-Só digo uma coisa, esse cap está foda.
-Quem conseguir comentar e votar eu agradeço 💗
💨A vida não é muito boa sem amor💨
Dessa vez não tivemos nenhum minuto para descansar ou beber água, isso com certeza é mais para a emoção do que grana... Não que eu não esteja grata, mas só 500 reais é pauleira.
Chester pega o microfone e começa a cantar, dessa vez não teve nem introdução de música, só continuamos direto.
"I don't know who to trust, no surprise
Everyone feels so far away from me
Heavy thoughts sift through dust and the lies"
Agora era Mick que tomava posse de seu microfone.
"Trying not to break, but I'm so tired of this deceit
Every time I try to make myself get back up on my feet
All I ever think about is this
All the tiring time between
And how trying to put my trust in you
Just takes so much out of me"
Chester se posiciona bem a frente do palco e solta sua voz árdua e potente.
"Take everything from the inside
And throw it all away
'Cause I swear for the last time
I won't trust myself with you"
Winter quase se matava enquanto tocava a bateria sem parar, esses refrões são muitos dependentes de bateria.
"Tension is building inside, steadily
Everyone feels so far away from me
Heavy thoughts forcing their way out of me"
"Trying not to break, but I'm so tired of this deceit
Every time I try to make myself get back up on my feet
All I ever think about is this
All the tiring time between
And how trying to put my trust in you
Just takes so much out of me"
Mick termina sua parte e bebe um pouco de água para conseguir continuar.
"Take everything from the inside
And throw it all away
'Cause I swear for the last time
I won't trust myself with you"
Eu fico boba como Chester consegue alcançar essas notas e não para nenhum minuto sequer para beber uma água.
"I won't waste myself on you
You
You
Waste myself on you
You
You"
"I'll take everything from the inside
And throw it all away
'Cause I swear for the last time
I won't trust myself with you"
"Everything from the inside
And just throw it all away
'Cause I swear for the last time
I won't trust myself with you
You"
You
Finalizamos mais uma música e tivemos uma pause de 5 minutos para "descansar" e beber água, isso não dá nem para sentir o cheiro do descanso.
Era incrível ver Chester interagindo com a plateia, bem, a banda toda interagindo.
Será que era tipo que uma necessidade ter palavrão? CJ disse alguma coisa sobre envolver palavrões dessa mais intenso, não concordo, mas também não discordo.
Eu amo tocar e amo bandas, mas não posso negar meu sorriso de orelha a orelha ao notar que era a última da noite.
O show continuaria rolando de boa, até porque eles param para tirar fotos com alguns fãs e começam interagir, a diferença é que não teria a banda no palco.
Até queria ficar mais, mas temos compromisso.
Procuro Mina com os olhos e vejo a mais velha perceber meu ato ao levantar a mão e acenar em minha direção.
Fico pensando, já pensou ela aqui no palco enquanto canta alguma coisa da Lana del Rey e eu acompanhando enquanto toco guitarra.
Sou retirada de meus pensamentos após Chester me avisar que eu iria ser a cantora principal.
Isso não estava nos ensaios, tento esconder meu nervosismo, mas era impossível.
Cada um tomou sua posição e pelo que aparentava, eu iria cantar sozinha até o final.
Vamos lá! Eu consigo! Repetia para mim mesma, enquanto andava em passos lentos para frente ao público.
Não quero xingar, quero falar sobre alguma coisa motivadora ou que fique em suas memórias para sempre.
— O tempo é uma das coisas mais valiosas que temos, é incrível como o relógio marca nossa vida, é tão irreal... Sabe o que é isso meus amigos? Isso é a porra do Linkin park.
"It starts with one"
"One thing, I don't know why
It doesn't even matter how hard you try
Keep that in mind, I designed this rhyme
To explain in due time (all I know)"
"Time is a valuable thing
Watch it fly by as the pendulum swings
Watch it count down to the end of the day
The clock ticks life away, it's so unreal (it's so unreal)"
"You didn't look out below
Watch the time go right out the window
Trying to hold on, to didn't even know
I wasted it all just to watch you go (watch you go)"
Estava chegando a hora, estava chegando a hora do melhor refrão do mundo.
"I kept everything inside
And even though I tried, it all fell apart
What it meant to me will eventually
Be a memory of a time when
I tried so hard and got so far
But in the end, it doesn't even matter
I had to fall to lose it all
But in the end, it doesn't even matter"
"One thing, I don't know why
It doesn't even matter how hard you try
Keep that in mind I designed this rhyme
To remind myself how I tried so hard (I tried so hard)"
"In spite of the way you were mocking me
Acting like I was part of your property
Remembering all the times you fought with me
I'm surprised it got so far (got so far)"
"Things aren't the way they were before
You wouldn't even recognize me anymore
Not that you knew me back then
But it all comes back to me (in the end)"
"You kept everything inside
And even though I tried, it all fell apart
What it meant to me will eventually
Be a memory of a time when"
Agora eu já estava mais segura de mim mesma, mais confiante e mais solta para a plateia. Por um momento pensei que o verdadeiro Chester tinha entrado no meu corpo, parecia que só tinha eu cantando e pulando, até os instrumentos ficaram mais altos enquanto a plateia cantava junto e vibrava.
"I tried so hard and got so far
But in the end, it doesn't even matter
I had to fall to lose it all
But in the end, it doesn't even matter"
"I've put my trust in you
Pushed as far as I can go
For all this
There's only one thing you should know"
"I've put my trust in you
Pushed as far as I can go
For all this
There's only one thing you should know"
Nesse momento os pais dos irmãos sobem no palco e cantam junto comigo.
Isso parecia um sonho, seria os 500 reais mais bem ganhos em toda minha vida.
"I tried so hard and got so far
But in the end, it doesn't even matter
I had to fall to lose it all
But in the end, it doesn't even matter"
Era incrível olha para a plateia e estarem todos gritando seu nome, pulando, gritando, vibrando e batendo palmas.
Era para lá de 50 ou mais adolescentes, todos curtindo, gritando e cantando. Todos sem vergonha alguma.
Às vezes a adolescência não é tão ruim.
Talvez seja realmente a melhor fase.
— OBRIGADA! VOCÊS NÃO SABEM O QUANTO ME FIZERAM FELIZ HOJE!
Então era esse o tipo de intimidade com a plateia? Era falar o que surgisse na mente?
Infelizmente minha mãe e meu irmão não estavam presentes, mas eu tinha meus amigos ali, minhas amigas e até mesmo colegas da escola.
Eu queria que meu pai estivesse aqui também... Mas que se foda ele, se ele não quer me ver, vai para puta que pariu, tô bem melhor sem ele.
Era verdade? Não, mas eu iria tornar verdade.
— ACHARAM QUE TINHA ACABADO? VAMOS TOCAR UMA ÚLTIMA RELÍQUIA BRASILEIRA E EU QUERO ESCUTAR A PORRA DE SUAS VOZES BELEZA?
Chester seguia interagindo com a plateia novamente.
— BELEZA PORRA!
Será que eles treinam para falarem juntos? Que irado!
— Você disse que sabia tocar violão, certo? Chester sussurra em meu ouvido.
— Sim, eu sei, por quê? O pergunto confusa, não fazia a mínima ideia de que música ele iria tocar.
— Vamos tocar "Ainda gosto dela do skank" sabe essa relíquia? Chester rebate a minha pergunta.
— Claro!
— Show! Então vamos!
— Essa aqui é para todos os apaixonados que terminaram e continuam amando, quem nunca? Quem nunca terminou e sofreu pela ex ou pelo ex? Que atire a primeira pedra quem nunca deu esses vacilos na hora da raiva.
Chester falava enquanto eu começava a tocar o instrumental no violão recém entregado a minha mão.
Eu posso estar louca ou o que for, mas eu jurei ter visto Sana e Tzuyu se entreolharem, seus olhos se encaram em um olhar quase perfurante, olhos perdidos também... Se tanto se amam, por que ficam nisso? Idai que elas acabaram de terminar, ainda tem amor? Então voltem!
Isso que estraga a vida dos jovens, essa palhaçada de ficar pensando no que os outros vão falar atrapalha muito, experiência própria.
Não tem nem um dia que haviam terminado e a atmosfera no nosso grupinho mudou de uma forma extraordinária. Tzuyu fica dando desculpas para se isolar e Sana fica numa palhaçada querendo pagar de superada, mas, no fundo, chora sozinha.
Ser jovem era complicado.
"Hoje acordei sem lembrar
Se vivi ou se sonhei
Você aqui nesse lugar
Que eu ainda não deixei"
Era incrível como Chester conseguia mudar a voz dele de grave para um tom mais calmo e suave.
"Vou ficar
Quanto tempo é vou esperar
Eu não sei o que vou fazer não"
"Nem precisei revelar
Sua foto não tirei
Como tirei pra dançar
Alguém que avistei"
"Tempo atrás
Esse tempo está lá trás
Eu não tenho"
A plateia cantava junto como um verdadeiro coral, existia tanta gente sofrendo assim no mundo? Nem sabia
"E eu ainda gosto dela
Mas ela já não gosta tanto assim
A porta ainda está aberta
Mas da janela já não entra luz"
Sana e Tzuyu cantavam com alma, as duas fingiram apenas estar sentindo a música, mas ficavam o tempo todo se olhando discretamente.
"E eu ainda penso nela
Mas ela já não pensa mais em mim
Em mim não"
Tzuyu cantou esse verso na força do ódio. Ela nem tinha certeza e estava afirmando isso, mas eu estaria do mesmo jeito.
"Ainda vejo o luar
Refletido na areia
Aqui na frente desse mar
Sua boca eu beijei"
Essa música era sobre as duas? Eu tô perdendo o protagonismo na minha própria história?
"Quis ficar
Só com ela eu quis ficar
E agora"
"E eu ainda gosto dela
Mas ela já não gosta tanto assim
A porta ainda está aberta
Mas da janela já não entra luz"
"E eu ainda penso nela
Mas ela já não pensa mais em mim
Eu vou deixar a porta aberta
Pra que ela entre e traga a sua luz"
"Hoje acordei sem lembrar
Se vivi ou se sonhei
Você aqui nesse lugar
Que eu ainda não deixei"
"Vou ficar
Quanto tempo é vou esperar
Eu não sei o que vou fazer não"
"E eu ainda gosto dela (e eu ainda gosto dela)
Mas ela já não gosta tanto assim (tanto assim)
A porta ainda está aberta
Mas da janela já não entra luz"
Era isso mesmo que eu estava vendo? Tzuyu chorando de um lado e Sana do outro? Mas o que me tirou total atenção foi ver Mina chorar.
"E eu ainda penso nela
Mas ela já não pensa mais em mim
Eu vou deixar a porta aberta (eu vou, eu vou)
Pra que ela entre e traga a sua luz"
A alegria tinha acabado e a graça também. A graça acabou assim que vi Mina chorar e não podia simplesmente parar e ir até ela.
"Traga a tua luz, baby
Sua luz, entre e traga a sua luz, é
Ainda gosto dela
Sua luz, sua luz, sua luz, sua luz (ainda gosto dela)
Entre e traga a sua luz"
Agradeço mentalmente assim que Chester acaba a música e agradece ao palco.
Agradeço pois não sou sem educação e sinalizo para Chester que estava de saída.
— Que houve? Aconteceu algo? Sabe que pode falar comigo né? Está tudo bem? Alguém mexeu contigo? Me fala que eu resolvo agora, é só você apontar.
Falo tentando me controlar e simplesmente não agarrar a mais velha e arrancar a resposta o mais depressa possível.
Eu ainda tenho que aprender a lidar com as pessoas, é complicado e eu não sei...
— Calma, não aconteceu nada, ok? Eu só fiquei triste com a música, ela fez uma grande trilha sonora por boa parte da minha vida...
Mina estava escondendo algo, eu sinto que sim.
Abraço a mais velha e digo que estava tudo bem, pois eu estava ali com ela.
Após uns minutos Jihyo a chama para conversar particularmente e eu me afasto para perguntar Momo o que tinha rolado com a mais velha.
— O quê aconteceu com a Mina? Ela estava chorando e sinto que estava escondendo algo, não sei explicar.
— A única coisa que ela está escondendo é o sentimento que tem-
A fala de Momo é cortada por uma Sana raivosa que pós sua própria mão na boca da japonesa.
— Calma aí, deixa a garota falar, Sana. Eu já estava cansada da Sana se metendo nas coisas invés de cuidar da sua própria vida.
Eu posso estar fazendo uma tempestade por coisa boba? Sim, eu tenho certeza. Mas isso não é legal, Sana tem que aprender a deixar a sua irmã viver com base nas suas próprias atitudes. Por mais que ela a ame, não é assim que a banda toca.
Esse dia já estava me rendendo uma dor de cabeça...
— Se a Mina não disse, significa que não é para falar, se mete na sua vida se controla, Momo!
Sana era um amor de pessoa, mas quando queria ser insuportável ela conseguia.
Não precisava tratar ela dessa forma, ainda mais na frente de todos.
— Não precisa falar assim com ela, também não é certo ficar guardado as coisas o tempo todo.
Nayeon a repreende por sua atitude.
— Não se meta! Sana estava irreconhecível.
— Você fala direito com ela, ninguém tem culpa que você não consegue resolver suas coisas e agora quer ficar descontando nos outros. Jeongyeon ficou puta pela forma que Sana tinha falado com sua namorada.
— Quer saber?
Sana é interrompida por uma Jihyo nervosa com toda situação.
— Você bebeu por acaso? Elas estão certas! Sana, para com isso e se controla!
A Momo não falou nada e você caiu matando, para de ser assim com Mina e a deixe viver da sua própria forma.
Ela podia ter dormido sem essa.
Agora, sim, parecia que Sana tinha voltado a si, só Jihyo ou Tzuyu conseguia "controlar" Sana.
— Me desculpa! Sana estava chorando? Que bipolaridade é essa? Por que jovem é tão complicado? Estou falando como se eu não fosse pior, idai?
O clima ficou estranho mais uma vez, que cansativo!
Também não podemos ficar nisso com ela. Ela estava passando por um momento complicado e só nós sabemos o que esta passando por nossas cabeças. É injusto julgar quando nós fazemos o mesmo.
Sana e Momo eram melhores amigas, aposto que existia mais momentos como esse...
— Agora vamos mudando essa cara e partiu minha casa! Que bom que Jihyo quebrou o clima desconfortável que tinha sido formado entre a gente!
Isso era normal, somos melhores amigas e tem dias que esses momentos acontecem.
X
O caminho para a casa da Jihyo foi calmo e suave, a japonesa já tinha se acalmado e todas nós estávamos rindo e brincando novamente, exceto Tzuyu e Sana.
Ainda continuavam na mesma situação, ambas fingiam não ligar, mas todos nós sabemos que estavam sofrendo.
Chegando no local descemos do carro e adentramos a casa de nossa amiga.
Sabíamos que não podíamos beber, principalmente eu e Dahyun, mas adolescentes sem noção juntos, clima festivo, todos com a emoção na flor da pele, bebida e coragem, o quê podia acontecer?
A pergunta era, o que não podia acontecer?
Exato, não podia acontecer tudo que estava acontecendo, mas aconteceu e continuou acontecendo.
Quais as possibilidades de tudo dá errado? A meu ver, era 100% e mais um pouco.
Andando pela casa ao lado de Mina, vimos uma cena que não estávamos esperando nunca em nossas vidas.
Tzuyu e Jihyo? Aos beijos? Nunca que eu iria esperar isso delas, meu deus, agora que Sana surtava mesmo.
Mas, nossa curiosidade não deixou sairmos do lugar até escutar a possível conversa.
— É... Você... Achou o mesmo que eu né? Tzuyu perguntava meio incerta e Jihyo não estava diferente.
— É... Eu acho que sabe... Não encaixou né?
— Com certeza não encaixou. Tzuyu e Jihyo começaram a rir descontroladamente.
— Que parada retardada foi essa? Olho para Mina incrédula que não estava diferente.
— Eu nunca imaginaria... Tem possibilidade de ser o álcool? Mina me perguntava incerta do que falava.
— Com certeza, Tzuyu não é acostumada a beber, quem é acostumada é a pinguça da Jihyo. A respondo de forma risonha e Mina logo me acompanha.
— Nós beijamos bem, mas... Só não encaixou certo? Tzuyu perguntava morrendo de medo de ter beijado mal.
— Com certeza, você beija bem, só não encaixamos e isso deve ser coisa de sentimento, sabe? Você ama e ainda gosta da Sana e eu graças a Deus não mais.
— Tem possibilidade de esquecemos isso amanhã? Tzuyu perguntava enquanto sentia o álcool correr por sua veia.
— Às vezes sim e às vezes não, depende muito, espero que você não comece a agir estranho depois disso, você é linda e uma graça de garota.
Após isso Tzuyu agradece o elogio e travaram uma conversa sobre Sana, Jihyo disse que Sana amava Tzuyu como ela sempre quis que Sana a amasse, mas nunca aconteceu e nunca iria acontecer.
Isso doeu, doeu para caralho!
— Isso doeu! Mina me encarava enquanto me puxava para sairmos para outro lugar.
— Acabei de pensar isso. A respondo rindo enquanto a própria me puxava até as escadas.
— Vamos a onde? A pergunto sem parar de andar.
— A casa da Jihyo é enorme, vou te mostrar o terraço, já foi lá? Mina me pergunta com um sorriso lindo em seu rosto.
— Bem, eu acho que nunca fui lá. Falo dando de ombros e continuo a seguindo.
Cara, da para ver a cidade inteira daqui.
Isso é tão lindo... Eu estava admirada enquanto olhava tudo de forma surpresa, nunca tinha visto aqui.
— Não é lindo? Mina me pergunta de forma gentil.
— Muito! A respondo surpresa e fazendo uso do seu sorriso.
Podíamos escutar a completa bagunça que rolava no andar que estávamos, com certeza ela vai se arrepender ao acordar.
Essas vândalas junto com a vândala chefe vulgo Jihyo, estão destruindo a casa.
— Adoro ficar no telhado. Dá para ver a cidade toda daqui, toda não, exagerei. Mina comenta enquanto me olha fazendo uso de um sorriso tímido.
— É mesmo uma porcaria de cidade né? A pergunto enquanto sorrio para a mais velha.
— Óbvio! Mina ri ao me imitar.
Estava um clima bom e um ambiente bom ao lado de Mina, estava tudo tão perfeito... Até alguém fazer retroceder ao caminho que fez chegarmos aqui.
Porra! Que chato!
Agora era um ótimo momento para um beijo se essas empatas fodas não ficassem de palhaçada.
— Vira, vira, vira, vira! As meninas gritavam incentivando Jihyo a beber um copo inteiro de bebidas alcoólicas misturadas, que coisa sem noção!
— Vira, vira, vira! Eu e Mina continuamos incentivando Jihyo a terminar de beber.
Eu não sabia que jogar Twist com bêbadas fosse tão engraçado, ao contrário das meninas, eu e Mina só bebemos um copo e nada mais.
— Esquerdo, PÉ ESQUERDO. Sana gritava para Tzuyu que ria de se acabar.
— E o que eu estou fazendo de errado? Tzuyu ainda tinha a cara e coragem de perguntar o que estava fazendo de errado.
— VOCÊ ESTÁ COM A MÃO DIREITA, QUE HORAS EU DISSE MÃO? Sana gritava por algum motivo retardado, já que estávamos todas juntas.
— OLHA QUEM FALA, VOCÊ ESTÁ COM A MÃO DIREITA ONDE NEM ERA PARA ESTAR. Tzuyu gritava de volta enquanto ria por qualquer motivo.
— Sendo assim eu tiro. Sana cai por cima de Tzuyu assim que tira sua mão por pura implicância com a mesma.
Todos nós ficamos em silêncio pelo acontecido, mas começos a rir assim que vimos as próprias começarem a rir também.
— Não dou uma semana para voltarem. Nayeon fala enquanto fazia um selar de lábios em sua namorada.
— Uma semana é muito. Jeongyeon falava enquanto sorria para sua namorada.
— Elas são fofas! Mina me encara assim que aponta me mostrando as interações da mesma.
— Ainda acha isso? Falo enquanto aponto as duas quase se engolindo na frente de todos.
— Acho que é melhor paramos de ver essa pouca-vergonha. Mina fala enquanto olha horrorizada Nayeon beijar a Jeong enquanto estava sentada no colo da mesma.
— É isso que o álcool faz... Momo aparece no nosso meio nos dando um pequeno susto enquanto olhava incrédula para as duas.
— É mais estranho vocês olharem invés de fazerem o mesmo... Dahyun fala enquanto puxa o pescoço de Momo para um beijo afoito.
— Minha casa não vai virar centro de orgia, podem parando! Jihyo aparece quase caindo após ver o quase sexo em sua sala.
Todas nós explodimos em risada, tudo era motivo de riso, estava tudo tão engraçado.
— PORRA! Temos que ir para casa agora.
Mina grita enquanto olha o horário em seu celular.
— São que horas? A pergunto por conta do desespero da mais velha.
— 00:30... Me encara quase falecendo em minha frente.
— MINHA MÃE VAI ME MATAR! Grito de volta e começo a me despedir das meninas.
Quando íamos nos despedir da Sana e Tzuyu, decidimos não atrapalhar o beijo necessitado das duas.
— Você acha que... Mina me pergunta quase sussurrando após apostar para as duas.
— Não, definitivamente não. Falo enquanto puxo Mina para seu próprio carro.
— Minha mãe vai me matar!
— VAI NOS MATAR! Mina me corrige e de repente começos a rir.
Isso não tem nem graça, mas nossas barrigas estavam doendo de rir, isso era normal quando estávamos perto uma da outra.
X
Entramos em casa pianinhas e agradecemos muito a Deus por minha mãe não ter chegado ainda.
— Peguei vocês. JK aparece nos assustando.
— AAAAAAAAAAA Eu e Mina gritamos em uma sincronia perfeita.
— Que grito é esse? JK nos olha como se estivéssemos gritados à toa.
— Que susto! Seu filha da puta!
— Vocês fizeram treinamento? Vocês se prepararão para essa viadagem de falar tudo juntas ou é só a conexão mesmo?
JK nos olha enquanto lança um sorrisinho maldoso em nossa direção.
Era nesses momentos que eu queria matar ele de porrada.
— Como foi lá no show, meu amorzinho? JK me agarra ao perceber minha cara de puta da vida.
— Foi incrível! Falo eufórica já lembrando de toda situação.
— Sua irmã tem um talento incrível! Mina fala me fazendo corar fortemente.
— Não sei vocês, mas eu já estou cansado e vou dormir, se divirtam e não durmam tarde em.
Assim que Mina vira as costas para andar até meu quarto, fecho minha mão direita e bato a palma da minha mão esquerda em cima da direta fazendo um sinal de "tá fudido" para JK que entende e sobe rindo.
— Esse filha da putinha tá fudido. Resmungo enquanto subo para meu quarto ao lado de Mina.
— Você quer tomar banho primeiro ou eu vou? Mina me pergunta enquanto pega suas roupas que tinha deixado aqui.
Por que não vamos juntas? Como eu queria que aquele copo fizesse efeito.
— Pode ir você primeiro, amo esperar. Que porra é essa? Esse copo fez efeito, mas fez ao contrário do que eu queria.
— Ok, então, senhora amo esperar. Mina entra no banheiro enquanto ri da minha vergonha.
Eu não mereço isso, eu não mereço.
Após um tempinho Mina sai do banheiro e cara, que visão é essa? Me pergunto enquanto me perdia ao secar a mais velha
— Ca-ra-lho! Cubro minha boca com minhas mãos após deixar escapar o que não devia.
— Que foi? Mina me pergunta rindo tímida.
— Nada, tchau! Corro para o banheiro e me tranco lá fingindo que nada tinha acontecido.
Caralho que porra é essa.
Eu tenho que parar de xingar, eu tenho que parar de fazer tanta coisa que meu deus...
Depois de uns minutos tomando meu glorioso banho, saio do banheiro com a cara e coragem usando meu pijama preto casual.
Parece que Mina havia feito de propósito, aquele babydoll rosa-claro idêntico ao da Mon em gap The series, eu acho que quero brincar de morder lábios…
Me deito ao lado da Mina e espero que minha coragem surja para finalmente puxar algum assunto.
— Mina? Você gostou de hoje? Eu fiquei feliz que você aceitou ter ido comigo... Foi bem importante para mim... Obrigada por hoje!
— Eu amei! Tudo foi tão incrível! Chae, você é incrível no palco e com certeza vai ser a crush de todos, eu vi como o pessoal te olhava…
Eu não consigo decifrar a Mina, isso me irrita. Ao mesmo tempo que parece ser um ciúme, parece ser apenas uma frase normal e eu que sou iludida maluca.
— Chae?
— Oi?
— Sabe o que eu quero agora? Mina me perguntava enquanto virava de lado para me encarar.
— O quê? Debato com outra pergunta.
— Ser beijada.
Meu corpo gelou, eu travei, a qualquer momento eu podia pular de emoção, eu não sabia o que fazer.
Mas ser beijada por quem? Por mim ou por qualquer outra pessoa nesse mundo? Pode ser qualquer um e eu sou muito iludida.
Dou um pulo da cama e fico em pé a encarando, por incrível que pareça, meus olhos ainda estavam vidrados no seu.
Mina se levanta e se aproxima de uma forma tão próxima que sentíamos a respiração e os batimentos uma da outra.
Eu fiquei feliz por seus batimentos não estarem diferentes do meu, ambos acelerados, ambas respirações descontroladas e ambas necessitando da mesma coisa.
— Eu posso? Não quero que isso acabe que nem da última vez, então se quiser parar, está tudo bem, ok? Eu só não quero me afast-
Surpreendo a mais velha a interrompendo de terminar sua fala com um beijo carinhoso e calmo.
Eu não sei da onde tirei tanta coragem, mas eu consegui, eu a beijei e quero mais disso.
A mesma segurou meu rosto querendo aprofundar aquele beijo que tanto sentia necessidade desde muito tempo de sua vida.
Acabo deixando um gemido baixo escapar assim que sinto sua língua adentrar a minha boca. Beijar Mina era tão bom. Era a melhor coisa do mundo.
Puxou-a mais para perto, sentindo os seios dela se apertarem contra os meus. Aperto sua cintura sentindo Mina contornar meu pescoço com os braços. Eu sonharia obviamente com isso.
Nossas cabeças se movimentavam como se fosse uma dança, uma dança que tinha a necessidade de desfrutar ao máximo daquele momento. O beijo acabou quando a falta de ar se faz presente, mas antes, Mina puxou meu lábio inferior finalizando com um selinho.
Mina quase pulou de emoção, tudo bem que esperei por isso durante meses, mas Mina esperou durante anos. A emoção que passava por nossos corpos era inacreditável! Eu queria mais, eu precisava.
Deixo minha vontade falar mais alto e a puxo novamente para outro beijo, dessa vez mais afoito e com mais confiança de que isso estava certo.
Que vontade imensa de dizer que a amava.
Finalizo com um pequeno selar em seus lábios e a olho nos fundos de seus olhos, eu podia enxergar o para sempre, podia enxergar o futuro e nossas vidas juntas.
Eu sou muito emocionada mesmo.
Nossos rostos estavam próximos, tão próximos e com a mesma tonalidade de um gorro do papai Noel. Eu podia sentir meu rosto queimar enquanto seus braços ainda estavam rodeados por meu pescoço.
— Boa noite, Chae! Mina me dá um rápido selar e me puxa para se deitar na cama com ela.
Tenho que esperar um minuto para conseguir pronunciar qualquer palavra que saia da minha boca, eu ainda estava em choque por ter finalmente a atitude que tanto aguardei.
— Boa noite, Minari! A puxo para dormir da famosa conchinha de casal, já tínhamos dormido assim quando ela estava passando mal, por que não hoje?
— Chae? Promete que isso não vai nos afastar de novo? Mina me pergunta, eu podia sentir sua voz vacilar e seu corpo se arrepiar ao meu toque.
— Eu não vou cometer o mesmo erro, ok? Eu não vou me afastar de você, não mais... Aperto mais ela demostrando firmeza em minha voz que não estava diferente da dela.
Eu me sentia bem mais feliz do que em todos os dias que vivi sem ela na minha vida.
Realmente, a vida não é muito boa sem amor.
E Mina era meu amor e sinto que em alguma parte dos meus 14 anos ela já havia se tornado meu amor, eu só não aceitava isso por covardia.
Dou um pequeno selar em seu pescoço e sinto a mesma se arrepiar.
— Está com sono? A pergunto tentando manter a calma que já não havia há muito tempo.
— Eu continuo sem acreditar em tudo que acabou de acontecer, e ainda não acredito que estou aqui dormindo de conchinha com o amor da minha vida, é complicado, mas é incrível!
— Eu também estou sem acreditar, eu não sabia que tinha tanta coragem dentro de mim, eu não sabia nem que podia ter atitude com alguém... Talvez seja você, você traz a melhor parte de mim a tona.
Provavelmente esse era o momento de calar a boca e dormir, e fizemos justamente isso.
Realmente, a vida não é ótima sem amor.
E Mina era meu amor e sinto que em alguma parte dos meus 14 anos ela já havia se tornado meu amor, eu só não aceitava isso por covardia.