THE WEST SIDE WOLVES | HYUNLIX

By __Lanna_

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Hyunjin tinha muito com o que se preocupar. Sua vida inteira foi um borrão de sofrimento e dor, pois quando s... More

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By __Lanna_

 Assim que deixou o banheiro e caminhou pelo curto corredor hyunjin deu de cara com lee esvaziando um copo e logo em seguida o jogou na galera de baixo que ainda vibrava. Foi algo rápido e repentino, a mão de felix escorregou e ele pendeu sem freio para a frente. A reação imediata de hyunjin foi de puxá-lo pela camisa e com a força que não sabia que tinha o agarrou e o jogou no chão com força. lee piscou os olhos meio desnorteado e com os braços abertos sobre o carpete. Há cinco segundos atrás poderia estar todo quebrado e não parecia dar a mínima.

— Você é insano ou algo assim? — hyunjin rosnou em sua cara, agora segurando sua gola firmemente.

— E você? Me segurou para ter alguém que te bata todos os dias? — Sua risada soou amarga. — Eu sou realmente o louco aqui?

— Se quer morrer faça isso num lugar onde ninguém terá que assistir você se quebrar em pedacinhos no chão. Ninguém é obrigado a assistir essa merda. Pare de querer chamar atenção de todo jeito, seu idiota. — Ele o empurrou e ficou de pé. hyunjin percebeu que ninguém havia notado aquela movimentação. Ele riu. Voltou a encarar felix ainda no chão sem mover um músculo e disse: — Você tem realmente muitos amigos. Veja só todos eles preocupados com você. Veja quantos estão preocupados se você iria cair dali de cima e quebrar essa cabeça de merda.

A expressão de felix mudou muitas vezes num curto intervalo de tempo. Ele estava zangado e então em choque. Agora parecia com raiva. Estava enfurecido.

— Você quer morrer? — Ele se ergueu nos próprios cotovelos. Seus dentes cerrados. — hyunjin... hyunjin... Não brinque com o que você não pode lidar. É uma carga pesada.

— Eu não tenho medo das suas ameaças. — Respondeu.

— Ameaça? Não. Eu só estou te alertando, é um aviso. Um spoiler. — hwang passou os olhos sobre ele e notou seus dedos brancos no carpete. Ele apertava o chão com força, provavelmente tentando se controlar para não jogá-lo escada abaixo.

— Eu sempre odiei spoilers. — Disse. — Odeio mais ainda quem os dá. Não seja tão petulante, temos muitos anos que infelizmente precisaremos compartilhar pela frente.

— Será mesmo? — Arqueou as sobrancelhas e colocou os braços sobre os joelhos dobrados. Ele o encarava como se enxergasse seu âmago.

hyunjin cruzou os braços claramente intrigado e sem medo algum daquele ser irritante que desrespeita tudo e todos. Ele se agachou em sua frente para que pudesse ser ouvido com clareza, pois a música ainda era alta.

— Foi você quem insistiu que eu entrasse no time. Foi você quem falou de mim pro treinador. Foi você que veio até mim primeiro. — Ditou. — Então qual é a porra do problema? Isso já está me enchendo. Se tem algo contra mim, apenas fale e resolva como um adulto. Essas atitudes estúpidas já estão vergonhosas até para você.

Talvez tenha sido idiota de sua parte deixar o rosto tão a mercê de um descontrolado, pois só precisou fechar a boca para receber um chute no rosto. hwang foi jogado contra as grades que felix estava sentado antes e tudo o que viu antes de apagar foi o garoto erguendo o punho para batê-lo ainda mais.

hyunjin aprendeu muita coisa nessa vida. Coisas que um menino de 15 anos não deveria saber, porque quando se tem essa idade e sabe exatamente cada lugar de seu corpo que aguentaria o próximo golpe, é doentio. Quando seu pai o espancava, hwang costumava deixar uma parte de seu corpo no caminho, à espera do primeiro impacto. Lembra-se da vez em que levou vários socos no estômago no dia anterior, sua pele estava roxa e ele se recorda de vomitar sangue por um tempo. Então naquela noite quando seu pai chegou irritado com algo, o garoto soube no mesmo segundo que seria o saco de pancadas e por essa razão se curvou e deixou que chan descontasse a raiva em suas costas. Ele sabia que não aguentaria mais nenhum golpe na barriga. Ele sabia que não haveria médicos ou alguém que pudesse o ajudar de verdade.

hyunjin aprendeu a sobreviver dentro da própria casa. Resistiu por tanto tempo que chegou num momento de sua vida que se perguntou do que exatamente estava fugindo. Da morte? Ah, mas então poderia finalmente descansar, não é? Ele se pegou deitado em sua cama com um sorriso quase inexistente, pequeno, melancólico e esperançoso.

— Deus, se eu sofri tanto aqui, o senhor não me mandaria para um lugar ruim, não é? — Sussurrou. Murmurou para quem? Se perguntou logo em seguida. Porque se Deus existe, o que lhe dá o direito de assisti-lo apanhar até não aguentar mais?

Se Deus realmente existia, então por que o prendia naquele inferno?

hyunjin abriu os olhos e continuou encarando o teto, as luzes ainda piscavam e a música ainda soava, mas parecia meio distante. Ele se deu conta de que aquilo havia sido um sonho. Não. Eram lembranças. Às vezes ele se perguntava se seu cérebro havia apagado a maior parte de sua vida e por essa razão costuma ser lembrado nos sonhos. Quem sabe yeji estivesse certa sobre ele ignorar aquilo que não lhe interessa, ele realmente tentava apagar coisas desagradáveis de sua cabeça e de vez em quando funcionava, o problema é que o assolavam de uma vez e ele se via sufocado pela própria existência.

— Meu Deus. — yeji soltou o ar aliviada e colocou uma mão na testa.

— O-Onde estamos? — Levou três tentativas até que sua voz saísse. Ele ergueu o tronco e mesmo com a visão turva reconheceu que estavam num quarto.

— Fique deitado. — Ela o empurrou de volta.

— Sua cabeça dói? — jeongin apareceu em sua linha de visão.

— Um pouco. — Ele passou a mão no rosto e sentiu que tinha algo em seu nariz, quando puxou, era papel higiênico em cada narina. — Que merda é essa? — Fez uma careta.

— Seu nariz não parava de sangrar, daí o jeongin teve essa ideia. Pareceu idiota no começo, mas deu certo.

Ele suspirou e lentamente se ergueu. Estava numa cama grande e a porta se encontrava fechada. Ele não estava raciocinando muito bem, mas ao olhar em volta conseguiu distinguir nitidamente. yeji, jeongin e seungmin. Estavam ao redor da cama como se aquilo fosse seu funeral, e bem, ele desejou um enterro naquele momento. No instante em que seus olhos encontraram felix no canto do quarto com os braços cruzados e o ombro escorado na parede. hyunjin arregalou os olhos céticos do que viam e pulou da cama determinado a socá-lo até que estivesse satisfeito, mas não teve a chance. yang o segurou com a ajuda de seungmin.

seungmin era ainda mais forte que jeongin. hwang sequer se movia em seu aperto.

— Caralho! Por que estão me impedindo? Esse desgraçado me apagou. — Gritava frustrado. — O que ele está fazendo aqui?!

lee curvou os lábios e chegou mais perto, mas yeji segurou seu braço e quando ele a fitou ela continuou apenas o encarando de volta. Sua raiva também era visível.

— Eu não vou fazer nada, loirinha. Calma. — Ergueu as mãos no ar e se voltou para hwang. — Bem, você perguntou o que eu estou fazendo aqui. Geralmente, quando um assassino atira em alguém, por exemplo, ele volta para ter certeza de que o trabalho foi executado com sucesso.

— Doente do caralho. — Rosnou avançando, porém não tinha chance contra jeongin e seungmin.

— Calma, calma. — Riu. — Eu não estou dizendo que vou te matar. Quem você acha que eu sou?

— Um pirralho mimado.

— Resposta errada. Eu sou apenas um universitário, assim como você. Mas, hyunjin... Tu é tão irritante. — Fez cara feia. — Ficar no mesmo ambiente que você me faz querer vomitar.

hyunjin sentiu o corpo queimar. Estava furioso e confuso. Ele já havia deduzido que felix era no mínimo bipolar, mas essas suas ações estavam o deixando fora de si. Como um cara de vinte anos se dedica tanto para infernizar a vida de um cara qualquer que chegou agora à pouco. O que tinha de tão repugnante?

— Eu não faço a mínima questão de estar perto de você. A única coisa que quero é jogar e eu sei que você fez de tudo para eu entrar porque também quer isso. Então pare de querer acabar comigo. Sua existência não me importa em nada. Contanto que não se dirija a mim, eu ficarei feliz de fingir que você sequer existe.

— Oh. — Ele arqueou as sobrancelhas. — Acho que ninguém realmente seria capaz de ignorar a minha existência.

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Pra falar a verdade, hyunjin não lembra como chegou em casa realmente e como não foi pego. Mas no fim, sobreviveu. Quando a segunda chegou e ele precisou ir para a faculdade, se viu desejando apenas ficar em sua cama e ignorar o resto do mundo. Parece até ironia, quando passou a vida inteira ansiando por isso. Sua única motivação era o time, o campo, o futebol.

Seu corpo doía mais que nunca e pelo que se lembra, não apanhou de seu pai no domingo pois ele ainda não havia voltado. De alguma forma ele estava desnorteado, se pegava se questionando o que era real e o que não era. Chegou a cogitar que ainda tinha a ver com a bebida da sexta, mas era tão improvável que anulou essa alternativa. Estava cansado. Seu corpo estava firme, mas sua mente destruída.

Quem sabe essa fosse a razão de toda aquela exaustão.

Mas ficaria bem. Precisava.

As aulas foram mais produtivas dessa vez porque ele se forçou a não pensar em mais nada. Sua atenção estava apenas em cada professor e no que falavam, usou o notebook e fez mais anotações do que pareceu em sala e quando foram para o intervalo ele se dedicou na atividade que não precisava ser feita até a próxima semana. yeji passou todo o tempo o analisando com as sobrancelhas franzidas, enquanto hyunjin tomava uma coca cola com os olhos vidrados no computador. Ele tinha uma hora livre porque uma das aulas foi cancelada, pensou em ir logo pro campo, porém o treinador iria xingá-lo por estar se esgotando antes dos treinos. Então lá estava ele debaixo daquela árvore teclando rapidamente e com todo o foco que tinha.

hwang terminou todas as atividades pendentes que tinha com êxito e quando fechou o notebook puxou uma lufada de ar sentindo-se revigorado. Ele juntou tudo e correu até o vestiário porque já estava atrasado pro treino. Focou tanto no que fazia que esqueceu que tinha um treinador capaz de lhe chutar a bunda sem piedade. hyunjin chegou correndo no campo já devidamente vestido e foi surpreendido com yeji pulando em seu pescoço na maior animação.

— Eu entrei! — Ela pulava na grama em sua frente.

— Sério? — Sorriu e olhou sobre o ombro da garota para encarar Parker. — Parabéns. Mas como o senhor conseguiu?

— Eu mostrei uma gravação de algumas partidas. Eles inicialmente disseram que isso não era uma opção e que eu não precisava perder meu tempo tentando, mas quando viram os vídeos dela jogando ficaram tão impressionados quanto eu na primeira vez em que vi. — Suspirou colocando as mãos na cintura. — Foi necessária uma votação e inesperadamente todos votaram a favor.

— Incrível. — Ele disse.

— É. Mas ei, raio. Você terá que se acostumar com o que dirão. Não estou nem falando do nosso time, porque eu vou bater no primeiro que tentar te ofender. Entretanto, os times contra quem vamos competir com toda certeza irão te subestimar, há caras nojentos. — Bufou. — Então tente ignorar e não deixe que isso te afete. Venha falar comigo e eu comunico o conselho.

— Estou acostumada. Isso não vai me abalar de nenhuma forma. — Seu sorriso ainda era radiante. — Obrigada, treinador. — Ela o abraçou fortemente e logo em seguida acompanhou os jogadores que passavam correndo. Como hyunjin havia chegado atrasado, eles certamente já estavam se aquecendo.

— Sabe, não quero que isso venha a ser um imprevisto no futuro. Espero que o relacionamento de vocês não nos afete.

— Relacionamento? — Ele se virou para o homem de braços cruzados que assistia seus alunos.

— Sim. — Disse como se fosse óbvio. — felix me pediu que deixasse ela participar naquele dia porque imaginou que você também entraria se déssemos uma chance a ela. Quero que saiba que não foi por essa razão que ela foi aceita. Os créditos são totalmente dela. yeji é uma das melhores, sem dúvidas.

— Do que o senhor está falando? — Seu cenho estava franzido e Parker finalmente lhe deu a devida atenção ao encará-lo.

— Do fato da sua namorada ter influenciado na sua entrada no time. — Deu de ombros.

— Namorada? — Fez uma cara de tédio e logo depois soltou uma risada seca.— Idiotas.

— Não me chame de idiota, seu bastardo. Me respeite. — Recebeu uma pranchetada na cabeça.

— Ela não é minha namorada. — Disse e pensou um pouco porque estava se perguntando se eram amigos. Ter amigos era assim? Será que ela o considerava um amigo?

— Não? — Arregalou os olhos. — Minha nossa. felix achou que vocês eram namoradinhos e então todo mundo acabou pensando assim também.

— Namoradinhos. — Debochou e foi acertado mais uma vez.

— Vai logo, fedelho. — Empurrou suas costas. — Corre.

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