•Lemon Boy• KiriBaku AU. !REE...

By DynamiteItsMe

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Katsuki Bakugou, um garoto que muitos diziam que era azedo, por mais que tinha um cheiro de caramelo, seu hum... More

Personagens & Fichas
Jardins, frutas e despedidas.
Ciúmes e Mortal Combat.
Beijos, pasteis, fofocas e gritos.
Melhores amigos e a dúvida.
Choro e Confissões.
Amores e relacionamentos.

Mudanças, tintura de cabelo e reecontros.

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By DynamiteItsMe

Dizer adeus foi difícil para Eijiro, deixar tudo que ele construiu ao longos de anos e deixar aquele que ele mais amava para trás também, não era fácil. Porém aquilo era necessário, não havia o que ele falar que mudasse aquele momento. Então a mudança foi feita e de uma grande casa com um belo quintal, foram para um pequeno apartamento, que fariam de tudo para se tornar um lar assim como a antiga residência.

Por mais que os cômodos fossem pequenos e estreitos, em todo canto da casa haviam plantas e livros, as duas coisas que as mulheres da casa amavam, e por consequência o garoto também gostava. Já havia lido a maioria dos livros que suas mães compravam, principalmente quando ficava entediado, e depois os três debatiam sobre enquanto comiam pizza e se divertiam no final de semana.

Eijiro havia ficado feliz que a mudança de ares não afetou em nada na relação de suas mães, na verdade as coisas até melhoraram, já que ali era mais seguro para Kirishima, então Haruhi pode marcar uma entrevista de emprego para ela, algo que ele sentia falta de ter, e sinceramente tudo parecia que tudo ia ocorrer bem.

Uma coisa que preocupava as Kirishima era que Eijiro por mais que mostrasse um sorriso feliz, não era a mesma coisa de quando estava perto de Katsuki, e isso deixavam as duas ansiosas. Porém tudo mudou quando ele conheceu Mina Ashido, uma garota de pele morena, com olhos amarelos e cabelo tingido de rosa. Ela, assim como Eijiro, era divertida e animada e ajudou muito ele passar por toda essa fase. Ela foi o ajudando a desapegar de seu passado, que por mais que ele amasse a cidade que morava antes e tudo que havia nela, ele precisava deixar lá, não esquecer ou desistir, mas apenas desapegar. Um dia ele voltaria lá para rever tudo.

Infelizmente o garoto nunca conseguiu voltar na cidade, sempre que suas mães iam ele precisava ficar, seja pela escola, ou seja por sua amiga, ele nunca conseguia ir junto. E quando ele finalmente tinha tempo para poder ir, suas mães não podiam ir por causa do trabalho. Acabou que toda essa frustração cansou Eijiro, que desistiu depois de uns meses.

E foi naquele momento que o Kirishima conseguiu desapegar de todo seu passado e começou a tentar focar sua vida no presente, naquilo que ele tinha hoje. Talvez um dia iria rever seu amado Katsuki, mas não era o momento certo. Naquela tarde ele se encontrou com sua amiga, Mina, após a escola no local marcado, caminharam até o cabelereiro favorito de Ashido e finalmente Eijiro pintou seu cabelo com a cor favorita, que era aquela que sempre lembrava os olhos marcantes de Katsuki, o vermelho.

Agora Eijiro tinha um ruivo avermelhado marcante, seus cabelos longos e baixos se tonaram um belo topete que sempre era acompanhado por uma bandana, o que a acabou virando uma marca registrada dele na escola. Seu novo estilo acabou chamando a atenção e acabou se tornando bem popular, pelo seu humor e carisma. O recém ruivo também começou a praticar bastante vôlei, treinando quase todos os dias com um grupo da escola, ele era muito bom naquilo, e por consequência acabou ganhando muitas competições estaduais, e era óbvio que em uma dessas um olheiro iria ver a estrela que Kirishima poderia se tornar com o treinamento certo.

Após a partida, ganha pela escola de Eijiro, o homem chamou para conversar, perguntando se ele tinha interesse em estudar em uma escola de prestígio para se dedicar ao esporte, e não hesitou em aceitar a proposta. Depois daquele dia foi uma enxurrada de conversas com suas mães e na escola, acerto de contrato e tudo mais.

A U.A, a escola que Eijiro foi convocado, era um colégio para os melhores, para os gênios, astros, divas e inspirações de uma nação, e para os filhos dos ricos também. Aquela era uma escola para poucos, ser convidado ou conseguir entrar por meio de bolsa era quase uma honra para qualquer um, e por isso as Kirishima não queriam perder essa oportunidade única na vida do filho. Junto com o Kirishima, Mina também foi chamada, ela era uma líder de torcida e jogadora de vôlei, não tão boa quanto Kirishima, mas conseguia se destacar nos dois esportes, e como Eijiro já tinha a atenção do olheiro, o fez fixar sua atenção para a amiga, e por sorte e técnica ela conseguiu ser chamada também.

Felizmente o colégio ficava bem mais próxima de sua antiga casa, o que deu a oportunidade de Kirishima finalmente voltar para sua antiga cidade. No início suas mães estavam receosas em deixar Eijiro ir morar longe delas, mas quando os Ashido concordaram em deixar a filha ir junto para a casa da avó de Kirishima, isso acalmou um pouco as mulheres. Então não demorou para que os dois amigos estivessem se mudando para a casa que agora morava a avó de Eijiro.

Pelo caminho se recordava de lembranças que guardava dentro de si com carinho, tudo o fazia querer procurar por Bakugou, esperava que ele ainda estivesse por lá. Mina por outro lado o segurava para não sair correndo mostrando tudo para ela ou ir buscar seja lá quem fosse Lemon Boy, ela não entendia porque do apelido de Katsuki ser esse, mas fingia compreender quando seu amigo tentava explicar pela quadragésima vez.

Kirishima estava ansioso, tremia um pouco pelo nervosismo, se olhava no espelho respirando fundo, mentalizando que ele conseguia superar isso. Foi interrompido de seus devaneios por pequenos toques vindos de sua porta, e não demorou muito para que Mina adentrasse seu quarto mesmo sem a permissão do amigo. Ela não parecia tão calma quanto antes.

Os dois sorriram um para o outro e se sentaram na cama colocando toda a expectativa deles naquela roda de conversa em duas pessoas. Isso acalmou eles, não demorou para os dois irem se acomodando na cama e dormindo enquanto conversavam sobre o que queria fazer no dia seguinte. Ambos acordaram com o despertador, no horário certo graças a Mina que era bem mais pontual que o Kirishima. Se arrumaram, tomaram café da manhã e finalmente sairam de casa em direção a escola. Um novo começo para os dois.

O colégio era enorme, com a fachada completamente feita de vidro e alunos por toda parte, a maioria se mostrava inaucansavel para eles e deixava os dois cada vez mais nervosos porque provavelmente não iriam conseguir se inturmar com ninguém ali. Mina segurou forte no braço do amigo, não era normal ela fazer isso, mas Kirishima apenas deixou, entendendo rapidamente o que ela sentia.

O dois entraram, passaram na secretaria para saber quais eram suas aulas e quais salas, por sorte ganharam um mapa para se locomover melhor naquele local imenso. Sairam de lá conversando, vendo quais aulas eles teriam naquele dia e quais eles estavam animados ou só tinham vontade de pular. Conversa vai e conversa vem, Eijiro estava bem perdido em meio de horário e aulas para ver a figura a sua frente, acabando esbarrando nela sem querer.

- Sabe olhar por onde anda, não? - O barulho de livros caindo ecoou pelo corredor, por sorte nenhum aluno parou para prestar a atenção neles. A voz do garoto que se agachava para pegar as coisas saiu rude, feroz e furiosa.

Mas Kirishima não estava preocupado com as coisas caidas no chão, ou o modo que foi tratado por algo que aconteceu sem querer. Os olhos de Eijiro tremiam por quem aquele garoto se parecia, os cabelos loiro e espetados acompanhados pelo par de olhos vermelhos marcates. Faltou ar para respirar, Mina só percebeu isso quando o amigo começou a tremer levemente.

- Katsuki? - Sua boca se mecheu sozinha, seus olhos focados naquele que se virou confuso, finalmente encontrando seus olhares. Talvez naquele momento o destino decidiu juntar eles novamente, mas Bakugou só percebeu quem era quando sentiu o cheiro de melancia vindo do outro.
 

Acordar e não sentir o peso do outro garoto em seus braços, ou o longo cabelo em seu rosto, fez Bakugou se despertar em um susto. Não era possível que tudo aquilo fosse um sonho, ou pior, que não fosse um sonho. Limpou os olhos e olhou para o lado, em cima da cabeceira onde havia um pequeno papel branco com algo escrito na letra de Kirishima, seu coração apertou.

"Bom dia meu Lemon boy!

Infelizmente quando você me acordar já terei ido, mas eu quero que saiba que sinto falta de cada momento nosso e nem se passou minutos que eu levantei para escrever isso. Já estou com saudades de você. Obrigado por tudo garoto limão.
Eu te amo.

Com amor, seu garoto melancia."

Seus olhos inundaram, a dor no peito se apertou de um jeito que era impossível descrever. Ele tinha acabado de perder seu melhor amigo, e agora não havia mais nada para conforta-lo. Não havia ninguém que pudesse o impedir de fazer muralhas em torno de seu coração ou escalar elas. Katsuki agora não tinha porque não ser exatamente quem todos descreviam, um garoto cítrico e egocêntrico.

Bakugou desde então começou a pensar só em si mesmo, seus pais tiveram uma surpresa com a mudança repentina do filho, mas entendiam que aquila rebeldia vinha pelo fato do melhor amigo ter se mudado, e deram espaço para ele. Os amigos que tinham a sua volta não ajudavam, sempre exaltando o quão incrível ele era, e seu ego só aumenteva. Ele nunca mais voltou a passar em frente da casa dos Kirishima, e se precisasse, apenas olhava para o lado.

A chegada de Izuko Midoriya também não foi muito bem recebida por ele. Midoriya era, assim como ele, um garoto extremamente inteligente e bom nos esportes, porém um tanto fraco, porém aos poucos Bakugou começo a ouvir pelos cantos sobre Deku, o apelido nada carinhoso que Bakugou lhe dera, ser melhor do que ele, então começou a intimidar furiosamente Midoriya, até que ele ficasse completamente isolado e ser uma piada até para os professores.

Midoriya era o que muitos falavam ser fofo, cabelos negros, pontas verdes e bagunçados, sardas pelo rosto, sempre muito bem arrumado. Porém Bakugou havia descobertos três coisas que sempre usaria contra Izuko. A primeira é que ele era gay, não que Bakugou fosse homofóbico, longe dele ser esse tipo de gente, mas para destruir a auto-estima e imagem de alguém tudo é uma ajuda.
Segundo, Deku não tinha pai, ele havia ido embora quando criança e quem cuidava dele desde então era sua mãe, querendo ou não isso se tornou algo que Bakugou podia usar como piada e sempre cutucar a ferida. Terceiro e último, ele era um nerd fraco, e para Bakugou era algo maravilhoso para poder bater ou intimidar o garoto. Por mais que Midoriya fosse muito inteligente, ele não era bom em luta e era bem fraco. E podem ter certeza, Bakugou nunca pegava leve, com ninguém.

Izuko teve que aguentar isso por anos, porém com o tempo Bakugou foi parando de ser tão implacável, as intimidações e piadas continuavam, claro, mas agora Katsuki não era tão babaca quanto antes. Aguentou isso até seus quatorze onde, tanto Deku, quando Katsuki fizeram a prova para U.A. Midoriya por mais que não quisesse que Bakugou passasse, sabia que ele passaria, talvez até mesmo com notas maiores que as dele.

No fim, pelas notas e pelo os esportes que ambos eram bons, conseguiram passar tranquilamente, Bakugou era muito bom em basquete, e Midoriya era bom em vôlei. Izuko suspirou aliviado quando soube que não precisariam jogar o mesmo esporte, pelo menos ali ele não estaria sentindo a pressão que Kacchan, o apelido que dera a Katsuki, o fazia sentir.

Bakugou não estava nervoso para o começo das aulas, mas estava ansioso, querendo ou não era um colégio de prestígio e nada mudaria isso. Se levantou da cama e decidiu caminhar um pouco, precisava espairecer a mente. Seu fone ligado tocava Ghost, uma banda de rock que adorava, e que o fez esquecer para onde estava indo.

Só notou que estava na rua onde a vó de Kirishima morava quando notou um carro cheio na frente da casa, e uma garota de cabelos rosas tirando as coisas do carro e colocando perto da porta. Bakugou lembrava muito bem dos Kirishima falando que jamais venderiam a casa, e que não queriam alugar para que não destruíssem o quintal que eles construiram com tanto amor.

Então ficou receoso sobre se eles estavam precisando de dinheiro para chegar a alugar a casa, mas todo aquele sentimento se esvaiu quando viu a vó de Kirishima saindo da casa para ajudar a moça, ela não deixaria ninguém destruir aquele jardim. E também tinha outro garoto, cabelos avermelhados em um topete, usando uma bandana e um belo sorrido pontiagudo nos labios, àquilo foi demais para Bakugou.

Seu coração batia forte, e ele tinha certeza que não era porque estava correndo. Kirishima estava de volta, com o mesmo sorriso de antes e, puta merda, ainda mais bonito do que era. Os cabelos vermelhos combinavam com ele e sua personalidade, ele parecia ainda mais forte, e estava acompanhado de uma garota. Isso foi algo que fez Bakugou questionar se Kirishima havia começado a pensar pudesse gostar de mulheres, ou que aquela pessoa que viu não fosse uma garota, talvez. De qualquer jeito, esses pensamentos faziam algo dentro do loiro doer apenas de pensar que eles podiam ter algo a mais.

Apenas voltou para casa correndo, sua mãe até se assustou quando viu o filho correndo para o andar de cima sem nem falar nada. Se trancou no quarto e respirou fundo, tentando ignorar o que havia acabado de ver. Se jogou na cama esperando que dormisse logo, amanhã ele tinha aula e não gostaria de se atrasar por conta de algo que não era da conta dele.

No outro dia se arrumou, tomou café da manhã e, por mais que odiasse aquilo, teve a companhia de Izuko até a escola, porque suas mães queriam que eles se aturassem pelo menos um pouco que fosse. Mesmo que jamais falasse em voz alta, ele gostava da companhia de Izuko, ambos tinham gostos parecidos e Deku era falante, Bakugou gostava de escutar. O Midoriya lembrava um pouco seu Kirishima.

A escola, como esperado, era gigante, apenas os melhores entravam naquela escola e o orgulho de Bakugou não poderia estar mais inflado. Deixou Midoriya explorar sozinho, enquanto ia buscar seus livros que havia pedido para deixar em seu armário. Bakugou já sabia tudo sobre suas aulas, onde era sua sala, já havia conversado com alguns professores também, ele não demoraria para se destacar ali. O som alto no ouvido pelo fones e os pensamentos sobre como se destacar naquele lugar distrairam Bakugou novamente, até que foi tirado de seus pensamentos por esbarrar em uma figura. Claro que Bakugou ficou furioso e colocou toda culpa no garoto por ter derrubado seus livros chão.

- Sabe olhar por onde anda, não? - Sua voz saiu mais baixa do que esperado, se agachando para recolher os livros caídos, ele só estava esperando a pessoa ao seu lado se pronunciar, mas se surpreendeu quando a voz chamou pelo seu nome.

- Katsuki? - Ao ver quem havia dito seu nome, seus olhos se encontraram com os do garoto a sua frente, as írises carmesins de Kirishima. Mas só teve certeza de quem era quando sentiu o leve cheiro doce de melancia vindo dele.

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