INTERE$$EIRA ━ palmeiras

By ellimaac

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━━━━━ ❝Puta, vagabunda, interesseira, sem talento, forçada, sem graça.❞ 𝐈𝐒𝐀𝐁... More

𝐃𝐑𝐄𝐀𝐌𝐂𝐀𝐒𝐓
𝟎𝟎 | 𝐏𝐑𝐎́𝐋𝐎𝐆𝐎
𝟎𝟏 | 𝐏𝐀𝐂𝐈𝐄̂𝐍𝐂𝐈𝐀
𝟎𝟐 | 𝐂𝐇𝐀𝐂𝐎𝐓𝐀
𝟎𝟑 | 𝐀𝐂𝐎𝐌𝐏𝐀𝐍𝐇𝐀𝐃𝐀
𝟎𝟒 | 𝐒𝐎𝐙𝐈𝐍𝐇𝐎𝐒
𝟎𝟓 | 𝐔𝐌𝐀 𝐕𝐎𝐋𝐓𝐀 𝐍𝐎 𝐏𝐀𝐒𝐒𝐀𝐃𝐎
𝟎𝟔 | 𝐁𝐄̂𝐁𝐀𝐃𝐀
𝟎𝟕 | 𝐀𝐇𝐎𝐑𝐀 𝐒𝐎𝐘 𝐏𝐀𝐏𝐈
𝟎𝟖 | 𝐒𝐔𝐀 𝐈𝐃𝐈𝐎𝐓𝐀
𝟎𝟗 | 𝐂𝐎𝐌 𝐎 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀?
𝟏𝟎 | 𝐅𝐄𝐋𝐈𝐙? 𝐀𝐍𝐈𝐕𝐄𝐑𝐒𝐀́𝐑𝐈𝐎
𝟏𝟏 | 𝐔𝐌 𝐏𝐑𝐄𝐒𝐄𝐍𝐓𝐄
𝟏𝟐 | 𝐔𝐌𝐀 𝐌𝐀̃𝐄
𝟏𝟑 | 𝐋𝐈́𝐑𝐈𝐎𝐒 𝐁𝐑𝐀𝐍𝐂𝐎𝐒
𝟏𝟒 | 𝐀𝐆𝐈𝐍𝐃𝐎 𝐂𝐎𝐌𝐎 𝐅𝐀𝐌𝐈́𝐋𝐈𝐀
𝟏𝟓 | 𝐃𝐎𝐑 𝐃𝐄 𝐂𝐀𝐁𝐄𝐂̧𝐀
𝟏𝟔 | 𝐓𝐈𝐍𝐈, 𝐓𝐈𝐍𝐈
𝟏𝟕 | 𝐔𝐌 𝐃𝐈𝐀 𝐂𝐎𝐌𝐈𝐆𝐎
𝟏𝟖 | 𝐆𝐈𝐍𝐄𝐂𝐎𝐋𝐎𝐆𝐈𝐒𝐓𝐀
𝟏𝟗 | 𝐅𝐄𝐒𝐓𝐀 𝐉𝐔𝐍𝐈𝐍𝐀
𝟐𝟎 | 𝐁𝐀𝐑𝐂𝐄𝐋𝐎𝐍𝐀
𝟐𝟏 | 𝐅𝐔𝐒𝐎 𝐇𝐎𝐑𝐀́𝐑𝐈𝐎
𝟐𝟐 | 𝐃𝐄 𝐕𝐄𝐑𝐃𝐀𝐃𝐄
𝟐𝟑 | 𝐏𝐀𝐑𝐀𝐁𝐄́𝐍𝐒
𝟐𝟒 | 𝐃𝐄𝐂𝐈𝐒𝐈𝐎𝐍𝐄𝐒
𝟐𝟓 | 𝐑𝐈𝐕𝐀𝐈𝐒
𝟐𝟔 | 𝐅𝐄𝐒𝐓𝐈𝐍𝐇𝐀
𝟐𝟕 | 𝐍𝐎𝐕𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄
𝟐𝟖 | 𝐄𝐌 𝐂𝐀𝐒𝐀
𝐛𝐨̂𝐧𝐮𝐬 (𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚 𝐞 𝐭𝐭)
𝟐𝟗 | 𝐆𝐎𝐒𝐒𝐈𝐏?
𝟑𝟎 | 𝐌𝐄 𝐒𝐈𝐍𝐓𝐎 𝐓𝐑𝐀𝐈́𝐃𝐎
𝟑𝟏 | 𝐔𝐌𝐀 𝐂𝐔𝐑𝐓𝐀 𝐕𝐈𝐀𝐆𝐄𝐌
𝟑𝟐 | 𝐃𝐄𝐒𝐌𝐎𝐑𝐎𝐍𝐀𝐍𝐃𝐎
𝟑𝟑 | 𝐑𝐄𝐂𝐎𝐌𝐏𝐄𝐍𝐒𝐀
𝟑𝟒 | 𝐄𝐑𝐑𝐎𝐒
𝟑𝟔 | 𝐀𝐋𝐋𝐈́ 𝐄𝐒𝐓𝐀́
𝟑𝟕 | 𝐒𝐄𝐔 𝐅𝐀𝐕𝐎𝐑𝐈𝐓𝐎
𝟑𝟖 | 𝐃𝐈𝐒𝐓𝐑𝐀𝐂̧𝐀̃𝐎
𝟑𝟗 | 𝐃𝐎𝐈𝐒 𝐅𝐈𝐋𝐇𝐎𝐒
𝟒𝟎 | 𝐃𝐎𝐌𝐈𝐍𝐆𝐎
𝟒𝟏 | 𝐓𝐈𝐌𝐄 𝐃𝐀 𝐕𝐈𝐑𝐀𝐃𝐀
𝟒𝟐 | 𝐒𝐄𝐔 𝐈𝐃𝐈𝐎𝐓𝐀
𝟒𝟑 | 𝐄𝐒 𝐋𝐎𝐂𝐎
𝟒𝟒 | 𝐏𝐀𝐏𝐀𝐈𝐒
𝟒𝟓 | 𝐓𝐇𝐎𝐌𝐀𝐒 𝐂𝐑𝐀𝐐𝐔𝐄 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀
𝟒𝟔 | 𝐔𝐌𝐀 𝐕𝐀𝐆𝐀𝐁𝐔𝐍𝐃𝐀
𝟒𝟕 | "𝐏𝐎𝐑 𝐕𝐎𝐂𝐄̂"
𝟒𝟖 | 𝐍𝐎𝐕𝐎 𝐀𝐂𝐎𝐑𝐃𝐎
𝟒𝟗 | 𝐌𝐀𝐋𝐃𝐈𝐓𝐎 𝐓𝐑𝐈𝐊𝐀𝐒
𝟓𝟎 | 𝐏𝐑𝐄𝐂𝐈𝐒𝐎 𝐃𝐀 𝐒𝐔𝐀 𝐀𝐉𝐔𝐃𝐀
𝟓𝟏 | 𝐀 𝐏𝐄𝐒𝐒𝐎𝐀 𝐈𝐃𝐄𝐀𝐋
𝟓𝟐 | 𝐄 𝐀 𝐂𝐀𝐍𝐉𝐈𝐂𝐀
𝟓𝟑 | 𝐍𝐀𝐓𝐔𝐑𝐀𝐋𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄
𝟓𝟒 | 𝐏𝐑𝐀 𝐄𝐒𝐓𝐀𝐑 𝐂𝐎𝐌 𝐄𝐋𝐀
𝟓𝟓 | 𝐅𝐈𝐍𝐆𝐈𝐑
𝟓𝟔 | 𝐍𝐄𝐒𝐒𝐀 𝐅𝐀𝐑𝐒𝐀
𝟓𝟕 | 𝐒𝐄 𝐅𝐎𝐑 𝐍𝐄𝐂𝐄𝐒𝐒𝐀́𝐑𝐈𝐎
𝟓𝟖 | 𝐍𝐔𝐍𝐂𝐀 𝐄𝐕𝐎𝐋𝐔𝐈𝐑
𝟓𝟗 | 𝐍𝐎 𝐏𝐔𝐄𝐃𝐎 𝐌𝐀́𝐒
𝟔𝟎 | 𝐂𝐀𝐁𝐄𝐂̧𝐀 𝐍𝐎 𝐋𝐔𝐆𝐀𝐑
𝟔𝟏 | 𝐅𝐀𝐌𝐈́𝐋𝐈𝐀
𝟔𝟐 | 𝐃𝐄𝐒𝐏𝐄𝐃𝐈𝐃𝐀 𝐃𝐄 𝐒𝐎𝐋𝐓𝐄𝐈𝐑𝐀
𝟔𝟑 | 𝐀 𝐆𝐑𝐀𝐍𝐃𝐄 𝐅𝐄𝐒𝐓𝐀 𝐏𝐓𝟏
𝟔𝟒 | 𝐀 𝐆𝐑𝐀𝐍𝐃𝐄 𝐅𝐄𝐒𝐓𝐀 𝐏𝐓𝟐

𝟑𝟓 | 𝐅𝐀𝐂̧𝐀 𝐌𝐄𝐋𝐇𝐎𝐑

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By ellimaac

ISABELLA
São Paulo — capital
no segundo do capítulo anterior

RAPHAEL VEIGA ERGUE A CABEÇA e arregala os olhos assim que me nota, assim que me reconhece e assim que se lembra de todos os nossos recentes momentos juntos. Ou seja, todas as nossas brigas recentes.

— O que você está fazendo aqui? — Pergunto de novo, sem esconder minha surpresa e indignação.

Veiga está meio atordoado com minha presença, quase como se estivesse incomodado ou chocado. Assim como eu não estava esperando por ele, ele também não esperava me encontrar, principalmente pelo fato dos últimos dias eu estar em outro estado.

Me pergunto, se ele ganhou passe livre pra casa da minha mãe com a minha ausência. Não duvido nada. Ela o ama.

— Quando você voltou? — Ele respira fundo, ignorando totalmente a minha pergunta e saindo do elevador, mas fazendo questão de manter uma distância de mim.

— Hoje. — Respondo friamente, cruzando os braços. — E... o que você está fazendo aqui?

— Eu vim deixar as coisas do Tom — ele ergue o braço para mostrar a sacola que carrega, consigo notar algumas roupas ali dentro. Brinquedos. — Conversei com a Dona Lúcia que deixaria na casa dela antes de buscar o Tom na escola. E como o porteiro já me conhece...

Sim. Claro que sim. O porteiro é palmeirense. Mesmo que Veiga não fosse nada, ele deixaria o cara entrar.

— Deixa aqui comigo — digo, seguindo o corredor para poder abrir meu apartamento. Veiga vem logo atrás de mim. — Tem o que aí?

Digito a senha e abro a porta.

— Mano — Veiga simplesmente entra no meu apartamento para poder deixar a sacola na mesinha de frente pro sofá. Naturalmente. Como se fosse da casa. — Minha mãe separou um monte de coisa que ela tinha lá que não serve mais nele. Dona Lúcia disse que ia dar pra um primo de vocês.

— Sim. — O filho da minha prima que sempre fica com as coisas do Tom. A grande maioria eu costumo guardar, por lembrança, o resto eu coloco na doação. — Não me diga que você anda vindo na minha mãe direto?

— Venho — Veiga me responde, colocando as mãos no bolso enquanto eu permaneço ali na porta. — Como você não fala comigo há mais de uma semana, estou tendo que me comunicar com sua mãe sobre as coisas do Tom.

— Claro — cruzo os braços e já fico irritada. Raphael Veiga e sua típica mania de me tirar do sério com tanta facilidade. — Porque eu devo ser a pior pessoa do mundo por não querer falar com o pai do meu filho depois de uma briga.

— Em momento algum eu disse que você era a pior pessoa do mundo. — Ele se defende, manso que só. — Mas que estou sendo evitado, não pode discordar, né?

— Você queria que eu fizesse o quê? Corresse atrás de você que nem uma deseperada depois de toda aquela briga?

Veiga suspira, olhando pra cima, já irritado de onde essa nossa conversa irá chegar.

— Olha, Isabella. Me desculpa. 'Tá legal? Naquele dia, eu perdi a cabeça. — Olha como ele está diferente. Cedendo. — 'Tava acreditando numa coisa que não era real. Mas já passou. E agora eu compreendo as coisas como elas realmente são.

— E como elas realmente são, Veiga? — Estou irritada e não sei o motivo exatamente.

Talvez em saber que ele anda próximo demais da minha mãe que é minha vizinha ou porque uma semana longe após uma briga foi horrível pra minha cabeça, o que não me faz entender o sentimento que agora queima entre nós.

É a vez dele de cruzar os braços e ficar sério.

— Você é apaixonada pelo Piquerez. — Informa o que parece óbvio. — E o que a gente teve foi só um lance. O bebê não tem nada a ver com isso e eu vou criá-lo com amor assim como faço com o Tom. Não vamos cometer os mesmos erros do passado.

— Eu não estou apaixonada pelo Piquerez — digo e não sou sincera. — Ele é meu melhor amigo. As coisas só... saíram do controle.

— Saíram do controle por que você é apaixonada por ele — Veiga tenta me decifrar e isso me deixa ainda mais irritada. — Não minta pra mim para amenizar as coisas. 'Tá tudo bem.

— Não estou tentando amenizar nada. Se eu fosse apaixonada pelo Piquerez, eu nunca me colocaria nessa situação. 'Tá entendendo?? Eu não... eu nem conseguiria ficar com você se existisse sentimento pelo Piquerez. Não sou assim.

— O que você está tentando dizer, Isabella? — Ele fica confuso e eu também.

Não sei exatamente o que estou dizendo porque não sei exatamente os sentimentos que pairam em meu coração. Só sei que existe alguma coisa. Um conflito de emoções. Mas o que elas são? O que elas querem dizer? Eu não sei.

— Veiga, se existisse qualquer tipo de sentimento entre o Piquerez e eu, não acha que a gente já não estaria junto?

— Não, não acho. — Veiga me responde na lata. — Sei que você tem muito medo da opinião pública e nunca se colocaria numa situação como essa onde você passaria de "A Interesseira" para a "Maria Chuteira". Piquerez nunca te colocaria nessa posição também. Ele está sempre tentando te proteger, talvez tenha sido por isso que eu achava que nunca existiria algo entre vocês.

— Não existe nada entre o Piquerez e eu. Somos amigos. Melhores amigos há anos.

— Ah, entendi. — Veiga abafa uma risadinha, abaixando brevemente a cabeça. — Amigos que se pegam, saquei. E a gente é o quê? — Ele aponta para si mesmo e para mim respectivamente. — Inimigos que se pegam?

— Olha, Veiga — abaixo a cabeça também, pois já estou sentindo-a doer. — Não quero que você me compreenda. Não quero... não quero nada, na real.

— Você quer, sim — sua voz fica firme. — Alguma coisa você tem que querer. Você só não sabe ainda ou não quer saber. Seja de mim, seja do Piquerez. Há... algum sentimento. Seja lá qual for.

— Se há, que diferença faz? — Estou começando a me alterar, falando mais alto. — Sentimento vai mudar alguma coisa entre a gente? Hum?

— Mudaria muita coisa, sim.

— Não — bufo. — Não mudaria, Veiga. Porra, eu te odiava até o começo do mês passado.

— E não odeia mais?

— Odeio um pouco menos.

Ele ri brevemente do que digo, mas logo fica sério de novo.

— Isabella — Veiga dá alguns passos pra frente pra se aproximar. — O que você sente por mim?

Me calo, sem saber o que dizer. Sem saber uma resposta. Por isso, devolvo com outra pergunta.

— E o que você vai fazer referente ao que sinto? — Ele franze o cenho tentando me compreender. — Relacionamentos vão muito além de sentimentos, Veiga. Às vezes precisamos ser maduros para admitir que, independente de circunstâncias, emoções falam mais alto.

— E você anda sendo bem madura ultimamente, né? — Ele debocha, mas não parece levar na esportiva. Muito pelo contrário, está bravo.

— Maturidade não é meu forte — zombo de mim mesma.

— Ainda bem que pelo menos isso você sabe! — Ele bufa. — As coisas podiam ser bem diferentes se você abrisse a porra da boca.

Acho graça do que diz e da forma como tenta me atingir. Ele não precisa jogar na minha cara para que eu saiba que fui bem imatura ultimamente. Isso não me abala. Muito pelo contrário, só me entretém, afinal já reconheci meus erros. Sei o que fiz e sei o que preciso fazer.

Mas, puta que pariu, ver ele desse jeito tão irritado me despertou um sentimento diferente. Algo pelo qual eu não sentiria se estivesse irritada também. Mas como no caso só ele está puto, consigo reparar nele com mais atenção.

Ou melhor, consigo reparar no quanto ele me atrai.

Se existe maldição, posso dizer que a minha é ser totalmente rendida a Raphael Veiga. Não transei com ele por apenas influência do álcool. Transei com ele porque eu queria ele, caralho. Queria o corpo dele. Queria os toques dele. Queria poder admirar o quanto ele é gostoso e o quanto me seduz. Se é pra admitir, eu admito isso. Raphael Veiga é minha maldição.

— Se quer me tirar do sério — fecho a porta do apartamento, pois já sei que essa conversa será longa. — Vai ter que fazer melhor do que isso.

— Fazer melhor? — Ele se emburra, ficando próximo. — Isabella, estou tentando conversar com você!

— Não. — Nego com determinação. — Você está querendo ouvir de mim uma coisa que eu não posso dizer.

— Não pode ou não quer?

Decido ficar em silêncio porque não quero que ele ache o que não deve achar. E isso só o deixa ainda mais irritado.

— Porra, Isabella! — Ele cerra os punhos e olha pra cima. — Que inferno!

O vejo agarrar o próprio cabelo, contendo a raiva. E vejo o quanto ele fica gostoso assim. Usa uma camisa da adidas branca e uma bermuda preta. Seu perfume, porra, consigo sentir mesmo não estando com o nariz colado em seu pescoço. Acredito que seu cheiro está pelo meu apartamento inteiro. Impregnando o ambiente. Possuindo-o.

— Você é difícil pra caralho.

Ele respira fundo com o rosto vermelho pela raiva e é ai que percebo que estou perdida com esse homem. Ele fica gostoso demais emburrado assim como se fosse socar a primeira coisa que vê pela frente. Talvez eu queira que ele me soque agora, se é que vocês me entendem.

Ai, Deus. Tenho que ser mais resistente. Mais forte. Mais determinada.

Mas, no momento, eu não sou nada além de uma mulher no cio. Me sinto quente.

— Sou — aviso, sorrindo de lado enquanto fico cada vez mais próxima. Veiga me observa chegar sem se incomodar. Seu olhar me mede dos pés a cabeça. — Sou difícil pra caralho. E isso é algo ruim pra você?

Me aproximo o suficiente e com uma ousadia surpreendente, ou não tão surpreendente assim, levo uma mão até seu peito, bem em cima de seu coração onde posso sentir o quanto está acelerado.

— Parece que não — respondo por ele, vendo seu olhar se transformar. Seja o que for que sente, sua raiva combina muito com tesão. — Parece que você gosta de uma mulher difícil mexendo com sua cabeça.

Ele aqui todo puto comigo por eu ser imatura e o caralho que for enquanto eu só consigo pensar nele me fodendo. Hormônios, hormônios. Olha o que fazem comigo. Não estou bem. Estou com tesão.

Veiga sorri, balançando a cabeça em negação.

— Seria fácil se você mexesse só com a minha cabeça — ele sussurra, mas não de um jeito que não posso ouvir.

Sua voz baixa e o modo como disse essas malditas palavras mexem comigo. Puta que pariu. Sinto um arrepio descer pela espinha. Pressiono as pernas para me conter.

Olho para baixo, para sua bermuda. E não satisfeita só em olhar, descido descer com minha mão. Passo por seu abdômen, virilha, e agarro seu pau por cima da roupa. Agarro com força para que ele perca o fôlego.

Pressiono ainda mais as pernas em perceber o quanto ele está duro. O quanto estou o deixando quente. Ele sente o mesmo que eu.

— Posso ser ainda mais difícil — provoco, olhando em seus olhos enquanto o aperto — te deixando aqui, sem rolar nada.

Veiga ri do que digo.

— Como se fosse o que você quer.

— Você não sabe o que quero — devolvo.

Ele arqueia as sobrancelhas e me pega totalmente de surpresa ao agarrar meu pescoço, subindo os dedos pelo meu maxilar e puxando meu rosto pra perto. Bem perto. Posso sentir sua respiração quente em minha boca.

— Acha que eu não percebi o jeito como 'tá pressionando as pernas? — Seu aperto em meu maxilar e pescoço fica mais forte. Estou ofegante. Estou gostando. — Sei o que quer.

— E você quer o mesmo? — Provoco sem ousar sair desse clima. — Ou vamos ficar aqui o dia inteiro lavando roupa suja?

Raphael Veiga respira fundo, pressiona os olhos e olha para minha boca com um desejo claro gritando em seu olhar.

— Acho que eu sei o que quero — ele avisa, cedendo. Meu coração acelera.

— Que bom — digo satisfeita. — Porque eu também sei.

Claro que sabemos o que queremos. Está gritando na nossa cara e em nossos corpos. Minha casa já está pegando fogo por causa de nossos corpos em combustão.

Raphael assente, aproximando o rosto do meu, a boca colocada a minha, mas não para me beijar. Não. Ele não me beija. Ele faz algo mais ousado, que me deixa inteiramente arrepiada. Ele usa os dentes para morder meu lábio inferior enquanto me olha no fundo dos olhos. Consigo ver a lúxuria pairando em suas íris.

— Vai. — Ele pede, indicando o chão com o queixo. — Ajoelha.

Isso aqui claramente não foi um pedido. Foi uma ordem. E eu vou fazer o que? Exato. Obedecer. Pois gosto desse Raphael aqui, o que me deseja.

Colocando o cabelo pra trás e o enrolando brevemente, começo a me abaixar. Sinto meu coração bater em minha garganta enquanto fico de joelhos e percebo o quanto estou ansiosa. Quero muito isso. Puta que pariu.

Não perco muito tempo depois que estou de joelhos e também decido não abaixar a bermuda dele totalmente. Abaixo o suficiente para conseguir colocar seu pau pra fora.

O alisei calmamente antes de levá-lo para dentro de minha boca, passando a língua por ele à medida que eu o envolvia.

Contrai os lábios, o apertando e fiquei satisfeita quando ele soltou um suspiro longo e abafado. Sei que estava gostando quando de repente agarrou meu cabelo e me empurrou mais fundo.

Olhei para cima enquanto o chupava só para ver o modo como me encarava, o modo como gostava do que eu fazia.

Ele apertou meu cabelo com mais força e soltou um gemido. Fiz o que faço de melhor e contrai ainda mais o lábios para apertá-lo mais. Ele gosta, jogando a cabeça pra trás enquanto seu peito subia e descia por sua respiração descompassada.

Me sinto poderosa quando ele finalmente chega em seu limite, soltando um gemido tão quente que meu corpo inteiro estremece. É bom demais saber o que você faz e saber o que você consegue causar em alguém. Nada é capaz de descrever esse sentimento de satisfação.

Sua respiração nem tinha se controlado ainda quando me puxou para cima, me fazendo levantar.

— Quer saber de uma coisa? — Ele me pergunta enquanto agarra minha bunda e cola nossos quadris. — Talvez eu não queira saber o que você sente por mim.

— É — concordo com ele, me sentindo possuída por seu calor. — Esqueça isso.

— Esqueço — ele assente se abaixando para se aproximar mais. — Esqueço com todo o prazer.

E dito isso, ele me beija.

O envolvo passando os braços por seu pescoço e o prendendo a mim. O beijo é intenso. Desesperado. Estou sedenta por ele. Tão leve que ele não tem dificuldade nenhuma em me conduzir até o sofá, onde me deita e vem por cima.

Somos rápidos em retirar nossas roupas. Veiga agarra a própria camisa e a retira enquanto se mantém entre minhas pernas. Faço o mesmo, retirando minha blusa e o sutiã.

Observo brevemente nossos próximos movimentos. Retiramos nossas últimas peças de roupa ao mesmo tempo e buscamos o contato da pele um do outro ao mesmo tempo também.

Ele está em cima de mim quando percebo. Com a mão abre as minhas pernas, se colocando no meio delas. O olho baixo, fixo na minha boceta, está quase babando em me ver naquela posição. E eu estou tão ansiosa que por pouco não estou o puxando pelos ombros para que me foda logo.

Raphael não satisfeito em olhar, decide me tocar um pouco, bem lá no meio, com dois de seus dedos. Me torturando o tanto que pode em antecipar o êxtase.

O contato de seus dedos ao deslizarem pelo meu clítoris me faz estremecer e isso arranca um sorrisinho de canto dele. Satisfeito.

— Chupar meu pau — com a outra mão ele aperta minha bunda e me puxa enquanto continua deslizando com facilidade, brincando com o centro e ameaçando entrar com os dedos — te deixa tão molhada assim?

Solto uma risadinha, seguida de um gemido quando seus dedos me invadem.

— Eu 'tava com a resposta na ponta da língua — digo enquanto me contorço inteira. — Mas a perdi e... Aah! — Me agarro ao sofá quando ele inclina os dedos pra cima em meu interior, me deixando maluca com aquela nova explosão de prazer. — Porra, Raphael! Meu Deus!

Ele sorri de novo, gostando. Seus dedos deslizam para a fora e depois me invadem, com uma torturante calma que está acabando comigo. Preciso que me faça gozar. Pra ontem. Estou no meu limite.

— Você é sempre tão confusa, não? — Ele debocha, rindo enquanto continua com aquele movimento dentro de mim. — Não? Você quer que eu continue? Assim — ele repete o gesto, seus dedos parados dentro de mim agora inclinados para cima. — Hum?

— Eu quero... — arfo, buscando ar enquanto tento reagir com naturalidade, mesmo que seja impossível se estou no meu limite. — Eu quero que você me faça gozar, Raphael!

— Não. — Ele bufa, negando com a cabeça ao abaixar o corpo pra frente só pra conseguir agarrar meu pescoço com a mão que não está dentro de mim. — Agora você vai ser bem decidida. Ouviu? Me fala. Quer que eu te foda com meus dedos? Com minha boca? Com meu pau? Posso te dar o que você quiser. Mas você precisa decidir.

O poder dessa fala. O poder da decisão. Isso me deixa maluca, minha resistência se esvaindo a cada segundo.

Mas eu não seria tão submissa, né? Não é da minha natureza. Por isso, seguro seus ombros, olhando direto em seus olhos enquanto rebolo sobre seus dedos.

— Me foda, Raphael. Me faça gozar em seus dedos. Depois na sua língua. Depois no seu pau. — Ele pressiona os olhos, mordendo o lábio inferior. — Me faça gozar.

Consigo fazê-lo sorrir, satisfeito.

— Gosto quando você toma decisões.

E, então, abaixa a cabeça. Não para beijar minha boca. Mas para cair de boca no meu seio. Que nem um bebê. Lambendo meu mamilo e usando os dentes para mordiscar. Não para por aí. Ele continua descendo. Abdômen. Virilha. E, enfim, chega onde precisa.

Seus dedos começam a me foder quando sua língua se encontra com meu clítoris. O choque de excitação é tão forte que eu solto um gritinho e me agarro no cabelo dele, buscando qualquer tipo de apoio. E olha que estou deitada. A sensação é de que estou caindo. O prazer subindo pela minha coluna.

Sinto meu corpo inteiro se encolher. Nesse momento, Raphael ergue a cabeça e escolhe me encarar agora. Substituindo sua língua pela outra mão. Agora é seu polegar que esfrega meu clítoris enquanto seus dedos continuam indo e voltando, me fodendo.

Mas Raphael quer me olhar. Me ver gozar. Pois é isso que acontece. O orgasmo vem com força. Me faz jogar a cabeça pra trás. Estremecer. Arquear a coluna. E morder a língua pra evitar gritar que nem uma doida.

— Não se reprima — ele avisa, sorrindo em satisfação. — Essa é sua casa, não é? A não ser que esteja esperando alguém.

— Eu... — mal consigo falar. Minha respiração está falha. Estou ofegante, ainda precisando me recuperar. — Eu tenho vizinhos.

— Hum — ele suspeita, retirando os dedos de dentro de mim e os lambendo logo em seguida.

Meu Deus do céu! Esse homem ainda vai me enlouquecer.

Raphael agora vem por cima, sua boca beijando meu pescoço enquanto suas mãos apertam meus quadris e me aproximam de sua virilha. O contato de nossas peles me faz esquentar e suspirar de ansiedade de novo.

— Eu quero que você grite — ele informa. — Nunca se reprima enquanto eu estiver te fodendo.

Sua boca está colada na minha quando ele se posiciona em minha entrada e me invade sem mais nem menos. Meu corpo inteiro se contrai e eu solto um gemido, o abraçando com mais força, o querendo mais.

Raphael cola nossas testas enquanto desliza até o fundo. O gesto é sedento. Sua respiração é descontrolada. Nossos corpos desejosos, sem controle, sem razão, apenas desesperados por mais toques, por mais beijos, por mais delírios de satisfação.

Não há calma alguma em nossos movimentos. Ele me invade, me fode, se chocando contra meu corpo enquanto olha no fundo dos meus olhos e aperta minha cintura, me puxando a medida que se impulsa para dentro de mim.

— Porra! — Ele geme, ainda me fodendo. — Porra, Isabella! Você é gostosa pra caralho.

Ele se senta, ainda dentro de mim, só para colocar minha perna em seu ombro e conseguir ir mais fundo.

Ele começa a meter mais rápido. Me agarra com as duas mãos só para poder ir mais forte. O que fica ainda melhor. Meu coração, que já estava acelerado, começa a martelar em meu peito. Meu corpo inteiro arqueia e eu jogo a cabeça pra trás no momento que o clímax me atinge.

Começo a gemer mais alto do jeito como ele quer enquanto gozo e os gemidos ecoam pelo apartamento. Graças a Deus que estou em casa.

Raphael fica mais sensível e se entrega também. Espalmando minha coxa. Sim, um tapa bem ardido. Seguido de um aperto quente pra caralho e um puxão até que nossos corpos se unam ainda mais enquanto ele mete.

Raphael goza logo em seguida. Seu quadril bate em mim uma última vez antes que ele solte um suspiro de satisfação e caia em cima de mim completamente saciado.

— Porra, Isabella — ele xinga, ofegante enquanto controla a própria respiração e se mantém dentro e em cima de mim. — Você ainda vai me enlouquecer.

Solto uma risada e agarro suas costas, o deixando abraçado a mim pois quero que fique aqui o tempo que for preciso. Junto de mim, nos recuperando juntos após uma boa foda. É isso que quero e nada mais.

— Pensei que você já estivesse louco — debocho, o fazendo rir antes de me beijar mais uma vez.

os hormônios da gravidez irão render muito, para ambos os times. de nada kkkk não acharam que logo a Isabella ia aquietar o facho né?

venho mais tarde com mais um capítulo, comentem bastante pra que isso aconteça!!

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