Just Business

By SelmaPereira702

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"Apenas Negócios" Jeon Jeong Kuk, um Alfa Lúpus puro raríssimo, era adorado por todos na época de escola, pri... More

Capítulo 1: Prólogo
Capítulo 2: A Proposta
Capítulo 3: Ômegas de Negócios
Capítulo 4: O Ritual
Capítulo 5: O Contrato
Capítulo 6: A Festa
Capítulo 7: Fim de Jogo
Capítulo 9: Prazer Puro
Capítulo 10: Marca de Cheiro
Capítulo 11: O Primeiro Ninho
Capítulo 12: Ômega Escolhido
Capítulo 13: A Marca
Capítulo 14: O Trauma
Capítulo 15: O Alvo
Capítulo 16: Epílogo
Capítulo 17: Bônus

Capítulo 8: O Magnata

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By SelmaPereira702

   O período quente de um Alfa ou Ômega varia de acordo com sua espécie – um tipo de escalão os dividindo em etapas –, quanto mais próximo do lado animal, mais agressivo. Nessa pirâmide, os Lúpus puros estão no topo do topo, além de serem bem raros, eles são quase lobos de duas pernas. Agressivos, possessivos, protetores, controladores, superiores, extremamente fortes, com a habilidade de liderança impecável, são extremamente perigosos, principalmente em seus momentos quentes. Em momentos quentes as coisas se complicam, quando o lobo tem um tipo de ligação com outro, no caso um lobo Ômega.

E bem, o Lúpus tinha uma ligação com o loiro.

E os momentos quentes também incluem o pré-cio, uma espécie de aquecimento para o pior. O Hut de um Alfa Lúpus puro é extremamente intenso, o que os deixa em desvantagem, já que não é qualquer Ômega que os deixam saciados. Um Ômega comum teria que ficar horas e horas a fio transando sem parar para o aclamar, o que seria rapidamente sanando pelo Ômega certo. Exatamente por esse motivo, que o Lúpus era fiel ao seu desejo, e o seguiria em qualquer lugar onde estivesse, e o teria.

O Lúpus sempre tinha o que quer.

Os demais da sala de ensaio estavam sentindo o clima pesar, até mesmo Dominic, porém, não Jimin. O lobo do Ômega não via simplesmente perigo nenhum, ao menos não para si, o que era um problema para os outros, claro. Os olhos negros alternando entre vermelho e o bordô, liberando sua presença aos poucos.

— então Dominic, o que veio fazer aqui? — perguntou Jimin fazendo os Alfas quebrarem o contato visual.

— tive que vir para resolver alguns contratos para a empresa, e pensei em passar aqui — respondeu Dominic sorrindo, olhando o Ômega, encantado.

— oh, vai ficar quanto tempo aqui? — perguntou Jimin ignorando o moreno mau humorado no canto.

A língua empurrando sua bochecha vez ou outra.

— eu estou pensando em ficar uma semana, conhecer mais a empresa, se me permitir, claro — disse Dominic mordendo o lábio, fazendo Jimin sorrir tranquilo.

— pode ficar à vontade — disse Jimin o acalmando, vendo o Alfa sorrir mais aberto.

— eu... — começou Dominic tomando coragem — queria saber se gostaria de sair comigo para jantar? — convidou mordendo o lábio nervoso.

— cuidado, ele pode ir embora no meio do jantar e te ignorar pelos próximos dias — alfinetou Jeong Kuk debochado, fazendo o Alfa ficar confuso.

— o que? — perguntou Dominic olhando de um para o outro, perdido.

— não é nada! — interrompeu Jimin sorrindo para o Alfa — eu adoraria jantar com você — respondeu.

— sério? — perguntou com os olhos brilhando em animação.

— sim, me pega às oito, ok? — perguntou Jimin piscando para o Alfa, antes de ir para a sua troca de roupas.

— yes! — comemorou Dominic, antes de encontrar o olhar mortal do Lúpus.

o leve para comer kimchi apimentado, é o favorito dele — disse Jeong Kuk passando pelo Alfa e colocando a mão em seu ombro.

Quase o deslocando ao dar um aperto "amigável".

O ensaio acabou um tempo depois, fazendo Jimin reparar que o moreno não estava mais lá. Trocou de roupa novamente e encontrou Dominic no final, saindo juntos da sede conversando. Mesmo que acabou se assustando ao tocar no ombro do Alfa, o ouvindo gemer e dar um pulo no reflexo.

— o que houve? — perguntou Jimin preocupado.

— não é nada, é só o meu ombro um pouquinho dolorido — respondeu o Alfa dando um sorriso fechando, antes de formar uma careta.

— certo, se não puder ir no jantar, não tem problema, podemos remarcar — começou Jimin, mas o Alfa o interrompeu imediatamente.

— não, não, eu te pego às oito — disse rapidamente, fazendo Jimin dar um sorrisinho.

— certo — concordou Jimin vendo o seu carro, pegando a chave do bolso.

— posso perguntar uma coisa pessoal, Jimin? — perguntou Dominic com o cenho franzido em concentração.

— sim, claro — disse Jimin ficando sério também, parecia ser algo importante.

— você tem um Alfa? — perguntou Dominic de repente, fazendo Jimin arregalar levemente os olhinhos.

— oh, não, não tenho — respondeu Jimin mordendo o cantinho dos lábios carnudos.

— você e o Jeon tem algum lance? — perguntou Dominic chegando onde queria, fazendo Jimin rir.

— oh não, a gente não tem nada — garantiu Jimin abrindo a porta do carro — estudamos juntos apenas — completou.

— ah sim, entendo — concordou o americano ainda suspeito — te vejo a noite! — despediu.

O Ômega se despediu de volta e entrou no carro, e o Alfa só fez o mesmo depois de ver Jimin sumir de sua visão. Aqueles olhos vermelhos, a pressão e a forma que o moreno ficou, não parecia não ter nada um com outro. Ao menos algo que os dois saibam que tem, parecia algo mais profundo do que poderia explicar com palavras. Mas se o Ômega disse que não tinha nada, apenas iria aproveitar e tentar algo, afinal, o loiro era tudo que um Alfa poderia querer.

Um Ômega perfeito...

A noite do encontro foi ótima, graças ao "conselho" do Lúpus, o Alfa o levou para comer kimchi apimentado. A desculpa foi que queria experimentar uma das comidas típicas coreanas, mesmo que quase caiu a boca de tanta pimenta. Enquanto isso, o Ômega se lambuzava no molho vermelho, soprando e puxando o ar, lambendo os lábios inchados e vermelhos pela ardor. Se conheceram melhor, contaram as coisas que fez e não fez na escola, histórias da faculdade. E claro, o Alfa percebeu que Jimin sentia algo pelo Lúpus, ódio.

A cada cinco palavras do Ômega, seis era sobre o Lúpus mimado.

Porém, se o Ômega ainda não era maduro o suficiente para reconhecer seus sentimentos, o Alfa era. A verdade era que nenhum dos dois estavam prontos para admitir seus verdadeiros sentimentos, temia até que eles não sabiam do verdadeiro sentimento escondido atrás de todo aquele "ódio". Após o jantar, o Alfa levou Jimin para casa, onde ficaram no carro por um tempo, esperando alguém falar algo ou fazer algo.

— espero que tenha gostado do encontro... — disse Dominic se virando em direção ao loiro, sendo interrompido pelos lábios carnudos.

O beijo pareceu mais um selinho prolongado.

O Alfa arregalou os olhos e o Ômega se afastou, fechando os olhos e suspirando. Antes de abrir os olhos como se nada tivesse acontecido e sorriu para o americano superficialmente, soltando o cinto.

— foi um ótimo encontro, obrigado — agradeceu Jimin abrindo a porta e a fechando, se abaixando da altura da janela — até qualquer dia, Dominic — despediu.

— Ah... — começou Dominic saindo do transe — de nada, até qualquer dia, Jimin — se despediu ainda atordoado.

— pode ir, eu estou em casa — disse Jimin mostrando que estava em segurança.

— eu vou esperar você entrar — insistiu o Alfa, vendo o Ômega rir e ir em direção a sua casa.

E ali, esperando o Ômega entrar em sua casa, Dominic viu claramente o final de algo que nem começou. Acabou de ser rejeitado pelo lobo do Ômega, até o cheiro que Jimin soltou sem querer, tinha o cheiro do Lúpus. O cheiro forte de whisky e hortelã ficou em seu carro para o lembrar, de quem era aquele território.

— espero que ele não venha atrás de mim — murmurou o americano, se arrepiando com a possibilidade, ligando o carro e saindo.

O Ômega entrou em casa e escorou na porta, droga, não teve nem metade da emoção do toque dos lábios finos com o geladinho do piercing. O menor caminhou para o meio de sua sala e se jogou no sofá, olhando para o teto, precisava excluir o Lúpus de seu sistema. Era independente, precisava de uma mudança de ares, talvez uma reforma em sua casa resolvesse o problema, enquanto fazia a limpa em sua mente. Estava pensando no que poderia fazer na casa, quando escutou o celular tocar em seu bolso, vendo o nome "Omma* brilhar na tela.

— alô, Omma? — atendeu Jimin colocando o celular no ouvido.

olá, filhote — cumprimentou a mulher animadamente — onde você está? — perguntou curiosa.

— estou em casa — respondeu Jimin olhando para a sala vazia.

então, amanhã eu vou para Seoul, vou passar uns dias aí — disse a mulher fazendo Jimin arregalar os olhos e se sentar ereto.

— vir para cá? — perguntou Jimin de olhos arregalados.

sim, preciso de férias — disse a mulher tranquilamente, fazendo Jimin passar a mão no rosto.

— certo, Omma — disse Jimin voltando a encostar no sofá — vou arrumar a casa e... — começou desistindo da reforma.

oh não, eu quero ficar em um hotel luxuoso e com tudo de direito — resmungou a mulher, fazendo Jimin revirar os olhos.

— certo, Omma, te levo para um hotel — disse Jimin concordando — estou pensando mesmo em fazer uma reforma aqui em casa, talvez eu fique lá com a senhora — disse olhando para o teto, parecendo tão sem vida agora.

ok, chego aí amanhã a tarde — avisou a mulher, antes de mandar beijo e despedir, desligando em seguida.

O Ômega aproveitou para se levantar e tomar um bom banho para dormir, tiraria o dia seguinte de folga. Precisava arrumar algumas coisas e fazer alguns projetos, além de por sua cabeça no lugar. E não demorou muito para o Ômega apagar em sua cama, sem perceber, sentindo o leve cheiro de whisky e hortelã que ainda estava em seu corpo. Sem perceber, o seu sono melhorava cem por cento por causa do cheiro do Lúpus.

Mas o Ômega ainda não sabia...

A manhã chegou, o Ômega cuidou de tudo que precisava na parte da manhã e foi buscar sua Omma na parte da tarde. Claro que a mulher não desperdiçou a chance de ir ao shopping com seu filhote e Tae Hyeong, comprando roupas novas e algumas coisinhas mais. Tiveram uma noite de Ômegas na casa de Tae Hyeong, onde fizeram receitas e se juntaram para falar que Jimin precisava de um Alfa. E claro, Jimin ameaçou Tae Hyeong de várias maneiras com os olhos, para que não abrisse a boca para falar no Jeon.

Bastava sua Omma o incentivar a casar com o moreno na época de escola...

— Omma, tem tanto hotel nessa cidade — resmungou Jimin pela terceira vez em menos de uma hora.

— eu não quero um hotel qualquer, eu quero o melhor — replicou a mulher irreparável, completamente decidida.

— mas logo o Golden Palace? — perguntou Jimin mordendo o lábio nervoso, aquele hotel o trazia as lembranças que precisava apagar.

Deletar de seus pensamentos permanentemente.

— eu quero ir para o Golden Palace, e você vai me levar lá, vamos! — disse a mulher entrando no carro emburrada, deixando Jimin.

O pequeno olhou para Tae Hyeong, que deu de ombros e entrou no carro também. O loiro ficou em pé olhando para o céu com as mãos na cintura, mas poxa, qual era a probabilidade de o encontrar lá? Não era possível!

Alguns minutos depois...

— olá, gostaria de fazer uma reserva de algum quarto? — perguntou a recepcionista simpática, vendo o sorriso enorme no rosto da senhora Pak.

— sim, queremos dois quartos — disse a mulher animadamente, chamando a atenção de Jimin.

— espera aí, por que dois? — perguntou Jimin franzindo o cenho, recebendo uma careta da mulher.

— eu quero relaxar sozinha — resmungou a mulher, e o loiro estava prestes a revidar.

Antes de perceber que sim, era possível.

O Ômega não se deu nem ao trabalho de responder, se abaixando e andando abaixado até atrás do balcão luxuoso. Os dois olharam para o Ômega escondido atrás do balcão, esboçando reações completamente diferentes uma da outra. O Ômega mais novo estava a ponto de cair na gargalhada, enquanto sua Omma estava com um ponto de interrogação bem grande em cima da cabeça, Jimin podia ver até o sinal se mexendo.

— que porra é essa?! — resmungou Jimin baixinho, olhando para Tae Hyeong — o que ele está fazendo aqui? — perguntou entre dentes.

— ué, ele é dono do conglomerado Golden — respondeu Tae Hyeong tranquilo, fazendo Jimin abrir a boca pasmo — não sabia? Ele herdou toda a linha de hotéis Golden, assim que se formou na escola — completou, deixando Jimin ainda mais embasbacado.

O Lúpus era um verdadeiro magnata.

— o dono? É sério?! — resmungou Jimin escutando passos e logo o cheiro dominante tomou seu olfato.

— olá, está tudo bem? — perguntou Jeong Kuk olhando diretamente para Jimin abaixado.

Para não perder o resto de sua dignidade, o Ômega passou a mão no chão – fingindo pegar algo caído –, antes de se levantar lentamente e olhar para o moreno. Os dois fizeram contato visual um segundo, mas o moreno desviou os olhos ao sentir levemente o cheiro irritante de nozes no menor. Respirou fundo e olhou para a mulher, que o estava encarando com os olhos admirados.

— olá, senhora Pak, é um prazer recebê-la no Golden — disse Jeong Kuk reverenciando levemente para a mulher.

— você é? — perguntou a mulher querendo reconhecer o moreno.

— Jeon Jeong Kuk — se apresentou, vendo a mulher olhar para Jimin de olhos arregalados.

O Ômega revirou os olhos, que os céus o ajude!

— Jimin, pelo amor dos céus, como você deixa um Alfa desse? — sussurrou para Jimin entre dentes, fazendo o Ômega ignorar.

— pode nos dar as chaves dos quartos, vamos ficar por um tempo — disse Jimin para a recepcionista, que tremia com medo de errar em algo.

— filhote, como você deixa um homão desses? — perguntou a mulher se aproximando de Jimin, fazendo o Ômega apertar os lábios.

eu não preciso de um Alfa — resmungou Jimin pegando uma das chaves da mão da moça.

— aproveite a estadia! — desejou Jeong Kuk abrindo um sorriso ladino, embora ainda estivesse bolado pelo americano.

— oh sim, nós vamos! — disse a mulher maravilhada ao pegar sua chave, animadamente.

— os tratem muito bem, são conhecidos meus — disse Jeong Kuk para os funcionários por perto, recebendo confirmação em seguida.

O Ômega ignorou a provocação pegando sua mala de rodinha, andando em direção ao elevador. E por um instante, quase se dirigiu ao elevador pessoal, se corrigindo no último segundo, indo para o comercial. Ainda assim, os seguranças o cumprimentaram com uma reverência, que Jimin achou estranho, mas ignorou entrando no elevador certo. Tae Hyeong correu até o elevador e segurou, até que a mais velha viesse após encher mais o ego do moreno, subindo para o andar dos quartos 811 e 631. O Ômega ignorou sua progenitora citando como o Lúpus era perfeito, rico, lindo, perfeito, rico, todos os trinta e sete andares, sem pausa.

— eu ainda não acredito que Jimin recusa um Alfa como o Jeon — resmungou a mulher pela milésima vez.

— Omma, eu estou cansado, vou descansar — disse Jimin, interrompendo a mais velha, passando a chave na porta.

— fugindo mais uma vez — resmungou a mulher, puxando sua mala pelo corredor.

— aqui é muito chique — disse Tae Hyeong olhando ao redor maravilhado — então, onde vocês transaram? — perguntou curioso, fazendo Jimin revirar os olhos mais uma vez.

E nem era do jeito bom.

— amanhã, eu irei procurar outro lugar para ficar — replicou Jimin entrando no quarto e deixando Tae Hyeong para trás.

— o que? Por que? — perguntou Tae Hyeong entrando atrás do menor, fechando a porta atrás de si.

— eu não vou ficar aqui e correr o risco de ver ele todo dia — disse Jimin descansando a mala no divã nos pés da cama.

— que nada, você quase não vai ver ele, vai estar ocupado demais, mesmo ele morando aqui — disse Tae Hyeong se jogando na cama, arregalando os olhos pela macieza do colchão.

— ele mora aqui? — perguntou Jimin arregalando os olhos surpreso, não esperava por isso.

Na verdade, Jimin achava que o hotel era apenas um local de encontro, onde o Lúpus levava seus casos de uma noite, ou duas, no seu caso. Se Jeong Kuk trazia para sua própria casa os seus encontros, o moreno era mais superficial do que imaginava.

— sim, ele provavelmente mora no último andar, enquanto a mansão não fica pronta — cantarolou Tae Hyeong se deitando e brincado de anjinho.

— e como você sabe disso tudo? — perguntou Jimin cruzando os braços curioso, vendo o mais novo disfarçar.

— bem, você sabe que nós estamos pegando o YunGi... — começou Tae Hyeong mordendo o lábio, desviando os olhos corado.

— nós? — interrompeu Jimin erguendo uma sobrancelha, não perdendo um detalhe.

— eu e o Hobi temos um tipo de relacionamento aberto, sabe? — revelou Tae Hyeong mordendo o lábio, olhando para o menor — onde nós dois escolhemos um terceiro integrante para o nosso relacionamento, e no momento estamos com o Yungi — completou mostrando os dentes, em um sorriso sem graça.

— vocês são loucos! — exclamou Jimin depois de um minuto encarando Tae Hyeong sem jeito, sem dar um pio.

— também não é assim, só estamos em busca da nossa outra metade — choramigou Tae Hyeong com um bico e Jimin segurou o riso, minha nossa.

— você é um caso sério, Tae Hyeong — provocou Jimin rindo, recebendo um travesseiro na cara.

E então uma guerra de travesseiro começou...

As fotos do ensaio foram um total sucesso!

Como o mais novo disse, Jimin ficou ainda mais ocupado gravando mais vídeos e tirando fotos para a marca, não vendo o Lúpus em momento nenhum no hotel. Porém, os dias que sua agenda e a do Lúpus coincidia, o Ômega fazia questão de ignorar a presença do Lúpus, para o seu próprio bem mental. Acontece que sentia seu lobo cada vez mais afetado pelo cheiro do moreno, as vezes se pegava pensando e se lembrando, das sensações, dos corpos juntos, dos gemidos, dos sussurros roucos em seu ouvido, de Jeong Kuk. E claro, não se esquecendo dos sonhos, em qua ouvia o Lúpus gemer o seu nome ao gozar, o fazendo molhar a cama vergonhosamente com seu mel.

Tinha que tirar o Lúpus de sua cabeça!

Com mais e mais ensaios e fotos, o Ômega não teve tempo para nada mais, incluindo sair do hotel. Sua progenitora já havia voltando para Busan, mas ainda não tinha feito a reforma em sua casa, o predendo no hotel. Para Jimin estava sendo fácil, trabalhar na empresa, ensaiar e depois voltar para o quarto apenas para tomar um bom banho e dormir. Para Jeong Kuk no entanto, o Lúpus estava sofrendo as consequências de estar perto do Ômega. Sentir o cheiro doce alguns andares abaixo que o seu, o desejar o tempo inteiro – ainda sem levantar para mais ninguém –, o deixando em abstinência e acelerando a aproximação do pré-cio.

E dessa vez, Jimin estava mais perto que nunca.

— Jeon? — chamou Nam Jun entrando na suíte, atrás do moreno.

O cheiro forte do Lúpus estava quase insuportável para seu nariz, o fazendo pegar um lenço e tampar o mesmo, continuando a sua busca. O mais velho acabou encontrando o moreno deitado dentro da enorme banheira de mármore negra, nú, os braços pendurados para fora e com a cabeça escorada na beirada, mantendo os olhos fechados.

— Jeong Kuk? — chamou Nam Jun, antes de se afastar de uma vez de olhos arregalados, ao ser atacado.

Os olhos vermelhos se abriram em instantes, as garras quase o alcançaram, o deixando assustado. As presas para fora e os braços pendurados na beira da banheira, ainda era aterrorizante para o mais velho, enquanto ouviu o rosnado poderoso do moreno.

— sou eu, Jeong Kuk! — avisou Nam Jun vendo os olhos vermelhos focarem em si de verdade.

mas que porra, Nam Jun! — rosnou Jeong Kuk reconhecendo o seu Hyeong — quer morrer, entrando no meu ninho assim? — perguntou voltando a se acomodar na banheira.

— eu não sabia, eu te chamei e você não respondeu — disse Nam Jun erguendo as mãos o acalmando, foi arriscado mesmo.

eu estou ficando louco! — rosnou Jeong Kuk passando a mão no rosto, mais do seu cheiro sendo liberado.

— é o Jimin? — perguntou Nam Jun ao se lembrar que o Ômega estava hospedado no hotel.

Ainda mais com o Ômega o ignorando.

eu sou a porra de um lobo obcecado — rosnou Jeong Kuk mostrando as presas — o cheiro dele está me deixando louco! — as pupilas se dilataram.

— Jeong Kuk, o seu pré-cio... — começou Nam Jun se aproximando cautelosamente, para tocar no moreno.

Estava quente como o inferno!

eu quero o meu Ômega! — rosnou o Lúpus com sua voz de Lúpus, fazendo Nam Jun se afastar rapidamente para sua segurança.

— oh, merda! — praguejou Nam Jun sentindo mais do cheiro do moreno expandir.

O Alfa se apressou em sair do cômodo, deixando o moreno a sós, claramente o Lúpus estava entrando no pré-cio. Era quase um Hut normal – em outras palavras, era um aquecimento para o verdadeiro Hut –, sendo um Lúpus puro, muito mais intenso que qualquer outro da espécie Alfa. E nesse momento, normalmente apenas o Ômega escolhido tinha o poder de acalmar o seu lobo, sendo completamente perigoso para qualquer um se aproximar.

— alô, Tae Hyeong? — disse Nam Jun entrando no elevador — o Jimin, onde ele está? — perguntou.

Nam Jun Hyeong? — perguntou Tae Hyeong surpreso pela ligação — ele estava voltando para o hotel, por quê? — perguntou.

— o Jeong Kuk entrou no pré-cio, e vai atrás dele — avisou Nam Jun saíndo do elevador rapidamente, olhando ao redor.

como assim ir atrás dele? — perguntou Tae Hyeong perdido, olhando para Hobi sentado na cama.

só avisa para ele que o lobo do Jeong Kuk quer ele — pediu Nam Jun saindo do hotel, esperando trazer o carro para entrar no mesmo.

O seu cheiro no ninho do Lúpus, o deixaria ainda mais descontrolado e possessivo, e queira os céus que Jimin não estivesse por perto. Em momentos como esse, o moreno não saberia diferenciar, só seguiria seus instintos e faria o que quisesse, e claramente Jimin era o que o lobo queria. Acontece que o Lúpus tendo acesso ao cheiro de Ômega todos os dias, acabou adiantando o seu pré-cio.

E assim que o Alfa saiu por um lado, o Ômega chegou pelo outro lado, deixando o carro na mão do manobrista para ser estacionado. Foi direto para o elevador, reclamando do seu celular sem bateria, louco para tomar um bom banho e relaxar. Assim que as portas se abriram em seu andar, o Ômega fechou os olhos e respirou fundo, tentando ignorar o cheiro de whisky e hortelã que o envolveu imediatamente. Foi direto para o seu quarto, deixando o celular na tomada e indo para o banheiro. E ao entrar na banheira, relaxou, soltando sem perceber o seu cheiro.

Atraindo o Alfa para si.

Assim que o cheiro o alcançou, os olhos vermelhos se abriram novamente e o moreno se levantou. Estava quente, insanamente descontrolado, só conseguia sentir o cheiro de rosas e frutas vermelhas, como se o chamasse, o atraindo até lá. Em seu último resquício de controle, saiu da banheira e entrou no chuveiro frio, mas não adiantou, estava pegando fogo, queria o Ômega.

Queria Pak Jimin.

E quando Jimin saiu do banheiro revigorado, se vestiu apenas com um roupão branco felpudo, indo verificar o seu celular. Coincidentemente o celular começou a tocar, o fazendo ir ver quem era, mas alguém bateu na porta chamando sua atenção. Então olhou para o celular e depois para a porta, optando pela porta ao ver o nome de Tae Hyeong na chamada. Falaria com o amigo assim que atendesse quem estava o chamando na porta de seu quarto, e sem olhar no olho mágico, a abriu. O cheiro e presença do moreno o envolveu imediatamente, o deixando mole e submisso, o Lúpus estava pagando fogo de desejo.

E apenas o Ômega era capaz de o saciar...



























































Sempre juntos em qualquer foto de grupo...

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