SUA ALTEZA REAL - Freenbecky

بواسطة xfreenbecky

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Rebecca Armstrong está vivendo o que parece um sonho com a garota por quem é apaixonada, até que ela dá um pé... المزيد

Dúvida.
She's back.
Decisão.
Escolha.
Carta.
Sem chance.
A Realeza.
Gregorstoun.
Colega de quarto.
Damas de Gregorstoun.
Bem recebida.
Promessa.
Meninas Malvadas.
Sexta-feira.
PUB.
TMZ.
Majestade.
Corrida.
Perdedoras.
Crown Town.
O Desafio.
Rio.
Frio.
Socorro.
Forbes.
Um novo começo.
Lavanderia.
Coração Valente.
Prattle.
Skye.
Quem é ela?
Jantar.
Old Man of Storr.
Mudanças.
Revista.
Ação de Graças.
People.
Momento certo.
Apaixonada.
Amuleto.
Crush.
People.
Discussão.
Coração partido.
De volta.
The end.

Valsa.

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بواسطة xfreenbecky

Freen não solta a minha mão enquanto ela me guia pelos corredores. Nós passamos por janelas altas que dão para os jardins, mas não consigo enxergar nada a não ser nossos próprios reflexos e fico surpresa ao ver como meus olhos estão arregalados e como não me pareço comigo nesse vestido. Mas talvez essa seja eu? Apenas outra versão de mim, que eu não sabia que existia aqui dentro.

Chegamos a um par de portas de vidro com maçanetas douradas adornadas, e Freen puxa uma delas, abrindo. Uma lufada de vento morno e o cheiro de vegetação fresca e viva passam por mim.

— Que lugar é esse? — pergunto enquanto ela me puxa para a sala, fechando a porta atrás de nós.

— Um laranjal — ela responde, e olho em sua direção.

Ela solta minha mão, e eu esfrego meus braços desnudos, mesmo que não esteja com frio. Na verdade, se continuarmos aqui por muito tempo, vou começar a suar.

— Eu adoro quando você diz essas coisas como se elas fossem palavras de verdade — digo a ela, e Freen ri, caminhando até uma árvore num vaso que, sim, tem algumas laranjas nos galhos.

— Um laranjal — ela diz, tocando a fruta com a mão enluvada e exibindo-a como se fosse uma apresentadora de programa de TV. — Nós que vivemos em climas mais frios precisamos de lugares especiais pra cultivar determinadas coisas, e laranjas já foram consideradas um item de luxo.

Ahhhh — digo, andando até outra árvore. — Então, se você era muito, muito rico, você tinha uma sala especial dentro de casa apenas pra cultivar laranjas.

Freen inclina a cabeça num aceno gracioso.

— Logo — ela diz, e nós duas completamos com —, um laranjal.

Eu rio um pouco, sacudindo a cabeça, e exploro a sala mais a fundo, com suas paredes de vidro e as laranjeiras em vasos. O piso sob meus pés não é de laje e mármore como no restante do castelo, mas um piso cor de creme com um mosaico central de uma laranja gigante adornada com florzinhas brancas. Sobre nossas cabeças, o teto está pintado para se parecer com o céu azul do Mediterrâneo.

— Essa é uma sala muito esquisita para se ter aqui no meio das terras selvagens de Skye — murmuro.

Repentinamente, percebo que Freen está ao meu lado com a cabeça inclinada para trás observando o teto, e eu não sei se é efeito de todas essas plantas ou de seu perfume, mas algo exala um aroma doce e delicado.

— Lady Ellis mandou construir quando se mudou pra cá — Freen diz, ainda olhando para o alto. — Quando eu era pequena e brincávamos de esconde-esconde, sempre me escondia aqui.

Olho para ela, ainda com os braços cruzados contra a barriga. A iluminação é fraca nessa sala aquecida e perfumada, a única luz vem de arandelas posicionadas ao redor da sala hexagonal, e me dou conta de que isso é meio... romântico.

Limpando a garganta (e tirando os olhos dos traços nos do rosto de Freen), eu olho de volta para o teto.

— Você devia ser muito ruim em se esconder, então. Todo mundo saberia onde te achar.

Ela dá de ombros, aquele gesto de Freen que é ao mesmo tempo elegante e insolente e que parece resumir Tudo Sobre Freen.

— Eu nunca me preocupei muito com isso.

Rio em resposta.

— Você nunca se preocupou em se esconder durante o esconde-esconde? — Eu balanço a cabeça. — Isso é muito... a sua cara.

Ela abre aquele sorriso.

— E não é que é?

E então ela segura minhas mãos e me puxa para o centro da sala, bem sobre o mosaico com a laranja gigante.

— Agora, para de enrolar. Vamos dançar.

— Quem de nós vai guiar? — pergunto, e Freen olha pra mim daquele jeito ao qual já estou me acostumando.

Aquele olhar em que ela levanta o queixo e me encara de cima ao mesmo tempo.

Mas desta vez não me parece arrogante. Agora eu percebo que ela faz isso brincando, e sorrio quando ela diz:

— Eu, naturalmente.

Estamos de pé ali, na estufa, com nossos vestidos volumosos, e posiciono lentamente a minha mão na de Freen. Minha outra mão se apoia em seu ombro descoberto, sua pele é morna e macia.

Eu controlo o impulso de acariciá-la com o polegar sobre a proeminência delicada da clavícula, lembrando-me pela milésima vez de que Freen é a crush menos segura por mais razões do que consigo contar, mas isso é difícil de lembrar quando ela põe a mão na parte inferior das minhas costas, me puxando para perto.

São metros de saias entre nós duas, e me vem à cabeça que provaaaaavelmente quem inventou a valsa não deve ter imaginado que duas garotas dançariam juntas.

Freen olha para toda aquela seda e tule e solta uma risadinha.

— Ai, Deus.

Tento dar um passo para trás, mas sua mão é firme em minha cintura, me impedindo de me afastar.

— Isso é estúpido — digo, já com as bochechas vermelhas. — Você não precisa...

— Mas eu quero — ela diz, e levanta a cabeça, seu olhar encontrando o meu.

Eu queria poder dizer que aprendi rapidamente os passos e que houve zero dedos do pé esmagados ou giros desajeitados, mas isso não seria verdade. Não sou um desastre completo, mas vamos apenas dizer que Dança com as Estrelas não está em momento algum do meu futuro.

Ainda assim, é agradável dançar em círculos na estufa com Freen, o cheiro de flores de laranjeira denso no ar, sua tiara resplandecendo na iluminação suave das lâmpadas. E é agradável estar com ela, por mais que eu odeie admitir isso.

— Você nasceu pra isso — ela diz, e olho para cima, franzindo a testa.

— Você está atrapalhando minha contagem.

Eu estava fazendo aquela coisa toda de um-dois-três, um-dois-três na minha cabeça, não que tenha ajudado tanto assim.

Ela revira os olhos.

— Não conta. Só sente.

— Ok, esse papo é só pra danças sensuais, não pra valsa — digo, e um canto de sua boca se curva naquele sorriso felino e furtivo que ela faz.

— Você está dizendo que isso não é sensual?

Eu olho para ela sem reação.

Ela está flertando comigo? E, se ela está, é apenas porque isso é muito Freen ou ela está fascinada por toda essa situação tanto quanto eu?

Não, eu não posso me deixar imaginar isso, não posso enveredar por esse caminho de jeito nenhum.
Um coração partido por ano é mais do que suficiente para mim. E isso é tudo que Freen pode ser, na verdade.

Um coração partido.

Nós somos de mundos completamente diferentes. Eu nem sei como dançar, muito menos como me dirigir a um duque ou qual garfo usar. E penso em todas aquelas garotas altas de cabelos brilhantes que rodeiam Freen. Engfa. Charlotte. Provavelmente Rosé.

Eu? Definitivamente não sou alta. Nem brilhante.

Sem contar que tenho certeza de que ter o coração partido por uma princesa deve ser um nível completamente novo de sofrimento.

Talvez seja por isso que meus pés se embolam e o salto engancha na parte detrás da minha saia.

Acho que a Freen que eu conheci primeiro teria feito algum comentário rude sobre como eu sou uma estabanada, mas essa Freen – essa Freen nova e perigosa – apenas ri.

— Está bom, acho que isso já é valsa o suficiente.

É o suficiente de tudo. É demais de tudo.

Eu não consigo mais.

Soltando sua mão, me afasto dela e olho para trás em direção às laranjeiras.

— Então são apenas laranjas que eles cultivam aqui ou outras coisas também? Limões? Limas? Eles mantinham algum tipo de vasto império cítrico em casas luxuosas naquela época?

Olho por sobre o ombro para ver que Freen está me observando com uma expressão confusa no rosto, a cabeça levemente inclinada.

— Armstrong, do que você está falando? — ela pergunta, e, se eu achava que meu rosto estava corado antes, agora deve estar pegando fogo.

— Apenas tentando aprender novos fatos interessantes sobre a Escócia! — respondo com um sorriso forçado demais. — E, falando nisso, porque você não me mostra algumas das, hum, pinturas lá fora. No corredor.

O corredor também está com iluminação fraca, mas é frio e intimidador, não tão romântico, então esse é certamente o lugar onde quero estar agora.

Eu nem espero a resposta de Freen antes de sair em direção à porta, determinada a por um fim em... seja lá o que é isso.

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