Pântano🐊 | saga 1

By saturnyxs

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[ Coletânea de Livros Híbridos ] 𝑱ogado num pântano mistérioso para servir de oferenda, Jimin lutar para sob... More

| Avisos |
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capitulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11

Capítulo 4

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By saturnyxs

O Híbrido não se moveu com o impacto da debilitada força excedida pelos braços enfraquecidos do humano, ele só apenas  afastou minimamente seu rosto para mira com desconexão, a face chorosa do garoto.

Debulhando-se em lágrimas, o acastanhado se encolheu cobrindo o rosto com as pequenas mãos, o corte na sua coxa voltou a latejar constantemente, aumentando o seu choro cada vez mais.

Tomando pouca distância o moreno mirou com as sobrancelhas grossas juntas, o humano chorão diante de si, todo encolhido parecendo um filhote que perante ele demonstrava ser tão pequeno e vulnerável, o cheiro do doce sangue que escorria aos poucos da perna o atiçava.

Se aproximou novamente do garoto e emitiu um branido suave quando inclinou seu corpo, delicadamente, tomando cuidado para não encostar no ferimento do acastanhado, curvando a cabeça, o moreno tocou o pescoço do humano com o seu, esfregando o local ternamente.

Uma ação que assemelha-se a um gato pedindo por carinho, no entanto, era muito mais que isso. Aquele ato para á sua espécie, era considerado como uma forma de cortejo, e estava relacionada a um ritual ou proposta de reprodução.

Repentinamente, Jimin sobressaltou-se com a aproximação e com o toque inesperado, olhou para o lado com olhos arregalados e mirou os fios sedoso e úmidos do homem tocarem levemente, boa parte do seu rosto e pescoço, fazendo algumas carícias suaves.

O aroma de eucalipto se tornou mais forte gradualmente, rondando o corpo do mais baixo deixando o seu cheiro nele de propósito, numa mensagem clara de marcação de território.

Sentindo as bochechas esquentarem pela aproximação repentina daquele homem desconhecido, que até então o acastanhado não sabia quem ele era mas sabia o que ele era, o monstro do pântano, o mesmo crocodilo que o perseguiu e causou seus momentos de pânico desde que foi largado ali para morrer.

Jimin repeliu o toque do híbrido, afastando-o do seu pescoço com um empurrão, sua palma formigou ao ter tocado na pele amorenada percebendo o calor que emanava dela.

O homem o olhou de expressão confusa, já o pequeno humano que havia acabado de rejeitar o seu toque e proposta, o mirava com uma mistura dualitica de raiva, medo e constrangimento.

O rostinho vermelho do garoto e a confusão feita por seus pequenos olhos castanho clarinhos, que não possuía um ponto fixo para olhar, sempre inquietos tentando fugir tanto dos olhos verdes quanto da crua nudez do híbrido.

O acastanhado só não havia percebido que exibia o aroma do homem impregnado por todo o seu corpo.

— Eu disse para não se aproximar de mim! — brandiu com a voz fina.

Mas o mais alto pareceu não entender a princípio, ao ter sentido as mãozinhas daquele humano de doce olhos castanho seu peito vibrou, misturado-se com sentimento possessivo e protetor ao mesmo tempo.

Jimin estava tão submerso na dor que sentia que as gotas de lágrimas caiam por seus lumes como cascatas, imundando todo o rosto.

Focou no homem robusto a sua frente, ele não parecia compreender sobre espaço pessoal, o acastanhado se perguntava se ao menos aquele desconhecido falava a sua língua.

Levou apenas alguns segundos para o moreno afasta-se completamente do humano, ficando a uma boa distância afastado perto dos galhos do salgueiro.

O vento leve soprava os ramos verdes e sob a luz emitida pelos raios solares, a coloração esverdeada refletia-se ainda mais magnífica ao ter o híbrido posicionado no centro de toda aquela paisagem.

Ainda encostado contra o tronco da árvore, Jimin pensou que poderia passar horas e mais horas observando o mais alto destacar-se diante todo aquele cenário verde, como se ele fosse parte daquela decoração natural e maravilhosa.

Entretanto, aquele desconhecido perante si apesar de expressar em seu rosto serenidade, ainda assim, era o monstro do pântano.

Aquele que o perseguiu e o fez ter seus piores momentos de terror, desde que pisou os pés ali naquela terra pantanosa.

Uma criatura sanguinária e cruel, que foi responsável pelo assassinato daqueles pobres garotos, que invadiram o seu território sem permissão e provaram de toda a sua fúria selvagem.

Essa mesma criatura que agora mirava Jimin como se fosse a coisa mais espetacular do mundo, com tanto interesse, os lumes esverdeados o fitavam numa inocência sem igual que emanava de sua íris.

Inocente, porém, perigoso.

O híbrido sentou sob os calcanhares na grama verdinha, as mãos sob o colo e o olhar extremamente focado no garoto, como um bom animal adestrado.

Tendo agora um bom espaço entre eles, Jimin se permitiu observar todos os detalhes do seu perseguido.

De certo, o olhar dele no momento não se parecia nada com o de um assassino, as duas pedras esverdeadas em seu rosto estavam serenas e brilhavam a todo instante, uma linha preta circundavam os olhos que pareciam terem sidos desenhados.

Os cílios eram longos e grossos e as sobrancelhas escuras eram expessas, o cabelo encaracolado de cor negra mesclados em verde moldavam a mandíbula forte, e alguns fios da franja caiam perante os lumes.

O nariz era um pouco grande e redondinho na ponta, a boca fina e bem moldada apresentava uma cor avermelhada na carne, logo abaixo dos lábios uma pintinha pode ser vista pelo acastanhado.

Bonito.

Foi o que Jimin pensou, o homem diante de si é bem bonito e isso era inegável. Os músculos visíveis por seus braços e peitoral destacavam a pele morena e meio dourada pelo sol, no entanto, a presença de várias cicatrizes espalhadas pelo peito e braços do híbrido foram notadas por Jimin.

Porém, existia um detalhe importante, que o acastanhado havia se esquecido no momento, aquele homem se encontrava nu. Sem nenhum tipo de roupa ou folha que seja, cobrindo suas partes mais comprometedoras.

A única peça em seu corpo era um colar estranhamente feito de pedras pouco pontiagudas, circundando o pescoço grosso e destacando todo o seu peito.

O híbrido notou o olhar do garoto analisando-o e cerrou os olhos mínimamente, Jimin não entendeu o significado por trás daquele ato, mas a ação foi o suficiente para que o humano corasse desviando os lumes castanhos para bem longe dos verdes.

Passaram alguns minutos, e o acastanhado não conseguia encontrar uma forma de escapar, visto que sua perna doia e a exaustão tinho o pegado de jeito naquele instante, sob olhar do moreno que não desmonstrava sair dali tão cedo.

Com o sono pesando os olhos, Jimin persistiu para que fica-se acordado, no entanto, de pouco á pouco seu corpo era tomado pela fraqueza de tão exausto que estava, por que ele não havia conseguiu prega os olhos na noite passada.

Subitamente, o homem ficou de pé em questão de segundos, como se algo acabasse de clarea a sua mente ele atravessou a cortina de galhos e adentrou a mata pantanosa, lançando um último olhar para trás e em seguida sumindo de vista.

— Ond-..— O acastanhado se alto interrompeu ao perceber que perguntaria para onde o moreno iria.

Ele não queria saber, afinal era disso que o acastanhado precisava, uma oportunidade perfeita onde o híbrido sairia em algum momento e ele poderia finalmente fugir.

Não o vendo em lugar algum, Jimin tentou move sua perna, entretanto, o corte na sua coxa latejou profundamente, fazendo-o gritar.

Os olhos apertados mergulhado-os em lágrimas sucumbindo na dor costante do corte, o sangue já havia parado de escorre, no entanto, o ferimento aberto e ainda mais sujo com areia latejava incansavelmente.

E após ter movido a perna novamente, o sangue voltou a sair em abundância. Com as visão escurecendo, uma forte tontura atingiu o acastanhado, ele já não estava aguentando mais tanta dor.

Reza parecia não adiantar para amenizar as dores, começou a ter enxaqueca como se alguém estivesse batendo na sua cabeça com algo pesado.

Após alguns minutos, desistiu de sua fulga, e com respiração fraca que insistia em o deixar com falta de ar, o acastanhado começou a suar bastante e uma ânsia intensa o atingiu.

A floresta ao redor parecia dar voltas borradas, Jimin pendeu a cabeça para o lado de olhos cerrados, forçando a sua visão, instindo em manter-se acordado.

Ouviu um farfalha em frente, o garoto levantou os olhos e mirou o homem adentrar a cortina de galhos novamente, afastando-os com uma mão, ele estava molhado, e na outra mão trazia consigo um peixe enorme estraçalhado, o sangue pingava da ponta da calda do animal até a grama verde no chão.

Quando o moreno avançou até está diante o acastanhado, este tremeu e arregalou os olhos ao ver as unhas pontiagudas nas mãos  do híbrido.

As garras fincadas na carne do peixe fizeram Jimin sentir uma sensação horrível, mas ele não teve tempo para pensar nas coisas que sentia no momento, quando o grande peixe foi oferecido para si.

O moreno teve que ficar de joelhos e estender as mãos com o peixe sob elas, para que o garoto visse sua intenção. De fato não era do feitio dos crocodilos caçarem para os seus parceiros, eles raramente,  apenas compartilhavam suas refeições um com o outro.

Aquilo também era uma forma de cortejo, mas no caso, o moreno pensou que caçando algo saborosos para o humano que ele escolheu poderia finalmente animá-lo.

Por isso, o moreno permanente de joelhos diante Jimin, esperando que este aceitasse o seu presente, os olhos verdes cintilanvam com a possibilidade, aguardando ansiosamente.

— É-é 'pra m-im? — Ainda de olhos arregalados Jimin gaguejou ao perguntar, sua voz falhada entregando a sua surpresa.

Todo o rosto do híbrido se iluminou e, encarou Jimin de olhos bem abertos, os cantos dos lábios tremelicaram e ele só pode esperar por qualquer ação do acastanhado.

Sua boca se abriu, mas Jimin nada disse, mirou o peixe sob as mãos do homem e sentiu o estômago embrulhar, o animal morto estava coberto por sangue e cru, não dava para comer.

O garoto não compreendia aquele comportamento do seu perseguidor, afinal, a essa hora Jimin já era para estar morto, então porque ele não o matou?

A mente do mais baixo rodopiou em confusão, um conflito se erguia dentro da sua consciência,

Mirou o mais alto que ainda esperava que ele pegasse o peixe de suas mãos, o acastanhado não conseguiria comer aquilo, seu estômago fraco não permitia.

Então o garoto recusou o presente dado a ele, virou o rosto na direção oposta e voltou a se encolher contra o salgueiro, abraçando o abdômen com os braços ele não manteve contato com os lumes do homem.

O híbrido não entendeu a reação do humano, mas ele compreendeu que forá recusado mais uma vez, franziu as sobrancelhas quando seu olhar mudou-se do inofensivo para o predatório, e um ranger de dentes foi escutado por Jimin.

O humano mirou o mais alto e o medo atravessou sua face, ele pensou que seria atacado por ter recusado o presente, no entanto, o moreno apenas touxe o peixe para perto da boca e mordeu forte a carne, comendo como se nada houvesse acontecido.

Jimin ficou abismado, o vendo devorar até mesmo as espinhas, sem deixar nada, arrancado grandes pedaços e os engolindo inteiros sem ao menos mastigar.

Seria uma cena perturbadora para qualquer um, e para culminar o acastanhado ofegou sentindo o sangue gela, a medida que o seu coração bateu forte contra o peito.

Grandes presas foram vista assim que o homem abriu a boca para devorar mais um pedaço de carne, todo o corpo do garoto tremelicou, o suor desceu pela tempôra e as mãos tremiam constantemente, porém, manteve-se em silêncio assistindo-o comer como um verdadeiro predador.

Após terminar sua refeição, o moreno afastou de Jimin, que se assustou ao vê-lo ficar de pé, e consequentemente, de relance ver a parte íntima do homem quase diante de si.

O rosto do pobre garoto ficou vermelho, ele abaixou a cabeça em constrangimento e fechou os olhos fortemente, céus porque isso está acontecendo?

No entanto, o moreno nem sequer se importou e caminhou até o mesmo lugar que estava antes de sair para caçar o peixe, sentou-se como na posição anterior e retornou a fita o garoto de cabelos castanhos.

Jimin decidiu ignorar a presença marcante do homem desconhecido, a primeiro momento, sua dores regressaram mais fortes do que nunca, era como se de uma hora para outra elas paracem dando o devido alívio para o acastanhado, entretanto, após alguns minutos elas voltavam com força total.

Mas daquela vez foi insuportável para Jimin, que não poupou esforços em gritar e geme de dor, em seu olhos não haviam mais lágrimas para serem postas para fora, e os lábios grossos estavam machucados de tanto os morderem para conter-se.

Em meio aos seus choramingos e expressão sofrida, ele desejou que toda a dor que sentia parasse, era dilacerante demais para si poder aguentar, cruel demais, preferindo morrer logo ao ter que sentir aquela tortura novamente.

Um aroma de eucalipto impregnou suas narinas inesperadamente, e ele pode sentir um braço passando por trás de suas costas ao mesmo tempo que o outro atravessou a parte inferior de suas pernas.

Não houve tempo para questionamentos, o acastanhado foi sustentando ao ar e, segurando de forma protetora pelos braços fortes do híbrido.

Levantando o olhar para encontrar as duas esmeraldas brilhantes o mirando, no rosto sério do homem, que inflou as narinas e virou-se em direção a saida de galhos, caminhando com o humano no colo para a margem do lago.

— EI! — Jimin gritou. — Me põe no chão!

Porém, nada foi dito ou expressado pelo o híbrido, o acastanhado vendo que forá ignorado começou a se debater, no entanto isso só prejudicaria mais o seu estado.

Os braços do híbrido apertaram mais em volta de si, fazendo-o não conseguir mais se mexer.

— Me solta! — Ele esbravejou, dessa vez tentando afastá-lo de si enquanto batia nos ombros largos, porém, não obtendo sucesso algum, visto que o moreno mal se importava com a agressão fraca do humano. — Você está me ouvindo!? Eu mandei me soltar!

Novamente, o mais alto ignorou o garoto desesperado e continuou com sua caminhada até a beira, o vento atingiu os cabelos negros bagunçando-os assim que ficaram ao ar livre.

Eles chegaram a margem e Jimin arquejou ao perceber a intenção do mais alto, que avançou até o lago sem rodeios.

— N-não espera... — O acastanhado gaguejou, inconscientemente, se agarrando ao pescoço do híbrido, que não esperou muito para entra na água com o garoto nos braços.

Assim que a água gelada tocou o corte na perna do garoto, ele gritou alto segurando-se mais forte contra o peito do moreno que submergiu junto com o garoto no colo, e em seguida emergiu.

Jimin tossiu repetidas vezes, completamente encharcado, e ficou agarrado ao híbrido tremendo. O mais alto aguardou alguns minutos para que o humano recupera-se, a correnteza suave levava os resquícios de sangue e sujeira embora.

Logo em seguida o moreno andou com o garoto na direção de algumas rochas, cobertas por musgos.

Ele sentou o garoto em cima de uma delas e passou  a limpar o ferimento do acastanhado com água.

— Ai..doe muito — Choramingou.

Não sangrava mais, agora o ferimento só se encontra aberto com a vermelhidão o circulando, a água havia feito o seu trabalho limpando o corte, mas ainda assim, a dor era inevitável, principalmente, quando as mãos do homem tocavam aquela área dolorida.

Mirando o acastanhado por alguns segundos, o híbrido parou de limpar o corte ao ver a expressão angústiante do mais baixo, regulou o olhar do rosto alheio para a coxa cortada do menor, tendo um ideia.

Ele se afastou de Jimin, e a passos largos caminhou até a beira do lago desaparecendo na vegetação.

Abandonado emcima daquele rocha o acastanhado começou a se desesperar, sem saber o que fazer, o que ele faria? Chamaria pelo homem? Gritaria para que ele não o deixasse sozinho?

Eram tantos questionamentos, o garoto possuia a certa de que não queria ficar sozinho novamente, havia acabado de perceber que se o híbrido quisesse o matar já teria matado todo esse tempo.

Na verdade, o homem grande que acabou de cuidar dele não havia feito de fato nenhum mal para si, todas as tragédias que haviam acontecido consigo foram efetuadas apenas por seu descuido próprio.

Sua garganta ficou seca e ele procurou por todos os lado por algum sinal do moreno, mas não conseguiu ver nada a não ser árvores densas e água, começou a ficar aflito ao ponto de quase querer gritar por ele.

Alguns minutos se foram, e Jimin ainda permanecia sentado sob a rocha, com o coração batendo rápido e tremelicando os dedos ansiosos, enquanto, esperava por qualquer aparição na mata pantanosa.

E para sua felicidade, o híbrido logo surgiu na margem clareada e andou pela areia até as rochas de onde Jimin se encontrava. O acastanhado quase sorriu ao vê-lo, um alívio se apossou do seu ser, mas ele se controlou ao máximo e apenas esperou paciente.

O moreno voltou com alguns ramos verdes nas mãos e uma folha grande de bananeira, os ramos na verdade, eram ervas naturais.
Jimin conseguiu sentir o cheiro que emanavam delas assim que o mais alto parou diante de si.

— 'Pra que isso? — O acastanhado havia acabado de perceber que, desde que deparou-se com aquele homem ele passou a fazer perguntas demais.

O homem pôs as ervas juntas numa rocha separada e em outra colocou a folha de bananeira, o garoto observava toda a ação atentamente, pegando uma pedra média o híbrido começou a esmaga as ervas, misturando-as ao ponto de uma pasta verde ser formada.

Ele estava tão empenhado na sua tarefa que mal notou os olhinhos castanhos sob si, com a luz deixando tudo mais acessível, Jimin pode ver com clareza as cicatrizes maculando a pele morena do híbrido,

Ele era um caçador, não é atoa essas diversas cicatrizes espalhadas por seu corpo, aquelas marcas eram lembretes de suas batalhas ao longo da vida. Num lugar remoto onde só os fortes sobrevivem, a lei da sobrevivência era traiçoeira, ou você matava ou morria.

O híbrido lutava para proteger o seu território ao mesmo tempo que caçava para se alimentar, no entanto, ali naquela área ele estava no topo da cadeia alimentar sendo assim, não possuía muitos adversários capazes de o derrotar.

— Você não está pensando que vai passar isso em mim, está? — Questionou, arqueando uma das sobrancelhas.

Jimin mirou o homem na sua frente, ele apanhou com as pontas dos dedos uma boa quantidade da pasta verdolenga, se aproximou do mais baixo que tentou, inutilmente, manter os dígitos do outro para longe da sua coxa ferida.

Agarrando os braços finos do garoto com uma mão só, o mais alto levou os dedos até a superfície do corte exposto onde passou a pasta verde lentamente, o garoto gritou alto e tentou sacudir as pernas para livra-se do toque.

Aquela substância em contato com sua carne exposta ardeu como o inferno, o acastanhado mordeu os lábios e franziu as sobrancelhas. Levou um tempo para que aquela "tortura" acaba-se, o híbrido passou o máximo de pasta sob o corte de Jimin com bastante cuidado, atento a qualquer reação do mais baixo.

Não acreditou na tamanha delicadeza que estava sendo usada para cuidar do seu ferimento, o acastanhado ficou impressionado por estar sendo tão bem cuidado pelo o seu perseguidor, a quem ele deveria temer.

Sentiu-se com a coxa dormente, mas a dor já não existia mais e isso foi maravilhoso para o garoto que suspirou alíviado.

O híbrido após terminar, apanhou a folha de bananeira junto de um pequeno cipó, ele enrolou a folha ao redor da coxa do acastanhado e com o cipó circundou-a e amarrou não muito forte usando como corda para segurá-la no lugar.

Olhou para o seu trabalho satisfeito e depois mirou Jimin com expectativa, como se perguntasse se estava ao agrado dele, este que trouxe as mãos juntas para o colo, olhando fixamente para a folha na sua perna sentindo as bochechas esquentando, por está novamente, sob o foco dos olhos verdes.

Respirando fundo, o acastanhado travava uma batalha interna com os inúmeros pensamentos que sondavam sua mente, ele mordeu os lábios reunindo forças para olhar o esmeralda intenso dos lumes do híbrido.

Quando levantou os olhos castanhos para mira-lo e sua boca se abriu para enfim, pronunciar um agradecimento devido, Jimin se surpreende ao ser pego de novo no colo, dessa vez, apesar do susto momentâneo ele não aboliu o toque.

Segurou-se firme contra o pescoço do mais alto e deixou ser carregado por ele, distraidamente, os olhos castanhos viajaram até a face do moreno escaneando toda aquela área desde os olhos verdolengos focados a frente, até a pintinha abaixo dos lábios.

Os cabelos negros tocavam a pele do braço de Jimin suavemente, e ele notou que as mechas verdes eram bem mais destacadas vista de perto, o moreno também possuia uma cicatriz na bochecha, mas essa não era muito visível.

Apesar de esta focado no caminho, o híbrido desviou os olhos para o humano em seu colo que, após ser pego no flagra o encarando descaradamente, virou seu rosto numa direção oposta, se escondendo do olhar do outro.

Ainda com as bochechas coradas, o acastanhado observou o caminho por onde eles seguiam, era irreconhecível, a mata bem mais densa do que antes com longos cipós e galhos por todo canto.

— Espera..— Disse o garoto. — Para onde está me levando?

Muitos salgueiros e árvores cipetres junto a algumas palmeiras espalhadas, não havia trilha, o chão era arenoso e úmido, algumas partes estavam alagadas, mas o híbrido pareceu não se importar visto que, caminhava sob o pântano com tamanha tranquilidade, sabendo exatamente onde pisa ou de qual galho ou cipó desviar.

O calor que emanava do corpo do moreno aquecia o de Jimin, que sentiu o sono vindo fazendo com que seus pequenos lumes pesassem.

Depois de um curto tempo eles chegaram a uma área menor aberta, clareada pelo sol e algumas pequenas lagoas ao fundo, haviam também árvores grandes ao redor e uma carvena de rochas no centro, coberta por musgos e alguns cipós, o chão não era mais arenosos agora uma grama longa dominava toda a extensão rasteira.

Jimin ficou impressionado com a beleza do lugar, mas o sono o impediu de dar atenção aos detalhes, quando o híbrido se aproximou da caverna, afastando os cipós verdes que pendiam de cima, ele entrou completamente para dentro com o garoto nos braços.

Logo de início o acastanhado percebeu que era ali onde o híbrido morava de fato, a caverna emanava o aroma de eucalipto por toda parte, e era bem espaçosa sendo iluminada por um fresta de luz que saia do teto, o chão rochoso era liso e, estranhamente limpo.

Mas a frente Jimin pode ver um grande amontoado de folhas secas no canto, supôs que era ali onde o homem dormia, e por ser grande, o acastanhado acreditou ser do tamanho certo para a forma animal do outro.

E naquela espécie de cama, ele foi posto com cuidado, o híbrido deu um jeito para que o garoto deita-se de maneira confortável, juntando as folhas aquecidas.

Depois ele afastou-se e caminhou até uma boa distância, sentando-se próximo a cortina de cipós, deu um último olhar enigmático para o acastanhado, e em seguida então focar seus olhos verdes para o lado de fora, vigiando.

Exausto e bem aconchegado, sentindo o aroma do híbrido o acalmar, o garoto se rendia ao sono gradualmente, e mesmo apesar dos receios Jimin dormiu sob vigilância do monstro.

 

Oi meus amores!
Gostaram do capítulo?

(Perdoem os erros)

Como prometido, aqui está mais uma atualização! Que eu quero dedicar especialmente ao nosso coelhinho que completou aninho ontem!!❤️🐰🥳

Alguns de vcs pediram por spoilers sobre a fic, pois bem, acabei de posta um lá no TikTok!

Agora uma curiosidade: Pessoal, eu não entendo muito sobre pântanos, tanto que eu me baseei nos brejos daqui onde moro para da vida ao cenário da fic, e como eu assisto muito documentários da vida animal, estou tentando me manter fiel em alguns comportamentos dos crocodilos para dar personalidade ao nosso querido híbrido!

Me despeço por aqui, até breve amores♡❤️♡

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