Segunda chance - michaeng

By Ravenahtts

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Chaeyoung nem imaginava que sua vida iria virar de cabeça para baixo após a grande festa de Myoui Mina e sua... More

AVISOS+ INFORMAÇÕES
As vergonhas dos 13 anos de idade
O peso de ter 14 anos
Entre tapas e tintas
Perguntas sem respostas
O amor e o ódio andam lado a lado
O aniversário de Mina
O peso de ser famosinha
Festa de 15 anos parte 1
A carta
Essa festa promete??
Autoconhecimento
Vela
O remetente da carta
Sonho ou não?
Nem sempre o que você gosta é ideal para sua vida?
Um encontro divertido
Relacionamentos são complicados
Trabalho?
A vida não é muito boa sem amor
Farinhas e água
Dia de limpar o coração
Sharon?
Reconciliação
foda-se ela
Eu amo replay de tudo
O melhor natal de todos
Castigo
Falar da vida dos outros é errado e não ter responsabilidade afetiva também.
25/01
Capítulo final
Agradecimentos

Confissão e um pedido de desculpas

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By Ravenahtts

-ME DESCULPEM PELA DEMORA DO CAP😭😭😭 MAS ESSE É UM DOS MAIS GRANDES ATINGINDO 5000 E POUCO DE PALAVRA.

-Nesse cap vai ter referências da famosa fic de SATZU(Apcv) da autora afaclos.

-Finalmente vai ter a confissão de algo que muitos já sabiam.

-Espero que votem e comentem bastante 💗(se conseguirem)

-Espero que vocês consigam ter paciência para entender tanto a Chae quanto a Mina, nenhuma das duas tem noção do que passa na cabeça uma da outra. As duas tem seus pontos de vista e as duas foram machucadas de forma diferente. A adolescência é um período complicado e que ainda está sendo formado a maturidade.

💨 Confissão e um pedido de desculpa💨

— Chae?? Chae?? Bom dia! 
— Vamos acordar? Vamo querer? 

Gente? Virou rotina todo mundo me acordar? Não durmo mais nessa merda.
Infelizmente sou despertada do meu sono da riqueza e encaro as duas figuras que estavam me fitando. 

— Oporra, eu só queria dormir em paz! Exclamo choramingando.
— Bom dia para você também! Nayeon fala com um ar de deboche.
— Bom dia para quem? Não tô dormindo direito.
— Para de choramingar, tigre. Jeong fala enquanto bagunça meu cabelo.
— O quê vocês querem? Falem logo.
— Gente, que ignorância é essa? Vou até ir para casa depois dessa. Nayeon finge um possível drama.
— Vamos, meu amor, não se misture com essa gentalha. Jeong entra na brincadeira idiota de Nayeon. 

Só percebo o quanto tempo estava a encarando quando uma delas se pronuncia perguntando o quê tinha acontecido. 

— Nada, é que eu acho vocês bonitinhas, muito fofas e muito minhas mães.
Eu não estou mentindo, elas são fofas, brigam o tempo todo, como cachorro e gato, mas não se desgrudam de maneira alguma. Um dia espero ter o que elas têm. 

— Obrigada! Nayeon agradece enquanto senta no colo de sua namorada.
— Gente? Na minha frente não. 
Pode saindo do colo. 
— Jeong passa seus braços envolta da Nayeon e a segura forte.
— Nem me pagando. Nayeon fala enquanto me olha com um sorriso brincalhão e as duas começam a rir.

Enquanto estou rindo, tento buscar confiança e coragem dentro de mim.
Quando finalmente a encontro, abro minha boca para pronunciar o que eu queria. 

— QUASE ESQUECI DE FALAR, MINA BATEU NO BANGCHAN. Nayeon praticamente grita assustando eu e a pobre da Jeong.
Não sei porque a Jeong ainda se assusta, era para estar acostumada já. 

— QUE DIA FOI ISSO? Dessa vez eu, que estava gritando, não podia fingir que aquilo não me surpreendeu ao máximo.
Mina era muito tímida e "inofensiva" para tudo, imagina para bater em alguém.
— Foi no dia que você faltou devido ao ocorrido lá, ela estava muito mal também. Pela primeira vez tínhamos visto a velha Mina. A mina sem maquiagem, roupas confortáveis, quieta na dela e até mesmo "indefesa" eu e as meninas agimos de forma bem legal e acolhedora com ela. 

Eu continuei desacreditada e surpresa, aquilo realmente estava acontecendo? Não posso conter minha curiosidade e logo trato de pedir para continuar. 

— CONTINUA! O QUÊ ACONTECEU MAIS? MANO COMO ASSIM? MINA? MINA BATENDO EM ALGUÉM? Pergunto eufórica.
— FOI EXATAMENTE ASSIM QUE FIQUEI, EU FIQUEI MUITO DESACREDITADA QUANDO EU, EUZINHA AQUI VIU.
— Temos que agradecer pela Nay ser fofoqueira. Jeong se pronuncia rindo e não demora muito para ser repreendida por Nayeon.
— O quê disse Jeongyeon? Nayeon a olha fervendo de raiva.
— Nada, amor! Nada, nadinha de nada, acredita? Falei nada. Jeong faltava pouco se tremer e olha que ela mesmo falava que não seria pau-mandada de mulher.
— Isso aí Nayeon, põe moral mesmo. Falo rindo e percebo o olhar de "quero te matar" da senhora pau-mandada.
— CONTINUANDO... Eu estava voltando da diretoria a pedido da professora quando vi a Mina saindo da sala e batendo de cara com Bangchan. Parecia uma cena de faroeste, Mina e ele se encarando intensamente, ele quase falecendo e ela a todo tempo demostrando ódio.
Parece que ele estava tentando se desculpar quando foi atingido em cheio com um soco na boca. Eu amo ele, mas eu achei muito engraçado!
— ENTÃO ELA REALMENTE NÃO BEIJOU ELE? Acabo deixando a animação escapar.
— Que animação foi essa em? E bem na parte suspeita. Jeong falava enquanto me encarava de uma forma engraçada.
— E depois deu um tapa em cheio na cara dele. Jeong completou a frase que fez eu surtar internamente.
— MANOOOO, EU TÔ SEM ACREDITAR ATÉ AGORA. MINA? MINA BATENDO NO CHAN. Mas aconteceram mais coisas depois? Eu tô completamente em choque, quero saber de TODOS os detalhes.
— Ela perguntou a ele o porquê dele ter feito isso, deu um senhor esporro nele e hablou muito nele. 
Ele pediu desculpas e disse que não podia explicar o motivo agora e disse que iria fazer de tudo para explicar para você. 
— E pelo visto, Nayeon não foi a única que viu toda situação. Jeong falava enquanto tentava se lembrar do quê tinha acontecido.
— Como eu não tô sabendo de todos esses assuntos? Eu dei um tempo de rede social, mas agora tô arrependida.
— Os dois mais fofoqueiros da escola viram e gravaram tudo e ainda postaram no tt. Jeong continuava o assunto.
— Quem? Pergunto curiosa.
— Jennie e o V. Nayeon fala e não fico nenhum pouco surpresa.
— A dupla da fofoca, ano passado eles espalharam para todo mundo que o Hyunjin era um gayzao incubado. Falo lembrando do ocorrido, foi muito errado, mas muito engraçado. Lembro que todo mundo caiu em peso brigando com eles.
— E quando eles viram o diretor ficando com a faxineira e fez tudo mundo da sala ganhar passeio durante uma mês. Jeong lembrava de mais uma que eles aprontaram.
— E quando eles gravaram Félix falando sozinho e postou em todas as redes sociais com a #felixesquisitomasémeuamigo.
— EU LEMBREI DESSA. Félix ficou muito puto por um bom tempo com eles. Mas foi muito engraçado. Me pronuncio em meio de risadas e não demorou muito para escutar outras risadas.
— Eu juro que não entendo até hoje como eles nunca foram expulsos. Nayeon ria indignada.
— Ele não expulsou Mina e Chaeyoung por escaralhar a escola com guerra de tintas. Jeong falava enquanto ria de todas as guerras.
— V, Lee know, Ningning, Yoongi, J-Hope, Hyunjin, Jennie, Rose, Jimin, Kai que anda com o grupinho do Soobin, Bambam, Soobin, Yuta são o esquadrão fofoca, meu maior medo é algo meu cair no ouvido deles. 
— Vamos falar mal do povo da escola? Nayeon propôs super animada.
— SIM. Eu, Jeongyeon e Jk dizem ao mesmo tempo.
Perai JK? Da onde ele surgiu? 

— Vamos começar pelos mais populares e até mesmo os insuportáveis.
— Os mais bonitos também. JK completa a frase de Nayeon e a conversa vai fluindo.
— Então cada um fala dois nomes. Jeong propôs e todos concordamos. 

— Seulgui e Irene. Porra, temos que concordar que elas são o casal mais bonito que eu já vi, as duas são gostosas para caralho, cuidam da própria vida, cantam, são famosas, populares não só na escola e foram o primeiro casal gay a se assumir naquela escola.
— Tenho que concordar. Afirmo e em seguida já falo os meus.
— Mina e Sana. Deixando a rivalidade de lado, Mina e Sana são as irmãs mais gatas, populares, mais conhecidas, boletim impecável e as mais bem vestidas, a maioria das meninas mataria para ser elas. Jeong brinca dizendo que iria fingir surpresa porque já imaginava que eu iria falar da Mina.
— Jisoo e Lisa. Mano, Lisa dança para caralho, todos ficam hipnotizados. Jisoo é um livro fechado, eu daria tudo para saber o quê se passa na cabeça dessa garota. Nayeon fala e todos concordam e acaba entrando em um rápido assunto sobre ninguém conhecer a Jisoo.
— Jackson e o ex da Jennie. Jackson é o padrão mais desejado daquele colégio, bonito, brincalhão, engraçado, educado, com as melhores festas, acontece de tudo nas festas dele. Kai além de dançar pacas, é bonito, popular para caralho, ainda mais quando namorava a Jennie e às vezes ele ainda usa umas roupas duvidosas, juro que não consigo achar ele bonito com aquelas viadagens, mas as garotas faltam pouco morrer. 

— Agora os mais gente boa e engraçados. Nayeon anuncia outra etapa. 

— Minha irmã e J-Hope. Temos que concordar que não tem uma só pessoa que não gosta da Chae naquele colégio. J-hope é um amor de pessoa, eu morro de rir quando ele está com os meninos.
— Félix e Dahyun. Félix é super carismático e engraçado. Dahyun além de ser muito fofa, é muito engraçada e gente boa também. Jeongyeon afirma.
— Ainda mais agora que vive de bom humor devido à Momo. Afirmo e escuto Nayeon falar.
— Yeji e Yeri. Elas são muitos fofas e tem quase o mesmo nome.
— Quem é quem? JK pergunta um pouco confuso.
— Yeji é a que namora a Ryunji e Yeri é aquela que anda com a Selgui e a Irene. Nayeon o responde.
— Nessa escola só tem gay né. Afirmo brincalhona e todos concordam rindo.
— Jeongin e Han Jisung. Os dois são fofos, gente boa e engraçados. Afirmo enquanto vejo os demais concordar.
— Eu acho que o Han Jisung e o Lee know namoram. O Lee know fofoqueiro, aquele que veio aqui ontem. JK afirma meio duvidoso.
— E choca o total de 0 pessoas. Falo brincalhona fazendo todos terem uma crise de riso.
— Cansei de falar da vida dos outros. Nayeon solta um suspiro.
— Mas eu não, os mais lerdos? Pergunto.
— Momo e Tzuyu.
— Momo e Tzuyu
— Momo e Tzu
— Momo e Tzu

Foi muito engraçado como finalmente todos chegaram a mesma opinião.
— Para finalizar, os mais "misteriosos"??
— Jisoo e Tzuyu. 

O fato que todos responderam em uníssono fez com que todos começarem a rir descontroladamente.
Eu amo esses momentos que me fazem flutuar de felicidade, eu amo meus amigos e amo ficar perto deles.
Meu momento de admiração é cessado assim que escutamos batidas na porta e barulhos de pessoas chamando. 

— Quem é?? JK desce perguntando e some de nossa vista. 
Após dois ou três minutos JK sobe com as meninas que vieram fazer uma pequena visita.
Senti saudades de BangChan no nosso meio e mais ainda da Mina. 

— Gente, agora que está todo mundo aqui. Fiz uma breve pausa e dei um longo suspiro arrastado para em seguida voltar a pronunciar as diversas palavras que saíram de minha boca.
Todas prestando atenção esperando atentamente o quê escutaria. 

— Eu não sei nem como vou falar isso.
— Fala logo, que mistério do caralho. Tzuyu fala sem paciência.
— Calma, deixa ela falar logo. Sana a rebate e faz com que Tzuyu cale a boca rapidamente.
— Pau-mandada. Momo fala fingindo uma tosse.
— Olha quem fala. Jihyo ri alto enquanto olha para Dahyun.
Puta merda, essas vacas não calam a boca. 

— Eu gosto da Mina. Falo de uma vez e vejo a reação de cada uma.
— E choca o total de 0 pessoas. Jihyo e Tzuyu falam de forma debochada e em meio de risos.
— EU FALEI, EU SEMPRE FALEI. Dahyun e Momo começam a pular em forma de comemoração.
— EU SEMPRE DISSE PORRA. Jeongyeon fala levantando Nayeon no colo.
— Esperei tanto por isso. Nayeon fala fingindo limpar lágrimas de seus olhos.
— ATÉ QUE FIM PAROU O CU DOCE. JK grita e começa a comemorar com Momo e Dahyun.
— PAREM COM ESSA BADERNA SEUS BANDO DE FULERAGEM  SE NÃO EXPOSO TODO DA MINHA FAZENDA AGORA. Brinco fazendo referência a The walking agreste. 
— A fazenda não era do seu irmão? Dahyun começa a rir após completar a referência. 
— Eu não entendo o humor de vocês. Jihyo fala vendo Eu, Dahyun, Tzuyu, Sana, JK e Jeongyeon quase morrendo de rir.
— Ainda bem que você é normal né Nayeon? Esquece. Jihyo desiste quando vê Nayeon  tentando imitar o gago do vídeo. 

Após eu conseguir cessar a crise de riso estendida que estávamos, começo a falar novamente sobre o assunto.

— Mas eu tô com medo, eu sempre fico com raiva ou triste das merdas que ela fez, mas eu também fiz bastante merda e fiz ela chorar bastante, e se... Ela não me querer mais? Ainda mais depois das coisas que eu disse para ela, eu só faço merda. 
Falo enquanto suspiro de forma frustrada e passo as mãos em meus cabelos.
— Ainda mais depois dela ter beijado o BangChan…  
— OPA, OPA, OPA, PERAI. MINHA IRMÃ É LÉSBICA SUA BURRA!! L.É.S.B.I.C.A. VAI FALAR QUE NÃO SABIA? IMPOSSÍVEL! Sana gritava praticamente de forma óbvia.
— O QUÊ? MENTIRA? ELA? MINA É LÉSBICA? EU NÃO SABIA SÉRIO.
Falo tentando processar a tal informação.
— CHAEYOUNG VOCÊ É MUITO LERDA! Até JK começa a gritar e dar tapas de leve em minha cabeça.
— Dois, dois porque é burra. Momo puxa o famoso "dois, dois" e geral começa a fazer essa palhaçada em mim.
— EU SÓ NÃO SABIA INFERNO. Falo tentando me explicar e me sentindo burra por todo mundo saber, menos eu.
— E eu achava que não podia ficar pior. Jihyo fala batendo a mão em sua própria testa. 
— E como você vai contar para ela? Jeongyeon pergunta curiosa.
— Eu não sei ainda, acho melhor nem falar nada.
— SEM HIPÓTESE ALGUMA. VAMOS FAZER UM 4 É PAR. Tzuyu se pronuncia e todos nós olhamos para ela ao mesmo tempo.
— Sana o quê você fez com minha bebezinha? Nayeon olha para a Sana de forma incrédula e Sana tenta se defender. 

— Eu não sei ok?? Eu ainda tô com um sentimento de vergonha e eu não sei se realmente gosto dela, mas eu gosto de implicar com ela, de ver ela, de falar com ela, de abraçar ela, dos olhos dela, da boca dela, da voz dela, do sorriso dela, de quando ela canta e às vezes eu quero beijar ela, às vezes quase sempre, mas é só às vezes.
— Nem você acredita nisso. Tzuyu fala e recebe risadas de todos.
— Você tá muito afrontosa depois que começou a sair com Sana. 
— Ela sempre foi, essa insuportável! Jeongyeon fala em meio de risos e recebe um tapa de Nayeon.
— Não fala da nossa filha assim. Nayeon repreende Jeongyeon e escuta um pedido de desculpas e em seguida recebe um pequeno selar de lábios. 

— PAU-MANDADA. Falo em meio de risos, sou refutada por Dahyun.

— Igual você vai ser da Minari.
— Até parece que vou ser pau-mandada dela, até parece.

— Então você vai ser dela? Momo fala me olhando com ironia e um olhar suspeito carregado de deboche.

— Chega, pode vazando todo mundo dessa merda. Falo fingindo estar brava e todos caem na risada. 

                                      X 

Depois de um tempinho as meninas vão para casa e Sana pede para falar comigo a sós. 

— Bem, o quê você quer falar comigo? Fiquei até assustada quando você pediu para conversar comigo a sós. Nós se afastamos um pouco depois do ocorrido entre mim e Mina. Dou um longo suspiro pesado e espero Sana responder.

— É exatamente sobre isso, sobre Mina. Chaeyoung, você tem certeza que gosta dela? Olha, só eu sei como Mina sofreu em todo esse processo, apenas eu e ela. No dia que você teve aquela reação, Mina passou a noite inteira comigo chorando de soluçar, aquele foi o primeiro dia após anos que Mina dormiu comigo. O sofrimento dela se estendeu durante meses e até anos, ela sofria por sentir a falta da sua amizade e sofria por amar você, você tem ideia do que é passar dias e meses escutando sua irmã achar que tem algo errado com ela? Chorando por ser daquele jeito? Não é o quê você fala, é como você fala. Eu me afastei um pouco de você porque é a minha irmã, qualquer um iria agir do mesmo jeito. Eu te amo, te amo de verdade, mas eu vivo e morro pela minha irmã. Doeu me afastar de você, mas eu também não poderia viver da mesma forma com você após ver minha irmã sofrendo, você me entende né? Doeu muito quando nosso grupinho se separou, foi cada uma para seu lado, por mais que agora está voltando aos poucos, não vai amenizar a forma que tudo aconteceu. 

Eu estava sem palavras, eu apenas abaixei a cabeça e busquei palavras para não ficar em silêncio, foi um baque saber que Mina sofreu dessa forma, sofreu como eu sofri, chorou como eu chorei e pensou como eu pensei. 

É incrível como o mundo é, às vezes os dois lados pensa e sofre da mesma maneira e nenhum dos dois sabem ou buscam saber, o orgulho acaba com a vida de qualquer um. Com o orgulho você chega longe, mas também fica sozinho. Por isso tudo depende do diálogo e da compreensão.
Caralho, fui cirúrgica nessa.

— Tudo bem, eu entendo perfeitamente o seu lado e o lado da Mina, mas, poxa, eu sofri, eu também chorei por dias, meses e anos. Até porque eu não perdi apenas a Mina, eu perdi você e os melhores momentos da minha vida. Você acha que eu não sofri por não ir no aniversário dela pela primeira vez na vida? Eu ignorava para quem foi ou deixou de ir, eu estava preocupada com a saúde mental dela e com ela.
Às vezes você me trata como se só a Mina sofresse, eu não te julgo, pois fiz o mesmo, também tratei a Mina como se só eu sofresse. Eu só tinha 12 anos, a Mina ainda tinha você para recorrer para falar sobre sua sexualidade ou dúvidas constantes, mas e eu? Você já parou para pensar que eu não tinha ninguém para me ajudar com isso? Minha família inteira é homofóbica, você sabia muito bem como minha mãe era, você mais do que ninguém conseguiria ter me ajudado ao invés de falar para a Mina me tratar que nem merda. 

— Me desculpa, eu errei muito também. Você tem razão, eu mais que ninguém te entendia e fiz o errado, mas foi apenas o meu extinto protetor falando mais alto. Sana encarava o chão onde estávamos sentadas e brincava com seus dedos.

— Não te culpo, qualquer um teria a mesma atitude. A única coisa que me chateou foi o fato de quê foi tudo muito rápido e doido.
Minha mãe e minha família são todos homofóbicos, minha mãe vivia falando que eu deixaria de ser o orgulho dela, eu só usava roupas mais confortáveis e nada "femininas" eu era muito mente fechada devido à minha mãe, meu maior medo era deixar de ser o orgulho dela. Mina era minha melhor amiga, uma das pessoas que eu mais amava e tudo mais, foi estranho uma pessoa assim te beijar, eu fiquei com medo de tudo. Fiquei com medo da minha mãe, da situação, da Mina, do depois, da mãe, da Mina, da minha mãe descobrir e dê o resto. Reconheço que foi totalmente errado a forma que eu disse para a Mina, não tem nada de errado com ela... O problema sou eu mesmo.
Descarrego tudo que tinha que falar enquanto brinco com barra da minha blusa, foi um alívio dizer tudo isso. 

— Não fala assim, não tem nada de errado com vocês duas, vocês eram apenas crianças e eu fui muito radical com você e com ela. É complicado ser a irmã mais velha, você sempre tem que saber de tudo e como resolver tudo. 
 
Sana se levanta e faz sinal para que eu faça o mesmo. Assim que faço sou surpreendida com um abraço apertado e carícias em meu cabelo.
Eu perdi a noção do tempo de quando não dávamos esse abraço, tanto tempo, tanto tempo esperando finalmente me resolver com Sana, era uma sensação única, me deu vontade de chorar de emoção.

Quando separamos do longo abraço, vejo Sana limpando as lágrimas que escorria por seus olhos.
Sana sempre foi muito sensível e dona de um coração de ouro.
Nós despedimos e vejo Sana andar em rumo para sua casa, entretanto Sana para e se vira para deixar sua última pergunta.

— Se tanto se amam por que toda essa dificuldade? 
Eu não soube responder, agora essa pergunta martelava em minha cabeça. 
"Por quê?" Eu podia escutar Sana perguntando isso trilhões de vezes em minha cabeça. 

— Se você quer que aconteça, dessa vez você vai ter que fazer esforço. Ainda dá tempo, você decide quanto tempo falta para vocês ficarem juntas, mas só começa se estiver decidida. Tchau, tigre!!

— Eu quero e vou fazer esforço para isso. Mas e se eu não ter mais tempo? 
Perguntei apreensiva.
— Mina sempre vai ter tempo para você, esse é o problema.
Sana me deixa completamente sem palavras e dessa vez segue seu próprio rumo sem ao menos olhar para trás. 

Eu estava decidida em ir na casa da Mina e hoje seria o dia, mas um dia de cada vez, não quero apressar tudo e muito menos chegar nela e descaralhar tudo que está acontecendo

                                   X

Bato uma vez em sua porta e espero que alguém atenda, espero não, estava torcendo para alguém atender.

Enquanto ninguém atendia, eu pego meu celular e abro diretamente no aplicativo de mensagens.
Desbloqueio Mina e Bangchan, não era certo fazer isso se foi um mal entendido, mas ainda tô com raiva do Bangchan.

[Você]
Tzu
Tzu
Você tem como ver onde Mina está?
Preciso falar com ela

[Tzu]
Oii tigre
Ela está em casa, morre de bater aí que alguém atende
Sempre acontece cmg

[Você]
Tô com medo

[Tzu]
Vira mulher em

[Você]
E onde vc está? Vc sempre some com Sana e ninguém nunca sabe onde vcs estão, maior esculacho isso

[Tzu]
Estamos no nosso lugar uai
Vc e Mina vão ter um lugar só de vcs
É romântico e fofo
Mas foi caótico a forma que eu e Sana achamos
Mas tudo isso graças ao fato que nos não se suportava

[Você]
Eu lembro quando vc me explicou sobre esse bgl de algo do casal
Vc e Sana tem até um música né?
Stand by me né??

[Tzu]
SIMMMMMMMMMMMM, EXATAMENTE ESSA AI

[Você]
Obrigada Tzu
Vou morfar de chamar aqui, tchau

[Tzu]
E vai morfar mesmo, pq essa família parece de surdo

Guardo o celular em meu bolso e bato três vezes na grande porta bonita e branca da casa da Mina.
Não demorou quatro séculos, apenas dois e alguém abre a porta e me parece que já estava de saída. 

— Oi, minha filha! Quanto tempo eu não te vejo por aqui, Mina fez alguma coisa com você? O quê ela já aprontou dessa vez?  Não me diga que.
— Oi, tia! Ela não fez nada, estamos em paz, eu passei aqui, pois queria conversar com ela. Eu poderia? 
— Claro, mas... Você e Mina? Estão bem? Achei que nunca mais iria escutar isso. 
A senhora Myoui deixa um espaço para que eu passe e me informa que ela estava no quarto.
— Querida, esqueci de comunicar, Mina ainda não está passando muito bem. 

Ok, o plano de contar sobre meus sentimentos foi por água abaixo. Não vou fazer uma mistura de sentimentos na garota agora. 

Subo as escadas cada vez mais pensativa 
e bato em sua porta esperando a permissão para entrar ou o famoso "quem é?" Para minha felicidade, Mina apenas fala que pode entrar e adentro ao quarto sem mais delongas. 

— Está melhor? Mina quase pula da cama ao escutar minha voz, foi engraçado e bonitinho.

— Estou bem e você? 
— Bem, também.
— Você continua passando mal? Pergunto preocupada e já sabendo da resposta.

— Eu já melhorei bastante, não se preocupa, ok? Mina mentia na cara de pau.

— Deixa eu verificar sua temperatura, Mia Colucci. Caio na gargalhada quando percebo que sem querer acabo deixando escapar o apelido que a Mina odeia.

— Chega perto para você o quê eu vou fazer, se eu sou a Mia, você é a Roberta.

— Sempre foi minha favorita mesmo. Falo dando de ombros.

— Você não é mais a Roberta, eu ainda vou pensar em um apelido para você, sua idiota! Mina fala brincalhona e com a voz baixa por conta do seu estado físico. 

Assim que chego perto de Mina, seu rosto se formou em uma tonalidade vermelha e corada, novamente ficamos próximas como ontem. Estávamos tão próximas que tive a sensação que qualquer momento poderia sair um beijo, eu estava torcendo para que saísse. 

— Chae? Veio realmente me ver? Mina me pergunta confusa.

— Sim, e quero falar com você também.

— Você quer que eu levante? Quer alguma coisa para comer ou beber? Mina fala já se levantando e eu a seguro para ficar calma que eu não queria nada.

— Não quero nada, obrigada! A única coisa que eu quero é que você me escute. 

A feição de Mina tinha mudado, ao mesmo tempo que parecia estar feliz, parecia que ela estava tentando controlar o medo e a falsa sensação que ela não estaria quase falecendo naquele momento.

Pensei bastante em como eu pediria desculpas para ela sem fazer aquilo se tornar um bicho de sete cabeça. Não queria pedir um pedido de desculpas do qual não era um pedido de desculpas verdadeiro. Era a mesma que eu derrubar água nela e falar a seguinte frase "Desculpa se VOCÊ se molhou com a minha água" não quero que ela se sinta assim, vou pedir desculpas sem me vitimizar ou colocar justificativa em minhas atitudes. Vou pedir desculpas como eu iria querer ouvir. 

— Mina, eu quero me desculpar com você, me desculpar por causa de tudo. 
Assim que termino esse breve comentário, Mina toma um susto de realidade e, ao mesmo tempo, fica desacreditada, ela não sabia se era verdade ou um sonho. Parecia até drama, mas seus olhos estavam marejados, um pedido de desculpas é realmente importante, eu mais que ninguém sei muito bem disso.
Meus olhos já não estavam diferentes, isso era uma conquista. 

— Eu quero me desculpar pelo… O que aconteceu em nossa infância. Não tem e nunca teve nada de errado com você, a única coisa que era errado era o pensamento em que eu acreditava, infelizmente o pensamento que fez você ter um trauma por muito tempo. A culpa é minha, o pensamento não, mas o que eu disse é culpa minha. Apenas nós mesmos temos controle do que falamos, se eu tinha me sentido mal ouvindo isso, eu não tinha que ter falado para você. Eu tenho culpa por ter me fechado em uma bolha e ter pensado que só eu sofri por esse tempo todo, eu sofri muito com a falta da sua presença e da ausência da sua amizade, eu não sabia que depois dos 10 as brigas se tornam para sempre.
Eu quero me desculpar também por te agido daquela forma com você, eu fui impulsiva, ignorante e arrogante, eu nem tentei te escutar e me sinto culpada por isso. Eu quero me desculpar também por ter te ignorado e ter falado muitas coisas das quais te magoaram muito, e me desculpa por fazer exatamente o quê você disse para não fazer ao ler a carta, eu não tinha lido ainda e fiz aquela merda, mas, eu não consigo ficar sem perturbar ou arranjar desculpas para te vê. Me desculpa por tirar seu direito de ter uma desculpa correta no dia da festa.

Agora finalmente podia soltar todo ar que tinha puxado.
Mina me olhava como se estivesse visto algo inacreditável e ao mesmo tempo lindo, eu não consegui conter as lágrimas em meus olhos e o nó que tinha formado em minha garganta.

— Teve coisas que era apenas dramas...

— Não, não era, aceita as desculpas. Você também errou, mas um erro puxa o outro, uma vez meu irmão me disse que temos que parar de invalidar nossos sentimentos, sentimentos são importantes e especiais. Não devemos nos culpar por sentir.

— Obrigada! Obrigada por tudo, eu te desculpo. 

— Obrigada por me desculpar.

 — Eu sempre fui tão radical, que agora me vejo paralisada em muitos aspectos que não consigo mudar na mesma frequência que antes. 
Eu quero mudar, eu não quero ficar assim, mas tem medo do novo. Mina falava com sua cabeça baixa e de maneira cabisbaixa.

— Mude, mas comece devagar. Porque a direção é mais importante que a velocidade. 

— "Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos" como vou começar a mudar se eu nem sei, mas quem eu sou? As coisas mudaram, eu neguei quem eu era, eu não quero ser ingrata pela Sana e por meus amigos terem me ajudado, mas não era bem assim que eu esperava. Chaeng eu sou chamada de piranha sendo que eu nem beijo, é horrível você passar e escutar cochichos. 
As pessoas vivem na base do "acho" do "achar" porque falam se sabem que não é verdade? 

Agora eu estava completamente perdida e sem palavras, eu não sabia o quê falar e nem como mudar isso. 

— Eu sei que você não é você também sabe. 
Elas falam porque tem inveja de você.
Você tem outra chance, minha Minari.
Eu tô em surto, como eu vou falo "minha Minari" na maior naturalidade, a Mina está tentando disfarçar o rosto corado e eu fingindo que nada aconteceu.

— Como assim? Mina pergunta com um sorrisinho de lado e uma expressão mais relaxada.

— Ano que vem vamos para outra escola, outra fase escolar, outra vida e mais responsabilidade. Você tem chance de voltar ser a antiga Mina ou tentar mudar mais uma vez.

— Eu sempre acreditei que na vida cada um de nós tinha apenas duas chances ou até mesmo uma. 

— Mas quem disse isso para você? A pergunto com um ar de dúvida. 
Nesse momento vejo Mina congelar em meu campo de visão, talvez ela não estava esperando esse tipo de pergunta. 

Após alguns minutos, Mina quebra o silêncio que tinha se formado e eu a encorajo para seguir em diante.

— É complicado quando você cresce em um ambiente que pensa da mesma forma. Infelizmente somos o espelho de nossa família, afinal, a folha só vai para longe da árvore se o vento levar, ou seja, se algo ou alguém interferir 

— Realmente, e gostei da metáfora que usou. Esse parte de ser o espelho da família é um pouco controvérsia, você pode ser até o momento que você decidir mudar, nada é para sempre. Mas eu agora que você saiba que existem outras chances e que você tem outras chances, só cabe a você não desperdiçar lá.
Mina apenas assentiu com sua cabeça e deu um longo suspiro cansativo. 

Talvez esse seja o momento certo para tomar a iniciativa do abraço, por que momentos assim são tão dificultosos? Eu me vejo sem saber como reagir. 

Caminho até Mina e lê dou um abraço aconchegante e acolhedor. 

— Agora você pode desabafar comigo, já te desbloqueei. Brinco e vejo Mina explodir em gargalhada. 
Após notar que Mina estava ainda com uma expressão meio vazia, tento ajudar de alguma forma.

— O quê houve? Pergunto de forma doce ao levantar seu queixo e a fazer olhar para mim. 
— Eu só...
Assim que vejo Mina vacilar com suas palavras, a encorajo para terminar enquanto tirava seus cabelos de seu rosto.

— Eu só senti falta disso, tanta coisa mudou depois de tudo isso que aconteceu.
Mina tentava desviar seu olhar enquanto passava as mãos delicadamente por seus próprios olhos em busca de limpar as pequenas lágrimas que estavam tentando a qualquer custo sair por seus olhos.

— O quê importa é que agora eu estou aqui, eu vou fazer o possível para me redimir com você, mas agora eu tenho que ir para casa, pois estou de castigo.
— O quê você fez? Mina me pergunta curiosa e com seus olhos semicerrados. 

Eu não quero contar o que aconteceu, então vou inventar qualquer coisa aleatória e esperar que ela acredite. 

— Eu fiz abuso com minha mãe e ela me colocou de castigo. Assim que termino minha fala, noto Mina tentar segurar o sorriso que estava lutando para sair de seus lábios.

— Não tem graça! 

— Tem sim! Mina falava enquanto caia em gargalhada.

— Vem aqui, sua palhaça. Deixa eu ver se está muito quente para eu ir em casa. 

Após ter certeza que Mina estava um pouco melhor, peço para que ela me siga até a porta e antes me despeço do Butter, o cachorro da Tzuyu e da Sana e o meu futuro filho, Ray.

— Eu fiquei muito feliz quando Tzuyu e Sana decidiram que eram as mães de Butter e ficaram jurando de pé junto que não tinham nada. Mina comenta rindo baixo e passando a mão pelo de Butter.

— Eu também, Tzuyu ficou arrasada pelo falecimento do pequeno Gucci, até eu chorei.

— Eu amava o Gucci, adorava quando Sana me levava na casa da Tzu. Mina comentava enquanto lembranças a atingia. 

— Mia Colucci, como você conseguiu achar uma raça igual a do Gucci? Eu estava doida para perguntar isso. 

— Para de me chamar de Mia que eu já mandei. Mina bateu de leve no meu braço e tratou de explicar o grande mistério que martelava em minha cabeça. 

— Jihyo me ajudou, na época ela ainda sofria de amor pela Sana, então ela fazia de tudo para ver Sana feliz, até mesmo se fosse fazer Tzuyu feliz. Ela foi comigo procurar essa tal raça e achamos. Nunca contamos para Tzuyu quem ajudou a encontrar, mas eu fiz questão de contar para Sana, eu ainda queria que Sahyo voltasse, mas eu amo e adoro a Tzuyu, até se aproximamos bastante.

— Eu fico estranha e pensando nesse rolê todo de Sahyo e agora Satzu, isso nem é da minha conta, mas eu queria que fosse, queria saber de todos os detalhes.

— Eu também penso assim, não conto para ninguém porque ficam me julgando, agora tenho você para fazer reportagem alheia. Mina comentou rindo. 

— Você já parou para pensar que o cachorro de todo mundo é normal, menos o capeta da Momo? Pergunto de forma risonha e me certificando se Momo não tinha entrado aqui.

— Deixa a Momo escutar isso, sua ridícula! Mina falava enquanto explodia de rir após lembrar do dia que BOO mijou na Tzuyu enquanto ela e Momo dançavam.

— Vai fazer live hoje?

— Que live? Mina me pergunta confusa.

— Ué, as suas lives de jogos ou lives normal.
Falo como se fosse óbvio.

— Eu até tomei um susto, não sabia que você assistia minhas lives, você gosta? Quanto tempo você assiste? Desde quando estávamos brigadas é? Sabia que você morria de amores por mim. Mina me enchia de perguntas provocativas e com seu sorriso de canto. 

Tento disfarçar minha vergonha e meu nervosismo para falar, que ódio, um passo de cada vez, né? Ainda é estranho essa situação toda. 

— Nada a ver, só vejo assim quando aparece no YouTube ou naquele aplicativo que você sabe que eu uso para jogar e larga de ser convencida.
Retruco na mesma altura de suas provocações e finalmente me despeço da mesma.

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