Cinza Mais Escuro - Em Andame...

By buddyX4

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Entre os lados preto e branco, Persephone Balmiah era Cinza, só que a diferença, era que esse cinza, era um c... More

Personagens
Prolongo
Dedicatória
°Capitulo 01°
°Capitulo 02°
°Capitulo 03°
°Capitulo 04°
°Capitulo 05°
°Capitulo 06°
°Capitulo 07°
°Capitulo 08°
°Capitulo 10°
°Capitulo 11°
°Capitulo 12°
°Capitulo 13°
°Capitulo 14°
°Capitulo 15°
°Capitulo 16°
°Capitulo 17°
°Capitulo 18°
°Capitulo 19°
°Capitulo 20°
°Capitulo 21°
°Capitulo 22°
°Capitulo 23°
°Capitulo 24°
°Capítulo 25°

°Capitulo 09°

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By buddyX4

Pov

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Clover


Mesmo com o remédio que Bleck havia me dado ainda não tinha conseguido dormir, por mais que a dor tenha passado temporariamente, tudo foi desfeito quando ela começou a ligar, foram por dez vezes durante o resto da noite.

Sei que não seria nada de extrema importância porque se fosse ela me mandaria mensagem para que eu podesse ver mais rápido do que se tratava, já que eu nunca atendia as ligações, isso tudo, todas essas ligações era apenas pra me provocar, não adiantaria eu desligar ou bloquear porque eu ainda precisava saber sobre meus irmãos.

O único motivo que me mantia presa a ela, á ele também.

Vejo no despertador que marca 06:50 e levanto da cama já tendo me arrumado a uma hora atrás sem ter o que fazer.

Quando cheguei no dormitório Suely não estava e não voltou pelo resto da noite, agora que eu sei que seu ex namorado é Hussein não consigo impedir que passe pelo minha cabeça que ela possa estar com ele.

Pensamentos que eu não deveria ter me invadem, mas não deixo ir para frente.

Pego minha bolsa e um casaco impedindo o frio da manhã, eu não havia usado meias hoje, pra ser um pouco mais fácil dele examinar meu pé e já sentindo a dor novamente, sei que ele iria me impedir de ensaiar depois das aulas, hoje só teria aulas teóricas, mas eu sempre colocava em prática no mesmo dia, quando a aula terminava.

As aulas de todos começavam cedo, mas não cedo o suficiênte para os corredores estarem lotados de universitários atrasados.

Abro a porta da sala de consulta e vejo ele sentado anotando algo em um caderno, meu celular mostra as novas notificação de mensagens e vejo o grupo das garotas já na ativa, Sam falava sobre a festa que teria na próxima semana e Alex só por mensagem consigo perceber que não estava muito animado.

Tiro a atenção do meu celular apenas pra encarar Hussein colocando as luvas brancas, me dando uma certa agonia e me sento em sua frente tirando o casaco.

Impossível não perceber seu olhar em minhas pernas expostas, e desta vez não é coisa da minha cabeça, não como ontem.

A dor estava tomando conta de mim e por isso talvez eu até tenha pensado que Bleck estava dando em cima de mim, mas logo cair na real quando ele começou a falar de modo formal comigo e simplesmente saiu me deixando sentando na mesa.

Nem acredito que pensei que ele estaria dando em cima de mim, por breves momentos. Mas algo está estranho desde áquela noite.

Bleck examina meu pé com cuidado e sua cara não estava muito boa, eu poderia imaginar o porquê, balé não era meu foco, de uma forma ou de outra era obrigatório, mas eu gostava, me relaxava de uma forma inexplicável, tudo que tinha haver com não ficar parada eu gostava, porque dança é energia e isso eu tenho de sobra.

Como todo pé de uma garota que dança balé, nada dos tornozelos pra baixo era bonito, tudo estava vermelho e ferido, não havia uma parte sem pomada ou um curativo mau feito, sempre sarava com o tempo, mas desta vez, não.

Não existia algo belo ali.

- Tem que refazer os curativos todos os dias depois do banho, como você usa sapatilhas ela abafa os machucados e dificulta a cicatrização. - Bleck tira o banco que estava dando suporte ao meu pé e se senta nele colocando meu pé em cima da sua coxa. - Qual foi a última vez que trocou os curativos?

- Ontem - Minto na cara dura tendo a plena consciência que troquei a duas semanas atrás.

Bleck me encara claramente não acreditando na minha mentira, mas não fala nada, sinto suas mãos em meu pé tirando os curativos antigos enquanto eu encaro as paredes brancas da sala.

- Precisa disso tudo pra saber o que há com meu tornozelo? - Pergunto incomodada, por mais que fosse de maneira cuidadosa e delicada ainda assim estava me incomodando.

Odiava ir ao médico exatamente por esse motivo, o toque.

- Pelo visto sabe que o problema é com seu tornozelo. - Claro que sei a dor não me deixava não saber disso. - O remédio que eu te dei ontem já fez todo o trabalho. - Ele diz enquanto colocava curativos novos.

Hussein me encara vendo minha expressão de "não entendi porra nenhuma" e vejo um sorriso surgir em seus lábios, era a primira vez que o vejo sorri hoje.

- O remédio que eu te dei não é tão forte assim, ele seria capaz de fazer sua dor passar caso fosse apenas um deslocamento ou uma lesão mais leve, mas não seria forte o bastante pra passar a dor caso seu tornozelo estivesse quebrado. - Terminando de fazer o novo curativo Hussein pega uma mini bota e coloca em volta do meu pé. - Não é nada muito grave, mas se quiser voltar a dançar o mais rápido possível use isso por três dias, se a dor continuar fique por uma semana.

Ele tira com cuidado meu pé da sua perna e levanta pegando uma caneta e anotando algo de forma rápida.

- Aqui, seu atestado informando que não pode dançar durante o tempo em que estiver com a bota. - Pego o papel da sua mão e encaro sua assinatura, bonita demais para de um médico, quando eu iria falar algo ele me corta - Se não seguir minhas ordens pode piorar a situação e algo mais grave acontecer e se acontecer procure um médico profissional e não um estudante, pode ir.

Todas suas palavras saíram de um jeito grosso, tava na cara que ele não me queria aqui, estou apenas fazendo ele perder tempo.

- Não se preocupe. - Levanto da quase maca no meio da sala e caminho até a porta parando apenas pra dizer minhas últimas palavras. - Depois de três dias eu posso tirar a bota sozinha certo? Não pretendo vim aqui novamente. Mas obrigada pela ajuda.

Não sou uma ingrata de qualquer forma.

Sem nem ver sua reação eu bato a porta e saio da sala, pego meu celular da bolsa pra ver as horas, mas me assustou quando vejo uma mensagem da minha mãe.

07:43 - Lili esta doente, dê uma de boa irmã por um dia e venha vê-lá.

07:45 - Se tivesse atendido as merdas das minhas ligações eu não precisaria mandar mensagens, acorde do seu sonho e venha ver sua família.

Não respondo suas mensagens e suspiro não aguentando mais suas falas que até por telefone me abalavam.

Acorde do seu sonho.

Mesmo eu estando a um ano aqui ela ainda duvida que eu vá conseguir realizar meu sonho. Inacreditável.

Encaro o papel branco do atestado em minha mão e ando com certa dificuldade até a sala do professor jorji, vou mostrar o atestado e falar que com a dor insuportável que sinto não vou poder participar da sua aula por alguns dias e irei tentar sair antes que ele comece a suas suposições.

Assim como ela quer, eu irei dae uma de boa irmã e irei ver Lili, mas infelizmente ou felizmente, nunca irei parar de sonhar e tentar realizar meus sonhos, e se realmente só for um sonho, não pretendo acordar.

Não desistir de tudo e entrei nessa merda pra isso.

- 07:52 - Prepare meu quarto e me aguente por três dias.

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