Ano — 1450
A família de Cha Eun Woo era uma família nobre, disposta a fazer tudo pela coroa. Eun Woo era um alfa rebelde, queria andar entre o povo e se aventurar nas tabernas, o seu grande sonho era ser como o grande general Jeon Jungkook, ser um guerreiro amado pelo povo por suas conquistas e servir ao rei em primeiro lugar. Eun Woo se espelhava no grande general o seguia para aonde ia, querendo o copiar em tudo.
Mas o alfa tinha uma paixão escondida, todas as tardes passavam no campo de flores para ver um ômega que o deixou apaixonado, Jimin era tudo que Eun desejava. Aos poucos os dois criaram uma amizade que foi se fortalecendo à medida que junto ao ômega o alfa foi se rebelando contra a coroa. Após conhecer o ômega, parecia que tudo que o rei impunha já não era mais o certo.
Eun Woo ajudava Jimin a roubar mantimentos do castelo para dar ao povo, e o alfa acreditava que o ômega seria seu par para sempre, chegou até a se declarar algumas vezes, mas Jimin o levava na brincadeira, pois a amizade que existia entre eles, era forte demais para um reles romance.
Foi em uma dessas invasões ao castelo que o ômega conheceu o general, foi um encontro de almas, e rapidamente tudo aconteceu. Quando Jimin contou eufórico a novidade ao amigo, foi a primeira vez que pode ver a verdadeira face do amigo, Eun cuspiu toda a sua ira em Jimin. Foi a primeira vez que o ômega realmente teve medo de um alfa.
Eun Woo começou perseguir Jimin para todos os lados, o ameaçando e encurralando pelos cantos do vilarejo, medo era tudo que o ômega sentia, Eun dizia que contaria ao general sobre ele saber ler e escrever, e tinha certeza que o rei o mandaria o queimar vivo por bruxaria. Depois tentou acalentar dizendo que ele seria o único que o protegeria, por isso ainda guardava esse segredo da realeza.
Uma certa noite quando Jimin saia do campo de flores onde trabalhava, foi encurralado por Eun Woo que se encontrava completamente bêbado e fora de si, Jimin tentou correr, mas o alfa era mais forte e mais ágil, acabou derrubando o ômega no chão e o agredindo sem pena nenhuma.
A tentativa de abuso só não se concretizou porque Kim Taehyung estava passando por ali naquele momento e num ato de desespero ao ver o sofrimento do ômega, pegou uma grande pedra e acertou precisamente a cabeça do alfa que desmaiou. Kim carregou Jimin nas costas, até a sua casa, Taehyung e a sua mãe cuidaram do ômega por dias até ele se recuperar e voltar para casa, os pais não se opuseram à decisão, pois tinham medo que a família nobre de Eun Woo prendesse Jimin, por muitas vezes eles
presenciaram Eun Woo ameaçando o filho, se Jimin iria para a forca, todos da família iriam, acusados de bruxaria contra a coroa.
O General Jeon procurou por dias o seu ômega, os campos de flores já não tinham mais o cheiro de lavanda e o castelo estava calmo, ninguém havia mais invadido procurando por comida. Saudade era isso que o lúpus sentia, o imponente general havia mudado sentia falta de alguém, estava sorrindo imaginando o seu ômega nos seus braços.
Tomou coragem e bateu a porta dos Parks, medo foi o que a família sentiu, céus iriam morrer pelas mãos do pior homem da coroa.
A família não sabia o que fazer.
— Onde está o meu ômega? — Disse o general, assustando a todos com as suas palavras.
— o seu ômega? Acredito que não esteja escondido aqui, disse a mulher.
— Onde está Jimin? Ele é meu ômega.
A velha ômega ficou perplexa em ouvir tal confissão, como poderia Jimin filho de um camponês, ser o ômega do homem mais importante do rei?
— Irei chamar a minha filha, senhor. Ela explicará tudo ao senhor general. — a ômega saiu correndo para campo e logo uma mulher mais jovem apareceu.
— Bom dia, meu senhor. — disse a ômega curvando-se em respeito ao lúpus. — Soube que está procurando por meu filho?
— Sim, onde está o meu ômega, faz dias que não o vejo no campo de flores. Nem o seu cheiro se encontra por lá, sinal que faz tempo que não aparece. Fale logo, preciso vê-lo.
— o meu filho está na casa dos kim. Senhor General.
— O que ele faz lá?
A ômega começou a chorar e contou tudo ao lúpus, desde as ameaças de Eun Woo até a agressão que Jimin sofreu, deixando o lúpus completamente fora de si.
A chegada até a casa de Taehyung foi rápida, Jeon precisava ver Jimin e saber como ele realmente estava. Bateu a porta e a senhora kim ficou assustada, pois, as batidas eram fortes e precisas. Quando a ômega abriu a porta, ficou extremamente espantada, o rei havia mandado buscar Jimin, Eun Woo havia cumprido a promessa de contar a realeza que Jimin sabia ler e escrever, ele morreria logo pelas mãos do general, com certeza ela e o seu filho seriam os próximos, traição era um crime imperdoável. Não teriam como fugir, pensou ela, pois o general era um homem astuto e inteligente, os pegaria na porta dos fundos. Mesmo com medo, senhora kim abriu a porta.
— Onde está o meu ômega? — disse Jeon, entrando na casa e indo em direção aos quartos.
Jeon adentrou um dos quartos, dando de cara com Jimin deitado na cama ainda com manchas roxas pelo rosto, aproximou lentamente, percebendo que ele também tinha uma das suas mãos cobertas por um pano, ela estava quebrada, Jimin a quebrou numa tentativa de defesa.
Ao ver o lúpus Kim Taehyung corre e se ajoelha aos seus pés, intercedendo pelo amigo. — Não o leve general, ele não tem culpa.
— Do que está falando kim, deixe eu aproximar-me dele, solte as minhas pernas. — O general empurrou o ômega, indo até Jimin, que ao sentir o cheiro doce do alfa abriu lentamente os olhos. — Alfa, o que faz aqui?
— Saia kim. — foi tudo que Jeon disse, antes de abraçar Jimin com força. — Eu estava com tanta saudade, meu ômega. Porque não mandou me chamar? Eu cuidaria de você. Diga-me o que aconteceu?
Jimin contou todo o acontecido e Jeon escutou tudo com atenção, por mais que a matriarca Park já estivesse contado sobre o acontecido, ele escutou tudo com apreço, as palavras que saiam da boca do seu ômega era como música a seus ouvidos, Jimin teve medo, mas mesmo assim contou sobre os seus dias de leitura, mas Jungkook não esboçou nenhuma reação de ira contra isso.
— Prometa para mim, general que não matará Eun Woo, ele estava bêbado, nem deve lembrar o que fez, prometa-me por favor.
— Eu prometo, não o matarei. Mas não me peça para não ter uma conversa com ele, porque isso eu não aceitarei. Fui até a sua casa e já tratei do nosso casamento com os seus pais, será em duas semanas.
— Tão rápido assim?
— Sim, ninguém ousará chegar perto de você sabendo ser meu ômega.
Jimin se sentia feliz, tinha um alfa, logo teria filhotes. — o general saiu da casa dos kim, seguindo um rumo incerto, apenas um pensamento na cabeça, não mataria Eun Woo, mas conversariam com ele bem de perto.
Eun Woo estava na taberna bebendo quando Jeon chegou e o jogou porta afora, deixando o alfa em alerta.
— Vamos! Levante e lute como homem, ou gosta apenas de bater em ômegas indefesos.
— General, o que houve? Está fora de si, não se lembra de mim? Sou filho do senhor Cha, a minha família é responsável pelos mantimentos do castelo.
— Pouco me importa quem é seu pai, espero que você tenha mais irmãos para o ajudar, porque você irá às batalhas comigo. Sinceramente eu espero que você seja morto na primeira delas. A tua sorte e que Jimin preza pela amizade que fez com você, e pediu para que eu não o matasse, mas não falou nada sobre pôr-te na linha de frente de batalha, espero que pelo menos saiba correr, o seu maldito desgraçado.
Assim o general o fez, Eun Woo foi atingido por uma flecha e dado como morto, foi jogado nas covas e enterrado nos campos de batalha, mas o que o general não sabia era que ele fingiu a sua morte e fugiu pelos campos, a procura de abrigo, demorou meses para poder curar as suas feridas. Dois anos exatamente dois anos haviam se passado, Eun Woo nunca deu as caras nas redondezas do reino, jamais poderia deixar Jungkook sentir o seu cheiro, senão seria morto sem dó pelo grande lúpus. De longe ele sempre vigiava Jimin, mesmo ele estando casado com o general, sempre que Jeon estava em batalha Eun Woo rondava o ômega, ele considerava-o Jimin seu, pois ele o viu primeiro.
Eun descobriu sobre a gravidez do ômega e isso fez com que a sua ira por Jimin aumentasse, ela dele que o ômega deveria estar grávida, o seu filhote que deveria estar carregando. A raiva era tanta que ele se encheu de coragem e procurou pelo bispo, contando tudo que sabia sobre o ômega e como o grande general foi traíra com a coroa, ocultando a verdade sobre o seu próprio ômega. Nessa noite o bispo armou com a rainha e colocaram livros em vários lugares, e o olhar do ômega entregaria a sua própria face. Mas o que Eun não sabia era que o pensamento do bispo não seria se livrar do general, afinal como poderiam perder o melhor homem já visto nas batalhas, não nunca. O ômega teria que morrer.
Naquela fatídica noite, Eun Woo espreitou a cabana Jeon, viu desde a saída do general até a chegada de Jackson Wang, no seu pensamento o alfa ficaria ali e quando o lúpus chegasse, o pegaria de surpresa por traição e só assim Jimin olharia para ele novamente, mas para o seu espanto, tudo ficou claro quando ele viu o lacaio do bispo começar atacar fogo na casa. Mesmo com a casa em chamas, Eun Woo entrou e pode ver Jimin deitado ao chão já morto, e num ato de desespero correu até o ômega e o mordeu arrependido pelo que fez.
— Isso tudo é culpa dele Jimin, você morreu por escolheu aquele maldito general, mas eu prometo que se um dia eu tiver a oportunidade de ver-te novamente, você será só meu, essa é minha promessa a você, meu amor, meu ômega.
Atualmente — 2023
Eun Woo quebrava tudo dentro do seu quarto, raiva, ódio, inveja, ciúme era tudo que sentia, não conseguia conter as lágrimas que rolavam sobre a sua face.
— O que pensa que está fazendo meu filho? — Gritou o governador. — Porquê está quebrando tudo? Quer mais dinheiro novamente, o seu já acabou?
— Dinheiro? Eu quero que você seu velho rabugento, termine essa sua maldita sociedade com aquele imperador de merda. Sabe o que eu realmente quero, papai? Eu quero ele com aquela boca suja, cheia de formigas, eu quero ele morto, eu quero o matar com as minhas próprias mãos, é isso que eu quero, você pode-me dar isso, papai? Não! Você não pode, porque não passa de um medroso, pau mandado que só falta lamber o chão que aquele maldito homem pisa. Saia daqui, eu quero ficar sozinho.
— diga-me o que aconteceu para você está nesse estado?
— Sai, sai, sai. — Eun gritava desesperado. — Eu te odeio, Jeon. Eu te odeio, eu o matarei, sim é isso que eu preciso fazer, Jimin é meu, meu, meu...
Enquanto Eun Woo chorava em desespero, Lee Félix entrava pela grande mansão da família Cha. Quando adentrou o quarto pode ver o quão transtornado o amigo estava, a ponto de quebrar até as fotos a família.
— Me diga o que está acontecendo, porque mandou que eu viesse às pressas. Eun Woo você sabe que Jeon não pode me ver com você.
— Eu quero ele morto Félix, eu preciso dele morto, você entendeu?
— Meu amigo aguente mais um pouco, pelo menos até o leilão terminar, ok? Aí eu garanto a você, que será o fim do lúpus, eu prometo. Agora eu preciso ir, da próxima vez use o telefone reserva, não podemos correr o risco de dar tudo errado, porque você não aguenta pressão de ver o seu ômega com outro. Você escutou? Volte a realidade. Primeiro daremos um fim em Park Seo Joon como combinado e depois vamos nos concentrar em acabar com o Imperador.
Lee Félix saiu da grande mansão, sem se dar conta que estava sendo seguido e fotografado por alguém.
— Eu sabia que você não era flor que se cheire, detetive desgraçado. Te peguei vagabundo.
Jimin estava apreensivo, nervoso, precisava contar a verdade a seu alfa, as alucinações por falta do remédio estavam se fazendo presentes na vida do ômega e sua mãe não estava em Seul para conseguir os remédios para ele.
— Alfa, eu posso conversar com você, meu amor?
— O que deseja, meu ômega? Quer dinheiro? Sabe que tudo que tenho é seu, não precisa pedir. Diga o que quer?
— Preciso que compre um remédio para mim, acredito que minhas dores estejam voltando.
— Como amor, se nem mancando você está, tem certeza? Amanhã iremos ao médico, quero que faça alguns exames. Consegue ficar sem os remédios por hoje, vida? Irei fazer uma massagem em você e garanto que dormirá como um anjo. Irei ao banheiro pegar um óleo de massagem, tire a roupa e me espere.
Jungkook foi até o banheiro e pegou o seu celular, uma leve desconfiança passou na sua cabeça, mas não faria julgamentos até ter certeza das suas suposições, os seus dígitos deslizaram sobre a tela e do outro lado da linha Namjoon atendeu. — Eu quero que você vá a Busan amanhã e traga Park Jisoo para casa. Caso ela se recusar, diga a ele que eu mesmo irei, buscá-la.
— Está bem, sairei pela manhã. Hoseok mandou você ficar alerta, precisa ver você no frigorífico amanhã.
— Fique alerta Namjoon, podemos estar sendo seguidos. Se ver algo suspeito ligue-me, mandarei uma escolta com você. Boa noite.
Jungkook saiu do banheiro completamente desprovido de roupa, o seu cheiro exalava por todo o quarto, era incrível como o cheiro de pimenta com chocolate casava tão bem, dando um ar mais provocante. Jimin sentiu a sua boca salivar, ao ver aquele belo corpo musculoso na sua frente, mordeu os lábios ao ver como o seu alfa era viril, a sua pose de homem imponente e poderoso deixavam o ômega com as pernas bambas, sua sorte já estar deitado, porque podia jurar que se estivesse de pé, cairia de joelhos ao ver o membro duro e cheio de veias do seu alfa tão sedento por prazer, e se isso acontecesse só caberia a ele abrir a boca e aproveitar a sensação. O lúpus caminhou até a cama onde o seu ômega estava deitado esperando pela tão prometida massagem, o seu corpo estremeceu quando sentiu as mãos fortes do seu homem sobre o seu corpo, sentiu os lábios de Jungkook beijar as suas costas, até os seus lábios finos e gostosos chegar no lóbulo da sua orelha, a língua macia deslizou por aquela parte sensível, onde uma leve mordida o lúpus deixou ali, fazendo Jimin gemer em deleite com os toques do seu homem, e as palavras que soaram como música para os seus ouvidos, fizeram o seu corpo queimar de desejo.
— Está pronta minha putinha? O seu macho te fará uma massagem por dentro e por fora…
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