Found family • Daryl Dixon

By Daryl_fic

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A chegada de Daryl Dixon à França desencadeia uma violenta cadeia de eventos que inadvertidamente coloca em p... More

●)♡𝗣𝗿𝗼𝗹𝗼𝗴𝘂𝗲
●)♡𝗚𝗮𝗹𝗹𝗲𝗿𝘆||☆
●)♡ [𝟬 - 𝗦𝗵𝗼𝗿𝘁 𝗦𝘁𝗮𝗿𝘁]
●)♡ [𝟮 - 𝗧𝗵𝗲 𝘀𝗮𝘃𝗶𝗼𝗿]
●)♡[𝟯 - 𝗙𝗿𝗶𝗲𝗻𝗱𝘀? 𝗔𝗻𝗱 𝘂𝗻𝗸𝗻𝗼𝘄𝗻]
●)♡[𝟰 - 𝗧𝗵𝗲 𝗺𝗲𝘀𝘀𝗲𝗻𝗴𝗲𝗿𝘀]
●)♡ [𝟱 - 𝗦𝗲𝗰𝗿𝗲𝘁𝘀 𝗸𝗶𝗹𝗹]
●)♡ [𝟲 - 𝗙𝗼𝗿𝗲𝘀𝘁]
●)♡ [𝟳 - 𝗙𝗹𝗮𝘀𝗵𝗯𝗮𝗰𝗸]
●)♡ [𝟴 - 𝗙𝗹𝗮𝘀𝗵𝗯𝗮𝗰𝗸 𝗽𝘁.𝟮]
●)♡ [𝟵 - 𝗙𝗮𝘁𝗵𝗲𝗿 𝗗𝗮𝗿𝘆𝗹]
●)♡ [𝟭𝟬 - 𝗙𝗲𝗲𝗹𝗶𝗻𝗴𝘀]
●)♡ [𝟭𝟭 - 𝗡𝗶𝗴𝗵𝘁𝗺𝗮𝗿𝗲]
●)♡ [𝟭𝟮 - 𝗽𝗲𝗿𝘃𝗲𝗿𝘁𝗲𝗱 𝗵𝗮𝗻𝗱]
●)♡ [𝟭𝟯 - 𝗖𝗿𝘆]
●)♡ [𝟭𝟰 - 𝗧𝗲𝗮𝗺]
●)♡ [𝟭𝟱 - 𝗙𝗼𝘂𝗻𝗱 𝗙𝗮𝗺𝗶𝗹𝘆]
●)♡ [𝟭𝟲 - 𝗗𝗲𝗮𝘁𝗵 𝗮𝗻𝗱 𝗕𝗶𝗿𝘁𝗵]
●)♡ [𝟭𝟳 - 𝗙𝗿𝗲𝗮𝗸 𝘀𝗵𝗼𝘄]
●)♡ [𝟭𝟴 - 𝗣𝗮𝗿𝗶𝘀 𝗦𝗲𝗿𝗮 𝗧𝗼𝘂𝗷𝗼𝘂𝗿𝘀 𝗣𝗮𝗿𝗶𝘀]
●)♡ [𝟭𝟵 - 𝗧𝗿𝘂𝗲 𝗳𝗲𝗲𝗹𝗶𝗻𝗴𝘀]
●♡ [𝟮𝟬 - 𝗪𝗵𝗲𝗿𝗲 𝗶𝘁 𝗮𝗹𝗹 𝗯𝗲𝗴𝗮𝗻]
●)♡ [𝟮𝟭 - 𝗜 𝗱𝗼𝗻'𝘁 𝗻𝗲𝗲𝗱 𝗮 𝗵𝗲𝗿𝗼]
● )♡ [𝟮𝟮 - 𝗧𝗼𝗿𝗿𝗲 𝗘𝗶𝗳𝗳𝗲𝗹]
●)♡ [𝟮𝟯 - 𝗧𝘄𝗼 𝗹𝗼𝘃𝗲𝘀]
●)♡ [ 𝟮𝟰 - 𝗛𝘂𝗻𝘁]
●)♡ [𝟮𝟱 - 𝗟𝗼𝗻𝗴𝗶𝗻𝗴]
●)♡ [ 𝟮𝟲 - 𝗞𝗶𝘀𝘀]
● )♡ [ 𝟮𝟳 - 𝗗𝗶𝘀𝗮𝗴𝗿𝗲𝗲𝗺𝗲𝗻𝘁]
●) ♡ [ 𝟮𝟴 - 𝗔 𝗰𝗲𝗿𝘁𝗮𝗶𝗻 𝗱𝗲𝘀𝘁𝗶𝗻𝗮𝘁𝗶𝗼𝗻]
●)♡ [𝟮𝟵 - 𝗦𝘂𝗿𝗿𝗲𝗻𝗱𝗲𝗿]
●)♡ [𝟯𝟬 - 𝗔𝗿𝗲𝗻𝗮]
●) ♡ [𝟯𝟭 - 𝗡𝗼 𝘄𝗮𝘆 𝗼𝘂𝘁]
●)♡ [𝟯𝟮 - 𝗥𝗲𝘀𝗰𝘂𝗲]
●)♡ [𝟯𝟰 - 𝗡𝗶𝗻𝗵𝗼]
●)♡ [𝟯𝟱 - 𝗟𝗼𝘃𝗲]
●)♡ [𝟯𝟲 - 𝗖𝗼𝗺𝗶𝗻𝗴 𝗵𝗼𝗺𝗲]
●) ♡ [𝗘𝗻𝗱 𝗼𝗳 𝘁𝗵𝗲 𝗳𝗶𝗿𝘀𝘁 𝗮𝗰𝘁]

●)♡ [𝟭 - 𝗧𝗼𝗴𝗲𝘁𝗵𝗲𝗿]

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By Daryl_fic

*•••[1 - Juntos]•••*

"Você também merece um final feliz"

Como Judith Grimes afirmou, todos merecem um final feliz e, Daryl Dixon, não era uma exceção.

Seguindo seu propósito de vida e sua convicção, o Homem partiu em direção a novos rumos, lugares. Seu coração apontando para seu irmão. Sua mente focada em buscar e trazer de volta para casa Rick Grimes.

Ele havia perdido tanto, mas não sua esperança.

Ía calçar suas botas, seu colete, levar sua besta e sua determinação. O Dixon Ía conseguir o encontrar. Se não conseguisse, pelo menos queria dizer para todos que tentou o seu melhor.

Saí em busca de algo, e tudo que encontrei foi problemas. Se eu não conseguir voltar, quero que eles saibam que eu tentei. — O Dixon falou, gravando sua voz num gravador que tinha encontrado. Esperou um pouco, pensando no que tinha dito, deixando sua razão vir ao de cima. Não ía desistir. — Droga, ainda estou tentando.

~~~♡♡~~~

Em seguida, ele caminhou por mais alguns dias. Dessa maneira acabando por achar um mercado.

Daryl parou e seguiu para dentro do local, antes de entrar, acabou lendo uma placa grafitada, destacada em vermelho e avisando: "Atenção. Famintos aqui dentro."

O Dixon se deslocou para dentro, mais fundo ainda, prestando atenção ao redor. Não conseguiu ver nenhuma ameaça de mortos, mas manteve sua visão aguçada. Procurou por algum tipo de comida, qualquer uma que fosse. A fome era tanta em seu estômago, que parecia que estava comendo a si próprio com o passar dos dias e das horas. Seu corpo autodestruindo em busca de alimentos.

Latas vazias escorregavam por entre seus dedos, batendo com força no chão. O impacto soando por todo o mercado sombrio e quieto. Tão quieto que chegava a arrepiar todo o corpo, um silêncio absurdo que não acalmava ninguém. Só trazia ansiedade pelas coisas escondidas.

O Dixon seguiu na direção de alguns barris, quando recuou bruscamente com o farfalhar de um Zumbi e a queda dos utensílios ao redor.

Rapidamente segurou com mais firmeza a lança em sua mão direita e se afastou alguns passos, olhando ao redor, vendo que estava ficando encurralado. Ele puxou seus pés para uma zona mais aberta, onde pudesse se mover com mais facilidade.

Virando para a esquerda, ele fincou a ponta da lança no crânio do morto-vivo, logo puxando a arma para trás quando o matou. De seguida, rodou seus calcanhares e acertou na cabeça de outro morto, fazendo-o espirrar algo ácido, o derrubando para o chão com facilidade. Teve tempo de ver o líquido fervendo no chão, mas não poderia se questionar daquilo.

O Dixon aumentou seu passo para outro corredor do mercado e acabou com mais um Zumbi, derrubando algumas caixas e latas pelo processo.

Ele respirou fundo, pronto para acabar com mais alguns mortos-vivos quando um grito cativou sua atenção. De longe, viu uma criança loira, tentando se afastar de ser pega por um dos mortos. O desespero em seu rosto era visível, enquanto não conseguia alcançar sua faca para se salvar e rodava seu corpo entre algumas caixas. Firmando a lança entre seus dedos, Daryl correu o mais rápido possível e agarrou no braço da garota, trocando de posição com a mesma e acertando no meio do rosto do Zumbi.

Mas seu olhar rapidamente ficou rígido e seu aperto na lança mais forte quando tentou acabar com o morto que não estava morrendo. Mais uma variante. E estava dando trabalho.

Soltando a garota por momentos, ele colocou seu braço esquerdo para o ajudar. Logo tendo a surpresa, junto de azar, quando a mão do infectado agarrou em sua pele.

"— Merda.", xingou mentalmente, reprimindo os sons de dor que queriam escapar de seus lábios e elevou sua força, conseguindo finalizar aquela variante após duros minutos.

Uma vez já tendo terminado tudo. O silêncio voltou ao lugar. Daryl deixou a lança pousada sobre umas placas de madeira e se sentou no chão, segurando seu braço esquerdo, verificando a queimadura em sua pele.

Alguns minutos depois, após cessar seus murmúrios de dor e pequenos xingamentos, levantou o olhar para ver a garota afastada. Demasiada afastada. Mas mesmo assim com seu olhar sobre Daryl e a ferida do mesmo.

— Pode se aproximar. — Disse enquanto baixava seu olhar para ver seu ferimento mais uma vez. Mas acabou notando que ela não se moveu. — Não vou te machucar. — Suspirando, tentando suavizar sua voz para falar com ela. — Eu prometo.

Mas não adiantou.

Ficou observando-o. Seus pequenos olhos transbordando curiosidade, mas também medo. Havia algo na garota que começava a incomodar o Dixon. Ela não o queria ouvir, ou não parecia ouvir. Cada palavra que saiu da boca do Homem, pairavam pelo ar silencioso, não entrando nela. Daryl suspirou, mas não pode deixar de a abordar de outra maneira.

Afinal... era só uma criança.

Ignorando a ardência em seu braço. A dor que o consumia por minutos, como se a queimadura estivesse comendo sua pele, ele encurtou a distância entre ambos em passos curtos. "— Está tudo bem.", era as únicas palavras que abandonavam sua boca para tentar não a assustar.

Não entendendo o que ele dizia. Não por não falar Inglês, mas sim por usar aparelho auditivo e, o mesmo, estar em suas baterias finais, ela acabou por retroceder alguns passos. Posteriormente, parou quando Daryl se ajeolhou na sua frente.

— Calma. — Ele suspirou quando seu polegar limpou uma sujeira no rosto dela. — Viu? Não te machuquei. Agora me responda.. você está bem?

Daryl se manteve à espera. Deixando sua mão direita descansar em um de seus joelhos. Seu braço esquerdo para baixo, parado ao lado de seu corpo.

— Você está bem? — Ele voltou a repetir, quando não obteve resposta. O que começava a tirar sua paciência era o silêncio. — Você está...

Suas palavras repetidas prenderam em sua garganta. Seu olhar se focou no rosto dela, vendo finalmente e pela primeira vez, o aparilho auditivo que ela usava.

Aquilo explicou tudo.

Ele se sentiu idiota por dentro. Percebendo que estava falando para o nada durante aqueles sete minutos. Ela não estava ouvindo e ele apenas falando e falando. Uma curta, nervosa e genuína risada escapou de seus lábios enquanto se levantava.

Um gesto vale mais que mil palavras. Provavelmente Daryl já tinha ouvido falar sobre isso, mas agora tinha absoluta certeza que era verdade. Pois assim poderia desvendar gestos de tédio, medo, alegria e alguns sinais de abertura. Era adequada para a situação à sua frente. Com apenas alguns gestos, o Homem aumentou seu novo começo de relação com a mais nova. Com a garotinha na frente de seus olhos.

— Meu nome é Daryl Dixon. — Simplificou, em libras, esperando por uma reação dela.

Quando o viu falar em libras, ela arregalou seu olhar em surpresa. Logo mudando para conforto e abertura.

Camille Gauthier. — Se apresentou, também na sinalizando como ele, apenas mudando alguns gestos para soletrar seu nome. De sua voz saindo uma baixa e doce voz em Francês.— Porque começou a falar em libras?

Daryl apenas engatou sua respiração, levantando uma sobrancelha.

— Eu não entendo. — O Homem voltou a sinalizar, sabendo que ela ia entender a conversa em libras, já que ele não estava entendendo o Francês da garota. — Sou Americano.

— Você é Americano!?

Camille deixou escapar um grito de surpresa. Um entusiasmo correndo por suas veias enquanto deixava transparecer um sorriso em sua boca, pela primeira vez naquele momento.

Sempre sonhou em conhecer alguém que não fosse Francês. E ali estava ela. Durante um Apocalipse e com um novo Homem, que era Americano.

Seu sonho se realizando.

— Sim. Eu sou. — Ele confirmou, mas logo se surpreendeu quando finalmente assimilou que Camille tinha feito a pergunta em inglês.

— Eu falo inglês. — Revelou a Gauthier, pressumindo que ele queria saber isso, devido à expressão confusa em seu rosto.

O Dixon suavizou seu rosto ao ouvir seu idioma. Pelo menos era melhor assim.

— Uma garota esperta. Isso é o que você é.

Um elogio. Foi só isso que Daryl fez.

Assim que entendeu cada gesto que ele fez, cada palavra transmitida em suas mãos e movimentos, ela ficou sem reação. Não estava habituada a receber elogios. Seus pensamentos foram para longe dalí. Imaginando o rosto de seu pai no lugar de Daryl. Numa situação daquelas, seu pai apenas a mandaria ir treinar, sem ver como conseguia colocar seu inglês em prática.

Queria um melhor pai. Pai de verdade. Uma dor angustiante em seu peito ao ver que Daryl a fazia sentir como se fosse filha de alguém.

Camille só colocou as mãos em seus bolsos, dando um sorriso acanhado, mantendo seu olhar sobre o Dixon.

— Porque começou a falar em libras? — Voltou a repetir, mas falando em Inglês dessa vez.

— Por isso aqui. — Respondeu gestualmente e de imediato, afastando o cabelo dela para o lado, tocando no aparelho da pequena.

Camille deixou suas bochechas se encherem de vergonha com sua pergunta idiota. Claro que o Dixon tinha visto o aparelho. Ainda por cima sendo um objeto visível a olho.

A Gauthier abriu um sorriso sem graça.

— Ah.. — Começou por gestualizar, mas suas mãos pararam por momentos, não sabendo que dizer. Mas depois soltou uma risada abafada, voltando a conversar enquanto ele respondia em libras. — Ficou sem bateria à duas, ou quatro horas. Nem sei bem.

"—Sem bateria?", Daryl pensou para si mesmo, erguendo uma sobrancelha quando ouviu um pequeno barulho constante. Um som agudo. Como se fosse um apito, constantemente soando e vindo da direção de Camille.

Achou estranho, então decidiu verificar.

Talvez fosse a garota que estivesse errada. Talvez um pouco burra pois o aparelho parecia funcionar, só estava na posição errada. Toda a situação só arrancou a carranca de Daryl, deixando transparecer um sorriso divertido com a ação atrapalhada da menina.

— Deixa eu...

Seguidamente, após alguns movimentos ali e outro movimentos no outro ouvido, ele acabou por ajeitar o aparelho da criança, fazendo-a ouvir.

Se ajustando novamente aos sons do ambiente, Camille deu um sorriso. Voltou a capturar o som do vento batendo nas folhas das árvores do exterior, o som da voz de Daryl e até mesmo de algumas latas que foram chutadas quando deu alguns passos.

Ela aumentou seu pequeno sorriso, olhando para o Dixon.

— Camille. — Ele falou, deixando a garota ouvir seu tom de voz pela primeira vez. — Seu aparelho só estava numa posição errada.

— Obrigada! — A Gauthier agradeceu em contentamento. — Muito Obrigada!

— Não precisa me agradecer.

Mesmo falando que não precisava, ela voltou a agradecer e ficou no seu lugar, deixando de ver que Daryl voltou a se sentar. Porém, no minuto a seguir, ficou preocupada quando baixou o olhar e viu a queimadura no braço dele.

Ainda o incomodava.

Começou a vasculhar sua mochila e encontrou alguns curativos, não hesitando em sentar ao lado de Daryl.

— Me deixe ajudar. Você se machucou por minha causa. — Murmurou em angústia. O Dixon tentou protestar mas Camille o interrompeu. — Está tudo bem em receber ajuda.

Aquilo ficou na mente dele. Permanecendo grudado em seus pensamentos.

Não voltou a abrir a boca, mas levou sua mão direita para ajudar a garota no procedimento. Era teimoso. Teimoso o suficiente para querer cuidar de si mesmo sozinho e sem receber nenhuma ajuda. Mas recebeu um tapa na sua mão, o fazendo parar na hora, incrédulo.

Camille o olhou nos olhos, bufando ao ver a teimosia do mais velho. Estava quase começando a reclamar com ele, quando viu o Americano parar suas tentativas de ajudar.

Camille respirou fundo, voltando a tratar daquilo. Suas mãos trabalhando cuidadosamente no enfaixamento da ferida dele e, tendo como resultado, a surpresa no olhar de Daryl. Ele estudava a garota, vendo uma criança inteligente e habilidosa para a sua idade.

Após curtos minutos, ela terminou o trabalho e largou o braço do Dixon, guardando o material que sobrou.

Daryl acenou com a cabeça em agradecimento e se levantou. Ainda permanecia uma pequena dor quando se movia em alguns momentos, afinal a queimadura não passava de um momento para o outro. Mas, definitivamente, sabia que o gesto de Camille tinha ajudado e muito.

Rapidamente voltou para o lado de fora, voltando a caminhar, fazendo um sinal para Camille ir com ele. A garota encheu seu rosto de alívio por não ficar sozinha e o seguiu.

Daryl não sabia o que fazer com aquela criança. Podia a deixar, por que ela só seria um cargo e podia atrapalhar na sua volta, mas ele também pensou que se fosse a Judith nessa situação ele gostaria que alguém a protegesse e não deixasse ela sozinha. Mas Daryl nunca ia deixar uma criança sozinha. Não importava se ele tivesse na América ou não.

~~~♡♡~~~

Andando por uma rua isolada de França. Apenas com uns carros abandonados e sem funcionar, Camille e Daryl seguiam lado a lado, mantendo poucas conversas.

Sempre que a Gauthier falava um pouco mais, o Dixon perdia seu raciocínio e onde estava, quase sempre pedindo para ela fazer silêncio.

Não entendendo que, alguma das vezes, deixava a garota triste e cabisbaixa.

Por mais alguns instantes continuaram a caminhar, até seus olhos captaram um carro parado na beira da estrada. Um pouco longe deles, mas nada que os impedisse de ir até lá e verificar se tinha algo de reutilizável. Seguindo o caminho, a voz dela foi ouvida por Daryl, fazendo-o olhar para a garota.

— Daryl. — Ela voltou a repetir, enquanto buscava um tópico de conversa para deixar de lado o silêncio.

Não recebendo informação importante, o olhar do Dixon voltou para o veículo, que estava mais perto.

— Hum.

— Você sabia que Velociraptor era um dromeossaurídeo de médio porte?. — Questionou a Gauthier. Sua voz soando em alegria e entusiasmo. Seus olhos com um brilho enquanto movia suas mãos ao explicar para o mais velho. — Com adultos medindo até 2 m de comprimento, 0,6 m de altura no quadril, e pesando até 15 kg.

— Sim. — Daryl respondeu para Camille, só a incentivando a falar mais. — Claro.

O Homem estava realmente ouvindo, mas não estava dando muita atenção. Tudo piorou quando alcançaram o carro, onde Daryl debruçou seu corpo por cada porta, inspecionando cada canto do veículo em pedaços.

Camille parou junto com ele, mas não verificando. Não estava ajudando. Cruzou seus braços, deixando um sorriso confiante em seu rosto e sua mão direita levemente com o dedo indicador inclinado para cima. Disparando ainda várias palavras sobre o dinossauro.

Remexendo nas coisas velhas do interior, Daryl abaixou sua cabeça e suspirou.

O Dixon virou seu rosto na direção da pequena e a encarou com um olhar confuso e sem paciência. Não entendia e não sabia como uma garotinha de apenas 11 anos, — De acordo com o que Camille lhe tinha contado depois de sairem do mercado —, conseguia saber sobre tantos assuntos em um mundo assim.

Um mundo dos mortos.

Você fala demais. — Daryl cortou as palavras da mais nova, saindo em aborrecimento da beira do veículo e parando na frente dela.

Camille parou de falar no momento que as palavras do Dixon acertaram em seu coração de forma dolorosa. Se manteve em silêncio, observando o chão abaixo deles. Juntou suas mãos, movendo seus dedos.

Acabou lembrando de seu passado. Nao muito antigo, na verdade. Um passado recente e torturante. Chegava a fazer a garota suplicar por querer ter outra vida. Outra família.

Voltou a olhar na direção de Daryl, por segundos vendo um semblante de seu pai. Não por um lado bom. Infelizmente, recordou de todas às vezes que falava sobre alguns assuntos, onde seu pai mandava ela cala a boca. Segundo o mesmo, ela falava demais e aquilo irritava ele.

— Fiquei entusiasmada. — Comentou Camille, abrindo o seu melhor sorriso. Mesmo escondendo algumas lágrimas em seus olhos.

Daryl respirou fundo, arrumando a lança em sua mão direita.

— Vamos. — Disse o Homem. — Temos de encontrar um lugar para passar a noite.

Daryl olhou para ela uma última vez. Antes de, no minuto a seguir, olhar na direção de um dos montes por ali perto. Seu olhar subindo para ver duas mulheres. Seguindo o olhar dele, Camille observou o mesmo que Daryl, notando a presença das duas mulheres.

As mulheres não se moviam.

— É o mesmo homem que vi naquele dia. Saindo do mar. — Alexia, a mulher morena falou, olhando diretamente para o Dixon.

— Tem certeza? — Isabelle perguntou e, diferente de sua amiga, a loira estava olhando para Alexia.

— Sim. — Respondeu sem hesitar, mas franziu seu cenho. Ela não acahava estranho o rosto de Camille, mas deixou essa sensação de lado. — Mas ele não estava com a criança. — Concluiu.

Era estranho. E estranho foi a sensação de medo que cresceu no peito da Gauthier.

Daryl permaneceu imóvel. Sem rosto sem medo ou preocupação. Pelo menos não por ele. Mas, assim que seu olhar recaiu sob Camille, ele suspirou, tocando com cuidado no ombro da garota.

— Vem, vamos.

Camille não se moveu, seu olhar sobre as mulheres.

— Mas, e se elas nos atacarem?

— Elas não vão chegar perto.

A Gauthier olhou para o Dixon em resposta, dando um passo para ele. Se mantendo numa zona que ele conseguia proteger se algo acontecesse.

Reparando na ação dela, o Homem lhe deu um pequeno empurrão para ela andar na sua frente. Quando o fez, Daryl não saiu do seu lugar, sabendo que Camille estava com medo do que poderia acontecer.

— Vamos continuar e achar um lugar para passar a noite. — Voltou a repetir, apenas com finalidade de trazer alguma calma para a garota. — Camille, elas não vão chegar até nós. Eu prometo. Vamos ficar bem. Vamos ficar em segurança.

A Gauthier ficou em silêncio e observando a estrada que percorriam em passos normais. Nem muito lentos e nem muito rápidos. Ela soltou um suspiro e confiou nas palavras do Homem.

Com o mínimo de barulho possível, a dupla andou somente poucos passos, até voltarem a parar quando avistaram uma placa com umas palavras em Francês. Pegando seu dicionário francês para traduzir, Daryl vasculhou as páginas com uma expressão confusa.

Estava xingando baixinho por não encontrar as palavras e o seu significado quando Camille percebeu o que ele olhava.

Leu a placa, falando antes do Dixon conseguir.

"Deus te ama". — Falou Camille, carregando um sorriso e contendo sua risada ao ver a luta de Daryl para encontrar as palavras.

O Dixon fechou seu livro, olhando para ela.

— É o que tá escrito aí? — Perguntou o Dixon.

A Gauthier manteve seu sorriso, balançando sua cabeça positivamente.

— Sim. — Disse sinceramente, mas ainda rindo um pouco.

Daryl deixou escapar uma risada seca após entender o significado da placa. Depois levantou uma sobrancelha ao ver as bochechas de Camille ficarem vermelhas ao segurar a risada.

— Você está rindo de mim? — Falou enquanto tentava manter sua voz irritada, mesmo não estando. Seus dedos subiram para o rosto dela, beliscando a bochecha direita dela, deixando-a mais vermelha. — Tá parecendo um tomate.

— Você acha?

— Se eu acho? Camille, se você ficar mais vermelha, eu deixo de ver cada parte em seu rosto.

A Gauthier saiu do alcance da mão dele, não segurando mais sua risada. Seu ar faltando enquanto sua barriga doía após gargalhar e gargalhar.

Daryl observou-a com atenção, mas respirando fundo quando a via rir sem parar.

Balançou a cabeça ao saber que ela continuava rindo dele. De ele não saber e não conseguir encontrar as palavras em Francês no seu caderno. Não podia fazer nada. De seus lábios saiu um grunhido baixo, seguido de uma curta risada nasal enquanto usava a palma de sua mão no ombro dela para a obrigar a andar.

— Tá bom, precisa se controlar ou vai atrair todos os mortos.

Com um sorriso no rosto, Camille continuou andando, deixando sua risada abafar com os minutos.

— É melhor assim. — Disse o Homem ao sentir o silêncio após ela parar de rir da sua cara.

Juntos voltaram a caminhar, seguindo a estrada mais próxima.


˜"*°•.˜"*°• ●•●•●•●•●•● •°*"˜.•°*"˜

)♡ Tudo bem com vocês?

)♡ Camille e Daryl prometem entregar tudo nesta fanfic !

)♡ Daryl com crianças = Perfeição

)♡ Camille e seu passado triste... ela sofre..

)♡ Bom... agora é esperar para ver o desenrolar da história.

)♡ Deixem o vosso voto e comentário !

)♡ Até ao próximo capítulo <3

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