O Príncipe de Frosthold | JJK...

By Jikooka_0608

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Após a eclosão da Terceira Guerra Mundial, onde os humanos são apenas memórias, uma nova era se inicia. A par... More

Apresentação
Apresentação das Personagens pt1
Apresentação das Personagens pt2
A Eclosão
A Maldição
O Primeiro Encontro
A Dança
O Beijo
A Discussão
O Reino Sombrio
A Armadilha
O Baile
A Amizade
O Inevitável

O Início

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By Jikooka_0608

Seojun se levanta rapidamente, a mente confusa e a vista turva.

— Isso tudo foi um sonho? - um sussurro escapa de seus lábios.

"Não, isso não foi um sonho" - a resposta chega rapidamente, trazendo consigo uma onda de alívio. Aquilo indicava que eles possuíam uma chance.

— Então é verdade? Vai realmente nos ajudar? O que querem em troca?

"Sim, realmente os ajudaremos" - o animal responde com tranquilidade - "Não queremos nada em troca. Nossa empatia é o que nos move. Diferente de vocês, nós estamos aqui fora, estamos presenciando o estado que o mundo se encontra".

— Mas como faremos para juntar nossos genes, se eu não posso sair daqui?

Um silêncio se forma na mente do cientista, o lobo parecia estar pensando em algo.

"Não possui nenhum traje especial aí? Algo que permita que você saia apenas para coletar o que precisa?"

— Vou procurar...

O homem começa a caminhar, ele vasculha todos os cantos em busca da vestimenta, revira todas as estantes que haviam, mas nada.

E quando estava desistindo, seus olhos se dirigem ao chão, vendo uma fresta. Ele a abre com um pouco de dificuldade, vendo que ali, haviam muitos macacões brancos contra a radiação. Eles haviam pensado em tudo...

Seojun sorri e agarra apenas uma peça, fechando logo em seguida o esconderijo. Não poderia permitir que os outros vissem.

— Encontrei - um sorriso lentamente cresce em seus lábios.

"Ótimo!"

— Agora, só preciso encontrar o laboratório, tenho certeza que construíram um aqui...

Após uma longa busca, Seojun finalmente encontra o local. O único problema, é que a porta estava fechada e nenhum botão ou maçaneta eram visíveis.

— Que droga! - ele murmura, passando as mãos por toda a estrutura da porta, até que seus dedos esbarram em um relevo — Achei - sorri vitorioso.

Prestes a abrir o local, ele escuta um ruído. Rapidamente, se afasta da porta e se esconde em uma parte mais escura daquele corredor.

— Que ótimo! - resmunga baixinho — Tinha que acordar logo agora?

O cientista prende a respiração ao ouvir os passos se aproximando do corredor em que estava, mas logo o barulho cessa. Seojun se pergunta o que aconteceu, mas se mantém quieto.

Após alguns segundos, um som ecoa e os passos novamente se fazem presentes, só que agora, estão indo para longe de si.

Não demora muito para que Park se aproxime da porta e a abra. Tão rápido quanto a abriu, ele a fecha. Ele observa atentamente os materiais, vendo que estes são de última geração.

— Incrível...

"Encontrou?" - Seo dá um pulo no lugar, esse lobo ainda vai matá-lo de susto.

— Sim, aqui tem tudo que preciso. Parece que quem construiu isso já sabia que uma guerra estava a caminho e que teríamos que recomeçar.

"Por que acha isso?"

— Aqui tem materiais de alta qualidade, são de última geração e um laboratório! Quem faria isso?

"É muito estranho..."

— De fato - suspira, cruzando os braços em seguida — Enfim, tudo o que precisarei é de uma amostra do sangue de cada um de vocês.

"O que irá fazer?"

— Vou usar a técnica de DNA recombinante. Consiste na clonagem celular.

"Oh, vai clonar nossos DNAs?"

— É o plano...

Suspirando, o cientista olha ao redor mais uma vez, antes de se dirigir até a porta e sair.

— Amanhã à noite, me encontre em frente ao bunker.

"Tudo bem".

Caminhando pelos corredores, o homem reflete sobre tudo. Ele, com toda certeza, teria que estudar sobre essa ligação com os lobos. Além de arranjar uma forma de combinar os genes para que possa injetar em cada um deles.

~//~

As semanas passaram rapidamente, enquanto Seojun se dedicava totalmente à sua pesquisa, quase como uma obsessão.

Ele descobriu que a ligação com os lobos só foi possível, pois de alguma forma, uma parte do cérebro dos lupinos se tornou parecida com a de cada humano presente naquele bunker. Não sabe ao certo como ou quando isso aconteceu, mas é como se as duas espécies tivessem se tornado uma.

Os lupinos também desenvolveram capacidades de regenerar seus DNAs, tornando-os quase imunes à radiação que dominava o mundo lá fora. Inspirado pela força e magnitude dos seres, Seojun os batizou de Lupus Sapiens.

No entanto, a combinação dos genes, é uma técnica muito perigosa. Seu uso poderia mudar toda uma geração, seria revolucionário, mas também fatal se mal executado. O cientista, apesar da arrogância, sabia o tamanho da responsabilidade que carregava. Ele sabia que não poderia pôr a vida de outro alguém em risco; se alguém deveria ser a cobaia, esse alguém seria ele.

Tomada a sua decisão, ele se aproxima de sua esposa. Sooji descansava, a mão acariciava o bebê que ali crescia, um leve sorriso descansava em seus lábios. Sua aura tão gentil era percebida de longe, apenas pela calmaria que exalava.

Ao chegar próximo a mais nova, Seojun hesitou. As palavras entaladas em sua garganta. Nunca fora bom com elas, mas agora, precisava tentar.

— Sooji... - sua voz saiu suavemente.

— O que houve, querido? - ela abriu os olhos, um sorriso gentil se formando em seus lábios, observando os olhos temerosos do marido.

— Nada... - a hesitação mais uma vez se fez presente, era difícil lutar com tantas barreiras — Eu preciso me desculpar - as palavras pesavam como chumbo, mas ao deixarem seus lábios, tiraram um peso de seu corpo.

— Se desculpar? Por quê? - seus olhos surpresos o encaravam atentamente.

— Sim, por todos os anos que te fiz sofrer - se aproxima da mulher, segurando suas mãos, sentindo o peso de cada palavra — Você é magnífica, Soo e e-eu... Me perdoe por nunca te dizer isso..., ou por te fazer pensar o contrário - Sooji possuía os olhos lacrimejados — Não posso dizer que te amo, porque isso seria mentir pra você. Minhas mágoas são maiores do que meus sentimentos e você sabe que se não fosse por nossos pais e esse casamento por contrato, eu poderia ter te amado... poderia retribuir seus sentimentos...

Sooji sente seu coração quebrado em vários pedaços, mas ele estava certo. Possuíam uma relação tão linda antes desse casamento. Soo sempre foi apaixonada por Seojun e ele retribuía seus sentimentos, mas não na mesma intensidade e quando este finalmente resolveu se abrir para o que sentia, seus pais o contaram que haviam fechado um contrato com os pais de sua amada e que eles deveriam se casar. A raiva e amargura que se apossaram do Park mais novo foram tão grandes que, acabaram com todos os sentimentos bons que ele possuía dentro de si.

— E o que te fez querer mudar? - a mulher se aproxima, segurando ambos os lados de seu rosto.

— A guerra, o bunker, nosso filho... - ele gesticulou fracamente — Mesmo que não te ame da forma que mereça, eu te respeito mais do que qualquer pessoa neste mundo.

Sooji fechou os olhos, absorvendo suas palavras. Quando os abriu novamente um brilho diferente pairava ali.

— Então me prometa algo, Seojun - ela segurou as mãos dele, firmemente — Seja um bom pai para nosso filho. Não deixe que falte nada, mesmo que estejamos presos aqui por anos.

— Eu prometo, Sooji, serei o melhor pai do mundo para ele - desce suas mãos em direção a barriga da esposa, acariciando com carinho a protuberância que já havia ali — Falando nisso, deveríamos perguntar se há algum médico ou enfermeiro aqui.

— Verdade, amanhã vemos isso, tudo bem? - entrelaça sua mão com a do maior, deitando-se novamente e puxando-o para que faça o mesmo — Agora, vamos dormir?

— Vamos.

Pela primeira vez, depois de tantos anos, Seojun abraça sua esposa, a prendendo em uma conchinha junto a si, enquanto envolve a barriga dela com seu braço. Mas ele não se permite relaxar, não quando seu filho corre o risco de passar sua vida preso dentro de um bunker.

Assim, quando percebe que a respiração de Sooji está mais calma, ele se levanta, lentamente.

Acaricia o rosto da mais nova e deixa um beijo em sua testa, logo seguindo em direção ao laboratório.

[...]

A seringa estava em suas mãos, o objeto brilhava sob a luz do laboratório, seu conteúdo trazendo medo e esperança. O cientista havia preparado tudo cuidadosamente, a veia já destacada e o local esterilizado. Seus olhos se fecharam em busca de calma.

Respirando lenta e profundamente, ele chama pelo seu lobo.

— Ning...

"Olá, Seojun"

— Irei testar a eficácia da recombinação.

"O que!? Mas você disse que era perigoso! - a preocupação do animal era quase palpável.

— Eu posso e eu vou. E não é você que vai me impedir. Eu observei cada detalhe do DNA criado e ele não possui nenhuma falha. Está perfeito! - sua voz trêmula denunciava seu medo, mas suas palavras passavam uma confiança inexistente, tentando convencer tanto o lobo quanto a si mesmo.

"E se você morrer, Park?"

Seojun suspirou. Ele sabia de todos os riscos, considerou todos eles. Mas a possibilidade de avanço era muito grande para ignorar.

— Não morrerei... - com determinação, penetra a agulha em sua pele, logo injetando o líquido.

"Seojun..."

É a única coisa que escuta, após suas vistas escurecerem.

[...]

Seojun On

Era como levitar...

Uma leveza me envolvia e mesmo que eu quisesse lutar contra isso, seria inútil, porque não possuía mais o controle de minhas ações.

Era como se alguém estivesse dividindo o mesmo corpo comigo.

— Seojun, abra os olhos - a voz de Ning ecoou, e imediatamente, meu corpo respondeu ao comando.

— Ning - observo o lobo de pelagens castanhas e brancas em minha frente — O que aconteceu? Onde estamos? - tento olhar ao meu redor, mas não consigo, o pouco que avisto me faz reconhecer a montanha da primeira vez que encontrei com ele e sua alcatéia — Estamos na minha mente de novo?

— Sim, eu...

— Espere, você não está mais se comunicando pelos meus pensamentos - arregalo os olhos — O que está acontecendo, Ning?

— Eu não sei - ele sacode a cabeça, deixando suas orelhas caírem — Não sinto mais meu corpo, Seojun. E por algum motivo pareço controlar o seu...

— O que? Será que a recombinação deu certo? - a possibilidade de sucesso atingiu meu corpo, meus batimentos se aceleraram.

Antes que pudesse receber uma resposta, um uivo melancólico cortou o ar, e sinto finalmente o controle de meu corpo. É nesse instante que sua imagem começa a desaparecer de minha frente, fecho meus olhos e quando os abro novamente, estou de volta ao laboratório.

Me levanto e sigo em direção ao espelho. O que vejo a seguir é extraordinário, mas também assustador, meus olhos oscilavam entre o castanho e o cinza e ao que parece minhas presas estavam maiores, se assemelhando as dos lobos.

Mais um uivo ecoa.

"Seojun, é a minha alcatéia" - escuto Ning – "Esse uivo só é escutado quando um dos nossos morrem e eu acho que é pra mim".

— Mas porquê?

"Eu não voltei ao meu corpo, Seo. Continuo com você, como uma parte sua. A recombinação deu certo. Nós nos tornamos um".

Sorrio com sua fala, me sentindo aliviado por ter conseguido.

"Você tem que avisá-los que eu não morri. Eles sabem do experimento, mas nenhum de nós imaginava que seria esse o resultado".

— Irei atrás deles.

~//~

Mais um capítulo postado, espero que estejam gostando 😊. Perdoem os erros, estou revisando os capítulos, mas sempre fica algum 🥲

Não esqueçam de deixar o voto.

Um beijo e até o próximo 💕😘

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