Jeon se encantou com aquele belo jovem em seus braços, seu lobo estava em êxtase, e como por instinto o nariz do lúpus foi ao encontro do pescoço do ômega, Jungkook queria sentir o cheiro da pequena criatura que não teve medo de si, mas o único cheiro que sentiu foi o seu próprio, por um momento teve esperança de ser seu ômega, mas não, o cheiro de lavanda suave do seu amor era insubstituível e não, aquele ser não era seu ômega. Mas, porque então seu coração traidor implorava para que não deixasse aquele ser ali ao chão.
— Vamos Jungkook, temos um traidor no abatedouro, precisamos o fazer falar, temos que ir, não podemos ficar muito tempo por aqui, você sabe muito bem o acordo que fez com o senhor Lee, entrar e sair sem rastros.
Jungkook ordenou que Namjoon, levasse Jimin até o hospital para ver se não havia acontecido algo que tivesse machucado o menino. Namjoon o'pegou nos braços, com medo que o alfa lúpus desistisse de largar o ômega. Todos ali tinham medo, depois que Jungkook pegou a Adaga, ele havia ficado fora de si, seu lobo a todo momento aparecia e rosnava e uivava, bebia como louco todos os dias, ia às lutas clandestinas e lutava até a morte de seu oponente e depois rolava entre o sangue espalhado pelo chão. O cheiro de pimenta prevaleceu na cidade, antes era destinado apenas em dias de caça, agora era o novo odor do sul.
Medo era tudo que se resumia, pavor era o que as pessoas sentiam, quem entrasse no mesmo local que o lúpus, pensava não ter oportunidade de sair vivo. Tanto Jungkook quanto seu lobo estavam loucos.
Jungkook saiu meio relutante com Yoongi e Hoseok, mas deu ordens explícitas para que Namjoon cuidasse do garoto.
Nam o colocou no carro, iria direto ao hospital e o deixaria por lá, tinha total certeza que Jungkook não perguntaria mais pelo jovem. Quando ele ligou o carro, um Taehyung aflito e desesperado cruzou em sua frente.
— O que faz por aqui? Tae eu poderia ter atropelado você.
— Me dê o ômega, – foi tudo que ouviu.
— Está enganado, ele é um beta. Saia preciso ir agora.
— Me dê o ômega, – gritou novamente Taehyung. – Por favor, me deixe pegar ele.
— Não antes de me explicar porque está nesse estado, ainda mais por alguém que nem conhece.
— Quem te disse isso, ele não é nenhum desconhecido para mim. Abra a porta, irei levá-lo.
— Primeiro Jungkook, agora você. Não o pegará sem me explicar o que está acontecendo.
O ômega estava uma pilha de nervos, se bem conhecia o alfa Lúpus ele iria até à metade do caminho e voltaria, se pegasse ele ou Namjoon perto de Jimin, não restaria pedra sobre pedra, Luther treinou bem Jungkook para ser uma extensão dele, os dois se completavam em maldade.
— venha! Vamos até minha casa. Lá explicarei tudo, precisamos sair daqui agora, ele pode voltar a qualquer momento e se estivermos por aqui, eu corro e você se vira com um lúpus cuspindo fogo. É isso que quer Nam?
Assim que o carro deu partida, um alfa lúpus chegava no local, tanto Jungkook, quanto seu lobo desejava ver aquele rosto mais uma vez, Jungkook caminhou pelo local em busca de algo que desvendasse o mistério que o estava fazendo querer ficar perto do rapaz. Farejou e encontrou dois cheiros no local, um, era de Namjoon seu amigo e outro também era bem conhecido por si, seus olhos reluziam Safira esteve ali.
Enquanto isso em casa, Taehyung achava um jeito de explicar a situação para Nam.
— Me diga Tae, porquê disse que Jungkook voltaria atrás do beta? E de onde você conhece seu chefe?
— Ora! Nam. Eu o sirvo bebidas todas as noites, enquanto ele transa com aquelas putas sem pudor na boate.
— Não, isso é pouco pelo desespero que estava, me conte a verdade ou eu ligo para Jungkook agora mesmo. Não me faça usar minha voz de alfa contra você ômega.
— Então sente-se Namjoon, porque a história é longa.
Taehyung não tinha como fugir do alfa grandalhão a sua frente, não sabia como os alfas eram intimidadores a ponto de soltarem seus cheiros para transmitir medo às pessoas mais fracas. Poderia mentir, mas achou melhor contar toda a verdade ao alfa com cheiro de madeira fresca a sua frente, assim talvez teria um aliado.
Namjoon ficou perplexo com tudo que ouviu do ômega, jamais imaginaria que Jungkook era um alfa milenar que matou todo um povo. Ali explicaria seus surtos e o desejo por sangue. Soube também sobre a morte do ômega do lobo sanguinário, tudo se encaixava, sentia pena do lúpus, jamais imaginava que desde o passado o alfa sofria por amor.
— o que faremos agora, Taehyung? Ele não irá acreditar que Jimin é o ômega dele. Imagina se Jeon Yoona saber disso, ela pode acabar com Jimin antes dele chegar a Jungkook.
— Você viu o que aconteceu na rua agora a pouco, ele não negou o abraço do Jimin, talvez isso tenha sido um começo. Ele primeiro tem que aceitar Jimin como ele é, afinal as diferenças dele são devido aos pedidos que ele fez.
— Estamos ferrados. – pronunciou Namjoon,– onde eu fui me meter. Preciso ir Tae, Jungkook já deve estar na boate.
Namjoon saiu da casa de Taehyung e entrou no seu carro, sem se dar conta de que de longe estava sendo observado pelo lúpus, que estava intrigado tentando entender do porque Namjoon e Taehyung estarem juntos, eles estavam tramando, disso o lúpus tinha certeza. Ao chegar na “boate”, Namjoon seguiu direto a sua sala, Imperium estava lotada, cheirando dinheiro como o Jungkook gostava. Ao adentrar a sala, deu de cara com o lúpus sentado em sua cadeira e a arma em punho. Nam parou e levantou as mãos. Jeon fez sinal para que ele se sentasse, Nam notou que o cano da arma estava quente, Jeon já havia atirado em alguém e pelo jeito ele seria o próximo.
— Como está o garoto?– Perguntou o lúpus.
— Eu o deixei com Taehyung, eles são amigos, logo depois que saiu, o ômega apareceu e quis levar o amigo e eu o ajudei a ir até sua casa. – Namjoon não mentiu, afinal quem mentiria para um alfa lúpus, ainda mais sabendo ser o primeiro da linhagem. – Aliás, o garoto irá trabalhar aqui, começará amanhã.
— Pensei ter ouvido ser um ômega e não um beta?
— Foi o que Tae me disse, Jeon. A linhagem dele não sei informar.
— E onde está Taehyung? Acredito que deveria estar aqui para me servir, não o vi hoje.
— ficou em casa hoje, precisava resolver umas coisas.
— Irei viajar pela manhã, volto em uma semana, preciso buscar pessoalmente um lote especial da nossa farinha, tome conta de tudo, Yoongi estará nas ruas e na empresa se caso precisar.
Jungkook saiu da sala, fazendo Namjoon soltar o ar que ele nem sabia haver prendido, estava com medo, praguejou por pedir a Taehyung que lhe contasse a história do lúpus, agora que sabia medo era seu nome do meio, se antes já o tinha, agora piorou.
Nove horas da manhã marcava o relógio, foi o exato momento que Taehyung virou para o outro lado da cama e abriu os olhos, dando de cara com Jeon Jungkook deitado ao seu lado com a arma na mão.
Um grito foi tudo que o ômega conseguiu dar antes de cair ao chão.
— o que faz aqui? Está doido.
— Sabe Taehyung, descobri que esse cheiro que exala dos lugares onde estou é meu favorito, o medo me deixa fascinado. Cadê meu ômega? O tempo está acabando, você só tem mais uma semana. Tic tac, tic tac. Eu irei viajar hoje e voltarei em uma semana, se você quiser continuar vivo ainda depois que eu voltar, acho melhor ele estar aqui.
Batidas leves foram ouvidas, e Taehyung entrou em desespero, havia esquecido que Jimin estava ali, danou-se.
—-Tae acorde, eu tomei a liberdade de fazer o café antes de ir para casa, venha tomar café comigo?
— Hum! Temos visita. – disse Jeon.
— você não tem que ir viajar, é melhor sair por onde entrou, que eu aposto que foi pela janela, saia por favor.
— Não, antes irei tomar um café.
O alfa lúpus abriu a porta do quarto de Taehyung e saiu em direção a cozinha, já havia vindo ali tantas vezes ameaçar o ômega, que conhecia o caminho.
Jimim estava sentado à mesa, esperando pelo amigo, quando escutou uma voz rouca bem perto ao seu ouvido.
— Bom dia! – Disse Jeon.
Jimin levou um susto e quase caiu da cadeira, sentiu vergonha ao olhar para aquele homem bonito a sua frente, bem-vestido e que exalava poder e dinheiro. Podia jurar que suas bochechas estavam vermelhas, mas o homem era lindo.
— Bom dia. – disse o ômega baixinho, desculpe senhor eu não sabia que Taehyung estava acompanhado, se soubesse não teria batido a porta.
— Não, não Jimin, não é nada disso que está pensando, eu e Jungkook somos quase irmãos, às vezes ele até me bate.
Jimin olhou rapidamente para Jungkook com cara de poucos amigos, saber que aquele homem enorme e lindo, batia em seu amigo não foi nada bom, depois conversaria com Tae sobre isso.
— Já que Taehyung não irá me apresentar, eu sou Jeon Jungkook o chefe dele.
— Oh! Muito prazer, senhor. Eu sou Park Jimin e acredito que será meu chefe também. – disse Jimin, estendendo a mão ao lúpus.
Quando o lúpus pegou na mão do ômega, foi como se uma carga de energia estivesse passando sobre o corpo do alfa, seu coração depois anos batia desesperado, Luther estava eufórico, foi aí que Jimin puxou sua mão, porque se fosse por Jeon, ficaria ali segurando a mão de Jimin para sempre.
— Já não nos conhecemos de algum lugar? Seu nome não me é estranho, – Disse Jeon confuso.
— penso que não, senhor. Pois, Jimin é um nome tão comum.
Jungkook observava Jimin tomar cafe, podia se dizer estar até babando, o modo como ele mexia as mãos pequenas, levava a xícara aos lábios, ou quando mesmo sem saber o que estava fazendo com o lúpus tocava em seus pés por baixo da mesa. Jeon estava indo à loucura, não sabia porque, mas seu pau estava latejando, ver Jimin Mordendo os lábios carnudos e rosados fez mesmo que sem querer o lúpus soltar seu cheiro, o chocolate fresco tomou conta da casa, foi a primeira vez em anos que Taehyung sentiu aquele cheiro novamente. O alfa nunca mais havia soltado aquele cheiro depois que Jimin morreu no século XV.
— Eu preciso ir. – Disse o lúpus, – isso tudo aqui está me deixando louco.
Jungkook saiu correndo porta afora, estava confuso e perdido, não poderia desejar um beta, ele já tinha um ômega, Taehyung estava tramando algo para ele não encontrar seu ômega, devia ter achado algum feitiço poderoso, e queria fazer com que ele esquecesse seu ômega, assim ele se livraria da missão de procurar Jimin. Meu deus como safira foi astuta achou alguém até com o mesmo nome para confundir a cabeça dele. Tudo se resumia a preguiça, ele manteria a promessa e depois de uma semana se Taehyung não achasse seu ômega, ele o mataria sem dó, nem piedade.
Eram exatamente 23:00 hrs, quando Jeon desembarcou nos Estados Unidos, tinha negócios muito importantes, havia uma droga nova circulando pelo mercado e ele queria fazer partes dos negócios e saber que seu laboratório estava produzindo o deixou feliz, sentia o cheiro do dinheiro de longe.
Só não estava mais feliz, porque seus pensamentos estavam em Seul, exatamente na vila mais pobre, em um ser pequeno e cheio de graça, com lábios volumosos que faziam os pensamentos do lúpus irem longe, imaginava Jimin em seus braços fazendo loucuras na cama, Jeon estava de quatro pelo ômega mesmo sem saber.
Hoseok o tirou de seus pensamentos, —vamos Jeon acabamos de chegar, a doutora já deve estar nos esperando.
Saíram do carro e entraram nas dependências dos Jeon's em Paris. A doutora Angeline já estava pronta para explicar todo o processo de produção da nova droga.
Angeline era uma beta muito bonita, aparentava em torno de 40 anos, sempre foi atraída pelo lúpus que todas às vezes que vinha a cidade se encontrava com a mulher para uma noite bem quente. Mas dessa vez ela tinha um plano, queria o lúpus para si e estava disposta a tudo por ele. A mulher o convidou para um jantar e ele como bom cavalheiro que era não recusou. A noite foi bem divertida entre os dois, pela manhã a mulher estava morta deitada na cama do lúpus e ele alisava seus cabelos sorrindo.
Hoseok entrou no quarto, ao ser chamado pelo lúpus.
— sabe Hoseok? Às vezes as pessoas me subestimam, pensam que eu sou burro, que não percebo quando tramam contra mim, ela achou mesmo que eu iria me apaixonar por ela. Ainda sabendo que ela estava tentando me roubar, vendendo a minha droga e ficando com meu dinheiro. Vagabunda inútil.
— o que faremos com ela?
— Jogue em qualquer vala por aí, não me importo, só suma com ela daqui. Partiremos ao meio-dia, vamos à Califórnia preciso resolver algo antes de voltar e avise Namjoon que voltarei mais cedo. Também cuide para que a nossa droga seja bem embalada e levada a Seul.
Jungkook colocou seu melhor terno e sentou na poltrona fumando um cigarro e novamente seus pensamentos foram até Jimin, o ômega havia alugado um espaço enorme em sua cabeça, de cada dez coisas que pensava, nove eram o ômega, se perguntava o que ele estaria fazendo naquele exato momento.
O alfa lúpus estava confuso, Jeon jungkook estava confuso. Jeon se viu em um dilema o que aconteceria se ele estivesse se apaixonando por Jimin e o ômega de Luther aparecesse, certamente os dois travariam uma batalha um contra o outro, o duro era saber quem sairia vivo caso não entrassem em um acordo.
🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰😘😘😘😘
Obrigado por votarem....