Feitos de Fogo e Nascidos Pa...

By emillieS2

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E se a dança dos dragões não tivesse acontecido? E se tudo tivesse sido diferente? É o que vamos ver nessa hi... More

Notas para o leitor❣️
Capítulo l - Início de Uma Chama
Capítulo ll - O Fogo se Alastra
Capítulo lll - Sangue do Meu Sangue
Capítulo lV - Um Inimigo Conhecido
Capítulo Vl - Labaredas de uma chama.
Capítulo VII - Cultivando Poder
Capítulo VIII - Laços de Dragões
Capítulo V - Grosso Corre o Sangue
Capítulo IX - Meu príncipe e minha princesa
Capítulo X - O Que Realmente Importa
Capítulo XI - Perdas e Ganhos
Capítulo XII - Perdas e Ganhos|Parte II
Capítulo XIII - Perdas e Ganhos|Parte III
Capítulo XIV - Feitos de fogo
Capítulo XVI - Chamas Verdes
Capítulo XVII - Em Seus Olhos
Capítulo XVIII - Novos e Velhos Ares
Capítulo XIX - De Volta as Origens
Capítulo XX - Olhares
Capítulo XXI - Sensações
Capítulo XXII - Percepção
Capítulo XXIII - Mantendo a Paz
Capítulo XXIV - Por Você
Capítulo XXV - Ocultando Verdades
Capítulo XXVI - Confissões
Capítulo XXVII - Tempo a Sós
Capítulo XXVIII - Empecilhos
Capítulo XXIX - Rápido Corre o Sangue
Capítulo XXX - Eu prometo
Capítulo XXXI - Gritos e Sussurros
Capítulo XXXII - Não Só de Fogo é Feito um Dragão
Capítulo XXXIII - Palavras que Sangram e Queimam
Capítulo XXXIV - Dragões em Meio as Ovelhas|parte I
Capítulo XXXV - Dragões em Meio as Ovelhas|parteII
Capítulo XXXVI - Dragões em Meio as Ovelhas|parte III
Capítulo XXXVII - Dragões em Meio as Ovelhas|parte IV
Capítulo XXXVIII - Sussurros e Promessas
Capítulo XXXIX - Coincidências ou Destino
Capítulo XL - Púrpura
Capítulo XLI - Fogo, Sangue e Aparências
Capítulo XLII - O Fogo em Nossas Veias
Capítulo XLIII - Um Dragão Nunca Voa Para Trás
Capítulo XLIV - Os Problemas de Um Reino
Capítulo XLV - Paz Através do Fogo
AVISOOO!!!! Não é uma despedida relaxem

Capítulo XV - Uma nova vida

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By emillieS2

O dia seguinte foi quieto, as crianças agora dividiam um peso em comum com as primas, o fardo da perda de um dos pais.

O funeral de Laenor diferente do de Laena foi rápido e conteve apenas a presença dos mais próximos e dos que viviam em Derivamarca.

Rhaenys e Corlys perderam ambos os filhos, em um intervalo tão curto de tempo, Visenya não conseguia olhar em seus rostos sem sentir uma dor avassaladora em seu peito. Apesar de agora saber que realmente não era neta legítima do casal, sua empatia e carinho por eles não mudou, sempre a trataram bem e cuidavam dela de dos irmãos quando necessário.

Luke de Jace não choraram mais naquele dia, mas também não falavam ou esboçaram qualquer reação. Rhaenyra estava ao lado deles o tempo todo, mostrando que estava lá para eles e sempre estaria. Visenya optou por ficar ao lado de Daemon e de suas meninas, que agora sabia que eram suas irmãs.

Mas quando o funeral começou ela foi até seus irmãos e segurou suas mãos.
Foi o único momento do dia em que o trio se permitiu chorar, eles derramaram lágrimas gordas, que escorriam por suas bochechas, mas tudo em silêncio, assim como Rhaenyra, não emitiram nenhum som, não conseguiam.

Rhaenys e Corlys tentavam se manterem firmes, mas se via em seus olhares o quão perdidos estavam.
Após a cerimônia todos se retiraram a seus aposentados, o silêncio vagava entre eles e ninguém tinha forças para quebrá-lo.

Naquela noite Rhaenyra chamou a filha para uma caminhada, ambas ainda usavam a roupa do funeral, vestidos pretos e rendados, sem muitos adornos. Vagaram pelos corredores externos do castelo, de lá podia se ver as ondas quebrando ao longe.

Sentaram-se em um banco afastado de qualquer cômodo ou sala, queriam privacidade. A princesa segurou a mão da filha com carinho.

"Visenya... Daemon me contou sobre o que aconteceu na praia, ele disse que você sabe sobre... bem, sobre o que ele é seu de fato."

Visenya apenas concordou com um aceno de cabeça, sem encarar a mãe nos olhos.

"Talvez seja complicado entender agora... mas saiba que eu amei Laenor... e sei que ele nos amava também. Mas em relação a nosso casamento... nem sempre existe paixão nos casamento reais minha filha...".

Visenya entendia o que a mãe tentava lhe dizer, afinal era uma menina, desde muito nova sempre recebia elogios dizendo que arranjaria um ótimo marido no futuro. Outros perguntavam a sua mãe se ela permitiria um noivado entre seus filhos e a mesma. Sendo que Visenya não entendia nem sequer o que era um noivado na época.

Com o tempo ela foi entendo que o casamento geralmente era apenas uma troca, de títulos, herdeiros e territórios. Entendeu também que esse foi o caso do casamento de sua mãe e seu pai.

"Eu sei mamãe... não se preocupe, não julgo a senhora, assim como não julgo o papai, as pessoas falavam muitas coisas sobre ele..."

Rhaenyra observou a filha e entendeu o que ela queria dizer.

"Sim... seu pai era diferente da maioria, mas tinha o coração melhor do que muitos também, era um bom homem... e me foi um grande amigo."

Visenya acenou concordando.

"Mas sabe mamãe... eu fiquei feliz por ser... bem, não sei se posso falar aqui..."

A menina se encolheu olhando para os lados, verificando se não havia ninguém por perto para ouvi-las.

"Bem..., quando estivermos sozinhas você pode chamá-lo de pai sim, sei que ele ficaria todo orgulhoso disso."

Falou a princesa acariciando o rosto da filha.

"Vocês sempre souberam mamãe?"

"Sim... eu sempre soube que você era filha dele, mas é algo que ninguém pode saber... você entende não entende Visenya?"

"Entendo... traria problemas para nós..."

"Sim, traria..."

"Mas nem mesmo Jace e Luke? ou Baela e Rhaena?"

Rhaenyra pareceu ponderar, observou o mar ao longe enquanto respondia.

"Não acho seguro Visenya, pelo menos não por agora, quanto menos pessoas souberem, mais fácil será manter em segredo. Vamos esperar para que eles estejam mais velhos... tudo bem?"

"Tudo bem", Visenya abraçou a mãe.

"Mas e o... tio Daemon mamãe? Você o amou?"

Rhaenyra não esperava a pergunta, suas mãos faziam carinho no cabelo de Visenya.

"Amor é algo complicado... você entenderá com o tempo querida, não vamos falar sobre isso agora...".

Visenya não falou mais nada, apenas aproveitou o carinho da mãe.


Rhaenyra decidiu que era hora de partir, mas não voltariam para Porto Real, iriam passar um tempo em Pedra do Dragão, ela não queria mais intrigas e discussões, queria que seus filhos pudessem ter paz para superar suas perdas.

Daemon e suas filhas também os acompanharam, as crianças não perguntaram o porquê, naquela altura estarem juntos era bom, juntas as crianças podiam se distrair um pouco dos problemas ao seu redor.

Mas em pouco tempo o real motivo foi revelado, Rhaenyra e Daemon se casariam.

Inicialmente foi uma surpresa para seus filhos, Visenya não entendeu de imediato, mas percebeu que era algo que os dois queriam a tempos, mas que o destino teve de complicar suas vidas primeiro.

A cerimônia aconteceu em segredo do rei e da rainha, apenas o povo de Pedra do Dragão soube do acontecido no mesmo dia. Porto Real recebeu a notícia dias depois, o que não agradou nenhum pouco Viserys e Alicent.

Viserys pelo fato de que o irmão e a filha nem ao menos o notificaram, e Alicent por não apoiar a união, sabia que era algo a mais para apoiar a sucessão de Rhaenyra.

A cerimônia foi pequena, com apenas os filhos do casal como testemunha. Visenya achou lindo, nunca antes tinha visto um casamento Valiriano, achou muito mais simbólico do que o casamento padrão da fé dos sete.

Os dias seguidos foram calmos, não se recebeu nenhuma carta de Porto Real, as crianças se acostumaram a conviverem como uma família.

Daemon e Rhaenyra estavam felizes. A vida parecia funcionar em Pedra do Dragão.

Visenya e os irmãos tinham aulas com os Meitres, treinamento com Daemon e seus guardas de confiança.

Treinavam seus dragões e logo Luke e Jace começaram a realizar seus primeiros vôos. Naeraxes crescia bem com o tempo, seus chifres estavam mais longos e já não tinha mais tamanho para os ombros de Visenya.

Os anos passaram, e a cada dia de seu nome Visenya pensava em escrever para Aemond, com o tempo considerou deixar o passado para trás, mas tinha receio de que o tio não quisesse o mesmo. Sentia falta de sua amizade, mesmo não querendo admitir, mas ao mesmo tempo se lembrava das palavras ditas pelo mesmo e raiva a invadia novamente.

Ela passou a gostar de viver em Pedra do Dragão, o clima era melhor, as pessoas da ilha eram mais calmas, era mais silenciosa e com toda certeza cheirava muito melhor do que Porto Real.

Amava a sede original da casa Targaryen, passou boa parte de seu tempo na biblioteca do local, tinha livros escritos por seus antepassados, poucos deles descreviam como era a Antiga Valíria, mas era o suficiente para que fascinasse Visenya.

O quarto que lhe foi concedido, era o mesmo que um dia pertenceu a rainha Visenya, Daemon achou que seria coerente passar de uma Visenya para outra. Era grande e espaçoso, as paredes era feitas de pedras negras, assim com o chão, que era incrivelmente polido.

Possuía uma grande lareira na parede esquerda do quarto, com dragões de pedra esculpidos de cada lado. Sua cama era de madeira escura, e possuía um véu que descia do teto e envolvia toda sua cama, que tinha todas as cobertas, mantas e lençóis com as cores da casa Targaryen, vários tons de vermelho e detalhes em preto, apenas seus travesseiros eram brancos.

O castelo era frio a noite, e no inverno era frio o tempo todo, por isso sempre se ouvia o crepitar do fogo nas lareiras acesas.

E tudo isso trazia um enorme conforto a garota, era como se cada detalhe do lugar fosse do agrado de Visenya.

Em seu aniversário de quinze dias do nome, recebeu de Daemon duas espadas gêmeas, ambas juntas pareciam uma única lâmina, eram menores que Irmã Sombria, mas tinham a lâmina da mesma largura. O aço escuro e leve entregavam a típica característica de aço Valiriano.

Segundo seu pai, queria tê-la presenteado antes, mas achar aço Valiriano nos dias atuais era uma tarefa difícil.

O cabo das espadas possuía um dragão moldado com o aço, eram lindas, Visenya as usava mais o que qualquer outro acessório em suas vestimentas. Diferente de como era na corte de Porto Real, a princesa tinha permissão para portar suas espadas para onde quisesse em Pedra do Dragão.

Foi também nessa mesma época em que seus pais revelaram aos filhos a verdadeira paternidade de Visenya.
Ninguém demonstrou qualquer rejeição a idéia, porque segundo Jace.

"Acho que essa foi a coisa que mais fez sentido nesses últimos anos, ela é a cópia do Daemon, só que menina." A frase do rapaz gerou risadas entre os familiares.

Rhaena e Baela ficaram ainda mais unidas a Visenya, se é que era possível, saber que eram irmãs as deixaram muito contentes.

Joffrey que se encontrava com seus quatro anos ficou confuso. " Mas não somos todos filhos da mamãe e do papai?". Sim, Joffrey chamava Daemon de pai, pois o mesmo o criou junto a Rhaenyra desde que era um recém nascido.

Rhaenyra ficou encarregada de explicar ao filho mais tarde o que eles estavam dizendo, mas segundo Daemon. "Sou praticamente pai do garoto, ele não disse nada de errado."
Sim, tiveram uma boa vida durante esses anos.

O ovo de Joffrey também havia eclodido poucos meses depois de seu nascimento, tempos depois o príncipe lhe deu o nome de Tyraxes.

O ovo de Rhaena nunca eclodira infelizmente, mas Rhaenyra a prometeu um novo ovo quando Syrax tivesse mais uma ninhada. Já Baela possuía Bailalua, um dragão esverdeado com quase o mesmo tamanho de Vermax e Arrax.

Por isso Visenya, Rhaena e Joffrey tinham o costume de se sentarem na praia e observarem seus irmãos treinarem seus vôos. Quando Daemon e Rhaenyra podiam, levavam os filhos em seus Dragões, Visenya geralmente ia em Syrax com a mãe, e Rhaena e Joffrey em Caraxes com Daemon, por Caraxes ser maior.

E assim o tempo passou, Rhaenyra engravidou de seu primeiro filho com Daemon, que recebeu o nome de Aegon e em seguida engravidou de seu quinto filho, ao qual deu o nome de Viserys.

E em todos esses anos não voltaram para Porto Real e ninguém de lá fora visitá-los.











Oie, então esse foi um capítulo de encerramento de um ciclo, vamos adentrar uma nova fase na vida de Visenya, espero que gostem e obrg por lerem♥️.

Vestido que Visenya usou no funeral de Laenor↓








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