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By LenaTwrtaro

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By LenaTwrtaro

Bem... Por onde eu começo?

Quem eu quero enganar, estou louca pra falar sobre o beijo e sei que que vocês estão loucos pra me ouvir.

Vou recapitular um pouco.

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Os dedos gélidos de Jeremiah cobrem a pele do meu pescoço e tenho certeza de que o arranhão que deixo nas suas costas não vai sair rápido.

Poderia passar horas saboreando seu gosto, senti falta de enroscar minha língua na dele o puxando para perto como se quisesse que fossemos um só.

- Mais dois? - quase dou um grito quando escuto Conrad atrás de nós. - No meu carro? - meus olhos estão arregalados de vergonha e tento esconder minha boca cheia de mordidas
- Con... - Jere não sabe sequer o que dizer

O loiro ainda está com as pupilas dilatadas e o canto da sua boca está sangrando um pouco.

- Não tem como esse dia piorar. - o moreno sai de perto de nós quase correndo

Me sinto péssima de ter beijado Jeremiah? Com toda certeza não. Me sinto péssima de ter feito isso escorada no carro do Conrad? Publicamente eu diria: com toda certeza. Na verdade eu não sinto remorso nenhum, mas tenho idéia de que isso é mais do que sobre nós dois, com a cara que ele fez algo correu péssimo.

- Acho que eu preciso... - sou interrompida quando Belly aparece sem ar em frente a nós
- Alguém viu o Conrad? - ela parece estar correndo a um tempo
- Ele foi pra lá. - Jere aponta pro campus pra onde ele correu
- Obrigada! - ela agradece correndo atrás dele

O clima fica silencioso e não sei o que dizer. Nunca nos beijamos dessa forma em público, exatamente por esses motivos.

Sermos interrompidos faz com que pareça que falta algo. Não é como se o beijo fosse ruim, mas deixa essa sensação esquisita, mesmo eu tendo certeza de que nenhum de nós tem qualquer coisa pra reclamar dele.

- Bem... - não sei bem o que dizer, estou mais nervosa do que o normal

Segundos antes que eu entre em pânico uma luz aparece na nossa frente, Jack parece atordoado enquanto caminha na nossa direção com os olhos arregalados.

- Conrad nunca mais vai falar comigo. - ele começa, coçando a cabeça nervoso com algo
- O que você fez? - pergunto, aliviada por conseguir falar algo sem explodir de nervosismo
- Bem... - claramente é algo horrível pela sua feição. - Eu meio que... Na verdade ela meio que... Bem, eu e a Belly nos beijamos.

Não sei como reagir a isso, esperava qualquer coisa, menos isso.
Agora a raiva do Conrad quando viu eu e Jere se beijando escorados no seu carro faz sentido.

- A viagem de volta vai ser... tenebrosa. - Jere finalmente diz algo

Não consigo olhar pro seu rosto por muito tempo sem me lembrar que acabamos de se pegar muito.

- Algo me diz que não deu muito certo com ela. - vejo Belly andando na nossa direção e me desencosto do carro. - Preciso pedir desculpas pra ele, eu acho. - estou ligeiramente confusa mas sei que o correto é pelo menos dizer algo pro moreno
- Valeu. - Jere diz enquanto vou em direção aos dormitórios

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Encontro o quarto de Conrad e nem sequer bato na porta, já que ela está completamente aberta. Escuto um bate papo acontecendo mas é tarde para não interromper já que entro no dormitório o mais rápido possível.

- Sem querer interromper nem nada mas... - me desculpo caso esteja atrapalhando a conversa entre os dois colegas de quarto
- Kath. - Conrad não parece nem um pouco surpreso em me ver
- Foi mal Connie. - me desculpo. - Não era pra você ter visto aquilo, de verdade. Prometo que pago um lava a jato pro seu carro. - digo e seu rosto, que era uma pedra, esboça uma risada
- Fica tranquila Kath, não tô bravo com vocês. Pode voltar pra lá e dizer isso pra todo mundo. - o sorriso que ele abre é mais assustador do que reconfortante
- Então tá... - finjo não estar com medo do que nos espera

Saio do quarto pensando em como ele vai reagir ao beijo da Belly e do Jack durante a viagem de volta.

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- Já faz uma hora. - Belly relembra apoiada no carro
- Ele vai vir. - Jere afirma
- Falando no diabo. - abro um sorriso que tenho certeza que não soa natural quando vejo Conrad se aproximando

Todos ficam em silêncio enquanto ele coloca suas coisas na mala carro.

- Vamos embora ou não? - ele parece drogado pela forma que ele sorri
- Aqui suas chaves, melhor você... - Jere pega a chave pro moreno que nega
- Não confio em mim mesmo dirigindo nesse momento. - todos quatro ficam com os olhos arregalados, talvez temendo o que ele faria com o carro. - Não dormi muito bem ontem. - ele abre a porta e se senta no banco traseiro. - Vocês vem?

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Durante a viagem de volta todos estão em silêncio, provavelmente por conta do moreno que parece drogado no meio de todos, sorrindo e cantarolando coisas sem nexo.

- Tão quietos, aconteceu alguma coisa? - ele quebra o silêncio. - No caso, aconteceu né? - a risada de Conrad é o único som que ecoa pelo carro. - É sério gente, não precisam ficar quietos por minha causa podem voltar a se engolir, não vou me importar.

Vou ficar surpresa se me disserem que ele tá completamente sóbrio, é literalmente impossível eu sobreviver a mais tempo enquanto ele fala sobre como cada um de nós reagiu quando ele interrompeu a gente.

- Vamos fazer um brincadeira Connie? Quem conseguir ficar mais tempo em silêncio ganha. - já tentei de tudo pra tirar um cochilo mas ele não para de falar
- Nesse jogo eu não sou bom, vamos ver outro. Que tal: Belly responde? - já não tenho muita paciência normalmente, com fome sou um monstro
- Con...
- E então Belly, o que vocês fizeram enquanto eu fazia a prova? Algum passeio romântico pelo campus?
- Con, pode parar um pouco cara? - Jack tenta intervir
- Fica tranquilo cara, só estamos conversando. - seu sorriso assustadoramente falso aparece. - E então Belly, preciso fazer a pergunta: Quem beija melhor? - agora eu estou incomodada pelos dois
- Pode parar de ser um infantil por cinco minutos? - soa como um grito quando digo ao moreno
- Para de ser babaca com eles Con. - Jere me apoia

O rosto de Belly está enfiado num livro que ela sequer lê, Jack já coçou a cabeça tantas vezes que estou com medo de seu cabelo cair.

- Nunca saberemos. - o garoto ironiza, deitando sua cabeça no banco de novo

Estou incomodada por diversas coisas, Conrad sendo infantil é uma delas, mas é só uma cereja irritante num bolo, a maior de todas é eu não ter conseguido ter uma conversa de verdade com Jere depois de nos beijarmos. Só preciso de cinco minutos sozinha com ele pra falar sobre tudo.

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Nosso maior problema começa assim que um trânsito se inicia por causa da chuva terrível que está acontecendo.

- O que vamos fazer? - todos estão calados e Jere me pergunta quando o GPS avisa que vai demorar mais meia hora pra chegarmos, além do que já iria demorar
- Preciso comer alguma coisa. - murmuro sentindo o vazio no meu estômago

Jeremiah consegue desviar o caminho para uma loja próxima e acompanho Belly até o banheiro enquanto todos pegam algo pra comer.

Lavo meu rosto com um pouco de água e a garota sai da cabine.

- Desembucha BelBel, pode perguntar. - a expressão de agitação da garota me deixa ligeiramente preocupada
- É que... Eu não sei se fiz o certo sabe? Não é como se eu fosse casar com o Jack mas, nesse momento, quero ficar com ele. Eu tô errada? - entendo o que ela quer dizer e o porquê do seu nervosismo também
- Não, você só precisa conversar com o Conrad. Quando ele tiver melhor. - dou um conselho a ela
- Verdade, obrigada Kath. - ela me abraça e percebo o quão culpada ela se sentia

Entramos no carro ao notar que todo resto já estava lá, mesmo que em total silêncio e sem fazer qualquer contato visual direto.

- Pra madame. - Jere me entrega uma sacola
- Você é um anjo. - abro o pacote de KitKat rapidamente, mordendo um pedaço
- A estrada vai ser fechada, o cara da loja falou. - Jack diz enquanto come algo que parece cheetos picante
- Tem um hotel aqui perto. - Jere diz, me olhando
- Não temos outra opção não é? - digo colocando meu cinto

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É um hotel ótimo pra ser sincera, pensei que fosse ser algo tenebroso com as paredes descascadas e coisa do tipo mas parece ser um lugar confortável para passarmos a noite.

- Só temos dois quartos, vão querer ou não? Tenho mais dois caminhoneiros querendo. - a recepcionista, muito simpática, diz
- Vamos. - aceito antes que ela desista
- Como vamos dividir isso? - Jack sussurra na minha orelha
- Melhor conversar com ele, tchau. - agarro uma das chaves e vou em direção ao quarto, estou cansada demais pra ficar escutando discussões sobre quem vai ficar em qual lugar

Jeremiah vem logo atrás de mim. Torço pra Belly, Jack e Conrad se resolverem antes que o quarto que eles ficarem exploda com a tensão dos três.

Assim que achamos o quarto, abro ele e ligo a luz. É uma bela surpresa só ter uma cama de casal no meio do lugar.

- Podemos conversar? - pergunto assim que ele fecha a porta
- Claro. - o loiro tira seu casaco encharcado da chuva

Não sei bem o que falar mas sei o que quero deixar claro pra ele, só é difícil encontrar palavras, principalmente porque sua regata me deixa desconcentrada.

- Jere. - a tensão entre nós é esquisita, quero resolver a pendência rápido

Ele está dobrando sua roupa quando chamo sua atenção, o fazendo virar na minha direção.

- Não precisa falar se não quiser, não quero te forçar a dizer nada K. - agora sim ele transparece seu nervosismo
- Eu quero falar, só... Não sei por onde começar. - admito
- Podemos falar da praia. - meu estômago borbulha e sinto uma vontade súbita de vomitar quando ele relembra esse dia

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Não sentia nada.

Não lembrava onde estava.

Não sabia o nome das pessoas comigo.

O que eu estava fazendo ali?
Não faço ideia.

Agora repassando as memórias cortadas pela minha mente, estava com Mark. Bebemos algumas garrafas de vodka. Depois aceitei o comprimido que ele me deu.

A memória seguinte era de eu dançando, com alguém que parecia me conhecer, mas eu não a conhecia.
Em seguida me ofereceram Ecstasy, não tinha porque recusar, estava quase voltando a sentir a dor da ferida aberta nas minhas costas, isso não podia acontecer.

Na última memória da noite estava caída na beira de uma praia, não sozinha, mas não conhecia nenhum dos que estavam desmaiados e espumando pela boca comigo. Ao piscar dos meus olhos, algo me induzia a aceitar do único desconhecido acordado uma fila de coca, pelo menos ainda não sentia dor. Eu queria acreditar nisso, mas sabia que assim que conseguisse respirar sem ver tudo azulado estaria dentro do buraco que cai.

Estava próxima a morte, sei disso. Sentia isso.

A outra única pessoa que sentiu isso foi Jeremiah. Quem apareceu numa praia perto do Arizona às quatro da manhã para me arrastar desmaiada até seu carro e me levar para casa.

Acordei na manhã seguinte numa maçã de hospital, esperava encontrar pelo menos trinta pessoas da minha família me xingando e falamos quão irresponsável eu era por fazer algo assim mas na verdade, a única coisa que vi ao abrir meus olhos, foi Jeremiah.

Ele estava vidrado, sentia sua ansiedade só pela forma com que seus olhos se comportavam. O loiro se levantou rapidamente quando me viu abrir os olhos.

- Kath. - ele parecia rouco, seus olhos vermelhos
- O que... - não conseguia falar muito bem, só notei que estava entubada quando Jere gritou por uma enfermeira

Não sabia o que sentir, só conseguia pensar na forma em que o loiro devia ter me encontrado. Estava enojada de mim mesma.

- Disse a Julie que você estava na casa de uma amiga, sem bateria no celular, confirma isso. Te deixo em casa assim que tiver alta. - ele era cirúrgico em sua fala
- ... O.K. - não sabia o porquê não disse o que queria, pelo menos podia te-lo agradecido

Voltamos em silêncio e menti pra minha mãe na volta, exatamente como o garoto mandou.

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- Eu nunca consegui agradecer pelo o que você fez, me desculpa. - me sinto envergonhada
- Não queria que Julie te visse naquela condição. - ele diz
- Não só por isso. Por ter me encontrado, me ajudado, por nunca ter dito pra minha também mas principalmente por nunca ter jogado isso na minha cara. - me sinto mais leve admitindo
- Eu nunca faria isso com você. - percebo que estou com uma expressão dolorida quando o garoto se aproxima. - Lidamos com a dor de formas diferentes, só espero que você nunca faça isso de novo. - ele diz, acariciando minha bochecha

- Eu prometo.

Todo tipo de conversa que tenho com Jere é assim, ele sempre consegue me fazer sentir melhor.

- Aquele foi um dos piores dias da minha vida. - escuto ele murmurar. - Achei que tinha te perdido pra sempre. Não consegui dormir com medo de nunca mais te ver. - abraço ele forte
- Você nunca vai me perder. - afirmo
- Não conseguia imaginar minha vida sem você, mesmo que não namorassemos, quero dizer, mesmo que a gente não namore, ainda quero você na minha vida.

Seus braços me confortando sempre melhoraram meu dia, espero que os meus façam a mesma coisa com ele

- Sabe que eu nunca parei de te amar não é? - a surpresa em seus olhos é clara
- Como assim? - ele se afasta o suficiente para conseguir ver meu rosto
- Nunca disse que parei de te amar, nem mesmo no dia que terminamos. - relembro
- Mas... Sério? - a inocência em seu olhar me faz dar um sorriso
- Como eu poderia? Não dá pra mentir pro coração. - digo

Ele pisca algumas vezes, seus olhos analisam meu rosto por completo.

- Você tá falando a verdade não é? - sinto seus dedos gélidos tocarem meu pescoço
- Claro. - afirmo acariciando os cachos caídos sobre seu rosto
- Porque se você tá falando a verdade eu sou todo seu. - meu coração dispara e não consigo controlar meu sorriso bobo
- Todo meu? - até meus olhos sorriem
- Todo seu. - suas mãos estão em minha cintura e seu sorriso cada vez mais próximo do meu
- Então você é todo meu. - nossos narizes se tocam e me impulsiono para perto

Não se passam cerca de dois segundos até que algo esmurre nossa porta.

É impressionante como todo mundo gosta de interromper a gente.

- Só pode ser brincadeira. - bufo de raiva, me afastando até a porta sem nenhuma vontade, vejo Jere segurar uma risada
- E aí maninha? Tem espaço pra mais um? - Jack está com um sorriso nervoso no rosto
- Não.

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