Taste / HYUNLIX [sendo reescr...

By Beeluv004

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- Por que não conta a verdade para eles, Hyunjin? - sussurrava próximo ao seu ouvido enquanto estava ao lado... More

[Prólogo] Você que me quis aqui, Jinnie
Hétero com H de Homossexual
Seja o que Deus quiser
Sua namorada não tem dado conta?
Não teve bons sonhos?
Isso vai dar merda...
Você pensa demais, Hyunjin...
Quer me matar de infarto, praga?!
Felicidade de pobre dura pouco
Vocês se comeram lá?
Eu prefiro cair de moto
Certamente um milagre
Eu fui tão insensível assim?

[INTERLÚDIO]

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By Beeluv004


O Fardo da Maldição.

Nyma corria o mais rápido que conseguia naquela floresta escura, sequer conseguia enxergar a trilha diante de seus olhos. Os tremores eram incessantes, as olhadas para trás se tornavam constantes.

Ele estava lhe perseguindo, prestes a abater uma presa tal como um caçador. A pele retinta gotejava devido ao cansaço, suas pernas pareciam querer lhe abandonar, seus fios encrespados esvoaçavam por causa do vento.

A Akello sabia que seu fim estava chegando, mas ainda sim não deixava de lutar. Seus pensamentos eram focados em sua família, em Anna e principalmente Michael, os maiores tesouros de sua pequena e infeliz existência.

A mulher correu até chegar próximo a um lago, ele era um tanto familiar, sequer se recordava direito onde havia o visto. As névoas escondiam a visão das árvores esguias, o assovio dos ventos bagunçava seus sentidos.

— Quanto mais tentar lutar, pior se torna para me controlar, Akello. — a voz grave de Hwasung ecoou atrás da menor, fazendo-a saltar devido ao susto.

O Hwang não entendia o motivo de estar sendo controlado, seu corpo não obedecia aos seus próprios comandos, nunca havia se descontrolado daquela forma, aquilo era incomum.

Hwang Hwasung era um homem gentil, com seus belos fios longos, construiu uma belíssima família com Oh Min-ae, até vir seu pequeno filho, Hwang Hyunjin.

A criança era sua maior fã, sempre querendo estar consigo o máximo que conseguia. Dono de um sorriso doce e principalmente herdando sua gentileza. Hwasung ajudava a todos o máximo que conseguia.

Talvez fosse para esconder a podridão que sua vida era…

— H-Hwasung, p-por que está fazendo isso? — os olhos marejados da mulher não mentiam, suas famílias eram amigas desde os nascimentos dos pequenos, vê-lo ali, prestes a infringir machucados a assustava. — O-Os pequenos… e-eles…

— Eu não quero fazer isso, Nyma! M-Mas… não consigo controlar mais! — grunhiu de dor, mordendo os próprios lábios, afundando às presas na carne enquanto puxava os próprios fios. — E-Eu… preciso…

— N-Não, p-por favor! — passou a andar para trás, entrando dentro do lago na medida em que o Hwang vinha em sua direção. — A Anna está m-me esperando! E-Eu não quero morrer!

Chorava, tentava conter os soluços em vão, tropeçando em uma das pedras e continuando a se arrastar, com a respiração desregulada e ofegante.

— Me desculpa, Nyma… — pedia em meio as lágrimas, com suas íris se tornando rubras e aos poucos perdendo o controle. — Mas eu não posso deixar o Hyunjin sozinho.

Puxou o calcanhar da mulher com força, fazendo-a escorregar para dentro da água e bater a cabeça. Não hesitou em afundar as presas e sugar toda sua vida.

Naquela noite, Hwasung chorou por nojo de si mesmo, soluçando alto enquanto ainda tinha os lábios sujos daquele líquido rubro, suas roupas estavam molhadas e os gritos altos de seu sofrimento eram levados pelo vento.

A fim de esconder seus atos, com vergonha de si mesmo, o Hwang a causou traumas de um afogamento acidental, sem se importar com a marca de suas presas no calcanhar.

Andou de volta para casa de cabeça baixa, observando os próprios pés, sem se importar com o corpo encharcado pela água, aquilo não era importante para si. Só conseguia lembrar do rosto desesperado de suas vítimas.

Abrir a porta de casa e ser recebido de forma calorosa por seu próprio filho, o deixava enojado de si. Vendo o sorriso largo do pequeno Hwang e até mesmo como deixava seus fios crescerem para ficar parecido consigo.

Hwasung era um monstro desde o nascimento e esperava que Hyunjin não carregasse aquele fardo.

— Papai,  você finalmente voltou! — abraçou as pernas do maior, com um sorriso no rosto. — A mamãe preparou pipoca para a gente!

— I-Isso… é ótimo, filho… — respondeu com um olhar distante, tentando conter as próprias lágrimas, sentindo a vergonha lhe corroer. — Eu… vou tomar um banho e… logo desço, tá bom?

— Não demora, papai!

(...)

— Não tenho o dia todo, Felix. — o rosto de Jimin era impassível, a pequena criança ofegante lutava para se levantar, com os hematomas pelo rosto. — Você precisa aprender isso se quiser sobreviver.

— M-Mas… eu estou fazendo o que disse! — rebateu frustrado, com um bico nos lábios enquanto tentava lutar contra as próprias lágrimas. — E-Eu não consigo…

— Não sei como pode ser o meu filho. — revirou os olhos, impaciente com as falhas do menor. Talvez fosse o desdém constante de ver os traços daquela mulher em sua criança. — Como pretende sobreviver se não consegue alterar seus feromônios? Você é um Incubus e não um humano, Lee Felix!

— E-Eu sei… m-me… — fungou baixinho, tentando controlar o choro preso em sua garganta. — M-Me desculpa, papai… eu prometo que estou tentando!

— Não está fazendo o suficiente. — rebateu com raiva, causando mais lágrimas no pequeno Lee.

— Para de o tratar dessa forma, Asmodeus. — uma pessoa se pronunciou na conversa, recebendo a atenção do loiro.

O cabelo cacheado com suas mechas azuis, os olhos fundos e magros, além de os lábios róseos, além do corpo curvilíneo coberto por uma blusa vinho, espartilho e calça pretas. O piercing no nariz denunciava sua própria identidade, Lúcifer odiava o comportamento do demônio da luxúria.

Becky - como gostava de ser chamado - observava a feição do maior com um olhar mortal, querendo corrigi-lo naquele momento. O príncipe do orgulho deixava claro o desgosto naquelas atitudes.

— Então se vira com ele, não quero vê-lo até que esteja pronto para me servir. — se levantou do pequeno banco, caminhando em passos rápidos para longe da ponte, sem olhar para trás.

O pequeno Lee, sentado em posição fetal próximo ao Rio das Almas, não conseguiu conter o choro alto, frustrado com suas próprias falhas em tão pouco idade.

— Ei, diabinho, não chora… — se sentou ao lado do menor, respirando aliviado ao descansar seus pés com aquela bota apertada. — Aquele cuzão não merece suas lágrimas. — acariciou os fios escuros do mais novo.

— Becky… p-por que o papai me trata desse jeito?

— Porque ele é um homem mal amado. — bufou revirando os olhos. — Aquele merdinha te trata assim por ser um imbecil.

— Mas ele está certo, Luci… — fungou, com os olhos inchados. — Como eu posso ser filho do Asmodeus, sendo que sou tão fraco?

— Você é mais forte do que pensa, Felix. — envolveu a criança em seus braços, apoiando a bochecha em sua cabeça. — Apenas te falta confiança, diabinho.

— Se eu sou forte, então por que não consigo fazer algo que todo mundo faz?

— Se todo mundo se jogar dessa ponte, vai pular também? Desde quando é “Maria Vai-com-as-outras”? — deu um peteleco na testa da criança, rindo soprado. — Precisa parar de se basear nas outras pessoas.

— E como eu faço isso?

— E eu lá sei?! Dá teus pulo, garoto! — se separou do abraço, se levantando e o puxando para cima. — Sou o príncipe do orgulho e não Jesus Cristo pra fazer milagres!

— Realmente, né. Me dá conselhos que nem você mesmo seguiu. — suspirou, deixando Becky boquiaberto de indignação com a forma como o menor se dirigia ao motivo de ter caído.

— Desaparece da minha frente antes que eu enfie essas chamas no teu rabo, Felix! — apontou para longe, esbravejando enquanto o menor corria em meio as gargalhadas.

— Desculpa, invejoso!

Notas finais:

Cof cof, só quem leu a primeira versão sabe o quanto esse capítulo aqui fez falta...

Espero que tenham gostado! O próximo é o perfil dos personagens da primeira temporada e o prólogo, ainda hoje devo soltar o primeiro capítulo!

Até logo!

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