quando os meninos forem embora com as crianças. — Ela falou, me tirando do seu colo com um sorriso.

— O que vai fazer? —Sorri de maneira sacana. Peguei as mochilas da cama, mas Annie tirou duas delas de minha mão para me ajudar.

— Espere e verá! — Ela abriu a porta para nós duas. — Agora passa! — Ela deu um tapa estalado em minha bunda e eu saí rindo.

[...]

— Não se esqueçam de escovar os dentes antes de dormir e, Ucker, fica de olho que se deixar, o Chris vira a madrugada vendo filme com as crianças! — Passei as coordenadas para o primo de minha esposa, vendo meu amigo Chris revirar os olhos.

— Pode deixar, patroa! — Ucker fez um sinal com os dois dedos em frente a sua testa.

Todos eles já estavam dentro do carro e eu estava atrasando a saída deles, com minha cabeça para dentro da janela.

— Tchau, meus amores! — Falei quase querendo chorar. — Mamãe ama vocês! — Abri a porta e quase me joguei no banco de trás, dando mais um beijo em cada um. Meus filhos só sabiam rir de mim. E minha esposa também.

— Tchau, mama! — Minha bebê falou, acenando com a mãozinha.

— A gente vai ficar bem, mamãe! — Manu falou, igual um homenzinho.

— Sim, eu e o Manu vamos tomar conta da Paulinha para a senhora e para a mami! — Emiliano falou, tentando imitar a mesma pose do irmão, mas sua voz ainda era muito fina e seu vocabulário ainda não era perfeito, então ficou ainda mais fofo. Eu e os três outros adultos rimos.

— Eu sei que vão, meus amores! — Anahi falou me abraçando e puxando para trás, antes de se afastar e fechar a porta. — Vocês dois, — Apontou para Chris e Ucker. — Cuidem bem dos meus bebês!

— Vocês duas poderiam aproveitar para relaxar um pouco hoje! — Chris falou em um tom debochado. — Estão muito tensas... Deveriam dar bastante essas b-

— CHRISTIAN! — Gritei, apontando com os olhos na direção de meus filhos, que estavam completamente alheios a conversa, mexendo nas pequenas televisões nos bancos do carro.

Vi Ucker dar um tapinha na cabeça do marido, também reclamando com o mesmo.

— Gente, é melhor vocês irem logo. Tchau! — Minha esposa falou tentando segurar o riso. — Boa noite e mandem todas as fotos de amanhã!

Terminamos de nos despedir e vi o carro se afastar, até sumir na curva do final da rua. Mal percebi quando uma lágrima escorreu, apenas quando o polegar de minha esposa limpou o rastro molhado em meu rosto.

— Você tá sensível demais ultimamente! — Ela falou risonha. — Tem certeza que não está grávida? — Ela brincou.

— Engraçadinha! — Fiz uma careta para ela. — A não ser que alguma de nossas cintas contenha esperma por dentro, acho difícil.

Anahi gargalhou alto, e me pegou de surpresa quando, no segundo seguinte me agarrou pelas coxas e me puxou para seu colo, ali mesmo, na frente de casa.

— Quer fazer o teste? — Ela perguntou, já se dirigindo para dentro, ainda comigo em seus braços. Eu ri alto.

Ela fechou a porta com um pouco de dificuldade, por estar comigo em seu colo.

Estou ansiosa para saber o que ela fará comigo hoje...

[...]

Não sou boa da cabeça e não tive infância saudável, logo... Estou viciada nessa estória!

Quero muito trazer uma parte três (com hot, obviamente), espero voltar logo.

Enfim, acham que demorei? A vida está uma loucura por ser final de ano. Com meu aniversário, Natal e Réveillon chegando fico depressiva, mas 'tamo aí'.

Não sei quando sai o próximo mas já tenho ideias porque, esse final de semana bebi muito vinho e vcs sabem... Vinho entra, pernas abrem hahah

Várias inspirações...

OK NÉ, CHEGA DE EXPOSIÇÃO!

Beijos, espero que tenham gostado💜

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