Nas Mãos Do Don - 2ª livro da...

By Pann_doraa

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Proibido para menores de 🔞 Romance Dark, senão gosta, nem leia. Se ainda sim vai ler, não venha dizer merdas... More

Personagens & Avisos
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By Pann_doraa

Vittoria

Antes que eu possa fazer qualquer coisa, Luca está de volta ao quarto, ele se lança sobre mim, levando nós dois até a cama e me abraça tão apertado que ninguém estaria errado em acusá-lo de estar tentando me apagar.

— Não entendo se esse contato é o início de uma reconciliação ou meu homicídio — murmuro por conta do seu ainda aperto.

Ele não me libera de imediato, seu aperto vai diminuindo até que esteja sobre seus cotovelos pairando sobre mim.

— Sem filhos! — diz com urgência, os olhos assombrados.

Acaricio seu rosto e suspiro.

— Duvido que tenha como esquecer disso — deixo um beijo no centro de seus lábios — Melhor irmos. Os rapazes já devem estar nos esperando.

Luca encontra e ergue meus braços acima de minha cabeça, um de seus joelhos afasta minhas pernas e ele se acomoda entre elas.

— Não até ter certeza que não está mais brava comigo — suspiro outra vez. Eu não estava brava, mas triste, sim. No entanto, o assombro no rosto e principalmente nos olhos de Luca, o homem que provavelmente não carrega esse tipo de coisa em suas orbes desde que deixou de ser um garotinho, responsável por deixar centenas de pessoas naquele estado, me deixava assim. Triste por ele, por mim, por um filho que nunca sequer teremos. Contudo eu o escolhi, não é? — Me peça qualquer outra coisa! O que quiser! Menos isso, não isso, Bella... Por favor — sua voz se perde, em um fiasco dolorido.

Encontro seu rosto novamente.

— Se um dia acontecer, o teremos — Luca fecha seus olhos, espantando o pensamento e os abre novamente — Não vou fazer de propósito, tem minha palavra! Agora preciso da sua. Você não é seu pai, Luca! Eu nunca irei deixar que seja como ele! Nosso bebê irá nos amar sempre! Você e eu seremos o centro do universo dele! — seus olhos gritam, mas não posso decifrar, então, Luca se ergue e me leva junto — Luca? — o chamo quando ainda segura minha mão, mas não me olha.

— Não faça promessas que não pode cumprir, mas certo. Se um dia você ficar grávida, o tenha — se vira — Agora, não vamos mais falar nisso. Nunca mais... Até que aconteça, e espero que esse dia nunca chegue!

— Você está bravo comigo.

Luca puxa-me pela cintura e une nossos corpos, seus lábios descem até os meus.

— Não com você.

E para provar ou enfeitar sua mentira, me beija. Luca verdadeiramente me beija, deixando-nos sem ar.




Luca

Vince me encara enquanto tem a taça de vinho entre seus lábios. Ao meu lado, minha mulher e do outro lado da mesa, meu primo, ambos conversam animadamente, até demais, sobre uma peça de teatro em exposição.

— Meu irmão e eu, já voltamos — ele diz, calando a duplinha falatória.

Dino pega algo no ar e minha esposa não fica atrás, Vittoria encara-me, os olhos curiosos. Apanho sua mão e deixo um beijo no centro de sua palma.

— Não demoro, Bella — sussurro em seu ouvido, ela assente — Não demoro — repito, alto, para Dino.

Ele poderia revirar seus olhos.

Nunca era de mais mostrar a ele ou qualquer um, há quem Vittoria pertence. Minha Vittoria. Minha bella. Minha esposa! Só minha!

Nossa!, ruge a fera.

— Boris ligou — Vince solta assim que estamos dentro do meu carro, nossos homens ao redor. Fecho minhas mãos em punhos — O que está aprontando com aquele monte de merda, Luca?

Me livro da gravata que uso.

Vince está a ponto de me questionar novamente, quando decido falar.

— Um acordo.

Meu irmão mal pode acreditar.

— Essa merda é séria? Boris é um saco de merda ambulante, não podemos confiar nele.

Ele não fez, mas eu faço. Reviro meus olhos. Eu não fazia mesmo ideia que Boris não é confiável.

— É mesmo? — meu escárnio não pode ser maior.

Ele puxa meu cabelo, eu soco seu braço.

— Filho da puta! — xingamos em uníssono.

Em seguida, ficamos alguns segundos em silêncio. Decido acabar de vez com isso, minha mulher estava lá dentro sozinha. Eu não confiava exatamente em Dino, não que ele fosse tentar nada com ela, mas não acreditava cem por cento em sua paixão por minha mulher ter desaparecido por completo, talvez até ele mesmo estivesse enganado quanto a isso.

— Assim que tudo for resolvido, Boris vai bater um papo com nosso querido pai no inferno. E com Andrei na jogada, tudo será mais fácil. Está na hora de termos algum descanso de verdade, esses ratos russos são os únicos em nossos caminhos para isso — meu irmão me ouve com atenção e vai assentindo lentamente quando reflete sobre minhas palavras.

Vince joga a cabeça contra o encosto do carro.

— O que ele quer como garantia?

— Você sabe — Vince respira funda e assente, mas mesmo assim digo — Casamento.

Sua cabeça vira com rapidez para minha direção.

— Você já é casado — analisa — Quem será o próximo a saborear o matrimônio? Dino ou eu?

— Cara ou coroa? — pergunto malditamente sério, então rio quando ele se desespera.

— Filho da puta! — repete — É, sério, irmão.

— Nenhum de vocês. Haverá dois casamentos, mas nenhum de vocês irão saborear o matrimônio agora, não por minha culpa.

— Ele aceitou? Depois de você, Dino e eu somos os melhores partidos para fechar a aliança.

Vincenzo não estava sendo exibido, era a mais pura verdade. O subchefe e consigliere eram os melhores partidos após o Don, mas minha família não estaria indo para essa merda o máximo que pudesse evitar e eu pude.

— Boris está na merda, e apesar dele ser feito dela, é ruim para um caralho.

Suas dívidas e ameaças estão fora de série. Com a Costa Nostra ao seu lado, somente o meu nome, já seria o suficiente para livra-lo de toda a merda. Seria um começo turbulento, mas logo os Romano junto a famiglia, cuidaria disso. E com os ratos que mais nos dão nos nervos fora de circulação, exterminaríamos rapidamente nossas outras dores de cabeça e assim, a Costra Nostra, elevaria ainda mais seu nome.

— Está confiante? — se você não conhecesse meu irmão, não pegaria a pontada de medo em sua pergunta.

Vincenzo estava longe de ser um covarde, mas era consciente o suficiente para temer. Todo o plano poderia ser uma merda colossal, ainda havia detalhes na estratégia que eu não estava lhe contando, deixaria para conversar quando compartilhássemos com nosso primo, mas isso não era garantia de nada, mesmo os grandes reis caiam. Então, o pequeno fiapo de temor dele, era mais que relevante.

Olho em seus olhos, seguro sua mão. Ele retribui o aperto e me encara tanto quanto faço com ele.

— Por tudo que é mais sagrado.

Vince não espera por mais nada. Ele assente sem hesitação.

— Pela Costra Nostra!

Meu irmão puxa, mas não é isso que vem a minha mente, um par de olhos azuis-celestes brilha em minha mente e balança meu coração.

— Pela Costra Nostra!

Repito, em minha cabeça e coração, Vittoria ainda reinando.

Vincenzo solta minha mão e toda seriedade desaparece. 

— Você e minha gata cunhada se acertaram — ele rir da cara feia que lhe envio — Relaxe, homem! Sei que só terei chance com Vittoria na próxima vida — eu o soco para valer em seu braço — Oh, seu grande filho da puta! — geme de dor.

— Vittoria é minha nessa e em todas as vidas que tivermos! Não ouse! Nem você nem nenhum outro homem — digo entre dentes, praticamente em cima do meu irmão, que logo começa a gargalhar.

— Sabe que estou brincando, não é, cara? — dou de ombros. Minha mulher! Qualquer mínima possibilidade contrária a isso nem deveria ser mencionada, já me bastava os meses a renegando — Você é um louco, Luca! Que meus sobrinhos não puxem ao pai — todos meus músculos tensionam. De novo isso! Vittoria e eu não teríamos filhos, não poderíamos! Se minha mulher soubesse o que estava desejando, abandonaria a ideia no mesmo segundo. Não se ensinava o que não se sabe, não se dá o que não tem. Era fácil com ela, Vittoria já me amava, o que era um milagre astronômico, isso não ocorreria duas vezes e quando essa criança se desse conta de quem veio, seria apenas uma dor de cabeça infernal, então eventualmente, Vittoria se daria conta de quem realmente sou, o que de fato sou e fim. Perderia os dois. Era melhor assim, eu era de longe o melhor para Vittoria, mas agora ela me pertence e eu pertenço a ela, e faria de tudo por minha mulher, tudo menos isso. A amaria e protegeria, tentaria até meu último suspiro lhe fazer feliz, e não lhe dar um filho fazia parte disso, só assim para eu poder cumprir tudo isso. Somente eu teria que bastar para ela — Tem que deixá-los irem, irmão! — deixa tapinhas em meu ombro. Meu irmão sabe exatamente para onde fui, para o inferno que passamos quando tudo que deveríamos ter era amor e proteção — Os deixe ir!

Abro a porta do carro.

— Você o fez?

Ele não responde, apesar de me enviar um longo olhar antes de fazer o mesmo e sairmos dali.

É tão fácil falar.








Votem e comentem bastante 💜

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