Ops, Lacei o Amor! • JJK+PJM

By wooyjk

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「 EM ANDAMENTO 」 Após ser despedido do emprego, Kim Namjoon encontra uma maneira de recomeçar, ou melhor dize... More

⚠️AVISOS⚠️
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By wooyjk

Não sabem o prazer que é estar de volta 🙏🏼

Peço muitíssimas desculpas por não ter postado na semana passada. Andei bem desanimada, enfim, estou melhor.

Por favor, deixem o votinho aqui no capítulo e não esqueçam de comentar muito! Com essas atualizações da plataforma dá um desânimo pra comentar, não sei se atualizou ai pra vocês, tá bem ruim, mas esse é o único retorno que nós autores temos aqui, sabe? Eu escrevo porque gosto, mas receber incentivos, comentários e feedbacks positivos me motivam para continuar persistente aqui.

Qualquer erro podem estar me alertando!

Bom, vamos ao capítulo, mas antes se atentem aqui:

⚠️ alerta de gatilho: homofobia e violência, tenha consciência em ler⚠️

Quando se assumiu para sua família, no fundo Taehyung estava ciente de que seria bem acolhido da melhor maneira possível. Era algo que bem no fundo ele tinha certeza, mas suas inseguranças sempre faziam as paranóias ofuscarem sua coragem.

Do mesmo jeito que no fundo sempre teve certeza da boa reação de sua família, seu subconsciente também sempre soube da má reação do seu pai.

Estava sentado na calçada do lado de fora da casa de seu pai, depois do lanche conturbado com o mais velho e sua madrasta.

“Você só está confuso.”

“Quando achar a menina certa você esquece isso.”

“É fase, meu filho, depois você nem vai se lembrar disso.”

“Você não é isso, Taehyung”.

Algumas das palavras de seu pai circulavam sua cabeça com constância, o fazendo suspirar. Até sua madrasta tinha sido compreensiva, por que seu pai simplesmente não poderia fazer o mesmo?

Só queria ir pra casa e esquecer tudo aquilo. Pegou o celular para mandar uma mensagem para Roberto, mas parou no meio do ato ao receber uma mensagem de Yoongi.

||Simon🐿💌: Teco, tô aqui no mercado e menino de Deus, que preços absurdos!

Um sorriso cresceu nos lábios de Taehyung pela primeira vez naquela tarde.

||você: O capitalismo né bê

||Simon🐿💌: Ai que ódio, não posso nem comprar uma bolacha sem levar uma facada por causa do preço

||Simon🐿💌: O país tá todo fodido

||você: Relaxa, a gente resolve isso nas urnas em outubro

||Simon🐿💌: O mal vai cair por terra, quem acredita dá um glória!

||você: Glória!

||Simon🐿💌: Tá, não quero politicar

||Simon🐿💌: Me fala, tu disse que iria vir na cidade, vai vir mesmo?

||você: Tô aqui na real, mas quero ir pra casa e esquecer que esse dia existiu

||Simon🐿💌: O que aconteceu???

||Simon🐿💌: Melhor, vc tá aqui??? Vamos nos ver!

||você: Vc quer me ver?

||Simon🐿💌: Nossa, vc deve estar com a maior cara de bobo agora

||Simon🐿💌: Quero sim, aí vc me conta o que aconteceu, só se quiser

||você: Tá bom, vc vai pra casa?

||Simon🐿💌: Tô fazendo compras, se quiser vir pra cá e reclamar dos preços comigo, aí depois a gente vai tomar um sorvete para afogar as frustrações, o que acha?

||você: Me fala qual mercado e eu já vou

||Simon🐿💌: Blz

Taehyung sorriu, guardou o celular no bolso da calça e se levantou para sair dali. Não se daria ao trabalho de se despedir de seu pai, não faria diferença.

Por sorte, o mercado em que Yoongi estava não era muito longe, então foi consideravelmente rápido para Taehyung chegar no estabelecimento. Encontrou o castanho no corredor de produtos de limpeza, segurando uma pequena cestinha enquanto se concentrava em analisar algo no celular.

― Oi! ― Denunciou sua presença ao se aproximar, assustando o outro. ― Desculpa.

― Já achei que era assalto no meio do mercado! ― Yoongi respirou fundo e aliviado, fazendo Taehyung rir. ― Mas que bom que chegou, eu já terminei aqui, só estava esperando você para irmos.

― Por que não disse? Eu poderia ter te encontrado na sorveteria.

― E quem iria me ajudar a carregar as compras? ― Soprou um riso e saiu na frente.

― Que abuso… ― Riu um pouco incrédulo e seguiu Yoongi.

Enquanto a funcionária atrás do caixa passava as compras, Taehyung se encarregava de ajudar colocando tudo dentro de sacolas. Com o pagamento realizado, Yoongi pegou algumas sacolas das mãos de Taehyung e os dois saíram do mercado juntos.

― Vai fazer um churrasco? ― Taehyung perguntou, distraído em organizar as sacolas nas próprias mãos.

― Não sou muito fã, mas meu avô ama! Eu fico com um bom franguinho assado, muito melhor. ― Arrumou o óculos no rosto e sorriu. ― Então, me fala, o que te trouxe aqui mesmo?

― Vim passar um tempinho com meu pai e aproveitei para contar pra ele sobre minha sexualidade.

― Verdade? ― Olhou rápido para o moreno assim que pararam na beira da calçada. ― E ele reagiu mal?

― Não me xingou, mas acabou me magoando. ― Suspirou e olhou para os dois lados, pronto para atravessar a rua.

Antes de dar o primeiro passo, sentiu a mão de Yoongi agarrar o seu braço para atravessarem juntos. O contato se quebrou no momento em que chegaram do outro lado da rua, levando Taehyung a concluir que foi um toque impensado da parte de Yoongi.

― Eu não me importaria se continuasse me segurando, sabe? ― Brincou, mesmo que no fundo existisse verdade.

― Ah… ― Um riso escapou dos lábios finos, um pouco tímido. ― Eu nem reparei, é o costume de andar por aí com meu avô. Sempre pegamos na mão um do outro antes de atravessar a rua.

― Fofos.

Com alguns segundos de raciocínio, Yoongi umedeceu os lábios, nervoso com o frio involuntário que se instalou em sua barriga no momento que segurou o braço de Taehyung novamente, descendo os dedos calmamente até alcançar a mão livre do moreno.

Foi preciso muito controle para Taehyung não gritar de felicidade assim que ousou entrelaçar seus dedos, sentindo o ato ser bem aceito por Yoongi, quando os dedos gélidos apertaram os seus suavemente.

― Sua mão é geladinha ― comentou, reparando no sorrisinho sem graça que surgiu nos lábios de Yoongi.

― Me falam muito isso. Meus irmãos me chamam de defunto.

― Não… ― Taehyung fez uma careta e negou.

― Pois é, mas não dou muita importância. ― Olhou para suas mãos unidas. ― A sua é quentinha.

― Uma combinação mais que perfeita, não? ― Sorriu. ― Acho que fica proporcional.

― Deixa de coisa. ― Riu e balançou suas mãos. ― Mas voltando ao que interessa. Eu não sei o que teu pai disse pra tu, mas seja lá a baboseira que ele tenha dito, deixa sair tudo pelo outro ouvido, beleza?

― Estou tentando, mas ouvir essas coisas de uma pessoa tão importante dói, é difícil ver que ele não me aceita. ― Manteve os olhos em sua mão agarrada com a de Yoongi. ― Ele disse que estou confuso, que quando eu arrumar uma garota boa isso vai passar.

― Que babaca! ― Deu uma pausa e apertou os lábios. ― Desculpa, eu sei que é seu pai, mas poxa vida!

― Minha madrasta tentou colocar um pouco de juízo na cabeça dele, mas nem adiantou muita coisa, o velho é cabeça dura. ― Acariciou as costas da mão de Yoongi com o polegar. ― Eu daria tudo para que meu pai fosse pelo menos metade do que o meu tio Beto é.

― O pai do Jico é um amor mesmo, na verdade, toda sua família lá na fazenda é. E eles te amam, Teco. Foca nisso e não dê ouvidos para as coisas sem lógica que seu pai fala.

― Obrigado. ― Sorriu bobo, aproveitando o contato de suas mãos unidas.

O assunto prosseguiu sobre os preços dos produtos do mercado enquanto Yoongi gesticulava com toda a indignação, fazendo Taehyung rir e esquecer dos problemas, pelo menos naquele instante. Em certo momento, começaram a atrair atenção de algumas pessoas na rua por conta de seus dedos entrelaçados. Taehyung apertou os lábios com receio, preocupado com um possível desconforto de Yoongi.

Tentou cortar o contato, mas ao contrário do que pensou, teve sua mão segurada novamente, recebendo um olhar confuso.

― O que foi? Tá te deixando incomodado? ― Yoongi perguntou, preocupado.

― Não, é que está todo mundo olhando e uma mulher fez careta pra gente… ― comentou baixinho. ― Achei que estava te deixando desconfortável.

― Ah, menos mal. Liga não, Teco, se você está confortável então foda-se eles, né?

Taehyung apenas sorriu e apertou seus dedos. Yoongi tinha razão, afinal, esperou por tanto tempo para estar daquele jeito com o castanho, então não deveria estar dando importância para o julgamento desnecessário de pessoas que ele nem conhecia.

Assim que chegaram na sorveteria, escolheram ficar na mesa do lado de fora depois de escolherem os sorvetes.

― A gente poderia marcar aquele rolê entre nós dois, né? ― Yoongi sugeriu e levou a colherzinha de sorvete até a boca. ― Aonde tu quer ir? Lembra que temos que fazer algo que você gostaria de fazer.

― Eu pensei em algo na verdade, mas não sei.

― Fala, o que tu pensou? ― perguntou curioso.

― No quinto ano, eu fui no museu com minha sala e a gente viu muita coisa, vários quadros, nossa, era lindo! Eu não entendia muito na época, mas eu queria muito ir lá de novo para ver as coisas com meu ponto de vista atual. E bom, seria bacana se você estivesse comigo.

― Museu? Ok, podemos ir ao museu. ― Sorriu, admirando secretamente o sorriso quadrado enorme que cresceu nos lábios de Taehyung.

Não sabia quando começou a ficar ansioso para ver Taehyung sorrindo daquela maneira, mas era bom.

― Eu sei que ‘cê fica meio sem graça quando eu falo essas coisas, mas não dá, sinceramente. ― Passou as mãos no rosto, escutando um riso de Yoongi. ― Gui, eu gosto tanto de você, na moral mesmo.

Yoongi umedeceu os lábios e limpou os resquícios de sorvete no canto da boca com um sorrisinho tímido. Escutar aquelas palavras de Taehyung sempre fazia algo gritar no fundo de sua garganta, mas nunca saía nada.

― Não precisa me responder nada, bê. ― Riu e alcançou a mão de Yoongi, entrelaçando seus indicadores. ― Suas atitudes já falam muito por você.

― Que bom, e-eu fico sem saber o que te dizer, mesmo querendo muito dizer algo, é tão complicado. ― Sorriu mais relaxado, aproveitando o carinho de Taehyung em sua mão. ― Obrigado por toda paciência que tem comigo, Teco. Ninguém nunca faria o que você está fazendo por mim, mesmo depois de cinco anos e um quase fora, você ainda está aqui.

― Só saio daqui se você me mandar ir embora, do contrário não há quem me tire daqui, bê! Enquanto você permitir, eu vou estar aqui.

― Não vou te mandar embora. ― Levantou os olhos, focando nos semelhantes de Taehyung. ― Não quero que vá embora.

― Não vou.

― Hm, eu acho fofo quando você me chama de “bê” ― comentou, desviando os olhos para o sorvete.

― Sabe que às vezes eu nem percebo? É tão automático! Se ‘cê gosta, então me deixa muito feliz.

― Eu estou com tanta saudade dos seus desenhos na escola, das cartinhas ― Yoongi relembrou, exibindo um semblante pensativo.

― Eu vou resolver isso pra você, calma aí! ― Taehyung se levantou e correu para dentro da sorveteria.

Yoongi não teve tempo para questionar. Assistiu Taehyung voltando depois de um minuto, trazendo uma caneta. O moreno se sentou na cadeira de frente para o castanho e pegou um dos guardanapos, abrindo o papel para começar a desenhar ali com cuidado.

― Ficarei grato se não olhar, para não estragar a surpresa ― Taehyung pediu, rindo quando Yoongi se virou na cadeira.

Foram necessários exatos quatorze minutos para Taehyung desenhar uma baleia jubarte no canto da folha e escrever no restante do espaço em branco. Limpou a garganta, assistindo Yoongi voltar para a posição anterior, esboçando uma expressão ansiosa.

― Já? ― Apontou para o guardanapo.

― Uhum. ― Ofereceu o papel.

― E eu posso ler agora?

― Prefiro que leia quando chegar em casa. ― Sorriu e voltou a tomar o sorvete.

Sem protestar, Yoongi guardou o guardanapo com cuidado dentro de uma das sacolas, ansioso pelo momento em que fosse ler o que Taehyung tinha escrito. Ao voltar os olhos para o moreno, o observou limpando a boca com outro guardanapo.

Por um momento, viajou no formato interessante e bonito dos lábios de Taehyung. Sua barriga voltou a gelar no momento em que pensou em um possível beijo. Bom, teria beijos se aceitasse se relacionar, certo? Não era um problema exatamente, Yoongi só se preocupava com o fato de nunca ter dado sequer um selinho na vida.

Com uma curiosidade quase vazando, Yoongi apertou os lábios e perguntou no fim:

― Teco, não sei se deveria estar perguntando isso, mas enfim, tu já beijou algum menino?

― Meninos não, só meninas. ― Sorriu sem graça. ― Não foi ruim, mas também não foi bom, como eu posso explicar? Eu não queria aquilo, eu fiz mais por pressão psicológica, me forçando a gostar de algo. Não senti nada com esses beijos. Agora meninos, nunca me ocorreu. Você foi o primeiro menino que eu quis e quero beijar.

Talvez não tivesse sido uma boa ideia entrar naquele assunto. Yoongi sorriu nervoso e arrumou a armação do óculos sobre o nariz. Seu comportamento tímido causou uma risadinha em Taehyung.

― Em minha defesa, ‘cê que começou com o assunto e eu não iria mentir.

― Não pensei que tu iria responder tão na lata!

― Certo. ― Levou a colher até a boca novamente, lambendo a massa gelada. ― Eu poderia perguntar se você já beijou alguém, mas tenho quase certeza de que não ocorreu.

― E o que tem isso? Perder é para os fracos! ― Cruzou os braços, desviando o olhar constrangido para o sorvete. ― E por que “quase”? É óbvio que eu nunca beijei ninguém!

― Era só pra você confirmar. ― Sorriu de canto, escutando um bufar do castanho. ― Que bacana, eu vou ser seu primeiro beijo.

― Quem te garante?

― Eu sinto aqui. ― Repouso a mão no peito e apertou os olhos, arrancando uma gargalhada alegre de Yoongi.

― Sua confiança é admirável, Teco.

― Não quer me beijar, Gui? ― Apoiou os braços na mesa, encarando o castanho com um sorrisinho.

― Para com isso!

― Acho que suas orelhas vermelhas te entregam, hein?

― Eu vou embora, Taehyung!

― Estou brincando!

― Que palhaçada. ― Voltou a mexer no sorvete, reparando na massa derretendo no fundo do copo. ― Eu não sei se deveria dizer isso para a pessoa que quer me beijar, porque parece soar estranho, mas eu sou estranho, então tudo bem, certo?

― ‘Cê não é estranho, mas fala aí.

― Isso é tão constrangedor. ― Suspirou e arrumou os óculos. ― E se não for bom? Eu sei que é um medo de pessoas do fundamental, mas pense pelo meu lado, eu nunca tive essas preocupações no fundamental!

― Não sei o que eu acho mais bonitinho. ― Repouso o rosto na palma da mão e alargou um sorriso. ― Você nervosinho com um possível beijo nosso ou você ficando nervosinho porque no fundo quer me beijar.

― Não muda o foco do assunto!

― Não pense nisso, Gui, não é como se eu fosse chegar em você do nada e falar: ei, vamos nos beijar atrás da escola?

― O pessoal do fundamental fazia isso.

― É um evento cômico na vida de quase todo adolescente, mas eu particularmente sempre achei esquisito, ficava um monte de pessoas olhando.

― Exatamente!

― Mas relaxa, se um dia 'cê quiser me beijar do jeito que eu quero te beijar, vai acontecer quando tiver que acontecer e vai ser o melhor dia da minha vida. É válido ressaltar que eu nunca vou fazer nada que você não queira.

Yoongi afirmou com um sorrisinho e retornou a tomar o sorvete antes que a outra metade derretesse também. Não olhou mais para Taehyung, porque sabia que o moreno estava olhando com o sorriso mais sacana do mundo.

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Jimin passou pelo portão de sua casa, distraído com o celular na mão. O susto foi inevitável no momento em que escutou latidos altos misturados com miados desesperados. Mal teve tempo de raciocinar quando reparou em Bibble fugindo de Faraó, pulando diretamente em seus braços e cravando as garras em sua camisa.

― Sai daqui, Faraó! Para de assustar o bichinho! ― Ralhou, observando o cachorro dar meia volta para sair dali.

Com a saída de Faraó, Jimin puxou Bibble para frente, desgrudando as garras de sua roupa. Riu fraco com a situação, mesmo morrendo de pena do estado assustado do bichano. Não gostava nem de imaginar o que poderia ter acontecido se Bibble não achasse uma escapatória.

― O que a gente vive conversando, bebê? ― Ajeitou o gato nos braços. ― ‘Cê não pode ser tão desatento assim! Já viu o tamanho do Faraó? Se ele pegar você, é picadinho de Bibble! E sabe o que iria acontecer depois? Seu papai iria ficar muito triste e eu iria ficar triste por ver ele triste, hm? Eu prometi que cuidaria de você, então não apronte!

― Falando com o gato do Jungkook? ― Nayeon apareceu no portão.

― Ai, Nay, essas crianças, sabe? ― Soprou um riso fraco. ― Acredita que o Faraó quase pegou meu fofucho?

― Seu? ― Ela riu, desacreditada.

― Acredito que agora eu sou padrasto dele, não? ― Sorriu e Nayeon gargalhou. ― Mas eu prefiro que ele me veja como um outro pai.

― Que gracinha, papais de gato. ― Se aproximou e estendeu os braços. ― Vai, deixa a tia segurar o sobrinho.

Jimin entregou Bibble de boa vontade, começando a caminhar ao lado de Nayeon. A garota ajeitou o gato em seu peitoral, aconchegando a cabeça do felino confortavelmente em seu ombro. Não demorou para Bibble começar a ronronar, aproveitando o carinho dos dedos de Nayeon atrás de suas orelhas.

― Conversou com o Goo hoje?

― Trocamos algumas mensagens de manhã, ele mandou algumas fotos e foi só. Meu Deus, eu tô com muita saudade dele, Nay!

― Por que você não foi junto, meu Deus?! Ele te chamou, né?

― Chamou, mas é meio estranho ficar muito tempo na casa de uma pessoa que você não tem lá muita intimidade.

― Deixa de coisa! Se fosse comigo eu iria. Adoraria viajar com meu namorado. Imagina só?

― De qualquer jeito, ele tem que aproveitar mais com os amigos dele. Logo ele volta e eu vou ter ele de volta todinho pra mim!

― Você é tão breguinha, Zé gotinha, minha nossa senhora!

― É o efeito que ele causa em mim, mais respeito por favor, tá?

― E o namoro oficial? Quando vem?

― Andei pensando muito nisso, estou pensando em pedir ele em namoro.

― Então por que não pede logo?

― Porque não pode ser de qualquer jeito! Ele gosta de coisas clichês, tem que ser algo a altura, sabe?

― Ah, tipo, flores? Jantar romântico? Alianças?

― É por aí, mas no lugar das alianças eu pensei em algo melhor.

― O quê?

― Não vou dizer, o que você precisa saber é que é clichê o suficiente para fazer ele chorar de alegria.

― Odeio ficar na curiosidade! ― Bufou ao entrarem no estábulo. ― Mas se você quiser ajuda, eu estou à disposição.

― Sério? ― Olhou para a irmã.

― Claro, é só me falar o que eu preciso fazer.

― Vai ser de muita ajuda sim, vou aceitar, viu?

― Beleza, a gente vai organizando então.

Os dois pararam de conversar no momento em que escutaram passos e vozes se aproximando do estábulo. Não teriam dado importância para aquele fato, se não fosse por uma fala um tanto inusitada:

― ‘Cê viu, né? Os meninos do Beto virou tudo viado. Tô te falando Luiz, hoje em dia é difícil saber quem é homem mesmo.

Nayeon fechou a cara, pronta para sair do estábulo, mas foi puxada por Jimin para se esconderem dentro de uma baia vazia. Os dois se agacharam e Jimin levou o indicador até os lábios, pedindo silêncio.

― Vou dizer pro ‘cê, eu sempre achei o Taehyung meio torto, sabe? Ele tem um jeitinho de viado. Agora o Jimin me pegou de surpresa, já que ele namorou com aquela menina lá.

Jimin rolou os olhos tão forte que quase acreditou que ficaria cego. Nayeon, por outro lado, estava quase se levantando e partindo para cima dos dois funcionários.

― Pro ‘cê ver, Luiz. Mas ‘cê sabe que desde que o Jimin se aproximou do menino dos patrões ele ficou meio torto também? Eu só reparei nisso quando saiu a notícia que dois estão de rolo.

― Ou, mas ficando aqui entre a gente, aquele lá é viado de tudo, né? ― Os dois riram. ― Eu saquei desde que ele pisou aqui com aquele cabelo rosa e as roupas de menina.

― Mas teve a quem puxar, né? Olha o pai…

― ‘Cê toma cuidado com o que ‘cê fala, porque se escutarem, é demissão na certa.

― Como seria a reação do seu Vagner e da dona Margarida sabendo que o filho gay deles voltou pra fazenda e ainda trouxe o neto gay?

― O velho iria surtar demais, tá doido! Tá vendo como esse negócio pega? Daqui a pouco a dona Jisoo aparece casada com uma mulher e o patrão Jackson casado com outro homem.

― Nem brinca, homem! Deus é mais! O que vai virar essa família, senhor?

― Tinha que pegar esses moleques e dar uma surra até virar homem.

Nayeon fez uma careta, quase implorando para sair daquela baia. Jimin negou com a cabeça, como um pedido mudo para que a irmã não fizesse nada. No fundo, também estava incomodado com as coisas ditas sobre Jungkook e a família do avermelhado.

Era absurdo. Os Kim eram excelentes pessoas, tratavam os funcionários da melhor maneira possível e o salário era bom. Jimin não conseguia entender como aqueles dois tinham coragem de falar coisas tão repugnantes sobre aquela família.

Estava ciente que no momento que assumisse seu envolvimento com Jungkook e sua sexualidade, ouviria comentários não muito agradáveis, já esperava por aquilo, mas ainda assim, era doloroso escutar palavras tão insensíveis direcionadas a família e a pessoa de quem gostava.

― Pega os trem logo e vamos trabalhar, antes que entrem aqui e escutem a gente.

Com a saída dos dois, Nayeon e Jimin se levantaram, trocando olhares sérios e silenciosos.

― Você precisa contar para o seu sogro!

― Não quero ficar fazendo fofoca de outros funcionários, Nay…

― Deixa de bobeira, moleque! Acorda, pelo amor de Deus! Os caras foram homofóbicos pra caralho aqui, desceram a lenha no cara que você gosta, na família dele, no seu primo e em você! Não é justo que pessoas assim continuem trabalhando para uma família tão boa enquanto difamam pelas costas!

― Eu-

― Se o que te falta é coragem, eu mesma resolvo isso e vou lá na mansão agora mesmo! ― Se moveu para sair dali mas Jimin segurou em seu braço. ― Me solta! ― Empurrou o moreno contra a porta da baia.

― Pelo jeito cheguei em má hora, não? ― Roberto parou na porta do estábulo, encarando os dois com seriedade. ― Jimin, solta o braço dela e Nayeon, por que empurrou seu irmão desse jeito?

― Desculpa, Jico, não fiz por querer. ― Suspirou e olhou para o irmão. ― Você vai contar pra ele ou eu conto?

― Nayeon…

― Contar o quê? ― Roberto perguntou, curioso.

― Pai, estavam o Luiz e o Joel, os dois falando do Jico, do Teco, do Goo e dos Kim.

A expressão de Roberto mudou em uma velocidade quase incomum no momento em que ele olhou para Jimin.

― Falando o quê?

― Que os dois são viados, que já esperavam isso do Taehyung porque ele era “meio torto”. Desceram a lenha no Jico e no Goo, até no Namjoon! Sério, pai, falaram cada absurdo aqui, o senhor não tem noção.

― Não é possível uma bosta dessa não. ― Tirou o chapéu da cabeça e passou a mão no rosto. ― Por que não falaram nada?

― Estávamos escondidos.

― Esperem aqui. ― Colocou o chapéu de volta na cabeça e saiu dali às pressas.

― Caralho, Nayeon! Ele vai se meter em problema por nossa causa! ― proferiu desesperado.

― Vai atrás dele, eu vou buscar ajuda! ― Nayeon saiu logo atrás, ainda com Bibble nos braços.

Jimin não perdeu tempo e saiu correndo atrás de Roberto. O encontrou se aproximando do cercado dos cavalos, onde estavam os dois funcionários conversando.

― Pai, pai! O que ‘cê vai fazer?! ― perguntou apavorado, tentando segurar um dos braços do mais velho. ― Seu emprego, pai!

― Tô pouco me fodendo pra isso agora, Jimin. Vou falar só uma vez, me solta.

Jimin soltou o braço de Roberto contravontade, assistindo seu pai se aproximar em passos rápidos dos dois homens.

― Ou, Beto! A gente tava te procurando mesmo ― um deles falou. ― Ajuda a gente aqui com-

O homem não teve tempo de terminar sua fala, já que teve sua boca acertada por um soco rápido, o derrubando para trás. O outro não teve raciocínio para reagir quando Roberto o acertou com um soco forte no rosto também.

― Tá maluco, Roberto?! ― Joel o olhou assustado, limpando o sangue da boca.

― Maluco eu vou ficar se você falar merda dos meus filhos de novo! Experimenta pra ver se eu não acabo com a sua raça!

― Oxe?! Endoidou? ― Se colocou de pé, se aproximando de Roberto. ― Quando foi que eu falei algo?

― Não me testa não! Não vem se fazendo de desentendido pra cima de mim não, rapaz! Seja macho o suficiente para assumir as desgraças que sai desse cu que ‘cê chama de boca!

― Ou, não tô te entendendo! ‘Cê me bate do nada sem me deixar falar algo antes?! ― Cuspiu o sangue na grama.

Luiz, por outro lado, não falou nada, ao invés daquilo, se levantou e abaixou a cabeça para limpar o sangue no rosto.

― Não tem o que falar nada não! Na hora de falar coisa dos meus filhos você é bom, né? Pois ‘cê vai aprender a pensar duas vezes antes de abrir a boca para dizer algo sobre eles ou sobre os Kim.

Os dois caíram no chão no momento em que Roberto foi para cima de Joel. O último citado não deixou passar da segunda vez, logo acertou o estômago de Roberto com um soco forte.

― PAI! ― Jimin expressou desesperado.

― EI! PAREM COM ISSO AGORA! ― Jackson apareceu ao lado de Jisoo, Namjoon e Nayeon.

Namjoon se aproximou dos dois caídos no chão e puxou Roberto com força, o impedindo de voltar a bater em Joel.

― O que está rolando aqui, meu Deus? ― Jisoo perguntou. ― Por que vocês estão brigando?

― Esses desgraçados homofóbicos falaram dos meus filhos! ― Roberto se contorceu nos braços de Namjoon, pronto para voltar a bater no outro homem.

― Como é? ― Jackson olhou para os outros dois perto da cerca.

― Falaram de vocês também ― Nayeon acrescentou. ― Foram escrotos o suficiente para falar até do Namjoon e do Jungkook. Chamaram meu irmão e meu primo de “tortos”, que eles não eram mais homens, falaram que o Jungkook era viado de tudo por usar “roupas de meninas” e que não sabiam o que seria da família de vocês.

Jisoo correu para perto de Namjoon no momento em que percebeu a agitação irritada do irmão.

― Chega de brigas, Nam, vamos resolver isso de outra forma, por favor! ― Pediu de maneira preocupada, segurando os ombros de Namjoon.

― Eu vou dar uma volta antes que eu perca a cabeça também, resolvam isso. ― Namjoon respirou fundo e olhou para Roberto. ― Vem, meus irmãos assumem daqui.

Sem protestar, Roberto afirmou e passou o braço para os ombros de Namjoon quando castanho ofereceu ajuda para saírem dali.

― Obrigado por quebrar a cara deles ― sussurrou.

― De nada, mas pode me agradecer não me demitindo ― sussurrou de volta, fazendo Namjoon rir.

Jackson cruzou os braços, analisando a situação com uma expressão indecifrável. Para os dois perto do cercado, o silêncio de seu superior era quase tão incômodo quanto uma possível bronca.

― Patrão, olha-

― Poupe suas palavras, eu não preciso delas. ― Liberou uma lufada de ar. ― Eu mesmo quebraria a cara de vocês com as minhas próprias mãos, mas não iria valer a pena, uma simples surra não vai mudar o caráter horrendo de vocês.

― Seu Jackson, eu preciso desse trabalho… ― Luiz falou, abalado.

― Eu sei. ― Apertou os lábios. ― Eu sei que tenho meus defeitos, mas em nenhum momento eu dei motivos para que vocês falassem da minha família desse jeito.

― Vocês perderam o juízo de vez mesmo. ― Jisoo completou.

― Escutem bem ― focou os olhos nos rostos dos dois ―, vou dar o prazo de dois a três dias no máximo, eu quero as casas desocupadas e vocês fora daqui. Estão demitidos.

― Patrão, pelo amor de Deus! ― Luiz quase implorou. ― Eu tenho mulher e filho criança ainda! Não tenho como arrumar um lugar assim do dia pra noite!

― Por isso estou sendo justo e deixando que vocês resolvam isso em três dias no máximo. Não tenho condições de dar mais tempo que isso, não quero ver vocês nem pintados de ouro. Atitudes trazem consequências, eu sinto muito por sua família que vai ter que passar por isso por conta de atitudes tão impensadas da sua parte.

― E o Roberto vai sair ileso? ― Joel perguntou. ― Eu posso processar ele por agressão.

― Ótimo, nos vemos lá então, pois também estarei entrando com um processo para vocês responderem pelas suas falas nada éticas.

― Espero que tenha ficado claro, o aviso está dado. ― Jisoo passou um dos braços para os ombros de Nayeon, levando a garota para longe dali.

― Vamos evitar dores de cabeças, hm? ― Jackson forçou um sorriso. ― O tempo está passando, aproveitem para resolverem essa questão o mais rápido possível.

Sem esperar por respostas, Jackson se virou e saiu dali respirando fundo. Não sabia por quanto tempo poderia manter a calma sem querer socar a cara daqueles dois também.

🍒🐐

― Eu já não te disse que violência não resolve as coisas?! ― Rosélia ralhou pela quinta vez, passando um algodão com remédio no rosto do marido.

― Desculpa, mô… eu perdi a cabeça quando fiquei sabendo que eles tinham falado asneiras dos nossos meninos. ― Fez uma careta, incomodado com a ardência provocada pelo remédio.

― Eles já foram demitidos, pedimos desculpas por toda confusão. ― Jisoo sorriu fraco e deu outro gole no suco servido por Ediluzia.

Todos estavam na área da casa de Rosélia, conversando sobre o acontecido de minutos atrás. A mulher quase colapsou quando ficou sabendo da situação e da briga que Roberto se envolveu.

― Nem acredito que aconteceu tudo isso enquanto eu estava fora, que droga! ― Taehyung resmungou inconformado.

Não fazia muito tempo que Taehyung havia chegado. O moreno quase não acreditou quando ouviu os relatos.

― Deixa de bobeira, menino! ― Ediluzia deu um peteleco na testa do neto.

― Vocês não têm que pedir desculpas, não foi culpa de vocês. ― Ana Lourdes assegurou.

― E já vou avisando, se eles vierem com negócio de processo para cima de vocês, é para me avisarem! ― Jackson suspirou. ― Ai que dor de cabeça!

― Vou pegar um remédio. ― Ana Lourdes correu para a cozinha da irmã.

― Tá tudo bem mesmo, pai? ― Jimin perguntou, preocupado.

― Relaxa, Zé gotinha, eu ainda estou inteiro, daria outro soco nele numa boa.

― Nem brinca! ― Rosélia estapeou o ombro de Roberto, ouvindo resmungos.

― Chega desse assunto, o importante é que já foi resolvido, hm? ― Ediluzia falou. ― Vão ficar para o jantar?

― Eu adoraria, dona Lu, mas essa dor de cabeça tá me matando mesmo, viu? ― Jackson ofereceu um sorriso cansado. ― A gente combina de jantar ou almoçar todo mundo junto quando o Jico e o Goo assumiram o compromisso.

Jimin engasgou com a própria saliva enquanto Taehyung e Nayeon quase engoliram o fôlego de tanto rir.

― Por que vocês fazem isso? ― O moreno resmungou baixinho, constrangido pela atenção que recebeu.

― Enfim. ― Namjoon respirou fundo e olhou para Jimin. ― Jico, eu sinto muito que tenha ouvido coisas tão desnecessárias. Eles vão ser devidamente punidos.

― Obrigado, Nam. ― Sorriu de modo confortável.

― E falando para os dois ― apontou para Taehyung também ―, vocês são incríveis demais, então não pensem ao contrário disso porque aqueles sem noção resolveram abrir a boca para falar merda.

― Seu sogro é um querido, Jico! ― Taehyung provocou alegre, recebendo uma cotovelada.

― O filho de vocês é um garoto extraordinário. ― Namjoon olhou para Rosélia e Roberto. ― Eu fico feliz que o Goo tenha escolhido uma pessoa tão boa como o Jico.

― Não sabe como a gente tá feliz com a escolha do Jico também, viu? ― Roberto sorriu fraco, concentrado em não atrapalhar Rosélia. ― O Jungkook foi uma das melhores coisas que aconteceu na vida desse moleque nos últimos tempos, só temos a agradecer.

― Obrigada por tudo, gente, nós vamos indo ― Jisoo avisou ao se levantar ao lado de Jackson.

― Estarei levando a Aninha. ― Jackson brincou, passando o braço para os ombros de Ana Lourdes.

― Eu preciso terminar meu serviço na mansão, então vou mesmo com vocês.

― Qualquer coisa estaremos à disposição. ― Namjoon sorriu amigavelmente e foi atrás dos irmãos.

― Quem vai me contar detalhes desse babado? ― Taehyung falou após a saída dos Kim.

― Vamos esperar a janta sair? Assim eu te conto do melhor jeito! ― Nayeon respondeu. ― Mas me conta, como foi lá na cidade hoje?

― Ai, menina, um caos inicialmente, mas terminou tudo uma maravilha! ― Se aconchegou no banco para olhar para a prima.

Em meio aos relatos de Taehyung para Nayeon, Jimin se levantou e saiu dali em passos calmos, indo para seu quarto. Jungkook ficaria sabendo sobre o acontecido uma hora ou outra, então poderia apressar as coisas.

Pegou o celular que estava carregando na mesinha e se sentou na cama, entrando no aplicativo de mensagens. Não tinha dificuldades para achar o contato de Jungkook, já que estava fixado.

||você: Meu bem

||você: Vem cá

||Lover💗: tô aqui!

||você: Vc nem imagina o que aconteceu hoje, sério

||Lover💗: ai mds Jico

||Lover💗: o que caralho aconteceu???

||Lover💗: vc tá bem????

||você: Tô bem, se acalma

||Lover💗: vc chega todo misterioso, eu sou ansiosoooo

||Lover💗: fala logo, vai

||você: Teve briga aqui na fazenda hoje

||Lover💗: COMO É QUE É?

||Lover💗: QUEM BRIGOU? POR QUE BRIGOU?

||você: Vou resumir pra você oh

||você: Tava eu e a Nay no estábulo, aí chegou o Luiz e o Joel conversando. Mas aí a gente escutou eles falando da gente (de você, eu, do teco e da sua família) e tipo, sendo homofóbicos pra caralho!

||Lover💗: sério? :( o luiz era tão gente boa comigo…

||você: Pra vc ver😕

||você: Inicialmente eu fiquei meio receoso de falar sobre isso com sua família, sei lá, não queria fazer fofoca sobre outros funcionários, mas acho que foi o certo. A Nayeon quem contou e é aí que a coisa fica feia.

||você: Ela contou pro nosso pai e ele surtou! Foi tirar satisfações com o Luiz e com o Joel e saiu no soco com eles, foi tenso

||Lover💗: mds jico…

||Lover💗: seu pai tá bem??

||você: Não quebrou nada, tá bem, só arrumou uns machucadinhos e uns roxos

||você: Sua família mandou os dois embora e foi isso basicamente

||Lover💗: nem sei como reagir, sério

||Lover💗: mas como você tá?

||você: Tô bem, acho que na hora eu fiquei meio sem reação também por não esperar aquilo, acabei não fazendo nada a respeito:/

||Lover💗: tá tudo bem, amor

||Lover💗: se vc tá bem, eu já fico mais aliviado

||Lover💗: e não liga para o que eles falaram, tá?

||Lover💗: vamos falar de coisas boas?

||você: Antes de entrarmos no assunto de coisas boas, preciso te informar que o nosso filho quase virou o rango o Faraó

||Lover💗: nosso filho?

||você: O Bibble, mds Jungkook

||você: Achei que já estava óbvio que agora eu também sou o pai

||Lover💗: HAUSHDNDKJAKDNS MDS ME DESCULPA KKKKKKKKKK

||Lover💗: EU NEM ME LIGUEI, DESCULPA AMOR😭😭😭

||Lover💗: achei que vc tava falando do meeko

||você: Plmds Jungkook, o Meeko já está maior que o Faraó

||Lover💗: para de me chamar de “jungkook”, eu já pedi desculpa🙁

||você: Enfim, o >>>SEU<<< filho tava dando as voltinhas dele e o Faraó quase pegou ele, por sorte ele pulou no meu colo

||Lover💗: misericórdia, ainda bem que ficou tudo bem, eu não posso perder aquele emburradinho, meu coração até apertou só de imaginar

||Lover💗: não sei o que eu vou fazer com essas saídas dele

||Lover💗: e ele é nosso filho, sim

||você: Seu.

||Lover💗: para com isso, eu vou chorar

||Lover💗: me desculpa :(

||você: Para de mandar essas carinhas, vou achar que vc tá ficando triste de verdade

||Lover💗: MAS EU TÔ FICANDO TRISTE!

||Lover💗: vc veio todo bonitinho falando que ele é nosso filho, eu fiquei todo bobinho quando me dei conta

||Lover💗: me perdoa, vai :(

||você: Com uma condição

||Lover💗: o quê??

||você: Quero um pedido sério para assumir a paternidade do bibble

||Lover💗: pera aí rapaz

||Lover💗: jico, amor, meu bem, meu agroboy favorito, você quer casar e viver comigo para sempre, cuidando do nosso filhinho bibble?

||você: MDS GOO KKKKKKKK vc foi além agora!

||Lover💗: levo isso como um “não”?😕

||você: TÁ DOIDO? Eu aceito me casar contigo e cuidar do nosso filhinho

||Lover💗: mi dá seu dedo 💍

||você: 🖐🏻

||você: O seu oh 💍

||Lover💗: 🖐🏻

||você: Pronto, casadinhos e papais de gato

||Lover💗: que baitolagem do caralho, olha o arco-íris saindo da gente, jico!

||você: KKKKKKKKKK oh mds

||você: Mas me fala, como foi seu dia, meu bem?

||Lover💗: MDS, eu quero tanto te mostrar uma coisa que eu comprei, mas quero fazer surpresa também😭

||Lover💗: Mas meu dia foi muito bom! 

||você: Vc adora me deixar curioso, que saco

||Lover💗: eh culpa da mia ansiedade😞

||você: Acho que vou tomar banho

||Lover💗: manda foto

||você: Toma vergonha cherry KKKKKKKK

||Lover💗: tô com saudade😓

||você: Pq eu que tenho que mandar?

||Lover💗: já te expliquei, eu sou paranóico e tenho medo de vazar uma foto minha pra todo país sem querer

||Lover💗: imagina só, todo país vendo seu homem pelado?

||você: Verdade, só eu posso ver meu homem pelado

||Lover💗: rs

||você: Vira gente, Jungkook KKKKKKKKK

||você: De qualquer jeito, agora a sua paranóia passou pra mim, não posso mandar

||Lover💗: ai que ódio

||Lover💗: vai tomar banho, vai

||você: Tô indo

||Lover💗: vou comprar uma coleira pra vc, amor

||você: vsf KKKKKKKKKKK

🍒🐐

Yoongi saiu do banheiro secando o cabelo com uma pequena toalha e caminhou diretamente para seu quarto. Encontrou sua gata dormindo preguiçosamente no canto de sua cama em cima de seus livros.

― Eu não comprei uma caminha pra você ficar deitando em cima dos meus livros, criatura. ― Pegou o óculos em cima da escrivaninha e colocou no rosto.

Não tirou Julieta dali, de alguma forma a gata parecia confortável, então não quis atrapalhar o sono dela. Se sentou na cadeira giratória perto da escrivaninha e abriu sua agenda, pegando o guardanapo com o desenho de Taehyung. Ainda não tinha lido por falta de tempo.

Seu coração palpitou forte quando abriu o papel e seu rosto se iluminou de maneira instantânea assim que reparou na caligrafia e nos traços do desenho. Os detalhes que tanto sentiu falta durante as últimas semanas.

“Bebê,

Me perdoe se minha letra ficar ilegível, é que estou nervoso. É a primeira vez que escrevo algo pra você com você do meu ladinho. Eu também senti muita falta de escrever e fazer desenhos para você, principalmente de te entregar na sala de música e ver a sua reação fofa. Eu sinto falta de ouvir você tocando piano também, acho que é a primeira vez que estou ansioso para a volta das aulas.

Meu dia começou ruim hoje, mas você conseguiu deixar ele melhor sem precisar fazer muito. Você tem esse dom de me deixar feliz. Obrigado por aparecer sempre que eu preciso, não faz ideia do quanto isso me faz bem.

Há pouco te olhei e pensei comigo mesmo: meu Deus, isso está mesmo acontecendo. Eu esperei tanto tempo para demonstrar todos meus sentimentos, ainda parece um sonho e eu não quero acordar. Agora só consigo pensar que quero demonstrar mais, falar mais e fazer de tudo para te mostrar o quanto eu sou apaixonado por você.

Sinceramente, venho me apaixonando cada vez mais, isso não é novidade, principalmente quando estou com você, onde normalmente admiro seu sorriso, o jeito que você arruma o óculos no rosto, seu sotaque maranhense que tanto gosto, suas orelhas vermelhas e seu jeitinho tímido quando fica sem reação com as coisas que eu digo. Seus singelos detalhes causam uma reação imensa em mim.

O guardanapo é pequeno para minha saudade, por isso vou finalizar aqui e guardar o resto das minhas palavras para um outro momento.

Com muita saudade, carinho e sorvete,

Teco.”

E de repente, um guardanapo tinha se tornado algo valioso, carregando uma amostra dos sentimentos de Taehyung. Yoongi releu tudo umas cinco vezes, esboçando os mesmos sorrisos abobalhados. Por fim deixou o papel sobre a agenda, se inclinou para trás na cadeira e retirou os óculos para passar as mãos no rosto.

Encarou o teto com um sorrisinho, aproveitando o silêncio que destacava o som das batidas do seu coração. Ainda era surreal pensar que tinha provocado um sentimento tão bonito e puro em outra pessoa.

Olhou para Julieta quando a gata desceu da cama e caminhou de forma sonolenta até as suas pernas. Pegou a gatinha e a aconchegou em seus braços, deixando um beijinho na pelagem branca.

― Eu gosto dele, Juju ― confessou em voz alta pela primeira vez para sua gata. ― Eu gosto mesmo dele.

Não estava muito surpreso, no fundo ele já suspeitava, mas não queria se precipitar e no fim descobrir que não era nada daquilo. Também estava ciente que aquilo poderia acontecer no momento em que sentiu seu coração acelerar pela primeira vez com um dos desenhos de Taehyung.

Deixou Julieta no chão novamente e arrastou a cadeira para perto da escrivaninha. Pegou uma folha amarelada e uma das canetas do potinho do canto. Retirou a tampa e posicionou a mão sobre o papel, segurando firme a caneta no momento em que começou a escrever.

Talvez aquela fosse a carta mais esclarecedora que já tinha ousado a escrever, ou até mesmo as palavras mais corajosas que sequer pensou que um dia diria.

🍒🐐

Jungkook terminou de dobrar as últimas peças de roupas e colocou na mala, soltando um suspiro aliviado por ter terminado. Fechou a mala, colocou no chão e empurrou para longe antes de se jogar na cama.

― Criatura, a gente vai pedir pizza, qual você quer? ― Jisung apareceu na porta do quarto e olhou para a mala no canto do quarto. ― Ah, você já está arrumando as coisas para ir embora?

― Uhum. ― Se sentou na cama e sorriu. ― Já está com saudades?

― Não quero te deixar ir embora, mas entendo que você tem que ficar perto da sua alma gêmea. ― Bufou e cruzou os braços. ― Vai, a gente vai pedir uma pizza da sua escolha para ter uma despedida decente.

― Quero de frango com a borda de cheddar.

― E para sobremesa?

― Açaí.

― Tá, vou pedir. ― Se virou para sair do quarto, mas voltou atrás e olhou para Jungkook. ― O Jico sabe que você volta amanhã?

― Não contei, quero fazer surpresa.

― Ai como é danadinho! Ele vai enfartar.

― Nem brinca!

― Queria que as nossas aulas demorassem mais para voltar, igual a de vocês, assim poderíamos ter mais tempo com você aqui ― falou, frustrado.

― Não fica assim, Sungie, vai me deixar capenga também.

― Quando você acha que vamos nos ver agora?

― Eu posso voltar em algum feriado ou vocês podem ir pra lá em algum feriado também.

― Pode ser. Mas sabe o que seria bom? Uma viagem nossa, sabe? Tipo, eu, você, o Hyun, o Lix e os meninos! Todos nós juntos, seria o máximo.

― É uma boa, mas imagina o trabalho?

― A gente dá um jeito. É uma ideia, hein? A gente já pode começar a pensar e sugerir. As férias de dezembro logo mais chegam também, eis aí a nossa oportunidade!

― Eu vou sugerir e depois te dou a resposta, mas vamos falar com o Hyun e o Lix primeiro. Mas deixa eu perguntar. ― Olhou seriamente para Jisung. ― Para onde nós iríamos em uma viagem?

― Para algum lugar na praia, onde eu possa afogar o Hyunjin e não deixar rastros.

― Deixa de graça, moço.

― Brincadeirinha. A gente poderia ir para Recife! Eu morro de vontade de dar uns rolês lá.

― Pernambuco? ― Jungkook pensou. ― Pode ser uma boa, o Jin é de lá, ele pode ajudar a gente.

― Que delícia! Vai ser isso, vamos combinar com a galera.

― Beleza, agora vai pedir minha pizza!

― Mandão! Vem, a gente vai jogar e assistir um filme depois.

― Já vou, pode ir na frente.

Com a saída de Jisung, Jungkook se levantou da cama de maneira preguiçosa e olhou para a mala afastada. Um sorrisinho nasceu no canto de seus lábios, sentindo uma sensação mista. Ansiedade por voltar para casa e saudade antecipada de seus amigos e de São Paulo. Despedidas eram sempre muito chatas, por mais que fossem se encontrar de novo em algum momento muito próximo.

🍒🐐🍒🐐🍒
#LacemOClementino

Adoro as mensagens, mas o trabalho que elas me dão não tá escrito!

Enfim, o que acharam???

Os dias de luta estão chegando ao fim, em breve os jigoo juntinhos novamente!🙏🏼🙏🏼

Usem a hashtag no twitter para interagirmos lá também. Eu sempre estou de olho nas coisas que vcs postam sobre a fic lá, dou rt e respondo! Quem quiser postar sobre a fic no insta também, pode me marcar que eu vejo e reposto também!💜🤲🏻

É só, até a próxima atualização!💕

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