Nas Mãos Do Don - 2ª livro da...

By Pann_doraa

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Proibido para menores de 🔞 Romance Dark, senão gosta, nem leia. Se ainda sim vai ler, não venha dizer merdas... More

Personagens & Avisos
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By Pann_doraa

Vittoria

— Que diabos aconteceu com você? Entrou no ringue com gatos?

Vince indaga incrédulo, olhando para seu irmão.

— Um leão, você quer dizer.

Dino emenda, encarando o primo tão espantado quanto o caçula.

— Sim, sim — Vince murmura em concordância, não podendo desviar do rosto ponteado e inchado do irmão. Em algumas partes, Luca precisou levar alguns pontos pela profundidade. Eu ainda mal estava acreditando que tinha de fato feito isso e que eu estou viva — Pelo menos sabemos que a leoa está quase intacta — meu cunhado vira-se para mim. Talvez algum dia eu fosse ser capaz de ouvir a conversa do trio sem ser pega.

Dino desce seu olhar até minha mão enfaixada. Em algum momento que sequer lembro, ganhei um corte na mão, nada grave que me fosse deixar marcada pelo resto da minha vida. Diferente de Luca.

— Olá!

Os cumprimento, tentando há todo custo fugir do olhar silencioso do homem machucado em minha frente. Não por vergonha ou arrependimento, o último sentia apenas um pouco, mas simplesmente por não querer me preocupar com ele. Sentir nada pelo meu marido!

Sufocaria o sentimento e levaria o tempo que necessitasse para isso, porém o faria!

— Veio apreciar o trabalho? — Luca pergunta, baixo.

Me pergunto quanto de dor está sentindo, e logo recrimino-me. Esse foi um dos objetivos da violência.

— Como se houvesse algo digno em você para ser apreciado — ele assente levemente. Outra vez aquela pergunta intrometida surge em minha mente. Quanto de dor está sentindo para ser tão comedido em seus movimentos? Até mesmo a fala de Luca sai em moderação e cuidado — Tudo bem com sua mão?

O olho rapidamente.

— Se preocupe com seu rosto.

Vince rir.

— O quê? — questiona quando nós três olhamos para ele — Ninguém pode dizer que ele não merece. Sem ofensas, irmão.

— Não ofendeu.

— E o bebê, Vittoria? — Dino pergunta gentilmente.

Os irmãos se voltam para mim, em expectativas. Até mesmo Luca. Deve ser o peso em sua consciência.

— Bem. A médica ainda me quer em repouso por mais alguns dias, mas graças a Deus não houve mais sangramento ou dor. Apenas um leve incômodo vez ou outra.

Ele assente. Os três na verdade, chega há ser um pouco engraçado, então olho para Luca e a graça se esvai.

— Bom, isso é muito bom — balbucia Dino.

— Estou indo visitar Juliano — aviso para ninguém em questão.

Luca rapidamente, diferente dos seus assentir de cabeça, está em minha frente. Muito poucos centímetros para meu gosto.

— Juliano tem recebido muitas visitas, não acha? — Vince volta a rir, mas nós dois não viramos para ele, não. Luca e eu estamos travando uma batalha de olhares, que há medida que os segundos rolam, fúria vai sendo adicionado — Precisa de repouso, então suba para seu quarto. Depois o vemos.

— Está, sim. Afinal, foi com ele que contei naquele dia, quando você estava sendo a besta covarde que é se escondendo da sua família — seu olhar vacila do meu, é por pouco tempo, mas o suficiente para ser registrado — E é você quem precisa estar no quarto, de preferência em uma torre, sua maldita besta!

É a voz de Vincenzo que nos puxa da nova rodada de olhares. Agora, já não posso mais decifrar o de Luca, ou não sei ao certo o que vejo, se posso confiar. Arrependimento?

— A levo.

Quando estou para passar por ele, Luca segura meu braço e inclina sua cabeça até minha orelha. Seu perfume caro e dele, que sem dúvidas não havia muito tempo desde que saiu do banho, vindo com tudo até minhas narinas. Imploro pelas náuseas como foi com o sangue, mas não, nada vem, o inverso disso, no entanto, me bate com força total. Tento sair dali, mas ele não permite.

— Só não esqueça com quem a besta fica no final — sussurra — A quero de volta em duas horas — me liberando, Luca avisa ao irmão.

— Veremos!— o rebato finalmente.

Luca apenas encara, o pequeno sorriso alcançado seus olhos e o fazendo brilhar.

— Veremos, Bella, veremos!

De costas e me segurando para não correr para fora dali, engulo seco.

Maledetto!




(...)

Meses depois...

Sorrio embasbacada enquanto analiso meu barrigão desnudo pelo reflexo no espelho. Em poucos dias conheceria finalmente o rostinho do meu filho. Esperava um menino que graças ao Senhor, estava saudável e imenso, meu pequeno Vito. Minha pequena grande vida. Deixando de ser uma mamãe babona, apanho o vestido que irei usar e deslizo por meu corpo, mas não sem antes apreciar um pouco mais.

— A mamãe mal pode esperar para te ter em meus braços, meu homenzinho — digo afetada pela emoção, seco rapidamente as lágrimas que escorrem.

Como é possível amar tanto alguém que sequer se conhece? Eu não sei, mas o faço com todo meu ser.

As batidas agitadas na porta, não deixam dúvidas de quem se tratam. Respiro fundo antes de ir até lá e abrir, dando de cara com o Luca impaciente e muito, muito gostoso. Não sei se meus hormônios, a cicatriz que percorre seu rosto, ou ambas as coisas, mas o homem conseguiu se tornar ainda mais atraente. O que não deveria ocorrer. Não é que pessoas com cicatrizes não sejam perfeitas ou gostosas, mas era de Luca Romano que estamos falando, sua fama com a cicatriz deveria fazer as pessoas se manterem afastadas, me manter afastada, no entanto, isso nem de longe aconteceu. Então, me recordo que o que me atraiu foi seu riso e sua beleza, ainda mais agora, me fez ficar.

Argh!

— Seu progenitor não me deixa em paz, Piccolo.

— Vittoria, ao menos me diga que está bem — pede ainda esmurrando a porta. Me mantenho quieta e caminhando o mais devagar possível — Estou muito perto de arrombar essa porra, pega-lá no colo e obriga-la a dormir em nosso quarto, então me responda, mulher infernal. Sua demônia dos infernos! — rio— Que bom que um de nós está se divertindo.

Alcanço a maçaneta e quando meu riso se vai por completo, respiro profundamente mais uma vez e abro a porta.

— Já chorei de mais não concorda? — lhe pergunto.

Os olhos de Luca fogem do meu rosto, são breves segundos, mas ele o faz. Ele sempre fazia quando estava envergonhado, principalmente pelo que me fez passar, sabia disso agora. No entanto, não era o suficiente para voltar a entregar meu coração a ele. Luca o teve uma vez e o pisoteou, e agora que estava me recuperando, não o confiaria tão cedo, ou nunca. Luca não quer meu filho, com isso, jamais me teria novamente em sua vida.

— Sim — responde após limpar a garganta — Vamos — estende a mão, passo por ele a ignorando.

Suas mãos percorrem seu cabelo e respira tão profundo quanto eu fiz antes.

— Avise aos seguranças que quero dar uma volta no parque e depois ir até a casa de Francesca.

Luca não demora a me acompanhar e se prostrar a minha frente, o que não era problema antes e muito menos agora que tenho um barrigão e pernas inchadas, impedindo que eu continue a me mover para longe dele, me incomoda mesmo que ainda fosse compartilhar o carro com ele e tê-lo como a porcaria de uma estátua ao meu lado durante a consulta. Era sempre assim. Luca sempre entrava e ficava em silêncio, observando cada detalhe. Me deixando confusa, esperançosa, triste, confiante de que cairia em si e imploraria para ter o filho e eu ao seu lado, e magoada, pois quando saiamos de lá ia para sei lá onde ou se trancar no escritório.

— Quero que venha para casa quando a consulta terminar — o contorno, me alcança outra vez. Sua mão grande de dedos longos, em minha pele queima. O puxo com rispidez. Abro a boca, mas é só som de sua voz que sai — "Não me toque"! — me imita — Sim, Vittoria, eu sei. Malditamente sei que não quer meu toque. Que não quer olhar em minha cara, da repulsa que sente por mim. Eu sei! — rosna a última parte.

Repulsa?

Luca acredita mesmo que eu sinta repulsa por ele? O olho sem acreditar, mas ele não vê, pois está encarando os pés. É tão estranho. É tão diferente dele. E familiar. Eu já acreditei que ele quem fosse ter repulsa por mim. Uma parte de mim, aquela maléfica está vibrando e tentando convencer há outra parte a se calar.

— Eu...

Luca ergue o olhar.

— Pelo amor de Deus! É claro que sente, você mal pode olhar para mim! Mal me suporta ter ao seu lado!

Isso me irrita de uma maneira tão grandiosa que quero bater em Luca. Quero voar sobre ele e arranhar seu rosto.

— Cale a sua maldita boca, sua grande besta estúpida! Acha mesmo que estou com nojo de você? Ah, pelo amor de Deus, digo eu, Luca! Você é tão insuportável que ficou ainda mais atraente. Só alguém perverso como você poderia ficar ainda mais irresistível com o rosto tão marcado dessa forma! Tem noção de como preciso ser forte e não bancar a Vittoria tonta de antes e correr para seus braços? — cuspo para fora, ofego quando Luca parece a ponto de me engolir pela maneira descrente e ainda sim, sexy que olha para mim. Ele parece que vai me devorar e por tudo que é mais sagrado, eu quero. Tudo em mim se agita, meu centro se torna um mar pulsante querendo que Luca pule para dentro e mergulhe o mais fundo que puder alcançar. Sua língua dança por seu lábio inferior e me vejo imitando, mordendo no final; suas íris dilatam e escurecem, e sei que as minhas estão iguais; sinto os bicos dos meus seios intumescerem e ele nota isso. Luca quando ergue o olhar dos meus seios, ainda que cobertos pelo vestido, poderia me incendiar ainda mais — Não me... — fracasso, não posso terminar de verbalizar, apenas recuo para trás, a parede me impedindo de fugir.

Meu Deus! Eu não quero fugir!

Como se eu fosse uma hipnotizadora e ele uma vítima, continua a caminhar, quase que em estado de hipnose. Logo os braços fortes, muito fortes, Luca realmente se tornou maior nos últimos meses, me cercam, depositados lado a lado da minha cabeça. Seu aroma vem com tudo sobre mim, sua respiração quente e acelerada em meu rosto, me faz estremecer e provar de mais uma onda de desejo avassalador.

Eu o quero tanto que está doendo.

Meus olhos se enchem de lágrimas por minha fraqueza. E quando a testa de Luca repousa em meu ombro direito, elas escorrem. Por que eu tenho que ser tão fraca?

— Volte para mim, bella, volte a ser minha, por favor — implora. Nego com a cabeça, isso não era o que estava esperando — Eu quero tanto beija-lá, sentir cada pedacinho de você com meu corpo, me perder em você para nunca mais ser encontrado, mas eu fiz merda das grandes não é, bella? — as mãos de Luca caem do lado da minha cabeça e pairam por minha barriga.

Vendo a batalha que Luca trava, tudo o que passou em uma idade tão jovem com seus pais, as toco por cima, seus olhos não vacilam do abrigo do nosso menino.

— Só cabe a você limpar — a guio até lá — O sinta, sinta seu filho — depósito suas mãos em minha barriga, mesmo com o tecido do vestido, uma onda elétrica surge e se aloja em meu coração. Era a primeira vez que Luca tocava ali. Sorrio e mais lágrimas descem — Fale com ele — peço, mas não o faz. Somente permanece ali, em silêncio... Assustado — Nunca o deixaria fazer mal a ele — rapidamente olha em meus olhos, os seus ainda que não derrame lágrimas, está cheio delas. Retiro minhas mãos de cima da dele, e ele ainda fica ali. Vito parece gostar, pois inicia suas séries de chutes. Surpreso, Luca volta seu olhar para baixo e suas mãos vacilam, porém não o deixo ir, volto a segura-las — O sinta! Nosso bebê está animado com o pai por perto — seus olhos voltam para meus olhos, cheio de incredulidade — Não duvide, Luca! Não disso, não de mim! Você não é seu pai, Luca — o perdemos.

— Não posso!

Luca arrebata suas mãos para longe das minhas e nosso bebê como se minha pele estivesse o queimando, e se apressa tão rápido para longe de nós dois, que nem mesmo uma bala seria capaz de detê-lo.

Ali encostada, choro de dor.




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