THE WEST SIDE WOLVES | HYUNLIX

By __Lanna_

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Hyunjin tinha muito com o que se preocupar. Sua vida inteira foi um borrão de sofrimento e dor, pois quando s... More

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By __Lanna_

Hyunjin abriu os olhos com muita dificuldade. Era como se todo o peso do mundo estivesse sobre suas pálpebras, mas ele conseguiu. O problema é que o lugar em que estava não era sua casa, não era seu quarto e nem sua cama. O menino nem se moveu, estava esperando lembrar-se do que aconteceu noite passada, porém apenas breves flashbacks vinham em sua mente.

Bebida. Luzes coloridas. Yeji e uma garota. jaehyun e Yuta bêbados. Ele mesmo bêbado. Banheiro. Felix e um garoto... Felix!

Ele se ergueu como a velocidade da luz e olhou ao redor mesmo que sua cabeça doesse como o inferno. Ele se esforçou para tentar descobrir onde estava. Era um quarto e a claridade da janela o invadia indicando o dia, aquilo fez seu coração disparar. hwang olhou para o corpo rapidamente e checou se seu moletom estava cobrindo sua pele por completo, e estava. Suspirou em alívio.

E então alguém estava ao seu lado. Yeji.

— yeji. — Ele a chamou em puro desespero e ela arregalou os olhos assustada e perdida como se estivesse acontecendo um apocalipse zumbi enquanto dormia.

— O que?! — Seus cabelos estavam uma bagunça e sua maquiagem escorria no rosto.

— O que eu tô fazendo aqui? Como eu vim parar aqui? Quem me trouxe aqui? Onde eu estou? — Estava incrédulo. — Que horas são?

Ela se esticou e pegou o celular. — Nove da manhã.

— Pelo amor de Deus! Essa não é a pergunta mais importante.

— Bem. — Sentou bocejando. — Eu recebi a ligação de um número desconhecido e era a pessoa que eu menos esperava no mundo: Lee Felix. Ele xingou uma caralhada de palavrões antes de eu realmente entender. — Fez uma careta. — Disse que estava com um "saco de merda" que havia passado muito perto da morte a minutos atrás e então mandou eu passar meu endereço ou te jogaria numa vala para você morrer lá.

— Como...

— Você estava desmaiado. Tipo, literalmente desmaiado. Quando ele chegou aqui eu já estava esperando e aí a gente te colocou na minha cama e você acordou só agora. Fim. — Ela suspirou. — Sinto muito, eu deveria ter ficado e cuidado de você. Você fez isso por mim e eu–

— Não. — A cortou. — Não e não. Tá tudo bem.

— Eu...

— Eu não sabia. — Disse e não demonstrou que daria mais explicações, mas ela incentivou com um aceno. — Que você gostava de meninas.

— Eu não gosto de meninos. — Disse com um sorriso. — Eu sou lésbica, mas não achei que isso importasse. — Deu de ombros.

— Não, não importa. Só me pegou de surpresa, tipo... Não imaginei.

— Isso te incomoda? — Pendeu a cabeça.

— Não! Nem um pouco. Sério. — Sorriu. — Valeu a pena? Tirando o fato de que eu passei dos limites e te atrapalhei.

— Oh, valeu. — E então eles gargalharam.

🐺

Era quase onze quando ele chegou em casa. Subiu na lata de lixo depois de espionar o suficiente para não ser pego e se jogou para dentro do quarto. Sua cama estava exatamente do mesmo jeito, os objetos intocados, a porta do banheiro fechada, mas quando tocou a maçaneta da porta que dava a saída para o corredor. Ela estava aberta.

Hyunjin congelou por um instante e andou lentamente como se estivesse num campo minado. Ele desceu a escadaria e lá estava Gregory esparramado no grande sofá com as pernas cruzadas e braços atrás da cabeça. Ele sorriu. Hwang achou que poderia ter uma chance, então apenas continuou o percurso até a cozinha e Popy estava lá, parecia tensa.

— Pop. — Disse.

— Oi, criança. — Ela sorriu, mas parecia preocupada. — Você...

— Ora, ora, ora. Vejamos quem está aqui, o fugitivo. — Ele estava escorado no batente da porta.

Hyunjin juntou toda a coragem que tinha para não mostrar o quão assustado estava.

— Eu não fugi, eu só saí. — Replicou. — Ele não disse nada sobre eu não poder sair.

— Sair sem o Gregory, a menos que seja para a sua faculdade estúpida, é quebrar as regras.

— Falar sobre si mesmo em terceira pessoa é vergonhoso. — Disse e sentiu Popy tocar seu braço. Era como um aviso e ela dizia para ele parar.

— Você está ferrado até o último fio de cabelo e ainda tem a coragem de tirar com a minha cara? — Ele cerrou os punhos e foi até eles. Gregory o agarrou pelo capuz do casaco e mesmo hyunjin lutando contra seu aperto, era como nada. Aquele homem parecia ter dois metros de altura e seus músculos pareciam que iriam explodir a qualquer momento.

Ele o arrastou escada acima e hyunjin pôde apenas dar uma última olhada na mulher que tinha as mãos na boca e lágrimas nos olhos. O menino deu-lhe um sorriso caloroso, ainda que soubesse que não estava nada bem. Gregory o arrastava sem pena alguma e ao abrir a porta do quarto de hyunjin, ele o segurou pelos cabelos apenas para fazê-lo sentir dor e o jogou no chão. Duro e impiedoso. Hwang gemeu de dor, seu quadril doía e ele se perguntou se havia se machucado ali recentemente... Talvez ontem?

— Eu tinha uma proposta para você, mas agora eu só consigo me imaginar te estrangulando.

— Você não pode, de qualquer forma. — Ele teve a coragem de sorrir perverso o encarando de baixo. — Você não pode me machucar. Chan te mataria.

— É, certamente. Parece que ele não quer ninguém além de si mesmo te maltratando, isso é bem egoísta, não acha? — Riu e se agachou, o pegando pelos cabelos novamente. Hyunjin cerrou os dentes e suas narinas dilataram automaticamente. — Mas dependendo do lugar, se eu não deixar marcas... Então ele não vai saber. Ou você acha que o chefe iria acreditar em você? Ele te odeia e te despreza.

— Eu não me importo. — Sua voz estava rouca em ódio e por alguma razão, sentia dor por ouvir aquelas palavras.

— Você cresceu e parece que tá ficando cada dia mais burro, moleque. Parece que não liga para proteger essa sua bunda. — Ele sorria e hyunjin tinha vontade de vomitar.

— Vai se foder. — Cuspiu as palavras e se colocou sobre as mãos para ficar de pé.

— Seu... — Gregory não terminou o que quer que fosse dizer. Ele chegou mais perto e automaticamente hyunjin se arrastou rapidamente até que estava erguido, porém não tinha saída e ao andar alguns passos para trás, sentiu a parede em suas costas. O homem riu. — Eu sempre te achei insuportável. Uma gracinha, mas irritante pra caralho.

Hyunjin franziu o cenho porque não havia motivos para odiá-lo, pelo menos não vindo dele. Hwang sequer tentava ser visto, estava sempre em seu quarto e às vezes em que teve contato com o homem fora quando seu pai o arrastava para fora e o mostrava coisas que não queria ver. Gregory estava sempre lá. Ou quando o homem lhe tocava de forma repugnante e ele se afastava o xingando porque não podia fazer nada, era uma criança. Sempre que o capanga de seu pai o queria machucar, sempre agarrava seu cabelo com força, pois sabia que assim não seria descoberto.

E hyunjin sempre se perguntou o porquê de todo mundo odiá-lo.

— Me deixe em paz! — Rosnou com os dentes cerrados.

— Ou o quê? — Estalou a língua na boca. — Você ficou pior depois que entrou nessa faculdade.

— Pior?

— Agindo como se odiasse tudo isso. — Ele sorriu. Um sorriso nojento e que puxou o ódio de hyunjin de seu interior.

Hwang se esquivou rapidamente e o mais velho fez menção de que não o deixaria passar, mas Hyunjin não demonstrou medo. Ele só precisou de um movimento e estava enfiando a mão debaixo do travesseiro e tirando um canivete de lá. Gregory arregalou os olhos e recuou imediatamente, parecia cético e surpreso. Hyunjin tinha aquilo há tanto tempo que não poderia dizer especificamente. No fundo ele não sabia o porquê de manter algo assim.

Não era como se pudesse usar contra seu pai, estaria morto no mesmo segundo e... Era seu pai. Hyunjin não conseguia ver as coisas de outra forma e de certo modo entende que tem a ver com a manipulação e a culpa que sentiria, mas não poderia negar que já se imaginou matando seu progenitor e mesmo que fosse assassinado no mesmo instante, seria suficiente levar alguém tão ruim consigo.

Mas era seu pai. E ele lhe deu um carro. Era seu pai e ele lhe comprou roupas. Era seu pai e ele lhe permitiu entrar numa faculdade. Era seu pai. Ainda que o machucasse tanto.

Mas hyunjin não queria um pai como aquele.

— Ficou louco? — Gregory gritou.

— Se você se aproximar novamente, eu juro, eu juro que corto a sua garganta sem pena nenhuma. — Seus olhos queimavam. — Diferente de você, eu não tenho nada a perder.

— Você não teria chance... — Era mais uma suposição que uma afirmação. Deveríamos levar em conta o seu tamanho, força e treinamento. Porém ele não tinha nenhuma arma consigo no momento e hyunjin treinou bastante para algo assim.

— Vamos testar então. — Ele fingiu que iria avançar.

— Não! Tudo bem, tudo bem. Vamos apenas deixar isso de lado, seu pai não precisa saber. — Ele engoliu em seco e parecia notar que o menino sabia o que estava fazendo.

E hyunjin meio que se divertiu com a situação, mas não deixou transparecer.

— Me deixe em paz e eu não falo sobre você trazer prostitutas pra cá. Você e eu sabemos muito bem que ele não confia a casa a ninguém de fora. São coisas perigosas e comprometedoras, então seria muito lamentável se ele descobrisse o que você andou fazendo. — O homem o olhou com espanto e Hwang sorriu.

— O que você...

— Última chance.

— Ok. — Ele limpou a testa suada com as costas da mão. — Onde você conseguiu isso?

— Não interessa, mas tenho muito mais. Coisas que você não gostaria de me ver usando. — Ele disse. Disse porque não era mais um garotinho que não tinha como se defender.

Gregory franziu o cenho. Meio assustado, meio confuso. Mas ele não disse mais nada, apenas acenou como um trato e deixou o quarto como se nada daquilo tivesse acabado de acontecer. Hyunjin deixou que seu sorriso deslizasse para fora de seu rosto no momento em que ele saiu, desabando em seus calcanhares e apertando o tapete com força. Com raiva.

🐺

Na segunda, hyunjin foi falar com Seungmin e perguntar o porquê dele mentir sobre o porquê do time não ter chegado nas finais. Ele teve tempo de questionar isso antes, só não sabia exatamente como e não queria ter ainda mais dor de cabeça. Então adiou, mas precisava de uma resposta.

— Está bravo, chateado? — Ele estava escorada com o ombro num pilar e hyunjin o encarava. Esperando.

— Não. Eu só preciso saber.

— Bem. — Ele suspirou. — O felix é um pé no saco na maior parte do tempo, mas ele é meu amigo. Assim como o yuta ou o jaehyun... E eu faria isso por qualquer um deles.

— Eu não entendo. — Confessou.

— Vocês precisam ganhar porque isso é a única coisa que o motiva. Quando ele teve aquela overdose, eu temi o perder. O treinador nunca disse para nenhum de nós o porquê dele retornar e estar tão determinado – ainda mais que antes – no time. Porém eu entendi, eu observei o suficiente para saber que não era como se ele só tivesse decidido viver. Então eu juntei as peças: o treinador se tornou alguém ainda mais compreensivo e paciente quanto a ele, eu já o ouvi dizendo "lembre-se do que prometemos" enquanto tentava acalmar lee num daqueles colapsos dele. Eu entendi. — Ela sorriu tristemente. — E eles precisavam de mais alguém para o time seguir adiante, felix precisava de alguém para seguir adiante. Você era a resposta e eu simplesmente não poderia te deixar de fora quando você estava bem ali na minha frente. Eu sinto muito por isso.

E era verdade. Hyunjin percebera que ele era como uma mãe para todos eles. Um bando de loucos que não conheciam limites, mas ele sabia impor isso e tentar manter as coisas menos bagunçadas. Ele se preocupava.

— Ok.

— Ok?

— Ok. — Repetiu.

Ele franziu o cenho.

— Você não queria participar porque disse que não poderia passar das semifinais. Por quê?

E então ele apertou a barra do moletom com força porque isso era um problema que não saberia como resolver. Tinha a opção fácil de deixar o time e viver sua vida miserável normalmente, mas não queria isso. Além de estar realizando um sonho, um maldito sonho, agora ele também não poderia vazar porque a vida de lee estava em jogo e não queria acabar recebendo a notícia de que o menino se matou quando poderia ter evitado isso.

Ainda que para isso tenha que arriscar a própria vida.

— Não é nada. Isso não é mais um problema. — Mentiu.

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