Found family • Daryl Dixon

By Daryl_fic

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A chegada de Daryl Dixon à França desencadeia uma violenta cadeia de eventos que inadvertidamente coloca em p... More

●)♡𝗣𝗿𝗼𝗹𝗼𝗴𝘂𝗲
●)♡𝗚𝗮𝗹𝗹𝗲𝗿𝘆||☆
●)♡ [𝟬 - 𝗦𝗵𝗼𝗿𝘁 𝗦𝘁𝗮𝗿𝘁]
●)♡ [𝟭 - 𝗧𝗼𝗴𝗲𝘁𝗵𝗲𝗿]
●)♡ [𝟮 - 𝗧𝗵𝗲 𝘀𝗮𝘃𝗶𝗼𝗿]
●)♡[𝟯 - 𝗙𝗿𝗶𝗲𝗻𝗱𝘀? 𝗔𝗻𝗱 𝘂𝗻𝗸𝗻𝗼𝘄𝗻]
●)♡[𝟰 - 𝗧𝗵𝗲 𝗺𝗲𝘀𝘀𝗲𝗻𝗴𝗲𝗿𝘀]
●)♡ [𝟱 - 𝗦𝗲𝗰𝗿𝗲𝘁𝘀 𝗸𝗶𝗹𝗹]
●)♡ [𝟲 - 𝗙𝗼𝗿𝗲𝘀𝘁]
●)♡ [𝟳 - 𝗙𝗹𝗮𝘀𝗵𝗯𝗮𝗰𝗸]
●)♡ [𝟵 - 𝗙𝗮𝘁𝗵𝗲𝗿 𝗗𝗮𝗿𝘆𝗹]
●)♡ [𝟭𝟬 - 𝗙𝗲𝗲𝗹𝗶𝗻𝗴𝘀]
●)♡ [𝟭𝟭 - 𝗡𝗶𝗴𝗵𝘁𝗺𝗮𝗿𝗲]
●)♡ [𝟭𝟮 - 𝗽𝗲𝗿𝘃𝗲𝗿𝘁𝗲𝗱 𝗵𝗮𝗻𝗱]
●)♡ [𝟭𝟯 - 𝗖𝗿𝘆]
●)♡ [𝟭𝟰 - 𝗧𝗲𝗮𝗺]
●)♡ [𝟭𝟱 - 𝗙𝗼𝘂𝗻𝗱 𝗙𝗮𝗺𝗶𝗹𝘆]
●)♡ [𝟭𝟲 - 𝗗𝗲𝗮𝘁𝗵 𝗮𝗻𝗱 𝗕𝗶𝗿𝘁𝗵]
●)♡ [𝟭𝟳 - 𝗙𝗿𝗲𝗮𝗸 𝘀𝗵𝗼𝘄]
●)♡ [𝟭𝟴 - 𝗣𝗮𝗿𝗶𝘀 𝗦𝗲𝗿𝗮 𝗧𝗼𝘂𝗷𝗼𝘂𝗿𝘀 𝗣𝗮𝗿𝗶𝘀]
●)♡ [𝟭𝟵 - 𝗧𝗿𝘂𝗲 𝗳𝗲𝗲𝗹𝗶𝗻𝗴𝘀]
●♡ [𝟮𝟬 - 𝗪𝗵𝗲𝗿𝗲 𝗶𝘁 𝗮𝗹𝗹 𝗯𝗲𝗴𝗮𝗻]
●)♡ [𝟮𝟭 - 𝗜 𝗱𝗼𝗻'𝘁 𝗻𝗲𝗲𝗱 𝗮 𝗵𝗲𝗿𝗼]
● )♡ [𝟮𝟮 - 𝗧𝗼𝗿𝗿𝗲 𝗘𝗶𝗳𝗳𝗲𝗹]
●)♡ [𝟮𝟯 - 𝗧𝘄𝗼 𝗹𝗼𝘃𝗲𝘀]
●)♡ [ 𝟮𝟰 - 𝗛𝘂𝗻𝘁]
●)♡ [𝟮𝟱 - 𝗟𝗼𝗻𝗴𝗶𝗻𝗴]
●)♡ [ 𝟮𝟲 - 𝗞𝗶𝘀𝘀]
● )♡ [ 𝟮𝟳 - 𝗗𝗶𝘀𝗮𝗴𝗿𝗲𝗲𝗺𝗲𝗻𝘁]
●) ♡ [ 𝟮𝟴 - 𝗔 𝗰𝗲𝗿𝘁𝗮𝗶𝗻 𝗱𝗲𝘀𝘁𝗶𝗻𝗮𝘁𝗶𝗼𝗻]
●)♡ [𝟮𝟵 - 𝗦𝘂𝗿𝗿𝗲𝗻𝗱𝗲𝗿]
●)♡ [𝟯𝟬 - 𝗔𝗿𝗲𝗻𝗮]
●) ♡ [𝟯𝟭 - 𝗡𝗼 𝘄𝗮𝘆 𝗼𝘂𝘁]
●)♡ [𝟯𝟮 - 𝗥𝗲𝘀𝗰𝘂𝗲]
●)♡ [𝟯𝟰 - 𝗡𝗶𝗻𝗵𝗼]
●)♡ [𝟯𝟱 - 𝗟𝗼𝘃𝗲]
●)♡ [𝟯𝟲 - 𝗖𝗼𝗺𝗶𝗻𝗴 𝗵𝗼𝗺𝗲]
●) ♡ [𝗘𝗻𝗱 𝗼𝗳 𝘁𝗵𝗲 𝗳𝗶𝗿𝘀𝘁 𝗮𝗰𝘁]

●)♡ [𝟴 - 𝗙𝗹𝗮𝘀𝗵𝗯𝗮𝗰𝗸 𝗽𝘁.𝟮]

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By Daryl_fic

*•••[8 - Flashback pt.2 ]•••*

Pela tarde do mesmo dia, o grupo estava na carroça e se deslocando por uma aldeia. Daryl era quem segurava nas rédeas do animal, dirigindo.

Na parte de trás do veículo, as duas crianças estavam sentadas lado a lado. Na frente deles, Isabelle e Sylvie conversavam num tom baixo e, de vez em quando, respondiam às perguntas de Laurent e Camille.

Na parte da frente, o Dixon olhava para o caminho mas, seu olhar acabou mudando de direção, olhando Alexia. A mulher com o olhar perdido.

Era estranho. Estranho vê-la tão calada e sem prestar atenção ao seu redor. Normalmente ela já teria perguntado várias coisas ou, criado uma conversa aleatória. Suspirando, ele levou sua mão direita para sua mochila e pegou uma garrafa.

- Quer um pouco de água? - Estendendo o objeto para a mulher, perguntou.

Olhando para a garrafa, ela a pegou e pousou-a sobre seu colo.

- Não, obrigada.

Daryl assentiu com um curto movimento de cabeça.

Voltou a ficar uns momentos em silêncio - Olhando o caminho -, mas voltou a olhar para Alexia. Vasculhou sua mochila sem olhar para dentro, tirando um caderno e atirando para o colo dela. Quando reparou o que era, não soube o que falar. Tinha jogado o caderno para voltar a ter a atenção de Alexia.

- Você parece triste. - Ele simplesmente deixou escapar por seus lábios.

Confusa, - Ainda pelo caderno que lhe foi jogado -, ela ficou ainda mais perdida quando não entendeu o que ele falou.

- O que? - Ela teve de questionar, procurando respostas.

- Eu disse que você parece uma sombra. - Daryl retorquiu, engasgando em suas palavras quando mentiu sobre suas palavras.

O facto de ela não ter entendido o que ele falou ao início, fez o Homem mentir e permanecer em silêncio. Não queria falar o que tinha perguntado pela segunda vez.

- O que? - Alexia franziu o cenho. Seu olhar ainda mais confuso pousando nele. - Isso nem faz sentido.

Daryl deu de ombros e agarrou o caderno, puxando-o de volta para o guardar. Suspirou com leveza, olhando para o caminho e virando numa pequena curva.

Os próximos minutos foram em silêncio.

A carroça movimentando-se num ritmo moderado. O clima normal. Um dia prazeroso para uma caminhada ou, andar ao ar livre. Enquanto que os quatro que estavam na parte inferior faziam e respondiam a perguntas, Daryl puxou as rédeas do cavalo para si, diminuindo a velocidade e também seu tom.

500.

Ele a observou até contar e chegar a 500.

Demorou nove minutos e vinte segundos. Só depois para perceber e ficar sem dúvidas. Ela não estava sendo ela.

- Fala sério. - Ele grunhiu num murmúrio. - Seja sincera. - Falou seriamente, notando a falta de energia dela. - Você não parece bem.

Dessa vez ele nao engasgou. Não ficou nem um pouco nervoso. Prendeu seu olhar aborrecido no dela, esperando uma resposta sensata.

- Estou bem. - Respondeu vagamente.

Tanto Daryl como Alexia desviaram o olhar ao mesmo tempo. Mas o Dixon, - Sem saber bem o porquê -, não ía deixar aquilo acabar assim.

- Fale comigo, porra. - Ele se exaltou por momentos. Sua mente correndo em pensamentos. - Grite, chore, bata em mim ou minta nos meus olhos. Mas, fale comigo.

Alexia parou de olhar para o trajeto. Seus olhos semicerrados olhando para ele.

- O que há de errado com você, americano? - Questionou, engatando na respiração.

- O que há de errado comigo? - Ele zombou, não querendo saber se sua voz estava ficando mais alta. - Você está agindo diferente.

A Gaillard apertou os punhos. Ela estava irritada. Mas com raiva de si mesma por se culpar pela mortede sua filha e, pelos pensamentos que isso lhe trazia. Com raiva porque Daryl estava certo e ela não podia admitir isso.

- E você se importa com essa merda?

Daryl foi pego de surpresa, respirando pesadamente para se controlar.

- Você sabe, eu não me importo. - Ele a fitou, respondeu à pergunta dela. Parte dele mentindo nas primeiras palavras. - Mas é estranho. Estranho pra caralho.

- Estranho? - Alexia perguntou erguendo uma das sobrancelhas.

- Sim. - Ele disse sem hesitar. - Você não está falando. Você não está sorrindo. Você não está prestando atenção ao que está acontecendo ao seu redor. Você parece uma versão mal-humorada de mim. Você parece apenas uma mulher francesa, para não dizer que não está usando esse apelido idiota para se referir a mim. Você não está parecendo com Alexia Gaillard.

Ela ficou boquiaberta.

Não estava parecendo a si mesma e isso era certo. Sua mente era o seu enome inimigo.

Alexia desviou o olhar do rosto do Dixon, quando, ao mover sua cabeça para trás, viu que Isabelle e Sylvie prestavam atenção na conversa que acontecia nas suas frentes. Laurent e Camille não ouviram metade das palavras dos mais velhos. Preferiam suas conversas aleatórias e animadas.

- Não é nada. - Ela assegurou. - Só estava pensando.

- Certo. Tá bom.

Daryl desistiu de voltar a perguntar se ela estava bem. A resposta dela o convenceu por metade. Não a queria obrigar a falar algo que não queria. Por mais que quase já o tenha tentado fazer.

Na parte de trás, ouviram a voz de Sylvie falando às perguntas do garoto sobre advinhar uma pessoa.

- Ok. Pergunte-me outra.

- Deixe-me pensar. - Laurent baixou o rosto por segundos mas depois o levantou. - É uma pessoa que você conheceu?

- Sim. - Sylvie respondeu em Francês.

Abrindo um sorriso, o garoto balançou seu rosto.

- Então deve ser uma pessoa morta. - Falou inocentemente e verdadeiramente.

Ao lado de Laurent, Camille deu uma cotovelada no braço dele, franzindo o cenho. Retribuindo o olhar e dando de ombros, antes de levantar uma sobrancelha, ele não entendia o que havia dito de errado.

- Não diga isso. - A Gauthier o alertou. - Isso também não é uma pergunta.

- Eu nao preciso questionar. - Respondeu com uma expressão vaga. - Todos que você conheceu estão mortos. Exceto nós.

Camille negou com a cabeça.

- Isso pode ser mentira. - Ela disse com um pequeno sorriso. - Pode haver pessoas que ainda estão vivas.

- Você tem razão, Camille. - Isabelle se aproximou para falar e entrar na conversa. - A esperança é essencial para este mundo.

As duas sorriram uma para a outra, quando, levantaram as mãos e, ao mesmo tempo, deixaram suas mãos baterem uma na outra.

Laurent permaneceu em silêncio durante a ação entre as mulheres, mas depois inclinou o seu corpo para o Dixon.

- Monsieur Daryl, que tipo de morte você prefere?

O mais velho suspirou ao ouvir novamente a criança.

- Que tal um tranquilo? - Respondeu, quase movendo todo o seu rosto para olhar Laurent e ele entender bem a resposta.

Laurent calou a boca na hora e voltou para trás. Camille segurou a mão dele, como forma de o animar perante as palavras de Daryl. Sylvie e Isabelle olharam ao mesmo tempo para o Americano, julgando-o pelo olhar. Que tipo de resposta foi aquela? Ele nem reparou que tinha deixado o garoto cabisbaixo.

Alexia também tinha ouvido mas, diferente dos outros, ela agiu.

Deslocando seu corpo para o lado direito, ela se aproximou dele, cruzando os braços em seu peito ao suspirar em aborrecimento com as palavras ditas por ele.

- Não pode ser menos rude? - Questionou retóricamente, franzindo o cenho para o olhar.

Daryl a encarou, levantando uma sobrancelha em diversão por ela estar voltando ao normal aos poucos.

- E agora você está falando. - Respondeu, ao deixar escapar por seus lábios.

- Daryl. - Alexia respirou fundo, passando os dedos por suas têmporas. Demorou uns segundos quando continuou a falar. - Laurent é uma criança. Deixe ele falar. Além disso, ele nem estava falando muito.

- Mesmo assim, quero me concentrar no plano. - Ele avisou num tom de voz severo, deslizando seu olhar no dela.

- C'est juste un enfant. Laisse-le parler, putain.

Perdendo a noção do que falava, começando a disparar palavras em Francês, Alexia bufou ao falar para com o Americano. Daryl puxou as rédeas para si, parando bruscamente o animal.

Ele ergueu as duas sobrancelhas, não mostrando muito mas, estava se divertindo com a expressão de "eu não acredito que você falou isso para uma criança", que a Gaillard tinha no rosto.

- Se está falando em Francês é porque está perdendo argumentos. - O Dixon apontou o facto mais verdadeiro naquela conversa.

Olhando para ele em mais raiva, - Que divertia ainda mais Daryl -, Alexia apontou um dedo para o mesmo.

- Fermez-la!

- Pelo jeito, falou palavrão. - Foi a última coisa que Daryl retorquiu para a morena se calar.

Alexia respirou fundo e ignorou o olhar do Homem. Não poderia falar mais nada. Ele já tinha dito os factos todos.

Na parte de trás do veículo houveram curtas risadas por parte de todos do grupo, divertidos por ver e presenciar a interação entre o Dixon e a Gaillard. Com as risadas, um sorriso apareceu nos lábios de Alexia e, ao seu lado, Daryl soltou uma risada nasal.

Enquanto se divertiam, Astérix - O cavalo que carregava a carroça -, começou a relinchar freneticamente, batendo impacientemente no chão com seus cascos. Seu relinchar aumentando conforme seus movimentos ficavam mais nervosos.

Daryl desceu cautelosamente da carroça e passou a mão no pelo do animal, recuando alguns segundos por conta dos empurrões nervosos do cavalo.

- Olhem. - Alexia apontou para o fim da rua.

Perto das casas, uma horda de caminhantes passava, caminhando na direção do grupo.

- São tantos. - Sylvie murmurou, colocando o braço na frente de Laurent e Camille.

Não perdendo tempo e não querendo que os mortos chegassem mais perto e mordessem alguém, Daryl retirou as rédeas do animal, deixando-o livre. Ele esperava que Astérix fugisse, mas podia ver o medo nos olhos do cavalo.

O animal não quer se mover. Estava petrificado.

Entendendo que os sons do animal os estavam prejudicando, a Gaillard mudou seu olhar e olhou nos olhos de Daryl. Apenas um clique. Um clique e suas mentes estavam juntas e pensando o mesmo.

Sem hesitar, e perto de tudo, Alexia pegou a arma do lado de Daryl e atirou-a em sua direção.

Ele pegou a arma e a levantou, recarregando-a e preparando-se para atirar para o alto. Mas então...

- Não, não, não. Laurent o ama. - Isabelle tentou impedir o movimento do homem, mas Alexia a impediu.

Não a deixando terminar mais palavras, Daryl arrumou a arma e disparou para cima. O som da bala ecoou por todo o lugar, fazendo o cavalo relinchar de medo e começar a fugir do grupo, passando a ir na direção dos mortos.

- Não, não, Astérix! - A voz embargada de Laurent foi até o local.

Triste e desesperado, o menino tentou se levantar, sendo imediatamente parado por Isabelle.

- Não, Laurent. - A loira falou baixinho, olhando em sua direção. - Ele é mais rápido que eles. Ele vai ficar bem.

Daryl suspirou profundamente e moveu seu corpo para trás. Colocando rapidamente os olhos em Alexia enquanto pegava sua mochila novamente.

Em seus olhos e em sua mente, ele pôde ver a mesma Mulher que conheceu e o salvou. Alexia Gaillard salvando as pessoas que amava e sendo faladora. Uma mulher brilhante e ao mesmo tempo forte. Com alguma teimosia e força da natureza que persistiu em permanecer no seu novo capítulo em França. Na sua vida fodida e, nos melhores, piores e estúpidos momentos do novo país.

Limpando a mente, ele moveu a cabeça e limpou também a garganta.

- Vamos caminhar por enquanto. - Ele alertou o resto do pessoal, esperando por eles.

Sylvie moveu a cabeça, entendendo as palavras dele e desceu a carroça. Isabelle ajudou Laurent a fazer o mesmo e foi pegar as mochilas deles. Alexia se levantou, colocando os pés no chão, correndo rapidamente as mãos pelo interior da carroça e pegando sua mochila.

- Daryl. - A voz de Camille fez o homem olhar para ela. Vendo seu pequeno sorriso. Ela queria conversar com ele como antes. Mas...

Sem falar, o Dixon segurou a mão direita dela, ajudando-a a descer. Ao ver a garota no chão, ele deu a mochila para ela e virou as costas para a mesma, deslocando-se para a beira de Sylvie e Laurent.

Camille baixou seu rosto em tristeza e desilusão por ele não falar nada mas, entendia o lado do Homem. Afinal, sabia que suas ações e mentira o tinham afetado.

No final da carroça, já para se juntar aos restantes, Alexia começou a andar quando Isabelle se juntou, segurando-a pelo braço.

- Laurent ama Astérix. - A Carriere murmurou para a amiga.

Alexia suspirou, sentindo-se mal pelo garoto, mas, sabendo que ela pensou corretamente ao entregar a arma para Daryl.

- Eu sei, Isa. - Ela retorquiu. - Mas tivemos que fazer isso.

Ela começou a andar novamente, deixando Isabelle para trás. Suspirando, a Carriere segurou a mochila e, - Novamente -, começou a seguir a amiga.

A loira olhou para Laurent, seus olhos brilhando de tristeza ao ver o garoto triste e conversando com Sylvie e Camille.

Alexia ia ficar em silêncio, mas suspirou ao ver a amiga naquela situação.

- Ei... - Ela falou num tom hesitante. Mas, quando viu a outra olhando para ela, continuou. - Sempre poderíamos encontrar outro cavalo.

- Você... você nem tentou consolar Laurent!

- O que? - Alexia franziu seu cenho.

Ambas se entreolharam ao mesmo tempo. Isabelle arqueou suas sobrancelhas mas, do outro lado, Alexia revirou os olhos e suspirou.

- Ele é só um maldito cavalo! - Sua voz baixou para um murmúrio raivoso.

Isabelle deixou a boca aberta.

- A porra de um cavalo? Laurent não vai gostar de ter outro cavalo, sua boba.

- Então você tem que dizer a verdade. - Ela sussurrou.

Isabelle parou por um segundo para pensar nas palavras de Alexia. Ela sorriu um pouco, movendo o rosto para ver Laurent.

- Digo a verdade quando acho que preciso.

- Tem certeza? - Alexia murmurou novamente, a boca curvada em um sorriso suave. - Porque se você não contar as coisas para ele, quando ele descobrir, ele pode acabar se machucando.

~~~♡♡~~~

Pelas horas de calor, na tarde brilhante e calorosa daquele dia, o grupo caminhava por um caminho térreo e alternativo.

Entre Isabelle e Sylvie, Laurent mantinha a cabeça cabisbaixa enquanto ouvia as mais velhas falarem sobre Astérix. Por um lado, Sylvie relembrava o garoto dos bons momentos que teve com o animal mas, do outro lado, Isabelle continuava a mentir. Falando que o cavalo estava bem e que voltaria vivo.

Captando as palavras da loira, em quem mais confiava desde que nasceu, Laurent se animava ao imaginar seu reencontro com seu velho amigo animal.

Na frente do trio, Alexia caminhava com as mãos nos bolsos. Ao seu lado permanecia Camille e em silêncio com o olhar preso em algo. Seguindo o baixo olhar da garota, a Gaillard foi ter às costas de Daryl.

O Homem caminhava na frente de todos e sozinho.

Sorrindo, Alexia deu um ligeiro encontrão no braço da Gauthier, - Vá e fale com ele.

- Ele vai ficar bravo. - A pequena sussurrou.

- Não. - A morena negou com um movimento de cabeça. - Ele só anda sempre com aquela cara de rabugento, entendeu? Mas lá no fundo...

A Gaillard olhou para ele novamente. Um pequeno vislumbre de luz brilhante em seus olhos quando ela se lembrou da conversa com o homem na carroça.

A maneira como ele entendeu que ela não era ela. Não estava bem.

- Lá no fundo... - Ela repetiu, seu sorriso cada vez maior. - Ele se preocupa com você. - A Mulher cutucou a ponta do nariz da garota. - Se preocupa com você e com todos que estão ao seu redor.

Camille a ouviu com atenção, seus lábios se moldando para um sorriso firme quando alternou o olhar entre a Gaillard e o Dixon.

Ganhando coragem, e com um novo brilho em seu olhar, ela viu Alexia recuar para lhe dar espaço para conversar com o Americano. Avançando, ela segurou seu ritmo ao lado do Dixon e baixou o rosto com um sorriso pequeno.

- Sinto muito por ter mentido para você, Daryl. - Ela confessou, dando um pequeno sorriso para se desculpar.

Daryl apenas suspirou, com a cabeça olhou para a garota.

- Mas eu estava com medo de que você não me deixasse ficar com você. - Camille continuou. - Não quero voltar para o meu pai, quero fugir dele.

- Porque ele bate em você, certo? - Daryl finalmente falou, levando o olhar para os olhos dela.

- Ele está sempre bravo comigo.

Camille suspirou de tristeza.

Ela esperava que Daryl estivesse entendendo ela e seu lado da história. Ter um pai abusivo a destruiu. Mentalmente e fisicamente. Demorou muito para finalmente confiar em outro homem adulto, mas, graças a Daryl, ela conseguiu.

Mas, sem que ela percebesse, ele apenas fez um pequeno ajusto com a cabeça, mostrando que conhece aquele sentimento. A sensação que é ter um pai abusivo.

- Eu entendo... sério. - Ele falou baixinho, seu tom mostrando que ele não estava brincando. - Mas você não tem ideia do que dói ver alguém em quem você começou a confiar mentir.

Camille olhou diretamente para ele, a tristeza pingando em seus olhos.

- E sinto muito por isso. - Ela repetiu, mexendo os dedos nervosamente nos bolsos. - Mas perdi tantas pessoas de quem gostava e... ficar esses dois dias sem falar com você foi horrível.

A Gauthier suspirou profundamente, seu rosto não deixando escapar cada expressão que ele fazia. Ela estava sendo verdadeiramente ela mesma com aquelas palavras que queriam que ele visse isso.

- Eu também perdi pessoas. - Daryl respondeu quando ela não conseguiu falar por um tempo.

Os olhos de Camille encontraram os dele novamente e ela desesperada moveu a cabeça de acordo com ele.

- Eu sei, eu sei disso. - A Gauthier disse em resposta. - Mas eu gosto de estar perto de você.

- O que eu tenho de tão espec...

- Todas as pessoas de quem gostei, morreram ou me abandonaram. - Ela o interrompeu, seus olhos lacrimejaram quando ela olhou para ele. - Todo mundo, exceto você. Então não me diga que eu estaria mais seguro com outra pessoa, porque a verdade é que eu ficaria mais assustada.

- Você está certa. - Ele grunhiu, deixando de olhar para ela.

Camille arregalou seus olhos, seu coração pulsando rapidamente com uma onda de alívio e felicidade ao percorrer por suas veias a consumia. Mas diminuiu o sorriso ao ver o olhar sério do Dixon voltar na sua direção.

- Você não é minha filha e eu com certeza não sou seu pai.

A garota se surpreendeu com as palavras dele, mas sorrio. Tentou compreender o lado dele enquanto se afundava em tristeza. Estava sorrindo, mas devastada por dentro.

Não havendo mais nada para dizer, ela deu de ombros e se voltou para trás.

Antes de conseguir andar, Daryl segurou seu ombro e a virou gentilmente para si. Quando percebeu que a atenção dela estava toda nele, ele a largou e voltou a colocar as mãos em seus bolsos.

- Quero que saiba que você não vai voltar para seu pai. - Ele proferiu, decidido em suas ações em deixar a garota consigo e com o grupo.

Mas antes que Camille pudesse responder, o silêncio foi quebrado por assobios. Um monte de assobios vindos da área da floresta, deixando o grupo atento e olhando ao redor.

Um arrepio percorreu a espinha de Alexia, quando a mesma segurou a arma com firmeza em suas mãos e olhou ao redor. Sua testa franzida e seu olhar atento ao deixar seus ouvidos captarem o som agudo de cada assobio misterioso.

Quando menos esperaram, uma flecha foi atirada na direção deles, cravando numa árvore ao lado do rosto de Daryl.

- Abaixem-se!

Fazendo o dito, o grupo abaixou-se atrás de uns arbustos e ficou em silêncio, observando o redor.

Alexia manteve Camille por baixo de seus braços, enquanto deixava seus olhos penetrarem por entre as lacunas das folhas verdes que preenchiam seus corpos para dar cobertura. Ela arregalou seu olhar, mordendo a parte interna da bochecha em raiva ao ver o Dixon correr atrás de um desconhecido pela floresta.

- Que diabos. - Ela murmurou ao revirar os olhos.

Deixando Camille com Isabelle, ela não hesitou quando se colocou em pé e começou a correr. Também seguindo o caminho do Dixon.

E ela correu como nunca tinha feito antes. No seu interior, implorava com todo o seu ser, com toda a sua alma para Daryl parar antes de cometer algum erro. Gritava para o ar para o Americano parar e, olhando para as folhas e as árvores, até que sua garganta cedeu e a fez parar de gritar, ela olhou para a frente e viu as costas do Dixon, ameaçadas por um golpe de um Homem.

E ali, bem na sua frente, ela observou Daryl a ser atingido pelas costas, caindo no chão após soltar um grunhido.

- Daryl. - Com pouca voz, sem pensar duas vezes, ela foi até ele.

Fechando seu punho, ela acertou pela direita o rosto do desconhecido loiro que tinha atacado Daryl, nocauteando-o.

Com o coração na boca pela imprudência do Dixon, ela estava prestes a reclamar com ele quando baixou sua guarda e também foi atingida por trás, sentindo sua cabeça e corpo pesar ao cair no chão, ao lado de Daryl; Com o som do metal de lanças contra seu rosto e o dele como única resposta.

Olhou para cima, chocada, surpresa e aborrecida ao sentir o peso da ligeira dor na parte de trás de sua cabeça.

Seu olhar acabou por arregalar ao verificar quem eram os agressores. Somente eram... adolescentes.

˜"*°•.˜"*°• ●•●•●•●•●•● •°*"˜.•°*"˜

)♡ Tudo bem com vocês?

)♡ Camille e Daryl reatando e conversando finalmente!

)♡ Daryl notando que Alexia não estava bem 💞, e ela ficando toda sem palavras e falando em Francês quando perde o argumento 🤭

)♡ Referências 🙈

)♡ Alexia correndo atrás de Daryl sem hesitar 🤏

)♡ Deixem o vosso voto e comentário !

)♡ Até ao próximo capítulo <3

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