Found family • Daryl Dixon

By Daryl_fic

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A chegada de Daryl Dixon à França desencadeia uma violenta cadeia de eventos que inadvertidamente coloca em p... More

●)♡𝗣𝗿𝗼𝗹𝗼𝗴𝘂𝗲
●)♡𝗚𝗮𝗹𝗹𝗲𝗿𝘆||☆
●)♡ [𝟬 - 𝗦𝗵𝗼𝗿𝘁 𝗦𝘁𝗮𝗿𝘁]
●)♡ [𝟭 - 𝗧𝗼𝗴𝗲𝘁𝗵𝗲𝗿]
●)♡ [𝟮 - 𝗧𝗵𝗲 𝘀𝗮𝘃𝗶𝗼𝗿]
●)♡[𝟯 - 𝗙𝗿𝗶𝗲𝗻𝗱𝘀? 𝗔𝗻𝗱 𝘂𝗻𝗸𝗻𝗼𝘄𝗻]
●)♡[𝟰 - 𝗧𝗵𝗲 𝗺𝗲𝘀𝘀𝗲𝗻𝗴𝗲𝗿𝘀]
●)♡ [𝟱 - 𝗦𝗲𝗰𝗿𝗲𝘁𝘀 𝗸𝗶𝗹𝗹]
●)♡ [𝟲 - 𝗙𝗼𝗿𝗲𝘀𝘁]
●)♡ [𝟳 - 𝗙𝗹𝗮𝘀𝗵𝗯𝗮𝗰𝗸]
●)♡ [𝟴 - 𝗙𝗹𝗮𝘀𝗵𝗯𝗮𝗰𝗸 𝗽𝘁.𝟮]
●)♡ [𝟭𝟬 - 𝗙𝗲𝗲𝗹𝗶𝗻𝗴𝘀]
●)♡ [𝟭𝟭 - 𝗡𝗶𝗴𝗵𝘁𝗺𝗮𝗿𝗲]
●)♡ [𝟭𝟮 - 𝗽𝗲𝗿𝘃𝗲𝗿𝘁𝗲𝗱 𝗵𝗮𝗻𝗱]
●)♡ [𝟭𝟯 - 𝗖𝗿𝘆]
●)♡ [𝟭𝟰 - 𝗧𝗲𝗮𝗺]
●)♡ [𝟭𝟱 - 𝗙𝗼𝘂𝗻𝗱 𝗙𝗮𝗺𝗶𝗹𝘆]
●)♡ [𝟭𝟲 - 𝗗𝗲𝗮𝘁𝗵 𝗮𝗻𝗱 𝗕𝗶𝗿𝘁𝗵]
●)♡ [𝟭𝟳 - 𝗙𝗿𝗲𝗮𝗸 𝘀𝗵𝗼𝘄]
●)♡ [𝟭𝟴 - 𝗣𝗮𝗿𝗶𝘀 𝗦𝗲𝗿𝗮 𝗧𝗼𝘂𝗷𝗼𝘂𝗿𝘀 𝗣𝗮𝗿𝗶𝘀]
●)♡ [𝟭𝟵 - 𝗧𝗿𝘂𝗲 𝗳𝗲𝗲𝗹𝗶𝗻𝗴𝘀]
●♡ [𝟮𝟬 - 𝗪𝗵𝗲𝗿𝗲 𝗶𝘁 𝗮𝗹𝗹 𝗯𝗲𝗴𝗮𝗻]
●)♡ [𝟮𝟭 - 𝗜 𝗱𝗼𝗻'𝘁 𝗻𝗲𝗲𝗱 𝗮 𝗵𝗲𝗿𝗼]
● )♡ [𝟮𝟮 - 𝗧𝗼𝗿𝗿𝗲 𝗘𝗶𝗳𝗳𝗲𝗹]
●)♡ [𝟮𝟯 - 𝗧𝘄𝗼 𝗹𝗼𝘃𝗲𝘀]
●)♡ [ 𝟮𝟰 - 𝗛𝘂𝗻𝘁]
●)♡ [𝟮𝟱 - 𝗟𝗼𝗻𝗴𝗶𝗻𝗴]
●)♡ [ 𝟮𝟲 - 𝗞𝗶𝘀𝘀]
● )♡ [ 𝟮𝟳 - 𝗗𝗶𝘀𝗮𝗴𝗿𝗲𝗲𝗺𝗲𝗻𝘁]
●) ♡ [ 𝟮𝟴 - 𝗔 𝗰𝗲𝗿𝘁𝗮𝗶𝗻 𝗱𝗲𝘀𝘁𝗶𝗻𝗮𝘁𝗶𝗼𝗻]
●)♡ [𝟮𝟵 - 𝗦𝘂𝗿𝗿𝗲𝗻𝗱𝗲𝗿]
●)♡ [𝟯𝟬 - 𝗔𝗿𝗲𝗻𝗮]
●) ♡ [𝟯𝟭 - 𝗡𝗼 𝘄𝗮𝘆 𝗼𝘂𝘁]
●)♡ [𝟯𝟮 - 𝗥𝗲𝘀𝗰𝘂𝗲]
●)♡ [𝟯𝟰 - 𝗡𝗶𝗻𝗵𝗼]
●)♡ [𝟯𝟱 - 𝗟𝗼𝘃𝗲]
●)♡ [𝟯𝟲 - 𝗖𝗼𝗺𝗶𝗻𝗴 𝗵𝗼𝗺𝗲]
●) ♡ [𝗘𝗻𝗱 𝗼𝗳 𝘁𝗵𝗲 𝗳𝗶𝗿𝘀𝘁 𝗮𝗰𝘁]

●)♡ [𝟵 - 𝗙𝗮𝘁𝗵𝗲𝗿 𝗗𝗮𝗿𝘆𝗹]

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By Daryl_fic


*•••[9 - Padre Daryl ]•••*

Depois de terem sido salvas por Quinn, o Homem reservou uma parte do tempo de fuga para levar as mulheres a suas respetivas casas, - Em finalidade de buscarem suas coisas.

Chegarem em menos de uma hora num conjunto de apartamentos, onde a Gaillard se surpreendeu ao notar que Isabelle e sua irmã mais nova eram suas vizinhas. Sorrio para si mesma, mas não havia tempo para isso.

Sobindo para seu apartamento, junto com a filha, Alexia girou as chaves na entrada da porta e entrou com sua filha, vendo o local já vasculhado e desarrumado. Percebendo que não havia mais ninguém em casa, ela suspirou em raiva e frustração ao perceber que seu namorado já tinha ido embora.

Parando ao lado dos móveis cercados por fotos, a mais velha respirou fundo para se centralizar no caos atual em todas as cidades de França e, provavelmente, em todo o mundo.

- Mamãe, cadê o papai? - A garotinha perguntou, tirando a morena do seu transe de pensamentos.

Alexia sorrio, caminhando para a beira de sua filha quando segurou nas pequenas mãos dela.

- Eu não sei filha, mas tudo vai ficar bem. - Ela assegurou a mais nova, apertando seus dedos contra os dela quando olhou ao redor. - Mas quero que você vá para seu quarto, pegue sua mochila e coloque alguns roupas. Tá bom?

- Mas o papai...

- Não se preocupe, Cécile. - Alexia a interrompeu, dando o seu melhor sorriso para sua pequena garota.

- Tá bom mamãe.

Assim que a garotinha foi direto para o seu quarto, Alexia correu para o seu e procurou uma bolsa.

Foi rapidamente para o seu guarda roupa e o abriu, seu olhar caiu em desapontamento ao ver que algumas roupas do seu marido já não estava lá. Ele foi embora. E ela sabia perfeitamente disso.

Mas também não esperava menos do seu marido. Ele nunca foi bom com ela, então simplesmente ele nunca ia esperar por ela, mesmo que fosse uma situação de viver ou morrer. Finalmente estava entendendo o quão abusivo ele sempre foi e, assim, pensava constantemente que a melhor decisão foi ele ir embora sem esperar por ninguém.

No momento em que tinham todas as roupas e objetos que precisavam, ambas desceram as escadas do apartamento e pararam no exterior, vendo que Quinn ainda estava sozinho.

- Ei. - Alexia falou num tom hesitante por não o conhecer, mas estava feliz de receber ajuda. - Muito obrigada.

- Não precisa de agradecer. - O Homem retorquiu, olhando para a entrada das escadas, esperando. - Ela queria que você viesse junto.

Alexia, que segurava a mão de sua filha, olhou alternadamente para o Homem e para a entrada, percebendo que ele se referia a Isabelle.

Minutos depois, Isabelle desceu as escadas e colocou sua bolsa dentro do carro. De seguida olhando para seu namorado.

- Não posso deixar minha irmã para trás. - Ela explicou, movendo seu olhar para outra mulher, que aparecia na porta.

Quinn suspirou, mas não negou o pedido da Loira. Pegou as coisas das mãos de Lily, - Irmã de Isabelle -, colocando-as no carro quando fechou o porta malas, indo para o lado do condutor quando parou.

Olhou para Alexia e Cécile.

- Você quer que eu leve as duas ali também? - Perguntou num tom indiferente e apressado.

Isabelle acenou positivamente, ajudando Cécile entrar no veículo.

- Ela me salvou, se não fosse por ela não estaria aqui.

Quinn deu de ombros, reagindo às palavras de sua namorada quando pegou as coisas da Gaillard sem permissão, colocando-as no carro.

Alexia franziu o cenho com toda a pressa mostrada pelo Homem, mas não poderia reclamar. Estava sendo ajudada.

Apenas ajustou o cinto de segurança contra o corpo de sua filha e, assim que estava prestes a entrar no veículo, ouviu uma voz familiar. Uma voz suave e calma de uma criança inocente e pura.

- Alexia.

Olhando para a frente do carro, a Gaillard reconheceu uma garota no seu patinete.

Ela largou a porta do carro de Quinn, andando até ela com um pequeno sorriso.

- Aimée. - Alexia falou, debruçando-se sobre a garota enquanto acariciava a cabeça dela por segundos. - Você está bem? - Perguntou, continuando na mesma altura que a mais nova.

- Papai não veio para casa ontem a noite e minha mãe está chorando no telefone.

- Oh...

Alexia engoliu em seco, olhou para o apartamento da garota e prendeu a respiração. Com a situação atual, era perigoso continuar do lado de fora, ainda mais sabendo que poderiam ser atacadas.

Não sabia bem como o dizer, mas seu coração doía ao pensar que Aimée era inocente ao ponto de não saber de nada. Não queria preocupar a menina, mas não a poderia levar pois ela tinha uma mãe.

- Volte para dentro e fique com sua mãe. - Alexia falou num tom baixo.

Mas Aimée recusou, sorrindo ao ver Cécile sair do carro e correr em sua direção. Ela saiu do seu patinete e envolveu sua amiga num abraço. Um sorriso enorme em seus lábios quando olhou novamente para Alexia.

- Eu posso brincar com Cécile? - Perguntou em alegria.

Ela ía responder, quando sua filha a transpassou.

- Eu posso mamãe? - A garotinha sorrio, segurando na pequena mão de Aimée.

- Não é uma boa hora, filha. - Alexia disse, olhando para as garotas e suspirando ao vê-las tristes. Porém, não podia fazer muito.

Num movimento, trouxe sua filha para o seu lado e a segurou em seus braços, olhando para aimée.

- Volte para o seu apartamento, está bem, querida? - Repetiu, querendo o melhor para a mais nova. - Sua mãe cuidará de você. Não saia para fora, me prometa, ok?

- Prometo. Aimée respondeu, voltando para cima de seu patinete.

Alexia se aproximou uma última vez e deixou um beijo na testa da garotinha, se afastando e colocando as mãos no bolso. Esperou, pois, viu sua filha se aproximar de sua amiga, triste por ir embora e a deixar.

- Tchau aimée. - Cécile falou, abraçando-a mais uma vez. - A gente brinca depois.

Depois de se separarem, Alexia levou sua filha para dentro do carro de Quinn, entrando de seguida.

Olhou uma última vez para trás, observando Aimée no mesmo lugar e ainda sorrindo. Aos poucos, com o carro virando numa curva para entrar na estrada, ela deixou de ver a garota. Só esperava a ver novamente e viva.

~~~♡♡~~~

Assim que foram retirados os sacos de sua cabeça, Alexia e Daryl piscaram seus olhos repetidamente para se habituarem à luz do novo ambiente.

Quando seus olhos absorveram os objetos ao seu redor, Alexia percebeu que estava na frente de uma antiga escola. Tentou mover suas mãos, percebendo que tinha os pulsos amarrados. Suspirou em aborrecimento ao se lembrar que tinha sido amarrada após correr atrás do Dixon.

Olhando para seu lado direito, passou a encarar Daryl.

- Você não deveria ter corrido. - Ela grunhiu, em aborrecimento e raiva pela situação.

Daryl levou seu olhar para ela, revirando seus olhos.

- E você não deveria ter me seguido. - Respondeu num tom seco, querendo ignorar cada palavra de raiva que saía da boca dela.

- Oh, sim? - Ela soltou uma risada nasal. - E você não deveria ter sido tão idiota a ponto de seguir alguém que poderia ter te machucado muito mais.

- Que porra você disse?

O Dixon ficou ainda mais furioso. Virou seu corpo para a esquerda, seu rosto inclinando na direção do dela. Seus lábios separando quando estava prestes a falar, mas foi interrompido.

Um dos adolescentes que os tinha capturado, colocou suas mãos no meio deles, distanciando o Dixon da Gaillard.

- Parem de brigar como um casal de velhos. - Ele brincou, um sorriso malicioso aparecendo em seus lábios.

- Como uma briga entre gato e um cachorro. - Outro adolescente loiro acrescentou, largando uma risada alta.

Alexia ergueu uma sobrancelha, seus dedos fechando e apertando.

- Parecem mais como... - Outra voz foi ouvida. De uma criança que restava e estava tomando conta dos restantes do grupo. - Uma garota ensolarada e um cara mal-humorado.

Laurent olhou para Camille, ambos segurando suas risadinhas entre si. Sylvie abaixou a cabeça, sorrindo para si mesma, mas, Isabelle estava aproveitando o momento. Sem esconder o rosto orgulhoso ao ouvir as palavras dos adolescentes.

Alexia e Daryl se entreolharam ao mesmo tempo, para no segundo a seguir desviarem seus olhares.

- Você precisa parar. - A Gaillard alertou um dos adolescentes que estava rindo em euforia, sem parar. - Se você pudesse ler minha mente, tenho certeza que você calaria a boca. Ou então, você não vai gostar do que estou pensando.

- Tudo bem, tudo bem, senhora.

O garoto parou de rir, erguendo suas mãos por momentos, começando a uivar para o céu. O resto de seu grupo o seguiu, fazendo Daryl e seus companheiros franzirem os cenhos, confusos e julgando. Baixando-as, o garoto olhou para a frente quando uma outra adolescente passou pelos portões daquele lugar, fazendo-o segurar com mais firmeza no braço de Alexia.

O cara loiro, que a Gaillard tinha socado antes, de nome Adrien Lafond, fez o Dixon se ajoelhar e virou as costas para ele. Caminhou até Alexia, não a olhando nos olhos quando a soltou a mando de uma ordem da garota que tinha atravessado o portão segundos antes.

Alexia não entendeu, mas massageou seus pulsos enquanto recuava um passo, ficando ao lado de Isabelle.

O resto dos adolescentes cercaram-nos, focando-se mais em Daryl após perceber que ele não era Francês ou, pelo menos, não o ouviam falar a não ser em inglês.

Olhando em volta, a nova garota - chamada Lou - olhava severamente para o novo grupo. Era apenas uma criança ainda, com menos de dezoito anos ainda, mas, era visível que estava cuidando de todos do grupo.

- O que aconteceu? - Ela perguntou de repente, em francês.

O grupo olhou para Alexia, esperando que ela respondesse alguma coisa. Daryl moveu a cabeça para trás, sem entender a conversa porque era em francês, mas esperava a resposta de Alexia.

A Gaillard suspirou, deixando a cabeça se mover em um olhar indiferente. Mas acabando respondendo em francês.

- Nada. Somos apenas um grupo religioso. - Ela parou um pouco, olhando sempre para a garota. - Nosso cavalo fugiu e ficamos presos.

A garota entendeu, simplificando o seu entendimento com um mover de cabeça. Deu uns passos em frente, ainda sem sorrir e mostrar compaixão enquanto olhava o novo grupo na sua frente.

Alexia voltou a suspirar, dessa vez em aborrecimento pela demora da conversa. Amava conhecer novas pessoas, mas o grupo de adolescentes estava lhe tirando a paciência. Ergueu seu dedo indicador, apontando primeiro para Isabelle e depois para Sylvie quando pronunciou umas palavras em tom alto: - Freiras.

- Freiras? - Lou pareceu surpreendida por segundos, mas deu um voto de confiança às palavras da Gaillard, quando olhou para a Carriere e Sylvie. - Então vocês podem recitar a oração de São José para mães e pais, não é?

No mundo deles, Camille e Laurent estavam apenas tentando olhar para dentro da comunidade, - Curiosos. Sylvie e Isabelle endireitaram suas costas e se entreolharam, quando começaram a recitar a oração em Francês.

"Glorioso São José, marido de Maria,
concede-nos a tua proteção paterna.
Através do coração do nosso
senhor, imploramos...
Cuja força se espalha para todas as
nossas necessidades, e torna o
impossível possível, para abrir seus
olhos paternos sobre as preocupações
de seus filhos.
Amém."

- Amém. - A mais nova correspondeu, finalmente sorrindo um pouco.

Daryl estava perplexo, seu rosto estático ao ouvir as palavras das duas freiras, enquanto sua cabeça se movia involuntariamente para Alexia.

- O que diabos elas estão dizendo? - Perguntou.

- Cale a boca. - Respondeu entre os dentes cerrados, fingindo um curto sorriso para os restantes. Não queria estragar a situação com perguntas e respostas inusitadas.

- Como você é rude. - O Dixon deixou escapar, tentando se soltar das amarras em seus pulsos.

Alexia revirou seus olhos, seu pé esticando para a frente quando o chutou nas costas, fazendo grunhir num tom baixo e doloroso.

Todos olharam imediatamente para eles ao ouvirem o Dixon resmungar. Camille arregalou os olhos, mas acabou por segurar a risada. Porém, Isabelle ergueu uma sobrancelha e suspirou ao olhar para o sorriso orgulhoso de Alexia. Ela fingiu tossir, puxando a morena para o seu lado. Acabando por reclamar e a repreender por sua ação.

No momento que estava distraídas, Lou se aproximou de Daryl, parando na frente dele.

- E ele? - A adolescente continuou na sua língua materna, em Francês, ao direcionar o olhar para a loira e a morena. - Ele é uma freira? - Ironizou com o rosto voltando a ficar severo.

- Padre Daryl. - Isabelle retorquiu sem perder tempo. - Ele é da América.

Alexia franziu o cenho, nao escondendo sua expressão divertida mas confusa com as palavras de Isabelle.

- Ei, o que voc...

Mas não teve tempo de terminar a frase quando a Carriere lhe pisou o pé, fazendo obrigar a se calar no momento, ao que ela o fez, não querendo ser pisada novamente.

Camille estava estática no lugar, perto de Adrien enquanto mantinha a respiração profunda. Estava se controlando para não explodir em gargalhada quando ouviu falar de "Padre Daryl". Seu rosto já ficava vermelho de tanto que tentava se segurar para não estragar os planos de Isabelle.

- Ele foi enviado aqui para uma missão há muito tempo. - A Loira mantinha sua farsa, suas palavras calmas e convincentes. - Ele não fala francês.

Lou absorveu tudo, baixando o olhar para o de Dixon.

- Mesmo depois de todo esse tempo não aprendeu francês? - Questionou, interessada nesse tópico.

- Americanos. - A Carriere deu de ombros, sorrindo no final em sua ironia.

- Americanos e velhos. - Alexia acrescentou. - Velhos demoram mais tempo para aprender algo novo. - Ela sorriu, deixando sua cabeça se mover positivamente com as palavras de Isabelle.

Lou inclinou o rosto para o lado, juntando os lábios num sorriso brincalhão e irónico.

Olhou uma última vez para Daryl, desviando seu rosto quando arrumou seus pensamentos. Olhou para um de seus caras, positivamente baixando seu rosto numa ordem. Ordem essa de libertar o Dixon, o que foi logo feita e realizada.

Daryl se levantou com o rosto para baixo, massageando seus pulsos num baixo resmungo. Quando voltou a erguer sua face, encarando uma nova criança se embrulhar nos braços da outra adolescente.

- Está bem. - Lou passou a aumentar seu sorriso ao olhar para todos os seus amigos quando voltou a falar. - Vamos praticar nosso inglês. Por respeito ao padre Daryl. Está bem? Vamos.

Lou começou a levar Camille, Laurent e o resto das crianças mais novas consigo. A partir daquele momento falando inglês por causa de Daryl.

Todos estavam se movendo enquanto seguiam a garota, incluindo Sylvie e Isabelle que trocavam palavras entre si ao observar a comunidade. Daryl estava boquiaberto, recebendo sua mochila por parte de Adrien e voltando o rosto para ver Alexia rindo.

- Padre Daryl? - Ele grunhiu, erguendo uma sobrancelha. - Sério?

- Bom, padre Daryl... - Ela parou de rir por alguns instantes, limpando a garganta. - Cometi erros em toda a minha vida. Talvez eu precise me ajoelhar e confessar tudo.

Isso o fez engolir em seco.

Ela riu um pouco mais da reação que ele teve, acabou piscando o olho para ele quando começou a se mover atrás da Carriere. Daryl revirou os olhos, começando a se mover atrás dela.

~~~♡♡~~~

Dentro da antiga pré-escola, agora uma comunidade para aquelas crianças, o grupo seguia Lou e suas instruções. A adolescente explicava como eles sobreviviam, como algumas das crianças eram órfãs mas, outras, eram fruto do abandono dos pais no início do Apocalipse, - Sem buscar seus filhos à escola.

Lou mostrava tudo com um sorriso orgulhoso. Desde a sala onde servia de escola, até à cozinha e à enorme mesa de jantar.

Alexia estava os seguindo, até parar bruscamente. Olhou para dentro de uma porta mal fechada, assistindo o garoto a quem tinha dado um soco, arrumar sua mochila e suas armas em seu quarto. Ela estava curiosa e com pena de todos eles. Ainda eram jovens e tinham de passar por tudo aquilo.

- Posso entrar? - Ela perguntou, parando na porta.

O Homem, - Adrien Lafond -, Olhou para ela em surpresa, encolhendo os ombros.

- Claro. - Disse simplesmente, quando sua mente lembrou quem era a Mulher. - Não vejo por que não.

A Gaillard então entrou, movendo os pés e, só parando ao chegar na cama dele, sentando-se por alí. Seus olhos se ergueram, vendo o garoto observando seus movimentos.

Ela sorriu um pouco, movendo a cabeça para ver um retrato dele e de um menino.

Era uma bela foto. Eles pareciam felizes, seus sorrisos brilhavam e seus olhos demonstravam amor e carinho um pelo outro. Alexia pegou o retrato com a mão e, deixando o corpo se levantar, caminhou e parou na frente de Adrien.

- Ele é seu irmão mais novo?

Rapidamente, o Lafond pegou o retrato.

- Isso é meu. - Ele retorquiu, sem brincar quando sua voz estava grave.

- Então... é seu irmãozinho. - Ela suspirou, cruzando os braços.

- Não quero falar sobre isso. - Ele falou, colocando a foto novamente no lugar original. - Mas sim. É meu irmão mais novo.

Ela acenou com a cabeça, compreendendo.

Voltou a sentar-se na cama dele, cruzando as pernas. Observava os movimentos do garoto. Observou o olhar triste que ele tinha ao passar o polegar pelo rosto de seu irmão mais novo na foto do retrato. Havia algo a mais que ele não estava contando, mas Alexia não ía o obrigar a falar. Mal se conheciam para fazer isso.

Então, como não havia mais conversa e ela apenas entrou naquele quarto para ver como Adrien era e como ele estava, a mulher se levantou.

O Lafond nem a encarou, sem perceber que ela havia se movimentado, o que a fez rir suavemente. Ela passou por trás dele, tocando-o no topo da cabeça quando o obrigou a olhar para si.

Ele suspirou, levantando uma sobrancelha ao a encarar, logo perguntando: - Precisa de algo? Lou pode ajudar você.

- Não, nada disso. - Alexia retorquiu, recuando um passo. - Só quero me desculpar por ter batido em você. Sinto muito.

Eles se entreolharam. Adrien suspirou sem acreditar nas palavras da mulher. O sorriso discretl que ela tinha nos lábios era uma das provas que estava mentindo. Mesmo que não a conhecesse, sabia distinguir uma verdade de uma mentira.

- Não, você não sente muito. - Ele acabou por soltar uma risada nasal.

- Não, não sinto mesmo. - Ela confessou, rindo com os dentes quando baixou o rosto.

Ele acabou por rir junto com ela, atirando o seu corpo para a cama cruzando os braços atrás de sua cabeça enquanto relaxava. Despediu-se da Gaillard com um leve ajuste de cabeça, para logo depois se deitar de lado, fechando os olhos.

Ela cessou sua risada, retirando-se do quarto e fechando a porta. Voltando a andar pela comunidade e cumprimentando algumas crianças enquanto procurava por Daryl e os outros.

Seguiu por alguns corredores, - Perdida -, Já pensando em desistir de procurar pelo seu grupo. Tudo parecia igual naquela comunidade. Ou, tudo o que podia ver eram crianças a correrem de um lado para o outro, atrapalhando na função de se locomover. Por sorte, sentiu seu pulso ser puxado por alguém... esse alguém sendo Daryl.

Não falou nada, vendo que estava num quarto, observando uma mulher idosa na cama, de olhos fechados. Parecia morta, mas ainda não estava. Sua respiração lenta e pesada.

- Essa é a Madame Dubois. - Ela chegou bem a tempo de ouvir Lou sussurrar num tom afetuoso, mas triste.

Alexia baixou sua guarda por aqueles segundos, seu coração pesando ao ver a mulher naquele estado.

Ela sentiu seu corpo se mover, não por ela, mas sim pelo Dixon. Pelo Homem que ainda a segurava ligeiramente pelo pulso, entrando mais fundo no quarto e a levando junto. Alexia sorrio ao ver como ele não percebeu que não havia a largado, - Pelo menos era o que pensava -, entao, segurou na mao dele, fazendo-o se virar para ela e quase incrédulo quando rapidamente a soltou, mantendo distância.

Alexia riu para si mesma, guardando o calor da mão de Daryl na sua, colocando as mãos em seus bolsos enquanto ouvia o resto da conversa.

- Ela é nossos pais e nossa enfermeira. - Lou explicava. Seu orgulho e admiração pela mais velha eram mostrados. - Nos ensina tudo. Então ela ficou doente.

- Por quanto tempo? - O Dixon questionou.

- Seis meses.

Não conseguindo esconder sua expressão, Alexia olhou para o corpo da mais velha, sabendo que o destino dela já estava escrito. Era morte. Seis meses e ela nem se movia ou falava. Estava claro como o dia que a mulher não ía recuperar.

Observando a Gaillard, Lou deu um sorriso triste mas assertivo.

- Eu sei. - Ela murmurou ao começo, quase concordando com o olhar que Alexia dava. - Sim, nós, lemos para ela e cantamos. E todos os dias recitamos uma oração de Isaías.

- Para os doentes e moribundos.. - Isabelle sussurrou, compreendendo a finalidade da oração.

Lou acenou positivamente com a cabeça, mas olhou para a Carriere e negou ao ouvir a palavra "moribundos".

- Sim, mas não morrendo.

Então os quatro ficaram em silêncio.

Lou inspirou fundo, fechando seus olhos por momentos. Depois os abriu, ainda olhando para os três que estavam na sua frente. Não ía desistir de salvar a senhora que estava na cama.

- As orações seram respondidas.

Eles ficaram em silêncio. Um silêncio respeitoso por causa da Madame Dubois.

Isabelle, em vez de sair, ficou ao lado de Lou. Juntas começaram um pequeno sussurro de oração para a senhora melhorar. Alexia aproveitou a oportunidade para sair da sala, sendo perseguida por Daryl até o lado de fora.

Eles caminharam, parando perto de uma árvore, rapidamente acenando para Laurent e Camille que estavam brincando com Sylvie.

Parando esse gesto, a Gaillard fez seu sorriso desaparecer e olhou para o rosto severo de Dixon.

- Ela não sobreviverá. - A Mulher disse, referindo-se à Madame Dubois.

- Eu sei.

Eles fizeram contato visual, - Em silêncio. Alexia sabia que a outra mulher ia morrer, era assim mesmo, mas não conseguia deixar de ficar um pouco triste por dentro. Afinal, era um humano que iria morrer.

Alexia empurrou as costas contra a madeira rugosa da árvore. Cruzou seus braços, ficando na sombra que aquelas folhas faziam sobre os dois. Ela suspirou, pensando no que dizer ou, no que pensar. Madame Dubois ía morrer apesar de cada esforço que todas as crianças pudessem vir a fazer. Tanto ela e Daryl sabiam disso. Provavelmente mais alguns haviam se apercebido disso, mas não queria acreditar nessa possibilidade.

Enquanto expirava e inspirava com os olhos fechados, ouvia o barulho das risadas entre a Gauthier e Laurent. O som de seus passos. Suas vozes calmas como sussurros puros e alegres em suas brincadeiras.

- Sabe.. - Ao ouvir a voz do Dixon, ela abriu seu olhar curioso na direção do Homem. - Podemos encontrar medicamentos para a mulher.

Alexia moveu sua cabeça para os lados, como se estivesse pensando.

- Sim, podemos... espere, o que?

- Ajudar a mulher. - Ele disse novamente, encolhendo os ombros.

A Gaillard franziu o cenho, descruzando seus braços em descrenças. Estava desconfiada e confusa ao o ouvir. Primeiro falou que a mulher ía morrer afinal de tudo e, agora, queria procurar por medicamentos?

Algo estava errado.

- Olha, sem respeito e sinceridade. O que você tem fumado? - Ela zombou. Os olhos dela rolaram em descrença, antes de olhar para ele novamente, falando com ênfase. - Ela. Vai. Morrer.

- Eu sei. - Ele respondeu com o mesmo tom dela. - E isso vai nos ajudar.

Alexia deixou sua boca aberta, batendo no braço dele sem acreditar no que ele falou.

- Caramba! Você é tão sem coração!? - A voz dela ficou mais alta, quase chamando a atenção de todos para eles.

Recebendo mais atenção, Daryl suspirou em raiva. Ficou parado, recebendo as críticas e os tapas que Alexia estava lhe dando em meio à situação. Ele não se importava, nem estava doendo.

Pelo exterior, algumas crianças olhavam ao longe, quando passavam a correr. Rapidamente olhavam os mais velhos, percebendo como Daryl parecia um filho a ser repreendido pela mãe ou, até mesmo, um namorado aceitando as birras de sua namorada. Era de rir.

Voltando do interior, de seu descanso, Adrien também reparou neles, parando ao lado de Sylvie enquanto sorria.

- Eles sempre são assim? - Ele teve que perguntar, sucumbindo à própria curiosidade.

Sylvie moveu a cabeça positivamente, sorrindo.

- Como um gato e um cachorro. - Ela falou entre um sussurro. - Mas eles ficam melhor juntos do que separados.

- Uma boa equipe, eu suponho?

- A melhor que temos.

Adrien gargalhou mais uma vez ao olhar a dupla dos mais velhos. Arrumou a jaqueta em seu corpo quando correu para jogar bola com Camille e Laurent.

Do outro lado do pátio de terra, Alexia já estava ofegante de reclamar e Daryl de a ouvir resmungar sem muitos motivos. Mas mesmo assim a ouviu e, quando a viu recuar uns passos e respirar fundo para se acalmar, ele passou as mãos em sua camisa para a arrumar.

- Melhor agora? - Ele questionou, ficando de olho nos movimentos dela. - Nervosa? Mais bobagens? Socos mais agressivos?

Ela olhou para ele, ainda irritada porque ele disse que a Mulher morta era melhor para eles.

Foi tão desrespeitoso.

- Cale a boca antes que eu tire seus dentes. Um por um. - Ela o ameaçou, fazendo com que seus olhos não deixassem os olhos dele irem a lugar nenhum.

- Ainda está brava comigo. - Ele viu isso, cruzando os braços. - E ainda não me ouviu.

- Ouvir o que?

- Que podemos fazer com que Lou nos traga um cavalo novo para nossa jornada, em troca, levamos para ela os medicamentos para Madame Dubois.

- Mas.. isso significa que nós vamos...

- Mentir para Lou, e ter um cavalo no final de tudo. - Ele continuou, explicando. - E...

- Fazendo isso sabendo que Madame Dubois não precisa de nenhum remédio porque vai morrer de uma maneira ou outra. - Ela completou, descruzando os braços e virando-se totalmente para o Dixon ao compreender o plano dele.

Ele balançou a cabeça positivamente e ela concordou com ele.

Era o que restava. Era uma solução para o problema que tinha em mãos. E, tecnicamente, como a Madame Dubois já está morrendo, Alexia não viu porque nao aceitar o plano do Dixon. Era pelo bem do grupo.

Precisavam de um cavalo.

Íam ter um cavalo.

˜"*°•.˜"*°• ●•●•●•●•●•● •°*"˜.•°*"˜

)♡ Tudo bem com vocês?

)♡ Adrien, - Nosso novo personagem ☺

)♡ Daryl com Alexia = Perfeição

)♡ Como Daryl ficou quieto e deixando Alexia tirar sua raiva e nervosismo sobre ele, batendo nele enquanto a deixava falar tudo 🤏

)♡ Deixem o vosso voto e comentário !

)♡ Até ao próximo capítulo <3

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