Feitos de Fogo e Nascidos Pa...

By emillieS2

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E se a dança dos dragões não tivesse acontecido? E se tudo tivesse sido diferente? É o que vamos ver nessa hi... More

Notas para o leitor❣️
Capítulo l - Início de Uma Chama
Capítulo ll - O Fogo se Alastra
Capítulo lll - Sangue do Meu Sangue
Capítulo lV - Um Inimigo Conhecido
Capítulo Vl - Labaredas de uma chama.
Capítulo VII - Cultivando Poder
Capítulo VIII - Laços de Dragões
Capítulo V - Grosso Corre o Sangue
Capítulo IX - Meu príncipe e minha princesa
Capítulo X - O Que Realmente Importa
Capítulo XI - Perdas e Ganhos
Capítulo XII - Perdas e Ganhos|Parte II
Capítulo XIII - Perdas e Ganhos|Parte III
Capítulo XIV - Feitos de fogo
Capítulo XV - Uma nova vida
Capítulo XVI - Chamas Verdes
Capítulo XVII - Em Seus Olhos
Capítulo XIX - De Volta as Origens
Capítulo XX - Olhares
Capítulo XXI - Sensações
Capítulo XXII - Percepção
Capítulo XXIII - Mantendo a Paz
Capítulo XXIV - Por Você
Capítulo XXV - Ocultando Verdades
Capítulo XXVI - Confissões
Capítulo XXVII - Tempo a Sós
Capítulo XXVIII - Empecilhos
Capítulo XXIX - Rápido Corre o Sangue
Capítulo XXX - Eu prometo
Capítulo XXXI - Gritos e Sussurros
Capítulo XXXII - Não Só de Fogo é Feito um Dragão
Capítulo XXXIII - Palavras que Sangram e Queimam
Capítulo XXXIV - Dragões em Meio as Ovelhas|parte I
Capítulo XXXV - Dragões em Meio as Ovelhas|parteII
Capítulo XXXVI - Dragões em Meio as Ovelhas|parte III
Capítulo XXXVII - Dragões em Meio as Ovelhas|parte IV
Capítulo XXXVIII - Sussurros e Promessas
Capítulo XXXIX - Coincidências ou Destino
Capítulo XL - Púrpura
Capítulo XLI - Fogo, Sangue e Aparências
Capítulo XLII - O Fogo em Nossas Veias
Capítulo XLIII - Um Dragão Nunca Voa Para Trás
Capítulo XLIV - Os Problemas de Um Reino
Capítulo XLV - Paz Através do Fogo

Capítulo XVIII - Novos e Velhos Ares

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By emillieS2










A notícia de que a filha da princesa Rhaenyra havia domado um dragão selvagem se espalhara, os detalhes de como isso aconteceu eram desconhecidos pelos demais, mas muitos dos moradores de Pedra do Dragão presenciaram a jovem moça voar nos céus em um enorme dragão negro, e com outro dragão menor e igualmente preto junto deles.

Sempre que a princesa voava pela ilha, duas sombras eram vistas pelas pessoas no chão, uma grande e uma pequena, e ao olhar para cima, dois vultos negros era avistados ao alto.
Por isso a população local começou a referir-se a eles como, "As duas sombras da princesa", e é claro que essa notícia correu através do mar e chegou a Porto Real.

A notícia chegou para a família real em poucos dias, os "passarinhos" que Otto tinha pela ruas da cidade, lhe traziam todos os tipos de rumores, e esse foi o que mais lhe deixou perturbado.

Ele se dirigiu ao rei pessoalmente, Viserys não estava em seus melhores dias, estava sentado em uma poltrona enquanto Meistres cuidavam de suas feridas nas costas.

"Vossa Graça, peço perdão pela interrupção, mas trago notícias de Pedra do Dragão meu senhor."

Ao falar isso o rosto de Viserys se iluminou, olhou para Otto esperando que o mesmo continuasse. "Rhaenyra escreveu Otto?".

"Receio que não meu rei... na verdade são notícias trazidas pelos mercadores do porto." O desapontamento de Viserys era nítido, mas mesmo assim permitiu que sua mão terminasse de falar.

"A notícia Vossa Graça, é que sua neta a princesa Visenya, domou um dragão selvagem...".

Ao revelar o ocorrido, Viserys levou os olhos até Otto com uma expressão confusa, até mesmo os Meistres que estavam na sala pararam o que estavam fazendo por um instante. Não fazia sentido a princesa ter domado um dragão, sendo que a mesma era frequentemente vista com sua dragão nos ombros quando criança. Todos na fortaleza sabiam que a menina já possuía um dragão.

"Visenya?... Porque ela domaria um dragão? Ela já tem Naeraxes não? Presumo que ela deva estar quase no tamanho ideal para ser montada." Viserys esperava respostas do Hightower.

"Por isso vim lhe consultar Vossa Graça, não conheço ninguém na história da casa Targaryen que tenha tido dois dragões sobre seu domínio. Como é possível que sua neta possa ter dois majestade?... Além disso o dragão descritos pelos moradores seria o próprio Cannibal Vossa Graça...".

Otto parecia mais alarmado que o rei, por mais que mantivesse sua postura como Lorde, sua preocupação ainda aumentava, o fato da princesa possuir agora dois dragões poderia causar problemas para a reinvindicação de Aegon como rei.

Além de mais força para os apoiadores de Rhaenyra, também teriam o questionamento do povo, porque se uma princesa pode reinvindicar mais de um dragão, significa que o sangue da casa Targaryen corre grosso em suas veias, quem questionaria sua bastardia dessa maneira?.

"Mande uma carta para Rhaenyra, pergunte se esses boatos são realmente verdades, e se forem quero detalhes de como aconteceu." Disse o rei pensativo, olhando fixamente para os dois anéis em seus dedos. "Como minha doce Visenya poderia domar uma fera como Cannibal? Quero fatos agora Otto."

"Certo Vossa Graça,... mas se for verdade, medidas serão tomadas majestade?"

O rei o olhou por um instante sem falar nada, tinha as sobrancelhas franzidas.

"A que medidas você se refere Otto? Quer que eu retire o dragão de minha neta? Mesmo se esse fosse o caso, como você pretende fazer com que um dragão do tamanho de Cannibal obedeça suas ordens?." Otto se manteve calado, realmente não tinha o que se fazer, o dragão não abandonaria sua montadora.

"Se o dragão a escolheu... não a o que ser feito, eu também desconheço histórias de que alguém dominou duas destas feras, mas se minha neta o fez é porquê ela merece essa conquista."

Viserys olhava para a janela do cômodo, como se seus pensamentos estivessem distantes. "As vezes escolhemos nossos dragões, mas as vezes eles nos escolhem... Seja lá qual for a vontade dos deuses, eles certamente tem algo destinado para esse acontecimento."

Enquanto o rei ditava sua carta para sua mão enviar para Rhaenyra, uma pessoas escutava atentamente cada palavra que ecoava pela sala. Sem que notassem sua presença, Aemond estava escondido em uma das várias passagens construídas por MaegorI, ele teve tempo durantes esses anos para que pudesse estudá-las.

O coração do jovem príncipe acelerou, Visenya tinha domado um dragão, como se um não fosse o suficiente ela agora possuía dois. Aemond não sabia como se sentia em relação aquilo, ao mesmo tempo em que sentia uma certa irritação por achar Visenya gananciosa, também sintia-se orgulho, sua antiga amiga havia se tornado um cavalheiro de dragão finalmente.

Ele queria vê-la, queria lhe dar os parabéns, mas ao mesmo tempo se negava a reconhecer seu feito. Ele sentia sua falta... mesmo que se negasse a admitir para si mesmo.

Os dias passaram e cartas foram trocadas entre Viserys e Rhaenyra, onde a filha lhe contara tudo o que ocorreu durante esses dias, obviamente ocultando o fato de que Visenya parecia ser imune ao fogo.

O rei por fim passou aquela semana com um bom humor notável, sempre sorrindo pelo castelo, se sentia orgulhoso da neta e estava feliz em manter contato com a filha.

Já a rainha passou a semana se lamentando para os filhos, seu típico discurso é de que Rhaenyra não os permitiriam viver após sua coroação, que ela mataria todos os seus meio irmãos para garantir sua sucessão ao trono. Aemond já tinha ouvido mil vezes essas afirmações de sua mãe, mas agora era diferente, ela usava o fato de que Visenya ter mais um dragão fosse um sinal óbvio de que Rhaenyra estava juntando forças para acabar com todos eles em breve.

Ela se referia a Visenya como "A menina bastarda", insulto que quando usado para os outros filhos de Rhaenyra Aemond não se importava, mas quando usado para Visenya, ele sentia como se o sangue em suas veias começasse a ferver.

Aemond sabia que o que a mãe falava fazia sentido, só não tinha certeza se Rhaenyra realmente faria aquilo com eles. Ele teve pouco contato com sua irmã durante sua vida, quando era uma criança e não saia do lado de Visenya, Rhaenyra o tratava bem, mas não seria fácil para herdeira do trono fingir na frente de uma criança. Era o que Aemond pensava e seu distanciamento com Visenya só servia para reforçar essa idéia.



Alguns meses haviam se passado, Visenya e Aenibal estavam mais unidos do que nunca, voavam todas as tardes ou manhãs, dependendo de como era o dia da princesa. Naeraxes havia acostuma -se com a presença do maior, e como um filhote em crescimento que era, tentava de todas as maneiras brincar com Aenibal, mas o dragão apenas ignorava a pequena dragão que subia em suas costas.

Apesar de ter um temperamento agressivo com os demais, o grande e temido Cannibal era um tanto quanto afetuoso com sua montadora. Aceitava os carinhos de Visenya de bom grado, sua sela foi colocada no dia seguinte a sua reinvindicação, era preta assim como suas escamas, o acolchoado em que Visenya se sentava era vermelho vinho, e as rédeas onde se segurava, tinham a textura de escamas o que facilitava para que não escorregasse de suas mãos.

Naeraxes estava maior a cada dia, era como se a companhia de Aenibal a estimulasse a crescer, também foi colocado uma sela na mesma, para que ela se acostumasse a usá-la, dentre de alguns meses, ela poderia levar Visenya consigo aos céus.

Sua sela por escolha de Visenya, foi preta e roxa, segundo a garota, sua dragão era uma criatura vaidosa, então sua sela precisaria seguir os padrões de suas escamas. Assim foi feito, parecia que a sela tinha sido feita com o próprio couro da dragão, pois as cores entoavam perfeitamente entre si.

Mais roupas de montariam foram costuradas para a princesa, agora em quase todos os dias era possível ver os príncipes no céus, Visenya e seus irmãos voavam juntos sempre que podiam, Rhaena na maioria das vezes ia com Visenya, pois agora seu dragão tinha tamanho o suficiente para várias companhias.

Naeraxes por ser a menor entre todos os dragões podia facilmente voar entre eles, dava rodopios e quando estavam próximos do mar, ela se afundava nas águas como um pássaro e saia com peixes em sua boca.

Aenibal era incrível, apesar de só Visenya o chamar assim, ele impressionava todos quando passava sobrevoando sobre a população da ilha. Ele era menor que Vhagar mas maior que Caraxes ou Meleys, se fosse para comparar ele se assemelhava a Vermithor, mas não era como se pudessem comparar os dois.

Como Visenya já se encontrava com seus dezesseis dias do nome, cartas foram enviadas para a princesa Rhaenyra, Lordes das principais casas de Westeros mandavam propostas de casamento entre Visenya e seus filhos mais velhos ou jovens, não importava a idade, o que eles realmente queriam era ver seus herdeiros casados com uma Targaryen, sangue da Antiga Valíria, além de Visenya ter sido oficialmente proclamada segunda na linha de sucessão ao trono de ferro.

Foram tantas ofertas bárbaras que Rhaenyra recebeu que se esgotou, não tinha mais paciência para lordes almejando comprar sua filha, Daemon ficou tentado a visitar vários deles com Caraxes, mas foi persuadido a não fazê-lo pela esposa.

A decisão da herdeira do trono foi não responder a nenhuma das cartas, as que achou educadas e que talvez rendesse alguma coisa no futuro, ela as entregou a filha, disse a mesma que se ela se interessasse por algum lorde, que fosse direto a ela e seu pai para conversarem, mas algo além disso não seria necessário que a filha se preocupasse com tais assuntos, era jovem e teria muito tempo para se casar, não queria que a filha tivesse o mesmo tipo de casamento que tivera, que por mais respeitoso que pudesse ter sido, não envolvia o tipo de amor que ela dividia agora com Daemon.

Visenya se sentia grata a mãe, e grata por não ter sido sua primogênita, não gostaria de arranjar um marido as pressas, sabia que um dia teria que fazê-lo, mas por hora estava aliviada de não ter que passar por isso.

E novamente o tempo se passou, dois anos desde a reinvindicação de Cannibal, dois anos desde cartas regulares foram enviadas entre Viserys e Rhaenyra, dois anos desde de qualquer interação entre os dois lados da família Targaryen.

Visenya se encontrava com seus dezoito dias do nome agora, e no exato momento estava montada em seu dragão rumo a Porto Real, sua família estava indo para uma audiência em prol de conseguirem manter o título de seu irmão Lucerys, como herdeiro legítimo do trono de madeira.

Finalmente iria rever seu avô, sua tia e seus tios... e ela não sabia dizer ser ou não uma boa notícia. Sua mãe e seus irmãos menores vinham de navio, junto com Rhaena, que infelizmente após o segundo ovo ganho, dessa vez de uma ninhada de Syrax, não havia chocado novamente.
Daemon, Jace, Baela e Luke iam em seus dragões junto a Visenya.

Naeraxes estava esbelta e com o corpo comprido, já se igualava a Arrax em tamanho e já podia voar com Visenya agora.

Sua montadora agora era uma jovem mulher, elegante e voraz, não tinha parado seus treinos um único dia, estava com suas espadas no cinto, e com uma roupa de montaria inteiramente de couro, e inteiramente negro. Suas botas iam até abaixo de seus joelhos, suas luvas polidas brilhavam em suas mãos e seus cabelos, que haviam crescido até o meio de suas costas, estavam presos em um complexo de tranças entrelaçadas uma a outra. Uma verdadeira princesa Targaryen, representando a típica beleza Valiriana.

Ao longe Porto Real se mostrava a vista, os navios atracados no porto e o barulho da cidade chegando ao seus ouvidos.

Visenya respirou fundo e se concentrou no que viera fazer, precisava manter a autoridade de sua mãe como princesa herdeira e precisava salvar um trono.










Oie, eu sei que não teve muitos diálogos no capítulo, mas o foco era explicar o salto temporal, agora a história vai se passar com Visenya já com seus 18 anos e Aemond 19.
Espero que gostem e obrg por ler.♥️

Roupas de montaria de Visenya e seus cabelo↓

Cabelinho







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