𝟐𝟔 | 𝐅𝐄𝐒𝐓𝐈𝐍𝐇𝐀

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ISABELLASão Paulo — Capitalmesmo dia, já na festinha

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ISABELLA
São Paulo — Capital
mesmo dia, já na festinha

CHEGAMOS NO LOCAL da festa minutos depois. Graças a Deus não era tão longe do meu prédio, então, caso eu queira vazar mais cedo, o percurso será pertinho e não terei problemas pelo caminho.

Tenho senso geográfico muito bom, mas de noite, eu sou toda medrosa. E o medo me confunde. Tenho medo até das sombras. Já pensou, eu vejo uma sombra, penso que é um vulto, desvio e bato numa mureta. Não dá, né?

— Puta que pariu — Tini exclama assim que atravessamos o grande hall decorado em azul onde havia as inicias RV28 gritando na entrada e adentramos o grande espaço lotado onde ocorre a festa. Lotado e com uma música alta que rapidamente faz doer minha cabeça. — Ele 'tá aqui.

Olho para onde Tini encarou quando entrou e entendo a quem se refere. É claro que Zé Rafael estaria aqui, ele é quase como um irmão pro Veiga.

O homem está sorrindo enquanto seu olhar está completamente direcionado para cá. Zé Rafael notou nossa chegada e notou a presença da minha irmã, é claro. Afinal é a mulher com quem ele se envolveu há poucos dias. Não é tão simples fingir que nada aconteceu. Pela boca entreaberta dele e a cara de choque, é meio óbvio que não estava esperando pela presença dela.

— E aquela mulher ali é a esposa dele? — Tini sussurra, parando de vez de encará-lo. — Puta que pariu, Isa. É mesmo a mulher dele?

Observo a mulher que o acompanha. Uma mulher branca de cabelo castanho claro muito bem vestida e sorridente, a qual está de braços dados com Zé Rafael. Para alguém que está se divorciando, não parece muito infeliz ao lado da esposa amada.

— Sim — respondo, parando de encará-los. — Aja naturalmente, irmã.

— Como??? — Tini arregala os olhos. — Ele 'tá com a esposa e eu estava sentando nele ontem!

— Tini, mulher. — Seguro os braços dela só para que olhe bem para meus olhos e entenda a seriedade de cada uma das minhas palavras. — Você é melhor do que isso, não é? Não vai ser um entretenimento pra macho confuso, não, né? Então, aja como tal. Foi só uma ficada e você segue sua vida. Acabou.

Tini arregala os olhos surpresa com minha fala. Ou melhor, com minha ordem.

— Quem é você e o que fez com a minha irmã?

Reviro os olhos e nesse momento percebo quem está vindo pra cá. Fodeu.

— Porra — meu coração se aperta. — Finja naturalidade, irmã. Eles estão vindo aqui.

— O quê?

— Bella!! — Uma mulher cheirosa abre os braços para me receber. — Como você está linda, tão radiante.

— Ah, oi, Stephany. — Caralho, quem está precisando agir naturalmente sou eu. Mas é difícil não sentir as dores da minha irmã. — Você está belíssima também. Como anda as crianças?

INTERE$$EIRA ━ palmeirasWhere stories live. Discover now