Sob Sua Vigilância

By natyrangel

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Spin-off independente da duologia Retratos. Compre na Amazon e leia revisaco e com 3 capítulos inéditos. http... More

Prólogo
Capítulo 1 # Olivia
Capítulo 2 # Bruno
Capítulo 3 # Bruno
Capítulo 4 # Olivia
Capítulo 6 # Olivia
Capítulo 7 # Olivia
Capítulo 8 # Bruno
Capítulo 9 # Bruno
Capítulo 10 # Olivia
Capítulo 11 # Bruno
Capítulo 12 # Olivia
Capítulo 13 # Bruno
Capítulo 14 # Bruno
Capítulo 15 # Olivia
Capítulo 16 # Bruno
Capitulo 17 # Olivia
Capítulo 18 #Bruno
Capitulo 19 #Bruno
Capítulo 20 # Olivia
Capítulo 21 #Olivia
Capítulo 22 #Olivia
Capítulo 23 #Olivia
Capítulo 24 #Olivia
Capítulo 25 #Bruno
Capítulo 26 #Olivia
Capítulo 27 #Bruno

Capítulo 5 # Bruno

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By natyrangel

A sexta feira de Bruno começou devagar, recebeu a ligação matinal de Julia, coisa que ela sempre faz porque simplesmente não sabe viver sem o irmão. Pelo menos é o que ele pensa já que ela não perde essa mania desde o dia que ele saiu de casa para morar sozinho.

Após lembrar, graças a irmã, que ela e seus pais iriam para o Rio de Janeiro visitar a tia Joana, e seus primos antes do casamento da Jennifer e do Victor daqui algumas semanas, Bruno abriu a geladeira e percebeu apreensivo que não tinha absolutamente nada para comer, quase sempre comia na casa da mãe então mal reparava no seu estoque de comida. Este fim de semana ele ia precisar cozinhar e só de pensar nisso fica ainda mais desanimado.

Vestiu uma bermuda, camisa e chinelo e foi até a padaria da rua de trás para comprar pão e manteiga e fez uma anotação mental de que precisava ir ao supermercado para encher sua dispensa. Mas ainda era cedo demais, o sol mal nascera e o mercado ainda estava fechado.

Na volta para casa, reparou que a casa do vizinho não estava mais vazia, pelo menos é o que parece já que tem um táxi com a mala aberta bem em frente à casa. Pensou primeiro que era Seu Beto, mas porque o táxi? E a placa de "Aluga-se" não estava mais lá.

Deu de ombros e entrou em casa para tomar café e comer seu pão calmamente. Não tinha tantos motivos para correr para o trabalho já que ele só iria receber novas informações ainda naquela tarde, então decidiu que não iria esperar mais para fazer compras. Ligou para Fausto dizendo que precisava ir a um lugar antes de ir para o escritório e ele nem se importou.

Bruno nunca fora assim, sempre foi ativo, sempre tinha um monte de coisas para fazer, mas de um tempo pra cá muitas coisas não lhe davam tanto prazer quanto antes. Gostava de sair a noite para bares com os amigos, era focado na academia, não faltava um dia. Mas agora ele arruma desculpa para quase tudo.

Então assim que terminou de comer se forçou a sair para o mercado que não ficava tão longe. Colocou tênis, uma roupa confortável e aproveitou o tempo ameno para dar uma corrida até o mercado.

Chegando lá pegou um carrinho e andou de corredor em corredor procurando o que ele conseguiria cozinhar sem queimar ou se enrolar. Nunca foi bom cozinhando.

O mercado é grande e uma parte dele está em reforma. Uma reforma bem demorada por sinal. Bem ao lado dos congelados onde ele está considerando se leva o carrinho cheio disso para não precisar cozinhar. Olhava as lasanhas e os nuggets, viu um movimento com seu canto de olho e fixou o olhar na loira que estava absorta em suas compras. Ele não sabia o que tinha acontecido para aquela mulher chamar sua atenção, mas ele continuou olhando a bela mulher distraída quando escuta um grande estalo.

De onde ele estava , pode ver uma sobra no pano branco que dividia o mercado da parte em reforma. Esta sombra estava cada vez maior e bem na direção estava a loira bonita. Sem pensar duas vezes Bruno largou seu carrinho de compras e correu de encontro a mulher que não tinha até agora reparado que alguma coisa estava vindo em sua direção.

A mulher levou um tremendo susto quando um homem enorme veio correndo em sua direção e a pegou em seus braços fortes derrubando-a no chão com grande força, mas não reclamou como pretendia depois que viu uma estrutura de quase três metros de puro ferro cair próximo aos seus pés.

Foi uma comoção geral no mercado, mesmo que não estivesse muito cheio, todos os funcionários e clientes correram para ver o que tinha acontecido.

-Você esta bem? - Bruno perguntou para a mulher que ainda estava caída no chão, mas segura em seus braços.

A loira ainda estava em choque, mas moveu a cabeça positivamente ao som da voz de Bruno.

- Ótimo, eu vou levantar e te ajudo, ok? - Ela confirmou novamente.

Bruno não tirava os olhos da mulher, não apenas porque estava preocupado que ela tenha batido com a cabeça e agora não consegue sequer responder a uma de suas perguntas, mas porque sua beleza chamara sua atenção. Talvez os olhos azuis que mesmo assustados pareciam encantadores.

Ele se levantou com cuidado e segurou-a pela mão para levantar, mas ela se desequilibrou e ele precisou segurá-la pela cintura até manter-se em pé por si só.

- Você está mesmo bem? Porque parece que você vai desmaiar a qualquer minuto.

Ela não respondeu, continuava a olhar para Bruno sem qualquer reação que mostrasse que ela estava em seu juízo perfeito.

-Meu nome é Bruno, você sabe qual o seu?

A mulher olhou de relance para onde os ferros estavam e novamente para Bruno antes de responder fracamente.

- Liv.

-Liv - Ele repetiu e ela teve a leve sensação de ter escutado seu apelido ser dito corretamente pela primeira vez. - Bonito nome para uma mulher bonita. Está se sentindo melhor? Foi um susto em tanto esse.

Aos poucos Liv foi percebendo o que poderia ter acontecido com ela se aquele estranho não estivesse ali para salvá-la. Limpou a garganta antes de agradecê-lo direito.

-Eu estou bem, graças a você estou bem, obrigada... Bruno, né?

Ele sorri largamente enquanto escuta o agradecimento de Liv acompanhado de um sorrisinho que quase o faz esquecer que todos os funcionários do lugar estão a sua volta e que ele ainda esta segurando-a pela cintura. Ele se afasta um pouco da loira e vai até um dos funcionários que está apenas assistindo a cena e pede-lhe para que traga um copo d'água. Ele corre e em poucos minutos chega com o copo e entrega a Liv que ja está rodeada pelos curiosos.

Ela agradece, mais para Bruno que para o pobre coitado que correu até a cozinha buscar um copo de água. Bruno assente e decide que o melhor a fazer é se afastar da mulher, ela deve querer espaço depois do que aconteceu, e já tem pessoas demais se aproximando e atrapalhando aquele momento que Bruno estranhamente estava frustrado por ter que dividir com todos do mercado.

Afastou o pensamento e se despediu da mulher com um sorriso.

- Liv... Foi um prazer salvar você.

Ele ja estava se afastando quando a mulher chamou-o se desvencilhando das perguntas de quem chegava atrasado no local.

- Você, Bruno... - Ele parou ao ouvi-la pronunciar seu nome. Era bom, um leve sotaque que ele não reconheceu.

- Eu. - Ele se virou tentando não transparecer o quanto está ansioso por ouvi-la falar mais o seu nome novamente.

- Então, Bruno... - Ela fez de novo - ... Eu estava pensando que o que você fez merece mais que um simples obrigado, que tal almoçar hoje na minha casa? Se não tiver nada para fazer, claro.

Bruno conta até três mentalmente e assim parecer que estava realmente pensando no assunto.

-Não sei, você por um acaso sabe cozinhar bem?

Ela riu e ele cruzou os braços para não agarrá-la.

-É, um pouco sim. Na verdade estou me mudando hoje e vim para abastecer a dispensa. Pode até escolher o prato já que você hoje é meu salvador.

Os dois começaram a se afastar das poucas pessoas que ainda estavam no local do quase acidente de Liv. Bruno deixou seu carrinho para trás e os dois começaram a se conhecer enquanto Olivia enchia o seu carrinho de compras.

- Então Olivia, sei que acabou de se mudar, mas porque?

Ela não queria falar de sua família, então preferiu omitir algumas coisas.

- Eu não moro no Brasil, estou aqui só por alguns meses para descansar da vida corrida, sabe.

-Entendo. De onde veio?

- Cortina D'Ampezzo na Itália.

- Acho que já ouvi falar, tem uma ótima vista dos Alpes não?

Ela sorri com a lembrança do lugar, mas seu humor mudou no exato momento em que ela lembrou com quem ela dividiu esses ótimos momentos de sua vida.

- Pois é.

Bruno percebeu a mudança em sua postura ao pensar no lugar de onde veio. Isso o fez ficar curioso. O que ela deixou para trás que fez com que seu humor mudasse tão rápido. Mas assim como esse indício de raiva apareceu rápido nos seus olhos, o mesmo desapareceu e ela continuou o assunto.

-Lá eu faço faculdade de gastronomia. Estou quase finalizando.

- Então você está me enganando? Disse que cozinhava um pouco, mas é uma profissional?

Ela riu.

- Quem dera ser profissional, sou apenas uma estudante entre muitas outras. Fiz um ano de estágio num restaurante em Cortina e atualmente é o meu emprego. Se eu ainda o tiver.

-Então estou fazendo compras com uma cozinheira de verdade. Acho que vou prestar atenção nas coisas que você compra para não faltar na minha casa. Moro perto dos meus pais e como cozinhar para mim é o inferno na terra sempre me aproveito do almoço e da janta.

Ela riu não conseguindo imaginar uma pessoa que odeie tanto assim cozinhar.

- Tudo bem, Bruno, eu deixo você levar uma quentinha do almoço.

- Viu? Já estou vendo vantagem em salvar a sua vida.

Os dois gargalhavam pelos corredores do mercado como se já se conhecessem a tempos. Olivia não conseguia entender, mas já confiava em Bruno, talvez porque ele tenha impedido uma estrutura quatro vezes mais pesada que ela de esmagá-la, mas se sentia segura do seu lado.

Sem contar que sua aparência era... Ela não tinha palavras. Não queria reparar isso, mas ela tentava não olhar diretamente para o rosto de Bruno. Ela focava no ombro ou no pescoço. As vezes se pegava admirando tempo demais o seu sorriso com dentes perfeitos, mas lembrava novamente que não estava aberta para novas emoções que envolvam seu coração e voltou para o mundo real.

Ao final das compras, Olivia tinha enchido um carrinho inteiro. Bruno mandou uma mensagem para Fausto dizendo que não poderia trabalhar hoje, pois estava se sentindo mal.

Ok, é claro que Fausto vai descobrir que ele não estava se sentindo mal andando por ai com a loira que acabou de se mudar, mas Fausto é um grande amigo... um grande amigo que deve muitos favores atrasados para Bruno.

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