INTERE$$EIRA โ” palmeiras

By ellimaac

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โPuta, vagabunda, interesseira, sem talento, sem graรงa, forรงada.โž ๐ˆ๐’๐€๐๐„๐‹๐‹๐€ ๐Œ๐€๐‚๐‡๐€๐ƒ๐Ž รฉ uma das m... More

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By ellimaac

RAPHAEL
São Paulo — Capital
mais tarde naquele dia

ANDO COM A CABEÇA EXPLODINDO pelos corredores do CT. Está cedo pra caralho, eu sei. Não dormi nada já que passei a noite com a Isabella no hospital e nem sei como que vou aguentar o treino de hoje. Mas vou ter que aguentar, né? Disso eu não posso fugir.

Eu simplesmente cheguei em casa, lavei a cara e vim pra cá. Não tive tempo de mais nada. Nem de tomar um café (estou precisando, aliás), nem de olhar o celular.

Na verdade, a única coisa que vi no celular foram as dezenas de milhares de mensagem do André Cury, meu empresário. Estou aqui agora, ouvindo áudio por áudio. E não prestando atenção em nada do que diz.

Já é difícil demais num dia qualquer prestar atenção no que diz em seus áudios de cinco minutos, hoje, em que estou morrendo de sono, ficou ainda mais impossível de entendê-lo.

Mas, no geral, o que consigo entender dos primeiros áudios é que eu preciso ser mais discreto em relação as pessoas que eu convido para minha festa. Vazou muitas fotos de ontem, mesmo que tenha sido uma festinha particular com o povo do time e, no máximo, as esposas.

Meu empresário não enxerga como algo simples. Muito menos como uma pequena confraternização. Ele vê uma festa, muitas pessoas, muitos vídeos e muitas fotos. Ou seja, possibilidade para fofoca.

Não saiu fofoca sobre ontem, eu já estaria sabendo se tivesse vazado algo muito grave.

Então foda-se o que ele diz, tenho mais coisas com o que me preocupar.

Uma delas é que VOU TER MAIS UM FILHO. Sim, pensei nisso gritando porque pra mim é um fato gritante. Tipo, mais um filho. Minha família está crescendo.

Isabella está grávida e agora todas as minhas preocupações vão estar relacionadas a ela. Não só porque quero que o que a gente vem construindo vire algo sério de verdade, como vamos ter um filho, né? Tom vai ter um irmãozinho ou irmãzinha. E eu enxergo nisso a possibilidade de sermos realmente a família que não conseguimos ser no passado.

Essa é a chance perfeita de consertar o que deu errado. E eu não vou desperdiçá-la.

Outra coisa importante também, é que nesse fim de semana teremos um jogo importante. Domingo, contra o Botafogo. É muito mais que importante, na real. Líber x vice-líder, podendo definir a liderança para um deles. E tem que ser pra gente.

Ou seja, muitas preocupações pra uma pessoa que não conseguiu dormir. Claro que não vou prestar atenção em nada que faça pouco sentido como as palavras desnecessária do meu empresário.

Estou revirando os olhos para mais algumas das palavras inúteis de Cury, nem prestando atenção no que escuto quando um pirralho brota bem na minha frente do nada, me dando o maior susto da porra.

— Nossa — levo uma mão ao peito. — Que susto, Endrick. Porra.

— E aí, príncipe!? — o garoto sorri meio desesperado e olha para meu celular, sem nem conseguir esconder todo seu nervosismo.— Já mexeu muito no celular hoje? 'Tá vendo o quê? Hein?

Oxe. Franzo o cenho, completamente desconfiado de sua pergunta. Agora eu tenho que dar satisfação do que faço para esse pirralho de dezesseis anos? Tem caroço nesse angu.

— 'Tô falando com meu empresário. — É o que respondo, ainda sem entender. Por isso, bloqueio a tela e abaixo a mão. — Por que?

— Pelo WhatsApp? — Ele não responde minha pergunta, muito pelo contrário, se esquiva dela do mesmo jeito que se esquiva de uma bola voando perfeitamente em direção ao gol.

Franzo ainda mais o cenho. Eu hein, que menino sem noção.

— Esqueceu de tomar o toddynho hoje? — Dou de ombros pra ele e continuo andando pra me afastar, chegando na parte aberta do CT, tipo um jardim de inverno, e caminhando em direção a academia principal. — É claro que estou falando pelo WhatsApp, né?

— E mexeu muito no Instagram? — Ele me segue, fazendo questão de fechar a porta de vidro quando passamos por ela.

— Quê? — Jesus, minha cabeça já está doendo. Com essas perguntas sem noção só piorou a dor. — Não. Nem abri esse aplicativo ainda.

— Ah, que bom! — Endrick suspira tão aliviado que eu não posso deixar de não perguntar.

— Por quê? O que aconteceu no Instagram? Qual a novidade do dia? Roger Guedes finalmente vai sair do Corinthians? — Penso na primeira coisa que me vem à cabeça que pode ser tão importante para Endrick estar me enchendo o saco.

— Quem dera fosse.

— Hum. — Paro de andar e olho para o moleque. — Então o quê?

— O quê, o quê? — Ele pergunta de volta, agindo exatamente como uma criança que acaba de aprontar.

— O que aconteceu no Instagram pra você estar tão agoniado, Endrick? É alguma fofoca? O que rolou, parça? — Ele se encolhe todo enquanto pergunto. — 'Tô começando a ficar preocupado.

— Relaxa. — O moleque sorri, fingindo normalidade. — Não é nada.

— Nada? — Moleque não sabe nem mentir. — Você veio me encher por nada, então?

— Esquece isso.

— VEIGA! — Gabriel Menino grita ao se aproximar, colocando o braço no pescoço de Endrick e olhando diretamente para mim. Ambos já estão com os uniformes do treino. — Era tu que eu 'tava procurando. Já viu o Gossip do dia hoje?

— Aí, fodeu! — Endrick abaixa a cabeça, inconformado com a presença do Menino.

— O gossip do que? — Pergunto, sem entender do que está falando.

— Gossip do dia, meu parceiro.

— Que merda é essa?

— Não é nada — Endrick tenta desviar o assunto, mas Gabriel Menino está determinado a falar.

— Xii, nunca ouviu falar do Gossip? Significa fofoca. 'Tá desinformado, hein irmão.

— Eu sei o que significa — não sou tão imbecil assim. — Só quero saber o que eu devia ter visto que não vi ainda.

— Pois então, saiu uma...

— Uma nada! — Endrick rapidamente interrompe, fazendo Menino calar a boca e arregalar os olhos diante do tom do pivete. — Cala a boca, irmão. Não fala pra ele. Vai dar merda.

— Falar o quê a mim?

— Nada! — Endrick bufa.

— Nada é a cabeça da minha pica! — Menino fica nervoso. — Tem que falar a verdade, fi. É sobre a mina dele.

— Minha mina?

Por que imediatamente pensei na Isabella?
Talvez porque ela esteja esperando um filho meu e seja a única mulher com quem realmente me envolvi amorosamente esse ano para que seja associada como "minha mina".

— Esquece isso, príncipe. — Endrick tenta acalmar a situação, colocando as mãos nos meus ombros. — Pelo amor de Deus! Menino ficou biruta de vez, não caia no papo de maluco desse aí, não.

— Mano — Zé Rafael é o próximo a se aproximar, rindo adoidado. — Sinto muito pelo chifre. Ser corno deve ser uma porra. Ainda bem que não sou.

— O que deu em vocês hoje, porra?? — Endrick fica realmente nervoso. — Calem a boca, ele não sabe de nada.

— Mas quero saber — protesto. — O que caralho está acontecendo aqui, cacete? Por que vocês não desembucham logo?

— Sério que você não 'tá sabendo? — Zé debocha, cruzando os braços. — Porra, corno é realmente o último a sacar, né?

— Corno?? — Tento juntar o pouco de informação que eles me soltaram. — 'Tá legal, alguém me traiu. Agora dá pra falar quem?

— Ninguém, príncipe! — Endrick é o único a se manter no personagem calado e não fofoqueiro que claramente não combina nada com ele.

Esse moleque é sempre o mais falador do grupo, não consegue guardar um único segredo e, de repente, decidiu não me contar a maior fofoca que poderia existir? Afinal, se estou mesmo sendo corno, eu preciso descobrir e, tipo, pra ontem.

— Você é muito burro — Menino gargalha e Zé cai na pilha. — Como não 'tá sabendo ainda? Só se fala disso no CT inteiro.

— Disso o quê, caralho? — Meu sangue está começando a borbulhar pela raiva e nervosismo. Sinto minhas bochechas queimarem. — Dá pra um de vocês me contar que porra 'tá acontecendo?

— Se acalma, Veiga — Endrick pede, praticamente implorando ao notar que já estou nervoso mesmo sem saber o real motivo da fofoca que está circulando sobre mim e sobre o meu chifre. O chifre que nem sabia que tinha até então. — Por Deus que está no céu e você ama de paixão. Respira fundo e se acalme.

— Dá pra você me contar logo?

— Sério mesmo que você não 'tá sabendo da fofoca que vazou sobre a Isabella e o Piquerez? — Zé fica real surpreso com minha reação desentendida.

— Sobre a Isabella e quem? — Tento manter minha cabeça calma e finjo demência referente ao outro nome que disse. Ele não pode ter dito Piquerez, devo estar ficando maluco. Só pode.

— Piquerez, meu amigo. Sua mina com o Bobão da Vez. — Zé Rafael fala bem sério e eu nunca orei tanto para que ele esteja delirando. Para que tenha endoidado e esteja bem biruta das ideias. — 'Tá em tudo quanto é perfil de fofoca. Não se fala de outra coisa.

— É, meu irmão — Menino volta a debochar. — Sua mina anda de gracinha com o Bobão da Vez já faz mó cota. Me fala aí qual a sensação do chifre crescendo na testa? Dói? Muitão?

Solto uma gargalhada disso tudo.

— Vocês estão de sacanagem comigo, né? Não é possível que estão falando sério.

— 'Tamo falando sério. — Menino se defende.

— Acho que já deu, né? — Endrick tenta fugir do problema. — Não precisam piorar a porra dessa situação, né?

— É verdade o que eles estão dizendo, Endrick? — Pergunto diretamente ao moleque, pois sei, que lá no fundo, ele me ama o suficiente para não me esconder um escândalo como esse. — Me fala se é verdade.

Em princípio o menino pressiona os lábios, depois encolhe os ombros e eu compreendo a verdade antes mesmo de ser confirmada:

— É verdade.

Isso não pode ser real.

Sinto uma pontada bem forte no meio do peito, como se alguém tivesse pegado uma faca e cravado em meu coração. E esse alguém é a Isabella. É quase como se eu pudesse vê-la agora. Bem na minha frente. Sorrindo malignamente enquanto agarra o cabo daquela faca e empurra a lâmina afiada pra dentro de mim.

"— Não achou que eu não me vingaria, achou? — A ouço debochar e gargalhar logo em seguida."

Puta que pariu.

— Mas tenta não pensar nisso, okay? — O moleque sugere. — Esqueça. 'Tá? É só uma fofoca.

— Uma fofoca das boas.

— Bota boa nisso — Menina concorda com Zé Rafael, tirando mó sarro de mim e achando graça em tudo que acontece. Mesmo que eu esteja um caco.

— 'Cês não ajudam assim — bufa Endrick olhando com raiva pros dois. — 'Tô tentando acalmar a fera e vocês aí de gracinha, porra.

— Deixa eu ver a porra da fofoca! — Peço quase gritando e Menino é o primeiro a catar o celular e me mostrar o post de fofoca em primeira mão.

Vejo a fofo da Isabella e do Piquerez em frente ao apartamento dela. Tem os dois se abraçando. Rindo. E então eu leio o que diz na matéria. Trecho por trecho. Vírgula após vírgula. Palavra por palavra.

"...a atriz mantém um relacionamento secreto com o jogador Joaquin Piquerez. Um relacionamento bem íntimo..."

"...foi visto por quase um mês inteiro, saindo do apartamento de Isabella em São Paulo..."

"...a foto anexada é do dia 16 de junho, antes de Isabella embarcar para Barcelona onde se encontraria com Raphael Veiga e sua família."

E ela realmente se encontrou comigo. Transou comigo. Ficou comigo. Como se fôssemos um casal. Enquanto estava esse tempo todo com ele.

Solto a respiração depois de ler tudo que tinha para ler, sem acreditar. Ou melhor, sem aceitar uma realidade onde Isabella esteja com o Piquerez e não comigo. Onde ela o escolha. Onde eu a perco.

E tudo isso por causa dele.

Joaquin Piquerez.

— Isso só pode ser dívida de jogo — devolvo o celular a Menino e cerro os punhos logo em seguida em ter minhas mãos livres. — Vai rolar sangue hoje.

Enfurecido caminho pisando forte em direção ao vestiário. Estou com tanta raiva que meu sangue borbulha e deve ter fumaça saindo das minhas orelhas.

— Veiga!! — Endrick me chama, mas ele e os caras vem logo atrás de mim. — Pelo amor de Deus, olha lá o que 'cê vai fazer, porra.

Nem dou bola pro que diz. O que me importa agora é achar o tal jogador que anda de chamego pra cima da Isabella e tirar minhas próprias satisfações olhando nos olhos dele. Foda-se o resto.

O encontro no gramado e quando chego lá os caras estrangeiros do time montaram uma barreira humana na frente de um Piquerez muito bem escondido e encolhido atrás de um Richard Rios.

— Calma aí, amigo — Richard me empurra com uma mão quando tento me aproximar demais.

— Me acalmar??? — Fico puto, socando o vento em protesto. — Só vou me acalmar depois que eu arrebentar a cara desse Bobão!

— Opa, opa — Gomez me segura, falando com o sotaque que é quase inexistente em Richard Rios. — Não vai bater em ninguém oje.

— É — Zé concorda, rapidamente me alcançando aqui no gramado e me segurando também. — Seja o que for que tenha acontecido de verdade, o Bobão da Vez tem uma explicação. Não tem, Pique?

— Tengo — ele sopra o vento. — Claro que sí. Si puedes ouvir-me...

— Eu duvido que uma explicação seja suficiente para justificar esse absurdo — Menino debocha, rindo como se estivesse num show de stand-up.— Vai falar o quê? Aí me desculpa por ter encostado o pau na sua mina.

— Cala boca, Menino!! — Todos gritam em uníssono e o sem noção não tem outra escolha a não ser se calar.

Graças a Deus, né? Mais uma palavra e eu decido bater nele primeiro.

— Ótimo. Agora me conta a porra dessa história direito, Piquerez! — Estou praticamente implorando enquanto Gomez e Zé continuam segurando meus braços, me impedindo de avançar no Bobão ainda atrás de Richard e Flaco Lopes. — Agora.

— Irmãozinho, acalma-te.

— Me acalmar é o caralho! Você viu a porra da fofoca que vazou? Você e a... Meu Deus.

— No tiene sentido decir nada ahora. — Ele diz, estranhamento calmo com as expressões neutras. Mesmo que de neutro nem o clima esteja. — Estás puto e no me ouvirá.

— Apenas me diga se essa merda é verdadeira! — Piquerez pressiona os lábios. — Sério? Você estava com ela esse tempo todo, parça?

— Me perdoe.

Porra! Isso não pode ser real.

Mas é. Claro que é. Eu que não queria acreditar.

Estava na minha cara esse tempo todo, eu que fui burro demais para não me tocar. Burro em não ver a verdade estampada.

Esse negócio de melhor amiga é fachada, eu aqui como um idiota completo que não quis acreditar no contrário.

— Você estava com ela? — Pergunto mais uma vez, porque algo dentro da minha cabeça, um pequeno fio de esperança quer acreditar no contrário. Quer se agarrar no fato de ser mentira, mesmo que nada aponte para isso. — Há quanto tempo? E o que isso quer dizer? Hein?

— É... Enton, Isabella e eu... — Ele desvia o olhar de mim, se fixando no chão e esfrega as mãos, pensativo e hesitante com as palavras certas que deve me dizer. Nada que ele disser vai ser certo o suficiente. — Nos estamos estado juntos durante casi un año. E... eu... ela es minha melhor amiga de anos, pero devo dicer que... há algo maior. Algo que entiendes porque sientes lo mismo. E...

— Eu vou te matar.

Interrompo sua fala, sem ser capaz de ouvi-lo mais, principalmente em dizer que sentimos o mesmo pela Isabella.

A gente não sente o mesmo pela Isabella. Nunca. Ele pode até aceitar ficar nessa brincadeira em dividi-la com outros caras. Mas eu não estou ciente disso e muito menos quero estar incluso. Não quero brincadeiras. Quero relacionamentos reais. E isso só evidencia que em questão de sentimentos, Piquerez e eu estamos em patamares bem diferentes.

Então vai todo mundo pra casa do caralho. Vão se foder. Perdi a cabeça mesmo. Me julguem.

Me solto de Zé Rafael e Gomez numa velocidade tão absurda que eles não conseguem acompanhar meu movimento, nem mesmo Richard e Flaco que estavam na barreira em frente a Piquerez. Eles não puderam me acompanhar e ninguém conseguiu impedir o que acontece em seguida.

Meu punho já estava cerrado, então eu só precisei erguer a mão e acertar um soco fortíssimo bem no meio da cara do uruguaio filho da puta. Piquerez urra de dor e recua pra trás, mas eu também reclamo de dor porque, acredito, que tenho deslocado um dedo com a força desse soco.

— Porra, Veiga — Zé me puxa pra longe e Gomez faz o mesmo, ambos usando a força agora para me conter. — Aqui não é o lugar.

— Estamos em campo aberto, Veiga — Gomez informa, olhando ao redor. — A imprensa.

Os fotógrafos costumam se espalhar pelo CT para gravar os treinos, apenas alguns fotógrafos, os permitidos pelo clube. Mas mesmo assim fotógrafos, com câmeras. Não se dá pra confiar em ninguém. E tudo que menos quero é que vazem alguma coisa sobre essa confusão também. Brigas em campos não pega bem pra nenhum time.

— Você — aponto para Piquerez que está segurando o próprio nariz ensanguentado. — Você me encontra quando o treino acabar. Temos muito o que conversar.

Piquerez só ergue o joinha pra mim, sem protestar ou se sequer demonstrar que irá revidar o soco. Ele apenas aceita e vai atrás de socorro médico.

Eu, por outro lado, estou tão atormentado que nem sei pra onde estou caminhando. Só saio dali. Tentando me afastar de tudo e todos. Não quero ouvir ninguém. Não enquanto minha mente estiver gritando.

Piquerez está ficando com a Isabella. E agora todo mundo pensa que eles estão juntos. Ao mesmo tempo que acham que ela também está comigo. E isso nem é o pior.

A mídia não sabe, mas a Isabella está grávida.

Ela está esperando um filho meu. Um filho que eu pensei que seria o motivo de voltarmos a ser uma família. Na verdade, para que fôssemos a família que não conseguimos ser. Dessa vez real. Pra valer.

Mas Isabella estava esse tempo todo com o Piquerez. E sequer me disse. Ela mentiu para mim. Me enganou. E porra! Ela está grávida. E... talvez nem esteja grávida de mim.

Não. Não. Não. Eu me recuso a pensar que esse bebê possa ser do Piquerez.

E VEIO A CONFUSÃO

Veiga tá só aquele áudio do tiktok que fiz até edit... Eu tô locona, eu tô locona!!

Tem mais pra vir, ainda estou terminando de escrever, vão me dizendo o que acharam desse capítulo e o que querem ver nos próximos.

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