P.v Chifuyu Matsuno.
Eram quase duas e meia da tarde quando eu finalmente criei coragem para sair de casa, para ir até o “Meow coffee”, apenas para entrar em contato com [Sobrenome] sobre o trabalho. Suspirei enquanto olhava para os dois lados da rua antes de atravessa-la, eu já sentia aquela ansiedade subir pelo meu corpo assim que pisei com o meu pé esquerdo no asfalto.
Chegando do outro lado da rua, vendo pelo vidro da cafeteria que, o lugar, estava consideravelmente vazio. Logo entrei que entrei no comércio, o som daquele gato indicando que alguém havia chegado, ecoou por todo o ambiente. Molhei meus lábios vendo a garota de costas, arrumando alguma coisa, o que parecia ser uma xícara de porcelana com orelhas de gato, nas quais eram servidas para os clientes.
Me aproximei do balcão, enquanto sentia um gato se esfregando em meus pés enquanto eu andava. Assim que parei em frente ao balcão, por um breve momento, olhei para baixo e vi uma gato se esfregando em minhas pernas e tornozelo, no qual tinha três tipos de coloração diferente, me fazendo deduzir na hora que na verdade, era uma gata.
Levantei minha cabeça e levei meu olhar até a garota que estava de costas lavando outra xícara, suspirei fundo e limpei a garganta para chamar sua atenção. Na hora ela olhou para trás é…o que?
— Olá, boa tarde. Desculpe, pensei que meu marido estava aqui no caixa._ A mulher riu sem graça enquanto estava enxaguando suas mãos.
— Ele estava aqui até agora pouco…_ Se virou em minha direção enquanto secava suas mãos em seu avental.
— Pois bem, o que vai ser hoje?_ Perguntou gentilmente.
Aquela com certeza não era a [Nome], mesmo com seu sorriso ser semelhante, cabelos quase idênticos, a sua altura ser quase a mesma, seus olhos serem os mesmo que os dela e, claro, sua voz ser quase a mesma da garota, aquela não era a [Sobrenome] que eu conheço. Por sua aparência ser um tento quando jovem, me fez julgar mentalmente que aquela não possa ser sua mãe, mas definitivamente, era alguém que não deixava de ser mais velha que ela.
— Oh…eu estava…eu estava procurando alguém que também trabalha aqui._ Cocei minha nuca envergonhado, enquanto sentia minhas bochechas se esquentando aos poucos.
— Que…trabalha aqui?_ Perguntou em dúvida.
— Voltei…_ Alguém fechou a porta com uma plaquinha escrita: "apenas funcionários", com dois gatinhos e um pequeno coração por cima dos dois.
Rapidamente olhei em direção aquela pessoa, vendo um homem de aparecida também jovem, o que me fez pensar que eles tinham idades semelhante, enquanto ia em direção a mulher da minha frente.
— Eh…eu volto outra hora._ Ri totalmente envergonhado, enquanto sentia uma pequena pontada de ansiedade sobre mim.
— Quem você estava procurando?_ Perguntou a mulher da minha frente, enquanto o homem olhava para ela um pouco confuso.
— Ela…ela é da mesma sala que eu na escola, eu só precisava conversar um pouquinho com ela._ Falei um pouco nervoso.
— A [Nomezinha] é da mesma turma que você?_ Aquele homem sorriu gentilmente para mim.
— Não sabia que ela já tinha feito amizades na escola._ Ele olhou para a garota do seu lado.
— 'Na-ná, ela te falou alguma coisa do tipo?_ Ele perguntou a ela.
— Não…_ Murmurou olhando para um canto aleatório da cafeteria, enquanto coçava seu pescoço e fazia bico.
— A [Nome] nunca me fala nada sobre a escola dela._ Colocou a mão em seu quadril com uma certa raiva e olhava para o homem ao seu lado, porém ela logo olhou para mim e relaxou o seu semblante.
— Oh, desculpe…_ Suspirou.
— A [Nome] é minha irmã mais nova e sse aqui é o meu marido…_ Colocou a mão no peito do homem ao seu lado.
— É um prazer em conhecê-los._ Sorri para o casal ainda me sentindo um pouco envergonhado.
— Sou Chifuyu Matsuno, eu sento ao lado da [Sobrenome] na escola. Eu queria falar com ela pois…_ Acabei sendo interrompido repentinamente pelo cunhado de [Nome].
— Uhh…você quer sair para um Date com a [Nomezinha] hum?_ Me olhou maliciosamente, enquanto usava a palavra "Date" como se fosse uma gíria entre adolescentes e jovens, o que acabou sendo um tanto quanto constrangedor de se ouvir.
— Eu…_ Fui interrompido de novo por ele.
— Eu já sabia que a [Nomezinha] tinha vários pretendentes, já estava na hora de alguém vir atrás dela._ Riu brevemente.
— Se veio aqui 'pra chamar ela pra sair, ou quem sabe, saber se ela 'ta solteira ou não, fique tranquilo, ela 'ta solteirinha, ok?_ Me deu uma piscadela nada disfarçada, porém, de repente, sua mulher bateu em seu peito com um semblante sério.
— Cala a boca idiota!_ Ele recuou colocando a mão a onde ela havia batido.
— Desculpa…_ Olhou para mim enquanto se acalmava.
— Doeu…_ Murmurou o homem se afastando sem graça, enquanto sua mão ainda estava em seu peito.
— Desculpe pelo meu marido, as vezes ele se empolga…_ Suspirou.
— Olha, hoje é a folga da [Nome]. Na verdade, é hoje e amanhã, então apenas segunda que ela estará aqui na cafeteria._ Molhou os seus lábios.
— Por algum acaso, o que você precisa falar com ela é algo muito urgente?_ Encostou suas mãos sobre o balcão, o que me fez na hora notar a sua aliança de ouro em seu dedo anelar na sua mão esquerda.
— Na verdade, é urgente sim._ Falei olhando para o seu rosto novamente.
— Como eu estava dizendo antes, nós dois somos da mesma turma, acabou que ficamos em um mesmo trabalho de história que é para entregar na semana que vem._ Suspirei.
— Será que você pode dar o recado para ela que eu estive aqui 'pra falar sobre esse trabalho?_ Perguntei sentindo outro gato também se esfregando em minhas pernas.
— Amanhã o café fecha mais cedo, então se vocês forem fazer esse trabalho, terá que ser bem cedo._ Suspirou.
— Olha, eu posso falar para ela que você passou por aqui para fazer o trabalho…_ Ela coçou sua nuca.
— Essas coisas de escola só dão trabalho…_ Murmurou a mulher pegando o seu celular.
Olhei para baixo vendo três gatos nos meus pés, a mesma gata de quando eu entrei, junto com um gato cinza lambia sua pata direita e um branco com amarelo se esticando em minha perna. Sem demora, comecei a chamar a atenção dos felinos estralando os dedos, enquanto dava um sorrisinho para aquelas pupilas dilatas do gato que estava se esticando em minha perna.
— Eu vou mandar agora uma mensagem aqui 'pra ela, perguntando se ela pode vir rapidinho 'pra resolver sobre isso._ Falou a mulher da minha frente.
— Pode se sentar em qualquer lugar vazio se quiser._ Concordei com a cabeça sem desviar o olhar daquelas gatinhos.
Antes de me mover, peguei aquele gatinho em meu colo e me direcionei para uma mesa vazia, me sentando com ele em meu colo, enquanto sentia novamente outro gato ir até os meus pés. Dei um sorrisinho para eles enquanto coçava o que estava em meu colo.
P.v [Nome] [Sobrenome].
Eu estava deitada em minha cama mexendo em qualquer rede social minha, eram quase duas e trinta e cinco da tarde, quando de repente, uma notificação chegou em meu celular.
Vendo que era uma mensagem de minha irmã, rapidamente cliquei em sua mensagem e entrei em nossas conversas.
Franzi o cenho enquanto me sentava na cama e via a garota voltar a digitar.
Sem demora, rapidamente me levantei da cama, deixando o meu telefone encima da mesma, fui logo tirando a parte de cima do meu pijama, no qual eu estava usando desde ontem a noite antes de ir dormir. Joguei aquela peça de roupa em qualquer canto do meu quarto e fui pegando uma blusinha simples no meu guarda-roupa. Vesti com pressa uma calça jeans qualquer e logo fui no meu banheiro, escovei os meus dentes e dei uma organizada rápida em meus cabelos.
Peguei apenas o meu celular e sai de pressa do meu quarto, calcei rápido meu tênis, no qual uso para ir até a escola, e sai de casa. Atravessei a rua após olhar para os dois lado e, em seguida, abri a porta de vidro do café, causando aquele som irritante de gato para avisar que alguém chegou.
Olhei diretamente para Haruna que apenas apontou para o lado, o que me fez rapidamente levar os meus olhos naquela direção e ver Matsuno, com quatro gatos se esfregando nele enquanto sora estava deitado em seu colo, recebendo um carinho em sua barriga peluda e branquinha.
— Matsuno._ Sorri indo em direção do loiro, que assim que chamei o seu nome, ele me olhou rapidamente.
— [Sobrenome]…_ Sorriu tirando Sora do seu colo,no qual insistiu para não sair usando suas garras.
— Desculpa a demora, eu…estava de pijama._ Ri envergonhada enquanto me sentava em sua frente.
— Sem problemas, eu também estava até agora pouco antes de sair de casa._ Riu coçando sua nuca.
— Então…sobre o nosso trabalho de história…_ Suspirei me sentindo burra por ter esquecido aquele trabalho.
— Eu me esqueci completamente desse trabalho, mil desculpas._ Falei meio sem graça enquanto coçava brevemente meu antebraço direito.
—'Pra falar a verdade, eu também acabei me esquecendo dele. Só me lembrei pois minha mãe veio me cobrar se eu havia deveres de casa ou não._ Riu envergonhado.
— Eu não tenho o caderno completo por conta que cheguei a pouco tempo na escola._ Molhei meus lábios enquanto o olhava.
— Você tem o caderno completo para a gente fazer o trabalho?_ Perguntei para o garoto da minha frente.
— 'Pra falar a verdade…_ Coçou o seu antebraço.
— Você com certeza deve ter o caderno mais completo que o meu, olha que eu 'to naquela escola desde o sétimo ano._ Senti uma pontada de desespero me atingir brevemente.
— Ah…é?_ Minha voz chegou a falhar.
— Ma-mais não se preocupe!_ Gesticulou com as mãos para me acalmar.
— Eu tenho contatos da representante de turma da nossa sala, ela com certeza tem o bimestre todo de história no caderno dela._ Falou pegando rapidamente o seu celular.
— E-espere um minutinho, eu vou ligar para ela._ Sua tonalidade e sua breve risada pareciam em desespero.
— Meninos…_ Escutei a voz de Yuuto, meu cunhado, se aproximando da nossa mesa.
— A 'Na-ná fez isso aqui e mandou eu entregar para vocês…_ Colocou na mesa duas xícaras de porcelana, nas quais tinha orelhinhas de gato e sua calça era o rabinho, das cores branca e preta.
— Obrigada Yuuto._ Olhei para ele que apenas afagou meus cabelos por um breve momento, tentando ao máximo não o bagunçar.
— Qualquer coisa nos chame._ Concordei com a cabeça desviando o olhar dele, para as xícaras em nossa frente.
Era o clássico do café, dois capuccino com chocolate extra, nos quais tinham uma espuminha, feita de chantilly, em formato de gato que tinham uma carinha feliz, nas quais eram feitas de caneta com tinta comestível. Desviei o meu olhar das xícaras e olhei para Matsuno, que parecia mais em pânico que antes enquanto conversava com a representante de turma em seu celular. Logo o loiro desligou a chamada e suspirou fundo colocando o seu telefone na mesa.
— 'Tá tudo bem?_ Perguntei pegando a xícara da coloração branca, na qual estava mais próxima de mim, e a deixei mais perto ainda de mim.
— A Mayumi…_ Olhou para mim, citando o nome da representante da nossa turma.
— 'Tá em Quito com os pais dela, visitando os avós dela._ Suspirou fechando os olhos.
— E agora?_ Ele pegou a xícara preta de sua frente.
— Ela volta 'pra Tóquio amanhã, pelo que ela me disse, vai 'ta aqui à tarde se ela não for almoçar lá._ Suspirei fazendo um breve biquinho.
— Então vamos fazer esse trabalho amanhã._ Ele me olhou.
— Sua irmã me disse que vocês fecham o café mais cedo, certo?_ Concordei com a cabeça.
— Na sua casa ou na minha?_ Na hora pude ver as bochechas do loiro pegarem uma coloração avermelhada.
— Por que a pergunta?_ Levei a xícara próxima dos meus lábios.
— A onde iremos fazer o trabalho, claro._ Tomei um gole do meu capuccino morno.
— Acho que pode ser na sua…_ Coçou sua nuca.
— Tudo bem, eu moro literalmente em frente ao café, a casa 275._ Ele concordou com a cabeça, enquanto levava sua xícara até próxima dos seus lábios.
— Deixe-me te dar o meu número para que você possa me avisar quando estiver vindo para casa._ Ele quase se engasgou com o seu capuccino.
— 'Tá tudo bem?_ Franzi o cenho enquanto ele pegava o seu celular. O loiro o desbloqueou e entregou para mim em sua lista de contatos.
— Tudo sim…_ Olhei para o rosto do loiro enquanto pegava o seu celular, vendo um pequeno bigode de chantilly encima dos seus lábios.
— Certo…_ Soltei uma risadinha achando aquela cena um tanto quando engraçada.
Logo digitei meu número e adicionei com o meu nome e o meu sobrenome, logo apertei para ligar para mim, para que eu pudesse pegar o número do loiro e também o adicionar em meu telefone.
— Prontinho._ Entreguei para ele enquanto pegava o meu telefone e logo fui adicionar o telefone do garoto.
— Eu te mando uma mensagem mais tarde para deixar salvo._ Concordei com a cabeça.
— Tudo bem._ Sorri enquanto desligava a tela do meu celular.
O primeiro contato de alguém da minha turma…
Oioi:)
Oq acharam desse capítulo?
Perdão pelos erros ortográficos e até a próxima:)
Tchauzinho<3