Leah 2

By JaneViesseli

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"O mais novo alfa dos filhos da Lua estava ali em seus braços, meio quileute e meio cherokee, meio metamorfo... More

Uma Vida Normal
Devia Ser Como Qualquer Outro Dia - Parte I
Devia Ser Como Qualquer Outro Dia - Parte II
Genes Quileutes
Lua Cheia e os Genes de um Monstro
A Família Desunida
Não Mereço ser Seu Filho
A Garota Perfeita
Coisas de Mestiço
Terminando o Namoro
Conquistando-a - Parte I
Conquistando-a - Parte II
Visita a La Push
Compromisso
Mais Poderoso do que Esperávamos!
Família Noolan
Minha Doce Porcelana
Segredo Revelado
Eu te Odeio, Harry Clearwater
Muito Mais que Rejeição
Bom ou Mau Dia?
Sonhos que Desmoronam
É Difícil Perdoar!
Atitudes Impensadas, Consequências Brutais
Lua Cheia
Não Consigo Ficar Longe de Você
O Retorno de Jacob
Ataque de Carlos Noolan - Parte I
Ataque de Carlos Noolan - Parte II
Quero Ser como Você
As Coisas Estranhas Nunca Acabam...
O Veneno Lupino
Não Topem com Vampiros
Mais Um Membro na Família... Ou Seriam Dois?
Acidente
Verdade Seja Dita
Transformação Completada
O Fim é Apenas o Começo

Mordida Letal

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By JaneViesseli

― Lucian!!! – chama ela, aproximando-se rapidamente e vendo duas perfurações no ombro do cherokee, pois ele havia sido mordido.

Harry também se aproxima do círculo e se assusta com o que vê. Lucian se debatia ao chão enquanto seu corpo contraia-se para trás, rosnados doloridos escapavam por entre os dentes, o movimento de seus pés já formavam sulcos no chão, o branco de seus olhos começava a assumir uma coloração rósea e suas mãos agarravam a terra com força, tentando conter o ardor que sentia percorrer suas veias já saltadas.

― Foi o vampiro, Leah – explica Quil. – Nós conseguimos pegá-lo, mas já era tarde!

Hana, que também ouvira o uivo de Seth, corre em direção ao grupo e se desespera ao ver as marcas da mordida no ombro do irmão.

― Como isso aconteceu? Estavam todos avisados sobre o vampiro, por que ele veio para cá?

― Fui eu, mas... Eu não... – gagueja Harry.

― O que você fez Harry!!! – grita ela, não conseguindo mais controlar sua histeria. – Lucian não é perfeito como nós, seu olfato e audição apurados não existem mais... Você o mandou para cá e o condenou à morte!

O espanto com aquelas acusações toma conta de Harry, enquanto olhares condenatórios e rosnados lhe eram lançados por todos os lados, fazendo-o se sentir verdadeiramente culpado e um peso crescer sobre seus ombros. Somente Leah não lhe dirigia palavra ou olhar nenhum, preferindo cuidar primeiro de Lucian.

― Hana, o que faremos? – pergunta em aflição.

― O veneno de um vampiro é letal contra lobisomens e vice-versa... Nunca presenciei uma situação como essa, não sei o que fazer. Talvez eu possa injetar o veneno lupino novamente, pode ser que ele funcione como um contraveneno, mas não sei se funcionará – despeja rapidamente, aflita com toda a situação. – É a única coisa em que consigo pensar no momento.

― Faça isso – rosna Lucian, em meio a sua dor.

O cherokee ergue a mão suja de terra para Leah, que a segura rapidamente. Harry tenta oferecer ajuda, mas os olhares acusatórios do bando quileute o fizeram recuar, enquanto Hana iniciava o processo de envenenamento, salientando seus caninos e mordendo o ombro do irmão, bem ao lado da primeira mordida.

― Mais! – pede Lucian, fazendo a irmã obedecê-lo prontamente.

Hana distribui uma série de mordidas pelo corpo do irmão: braços e pescoço primeiro, seguido das pernas e por último o tórax, para impedir o veneno do vampiro de chegar ao coração. A cherokee se afasta do irmão em prantos e levando a mão a boca para limpar o sangue que manchava seus dentes. Ninguém sabia se daria certo e tudo o que podiam fazer, era esperar para vê-lo se curar ou definhar até a morte.

Lucian percorre os olhos estalados pelo ambiente a procura de alguém e, quando finalmente encontra o garoto assustado e excluído, lhe estende a mão livre... Harry sente algo apertar-lhe o peito e se aproxima rapidamente, mas, antes que pudesse alcançá-lo, o cherokee cai na inconsciência, deixando o braço tombar ao lado do corpo.

― Não, pai! – grita Harry, sendo rapidamente segurado por Quil.

Leah deita a cabeça no peito de Lucian rapidamente e suspira aliviada por ouvir seu coração bater, mesmo que num ritmo mais brando.

― Ele está vivo ainda, talvez esteja funcionando. Vamos levá-lo para casa!

― Paul, Seth e Embry, vasculhem a área – ordena Sam. – Temos que saber se o vampiro estava acompanhado.

Os três lobos assentem com suas enormes cabeças e partem rapidamente, enquanto os demais retornavam a forma humana e carregavam o corpo inconsciente de Lucian. Harry tenta ajudá-los, porém, é logo repelido por comentários como "você já fez o suficiente por hoje, garoto". Ele pensa em segui-los, mas também desiste dessa ideia, ouvindo uma risada debochada logo em seguida:

― Parabéns, garotinho especial. – Aplaude de maneira forçada.

― Me deixe em paz, Nicolas. – Faz menção de sair, mas o Uley bloqueia seu caminho. – O que você quer de mim? – pergunta derrotado.

― Curtir o momento... Você sabe, é a primeira vez que o vejo fazer uma grande besteira. Você é sempre tão queridinho e tão elogiado... – Pensa. – Não perderia sua cara de derrota por nada neste mundo!

― Já viu o que queria? Sente-se feliz agora?

― Sim, muito feliz! – Ri debochadamente. – E não se preocupe, eu gosto do seu pai... Vou torcer para que ele sobreviva, quem sabe assim você não ganha uma surra quando ele acordar.

Nicolas corre em direção à casa dos Clearwater, sem esperar qualquer tipo de resposta, deixando Harry para trás, já que ele preferia permanecer longe o máximo de tempo que pudesse.

Horas depois, quando ele retornou para casa, ainda haviam alguns quileutes ali, provavelmente em busca de notícias. Harry corre diretamente para o quarto, fechando a porta e fugindo dos olhares acusadores que alguns deles lhe lançavam. Lucian era muito conhecido e querido, e não era a toa que a maioria dos quileutes o estivesse detestando naquele momento tão denso.

Sentado no canto do quarto de maneira insegura, Harry não sabia ao certo o que aconteceria a seguir. E se ele morresse? Será que o expulsariam de La Push? E sua mãe, será que o odiaria?

Uma batida na porta o retirou de seus devaneios e, quando Leah adentra o quarto, ele se encolhe ainda mais, assustado e com medo de que o pai morresse por sua causa.

― Eu não queria isso, mãe, me desculpe! Eu não queria, não sabia que ele era assim... – lamenta-se, não conseguindo conter as lágrimas, que desciam como uma cascata.

Leah corre em direção ao filho, sentando-se ao seu lado e puxando-o para o seu colo. Ela acaricia seus cabelos de maneira afetuosa, até que seu choro cessasse.

― Quando você nasceu, seu pai foi o primeiro a vê-lo além de Carlisle e Esme – começa Leah, prendendo a atenção dele. – Ele o viu antes mesmo de mim... O pegou de forma tão desajeitada que quase me fez rir e ficou hipnotizado com o que viu. – Respira fundo. – Lucian o considerou o ser mais precioso e incrível da face da terra, passou noites a observá-lo dormir e riu de todos os novos movimentos que você aprendeu. Quase morreu de felicidade quando disse sua primeira palavra e de novo quando começou a caminhar, ele estava lá em todos os momentos, sempre a te achar o mais incrível e precioso!

Lágrimas silenciosas começam a brotar dos olhos de Harry, diante daquelas informações que, até então, desconhecia. Seu pai sempre o tratara com zelo e, em retribuição, ele agia como um completo idiota. Aquela história só o fazia se sentir ainda pior...

― O dia em que lhe contamos sobre lobisomens – continua Leah –, você ficou tão entusiasmado que pediu para vê-lo transformado. Quando seu pai se colocou a sua frente, com sua fera imensa e negra, seus olhos brilharam de deslumbramento. – Pausa. – E então você pronunciou as palavras que mudaram a vida dele com relação a você...

― E quais eram? – pergunta com voz embargada.

― "Pai, eu quero ser igual a você quando crescer" – repete Leah. – Ele ficou feliz, mas, ao mesmo tempo, triste, pois não era tão perfeito como você o enxergava. E, a partir daí, Lucian nunca encontrou uma maneira de lhe contar sobre sua deficiência, sem que você se decepcionasse.

― Como ele ficou desse jeito?

― É uma longa história, Harry. Nossa história juntos é muito comprida e complexa. Nunca contamos a você em detalhes e peço desculpas por isso...

― E o que acontecerá agora?

― Não sei. – Suspira. – Temos de esperar e torcer para que a teoria de Hana funcione.

― Mãe. – Se levanta do colo maternal para encará-la. – Não quero que ele morra! – Chora novamente. – Eu estava bravo, mas era só isso, nunca desejei de verdade que ele morresse... E se não der certo, mãe? E se o veneno o matar mesmo assim? Estou desesperado, é tudo minha culpa.

― Acalme-se! – O abraça. – Tudo vai ficar bem!

Leah não sabia se iria ficar tudo bem e a hipótese de morte lhe apertava o peito tão forte, que lhe dava falta de ar. Ela não podia isentar o filho daquela situação, afinal, ele fora mesmo o maior causador daquele acontecimento, mas também não queria deixá-lo ainda pior e tudo o que pôde fazer por ele, foi dispensar os "olhares acusadores" de sua casa e niná-lo até que caísse no sono.

O fatídico dia finalmente termina! Harry dormira profundamente por algumas horas, acordando durante madrugada devido ao terrível pesadelo que tivera. Ele caminha silenciosamente pela casa e adentra o quarto dos pais sem ser notado, querendo verificar com seus próprios olhos se Lucian ainda respirava e se o seu coração realmente batia.

― Está vivo – pensa aliviado.

O garoto se afasta silenciosamente, ou, pelo menos, o que ele pensava ser um modo furtivo, pois a loba notara sua presença e se alegrara em saber que estava preocupado com o pai.

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NOTA DA AUTORA ! Esta é mais uma história envolvente, apaixonante, instigante e empolgante da nossa loba preferida. A Leah também é bem poderosa nes...