Eu escolho você!

By mryanoficial

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Emilia amava tudo que contasse uma historia, não importava se vinha em forma de livros, pinturas, musicas ou... More

Capítulo 1
Capítulo 1.1
Capítulo 2
Capítulo 2.1
Capítulo 3
Capítulo 3.1
Capítulo 4
Capítulo 4.1
Capítulo 5
Capítulo 5.1
Capítulo 6
Capítulo 6.1
Capítulo 7
Capítulo 7.1
Capítulo 8
Capítulo 8.1
Capítulo 9
Capítulo 9.1
Capítulo 10
Capítulo 10.1
Capítulo 11
Capítulo 11.1
Capítulo 12
Capítulo 12.1
Capítulo 13
Capítulo 13.1
Capítulo 14
Capítulo 14.1
Capítulo 15
Capítulo 15.1
Capítulo 16
Capítulo 16.1
Capítulo 17
Capítulo 17.1
Capítulo 18
Capítulo 18.1
Capítulo 19
Capítulo 19.1
Capítulo 20
Capítulo 20.1
Capítulo 21
Capítulo 21.1
Capítulo 22
Capítulo 22.1
Capítulo 23
Capítulo 23.1
Capítulo 24
Capítulo 24.1
Capítulo 25
Capítulo 25.1
Capítulo 26
Capítulo 26.1
Capítulo 27
Capítulo 27.1
Capítulo 28
Capítulo 28.1
Capítulo 29
Capítulo 29.1
Aviso!
Aviso 2
Capítulo 30
Capítulo 30.1
Capítulo 31
Capítulo 31.1
Capítulo 32
Capítulo 32.1
Capítulo 33
Capítulo 33.1
Capítulo 34
Capítulo 34.1
Aviso!
Capítulo 35
Capítulo 35.1
Capítulo 36
Capítulo 36.1
Aviso
Capítulo 37
Capítulo 37.1
Capítulo 38
Capítulo 38.1
Aviso!
Capítulo 39
Capítulo 39.1
Capítulo 40
Capítulo 40.1
Capítulo 41
Capítulo 41.1
Capítulo 42.1
Capítulo 43
Capítulo 43.1
Capítulo 44
Capítulo 44.1
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 46.1
Capítulo 47
Capítulo 47.1
Capítulo 48
Capítulo 48.1
Capítulo 49
Capítulo 49.1
Aviso
Capítulo 50
Capítulo 50.1
Capítulo 51
Capítulo 51.1

Capítulo 42

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By mryanoficial


Emilia

1 mês depois

Eu havia acordado com um mal pressentimento, uma queimação horrível no peito, que chegava a doer fisicamente.

Tentei dizer a mim mesma que não devia ser nada, apenas mais uma das minhas paranóias, mas a medida que o dia se passava mais essa sensação ruim se apoderava de mim.

Não ajudou que Emma estivesse quieta demais desde que acordou. Tentei anima-la com alguns jogos, brincadeiras, historias, filmes, mas nada funcionava. Minha pequena só queria ficar agarradinha ao meu lado, então assim fizemos. Mas a medida que as horas se passavam Emma se tornou cada vez mais inquieta. Seu pequeno corpinho se agitando, tremendo ao meu lado com uma febre inexplicavelmente alta aparecendo do nada. 

Enquanto procurava desesperadamente um antitérmico nas coisas de Jake, Emma se contorcia no sofá partindo meu coração a cada gemido de dor que deixava escapar. Amaldiçoei cada maldito armário e gaveta que abria não encontrando a porra de um remedio de dor sequer. Inferno! Onde diabos Jake poderia esconder a porra dos remédios?

Minhas mãos tremiam enquanto abria a ultima porta do armário só para encontra-lo vazia. Mal havia me virado para verificar Emma quando minha pequena soltou um grito tão agoniado de dor que aquele maldito som ficaria gravado na porra da minha alma para sempre.

Congelei por um maldito instante, sentindo aquela dor em meu peito triplicar, queimar, me tirando todo o ar. Então corri... quase não chegando a tempo de segurar seu corpo enquanto se erguida e vomitava ao lado do sofá.

Segurei seu corpinho tremulo e suado com uma mão, enquanto prendia seus cabelos com a outra, esperando ela vomitar tudo que fosse preciso. Sua pele queimava contra a minha, parecendo aumentar assustadoramente a medida que os minutos se passavam. Nesse momento eu já estava em completo pânico. ela nunca havia ficado tão mal assim, nunca. 

Quando Emma finalmente termina seu corpinho tomba exausto sobre o meu, não penso duas vezes, seguro ela contra meu peito e corro até o banheiro, pegando o telefone sem fio no caminho. Cada fibra do meu ser treme com puro terror e meus dedos instáveis erram o maldito número varias vezes até que finalmente consigo acertar e ligar.

Coloco o telefone sobre o ombro e espero ansiosamente a voz de Jake aparecer do outro lado da linha, enquanto isso limpo Emma, tirando a roupa suja de seu corpinho mole e a colocando embaixo do chuveiro gelado. Ela reclama a cada instante, seu corpinho se arrepiando de frio, mas é a única forma de ajuda-la no momento. Converso com ela a todo instante, pedindo desculpas, perguntando o que ela esta sentindo, mas minha pequena não consegue falar, apenas gemer de dor.

Amaldiçoo quando a chamada cai na caixa postal.
Respirando fundo ligo novamente, segurando fortemente Emma sobre a água fria. Ela se contorce tentando fugir de mim enquanto chora, mas mesmo sobre a água gelado seu corpinho não esfria. O telefone toca uma, duas, três vezes ate que mais uma vez Jake não atende a merda do celular.

— Mas que inferno! — amaldiçoo pensando no que diabos posso fazer agora. Não sei o número de mais ninguém e verdade seja dita não faço sequer ideia da porra do nome do studio de tatuagem para sequer tentar ligar para lá. Porra!

— Mamãe... — Emma geme, seus dentinhos tremendo de frio.

— Eu sei meu amor, mas a mamãe tem que fazer isso. Temos que abaixar essa febre querida. Vai ficar tudo bem a mamãe promete. — digo fazendo um leve carinho em seu rostinho enquanto seguro seu corpinho um pouco mais sobre a agua gelada.

— Emilia? Emma? — A voz de Jake surge do nada, assustando o inferno fora de mim. Porra! Graças a Deus!

— Aqui! No banheiro! — grito e ouço seus passos vindo em nossa direção.

— Esta tudo bem? — ele bate na porta.

— Pode entrar — digo e ele coloca sua cabeça para dentro. Assim que seu olhar cruza com o meu ele deve perceber que algo esta errado, por que em menos de um segundo seu corpo esta ajoelhado ao meu lado. — O que esta acontecendo?

— Ela esta queimando. Eu não consegui achar nenhum remedio por aqui.

— Por que você não me ligou?

— Eu tentei caramba. Mas você não atendeu! — minha voz se eleva e eu preciso respirar fundo  para me acalmar. Jake me olha profundamente por um instante, antes de se virar para Emma.

— O que você tem meu amorzinho? — pergunta enquanto coloca a mão em sua testa e olha para mim — Tem quanto tempo que ela esta no banho gelado? 

— Alguns minutos.

— E ainda esta assim? — pergunta preocupado e eu aceno levemente.

— Ei meu amor. Você consegue dizer para mim onde esta doendo? 

— Dói... muito — Emma geme.

— Onde querida? Conta para mamãe. Assim a gente pode fazer a dorzinha ir embora.

— Aqui — ela aperta barriguinha e Jake me olha, se levantando rapidamente e pegando uma toalha. Olho para ele assustada com sua reação e começo a tirar Emma da banheira. Assim que ergo seu corpinho ele retira ela cuidadosamente e enrola a enorme toalha ao seu redor.

— Vamos pinguinzinha, vamos secar você e dar uma olhada nessa barriguinha. Será que alguém comeu biscoitos demais hoje? — tenta brincar, mas Emma não reage, apenas se contorce em uma pequena bolinha em seu colo. — Como ela ficou durante o dia? — Jake me pergunta enquanto pego um par de pijamas limpos para ela.

— Quieta, não comeu nada, só quis ficar deitadinha. Mas ela estava bem Jake. Isso piorou do nada. Que diabos esta acontecendo com a minha filha? — pergunto sentindo o pânico tomar conta de mim.

— Nos vamos descobrir. Não se preocupe. Não é mesmo meu amor? Fala para sua mãe como você é uma moçinha forte e vai superar isso como uma campeã — Emma ignora suas palavras e se escolhe na cama. Ajudo Jake a seca-la e nos dois colocamos cuidadosamente seu pijama, em nenhum momento ela reclama, mas quando Jake preciosa em sua barriga um pouco mais ela solta um gritinho de dor, partindo meu coração.

— É aqui que esta doendo querida? — Jake vai apalpando levemente sua barriga, até chegar ao seu lado direito e Emma grita. Assim que ele retira as mãos ela se vira e vomita tão rápido que seu corpinho quase cai da cama.

— Eu não acho que seja uma simples dor de barriga Emilia. Eu preciso levar ela para o hospital. Agora!

— O-O que? Hospital? Ela... Ela não pode ir para o hospital Jake! Diabos! Você sabe disso!

— Eu sei, mas ela tem que ir. Se for o que acho que é, nós não podemos demorar. Isso pode sair de controle rápido demais.

— Como? Como vamos fazer isso? Você sabe que eu não posso levar ela até la!

— Eu sei — ele me olha seriamente — mas eu posso.

— O-O que você esta querendo dizer com isso? Você quer que eu deixe você levar minha filha e fique aqui? Inferno! Não mesmo porra! Ela é a minha filha eu preciso ficar com ela.

— Emilia! Me escuta caramba. Emma pode estar com apendicite, se nos estivermos vendo isso no inicio vai ser moleza, remédios vão resolver facilmente, mas quanto mais demoramos mais complicado pode ficar. Ela tem que ir. Não é uma opção porra. E eu sei que você é a mãe dela e quer estar com ela nesse momento, mas não tem como. Eu consigo resolver toda essa merda sozinho com ela no hospital, crianças são parecidas demais então é fácil passar batido, mas se você for junto as coisas vão ficar mais difíceis. Você sabe disso. Então por favor, me deixe leva-la. Eu prometo que vou cuidar dela com tudo de mim, da melhor forma possível.

— Eu não posso Jake! Como eu posso ficar longe com ela assim? Que tipo de mãe eu seria?

— A melhor mãe que poderia ser porra! Você não esta abandonando ela Emilia, você esta cuidando dela, fazendo o possível e o impossível para isso. Como sempre fez. — assim que ele termina de falar, Emma grita e vomita novamente. Corro até seu pequeno corpinho e a seguro, abraçando-a e acalmando-a.

— Tudo bem — digo com o coração em pedaços, uma lagrima fujona correndo por meu rosto.

— Não fica assim  — Jake se aproxima e limpa meu rosto delicadamente —  Emma é forte, saudável, vai dar tudo certo. Vai ser só um pequeno susto, você vai ver — me da um leve sorriso, mas não consigo retribuir —  Apenas fique com ela enquanto me troco e chamo Estefano. Ele vai nos ajudar a manter Emma segura e fora dos registros do hospital. — aceno com a cabeça e ele me da um rápido beijo na testa, saindo com o telefone já no ouvido.

— Amorzinho, o tio Jake vai levar você no medico para ver essa dorzinha. A mamãe queria muito poder ir junto, mas isso pode colocar você em risco e não posso deixar isso acontecer. Mas vou estar aqui torcendo a cada minutinho para tudo dar certo e essa dorzinha ir embora o mais rápido possível. — beijo sua cabecinha tentando não chorar, tentando soar forte, calma, despreocupada — A mamãe te ama muito e esta partindo o coração dela não poder ir junto, mas vai dar tudo certo sabe por que? Porque o tio Jake vai cuidar tão bem de você quanto a mamãe e ja ja você vai estar de volta e nos vamos ficar agarradinhas para sempre — digo abraçando seu corpinho, inalando seu cheirinho de bebe, seu cheirinho de Emma.

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Continua.

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