Título: Random Date - Parte 1
Imagine: Imagina que tens um encontro inesperado no autocarro após o trabalho.
Avisos: Nenhum.
Depois de um dia de trabalho tudo o que uma pessoa deseja é chegar a casa para poder ter um momento de paz, mas nem todos possuem carro ou algum tipo de transporte privado e então a única opção que nos resta é usar os transportes públicos... Onde tudo pode acontecer e foi isso que se passou.
O dia foi bem cansativo sem ter tempo para parar uns segundinhos e respirar, então quando finalmente o dia acabou adiei qualquer compromisso que tivesse para poder me dirigir para a paragem e apanhar o carro que tivesse mais cedo. O cansaço é tanto que já me custa estar em pé, sento as minhas pernas tão fortes como gelatina e os pés ardem de tal maneira que parecem estar a enfiar mil agulhas na planta dos meus pés, mas como os deuses parecem estar contra mim nestes últimos dias, o autocarro encheu de tal forma que não tenho escolha senão fazer a viagem em pé tentando me manter minimamente direta agarrando-me o melhor que podia.
Durante a viagem alguns burburinhos andam no ar, mas não dá para entender a razão de tanto espanto através das pequenas frases que chegam aos meus ouvidos.
- Eu não acredito que é mesmo ele!
- Visto o último filme dele, foi maravilhoso. - Pelos visto algum tipo de celebridade apanhou o autocarro e as pessoas começam a reconhecer de quem se trata.
- Pelo amor de Deus, nem no autocarro se o deixam em paz. - Murmuro para poucos ouvirem e nesse mesmo momento uma travagem mais brusca atira-me para os braços de alguém. - Opa! Desculpa. - Tento levantar-me, mas falho miseravelmente.
- Não tem problema, mas eu agradeço a defesa. Talvez possamos trocar de lugar?!
- Não é preciso. Não tarda muito chego à minha paragem.
- Eu insisto. Com este transito é capaz de demorar.
- Obrigada. - No momento em que íamos trocar outra paragem brusca fez-nos cair novamente deixando-me sentada no seu colo. - Nossa, hoje não é o nosso dia.
- Eu por mim dou-me por vencido e ficamos assim mesmo... - Ele riu. - O meu nome é Keanu.
- (T/N), prazer. Apanhas sempre este autocarro?!
- A partir de hoje vou apanhar. - O Keanu ofereceu um doce sorriso. Eu sento o meu rosto aquecer, mas antes que pudesse reagir vejo a minha paragem aproximando-se.
- Então até amanhã. - Peço para sair e antes de me levantar dou-lhe um beijo na bochecha.