Sob Sua Vigilância

By natyrangel

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Spin-off independente da duologia Retratos. Compre na Amazon e leia revisaco e com 3 capítulos inéditos. http... More

Prólogo
Capítulo 1 # Olivia
Capítulo 2 # Bruno
Capítulo 3 # Bruno
Capítulo 5 # Bruno
Capítulo 6 # Olivia
Capítulo 7 # Olivia
Capítulo 8 # Bruno
Capítulo 9 # Bruno
Capítulo 10 # Olivia
Capítulo 11 # Bruno
Capítulo 12 # Olivia
Capítulo 13 # Bruno
Capítulo 14 # Bruno
Capítulo 15 # Olivia
Capítulo 16 # Bruno
Capitulo 17 # Olivia
Capítulo 18 #Bruno
Capitulo 19 #Bruno
Capítulo 20 # Olivia
Capítulo 21 #Olivia
Capítulo 22 #Olivia
Capítulo 23 #Olivia
Capítulo 24 #Olivia
Capítulo 25 #Bruno
Capítulo 26 #Olivia
Capítulo 27 #Bruno

Capítulo 4 # Olivia

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By natyrangel

O telefone de Olivia tocou no exato momento em que o aparelho ligou. Várias mensagens de voz apareciam na tela. 1, 2, 3,4, 5, 6! Foram seis mensagens da Rafa. Começou a ouvir uma a uma pensando no que falaria para a amiga quando terminasse de ouvir suas reclamações com a secretaria eletrônica.

"Sua filha da mãe, o que você esta fazendo indo para o Brasil? Nossas aulas começam no próximo mês e você simplesmente some? Ai Olivia, as vezes eu quero te matar."

Exatamente o tipo de mensagem que Olivia imaginou receber da amiga. Ouviu a segunda, a terceira, a quarta e não mudaram muito as suas reclamações de uma para a outra até que ela começou a mudar seu tom de voz e pensar melhor no que estava acontecendo na vida da amiga. As vezes com a Rafa o melhor era deixar ela colocar tudo pra fora para raciocinar melhor... Olivia não era tao diferente.

"Pensando bem, o Lúcio está certo, é uma boa hora para você ficar longe do Matteo. Você poderia estar dividindo a minha casa, mas respirar outros ares também pode te fazer bem, mas vê se não demora muito, eu quero minha amiga aqui, estou muito triste por ter que cursar este semestre sem você, acho que vou trancar ate você voltar." Ela ficou em silêncio por alguns segundos e continuou. "Provavelmente não vou poder fazer isso, mas posso tirar algumas aulas da grade para fazer com você no próximo semestre o que acha? Droga, chegou meu táxi..."

E a última mensagem:

"Eu prometo que é a última vez que eu falo com a sua secretaria igual uma idiota, eu juro, mas o que foi que aconteceu no rosto do Matteo? Ele acabou de passar por mim e esta com o lábio e o olho machucado. Amiga, não precisava bater assim nele por ter te traído, só outro chute nas bolas já seria o suficiente."

Rafa cai na gargalhada antes de finalizar a chamada dizendo que amava Olivia e que ela deveria ligar para a amiga no exato momento que colocasse os pés em solo brasileiro.

E foi o que fez.

- Ouviu minhas mensagens? - Rafa atendeu no primeiro toque. Não dava para saber se estava feliz ou não por ter demorado a ligar, mas um vôo da Itália para o Brasil com escalas não demora só alguns minutinhos.

- Bom dia para você também. E sim, escutei suas mensagens.

- Pra mim é boa tarde. Onde você está? Podia ter pelo menos ligado. Agora, mandar uma mensagem de texto de madrugada dizendo que está pegando um avião para o Brasil sabendo que nada me acorda a noite é muita baixaria.

Olivia ri.

-Baixaria? Depois de te contar o que aconteceu naquela noite você vai entender e aber o que realmente é baixaria, mas essa é uma ligação muito cara, você me espera conseguir WiFi pro Skype?

- Não, tudo bem, estou chegando no trabalho do meu almoço. Se instale primeiro e depois conversamos com mais calma.

- Ok, tchau linda.

- Tchau gata. - Rafa se despediu antes de desligar.

Olivia olhou em volta e tentou se acalmar. Não conhecia ninguém, ninguém de sua família estaria esperando, mas não tinha como reclamar, foi sua escolha desde o início. Se misturou com as pessoas que passavam pra cá e pra lá no aeroporto até encontrar onde deveria pegar suas malas.

Assim que conseguiu listar o que ia fazer foi até a saída do aeroporto de Resende, pegou um táxi que a levou para o centro da cidade onde tinha reservado pela internet uma pousada enquanto pesquisava por casas ainda na Itália.

Já no conforto do quarto alugado ela abriu seu notebook e começou a ver seus e-mail e se assustou ao ver o e-mail de Patricia, sua irmã na caixa de entrada. Essa era a terceira vez em três anos que ela recebia um email da irmã. Talvez dessa vez ela precise responder e não ignorar como os outros dois.

" Olá maninha, já tem um tempo que não nos falamos, na verdade eu falo e você só lê. Enfim, fiquei sabendo que está vindo para o Brasil, papai disse que estamos nos mudando para Resende? Bom, estou muito feliz em saber que você está aqui, eu tenho passado pro uns probleminhas e ter minha irmã do meu lado ajudaria muito.

Não sei se veio a trabalho ou de férias, mas espero mesmo te ver. Vou passar nosso novo endereço ao fim do e-mail e meu telefone. Pode também me responder por aqui, só espero não falar sozinha de novo. Sem desculpas.

Sinto sua falta. Te amo.

Paty"

Usando a ferramenta do google, Olivia pesquisou o endereço de sua irmã e gelou ao perceber que estava apenas duas ruas dela. Não queria ver sua irmã agora, a pesar da saudade, sabia que se a encontrasse aqui, ela também teria que lidar com seu pai e isso era a ultima coisa que queria.

***

Agora que sabe que esta tão próxima de seus parentes, Olivia procura um lugar mais longe com mais empenho, marcou duas visitas ainda para aquele dia. Ouviu falar muito de Penedo, uma cidade próxima de onde estava e achou que não seria longe demais para marcar encontros com a irmã e nem perto demais para esbarrar com seu pai de surpresa.

Depois do almoço reforçado, já que não comeu muito desde que saiu de Cortina D'Ampezzo, e de falar uns vinte minutos com Rafa no skype, ela pegou outro táxi e pediu para que lhe deixasse no endereço que a imobiliária indicou para que se encontrassem. Não demorou muito mais que trinta minutos.

- Boa Tarde, Senhora Olivia, sou Ana que falou com você ao telefone mais cedo.

-Boa tarde Ana, pode chamar só de Liv.

Ela sorri para a mulher bem vestida que estendeu a mão. Depois dos cumprimentos iniciais a mulher começa a falar da casa que estão conhecendo. A casa é bonita, mas é grande demais, dois quartos, quintal, jardim, não precisa de tudo isso já que ela quer apenas alugar por cinco meses.

- Cinco meses? Mas é difícil alguém fazer um contrato com menos de um ano por aqui, a não ser...

A mulher procurou na pasta cheia de papéis que carregava por algo, ate que tirou um dos papéis e me mostrou.

- Este é o meu cliente mais flexível. - Era a ficha com foto da fachada de uma casa - Tem um imóvel há alguns quarteirões daqui e se você conversar com ele, pode ser que ele deixe você alugar a casa por alguns meses apenas. Fazemos todas as transações através da imobiliária, mas não podemos diminuir o tempo de locação sem a aprovação do dono.

O desânimo que estava começando a surgir em Olivia foi substituído por esperança.

- Mas eu poderia falar com ele agora?

- Eu vou tentar entrar em contato com ele, se conseguir podemos ir andando, não é muito longe daqui.

- Ótimo.

Dez minutos depois Olivia estava numa rua onde todas as casas se pareciam a não ser pela cor. Umas rosas, outras azuis, laranja, verde, mas todas com detalhes brancos. Achou lindo, tudo muito harmonioso, haviam carros estacionados em frente a calçada, todas tinham uma entrada bem arrumada com arbustos de cada lado da porta da frente. Bem aconchegante. Paramos em frente a uma casa rosa e neste momento um homem de cabelos grisalhos, calça moletom preta e vermelho se aproximou.

- Como vai Ana, esta é a moça que me falou?

O homem perguntou olhando para Olivia.

-Sim Senhor Alberto, ela quem quer alugar sua casa, mas ela não quer ficar um ano.

-Ola, senhor, eu na verdade moro na Itália e precisei vir para resolver alguns problemas familiares, não tenho como ficar muito tempo porque preciso terminar minha faculdade.

- Entendo.

Alberto fica um pouco pensativo, mas logo abre um sorriso.

-Menina estou tentando alugar esta casa há muito tempo e poucos se interessaram. Não posso negar um pedido para você, se parece com a minha querida filha então você já tem uns pontos comigo.

Olivia se segurou para não pular de alegria. Não achou que fosse tão fácil.

- Muito Obrigada, Senhor Alberto. Prometo deixar a casa do jeito que o senhor me entregou.

- Não tem de que, querida, mas agora voltarei para minha casa e deixarei a Ana cuidar de tudo.

Ana assente assim com Olivia e Alberto segue seu caminho entrando na terceira casa à frente.

- Ele mora tão perto.

-Sim, a casa era de sua filha. Muitas pessoas por aqui moram perto de suas famílias, quando saem de casa ainda tentam se manter juntos e ocasionalmente conseguem morar bem perto uns dos outros.

-Deve ser um pesadelo. - Olivia brincou ao pensar em como seria viver próximo seus pais.

A corretora riu.

- Verdade, para alguns isso seria mesmo um pesadelo. Mas então, vamos entrar?

Olivia confirmou com um sorriso animado. Ela não vê a hora.

Entrou pensando na vizinhança, em como todas as ruas que passou até agora pareciam quietas. Não é tão diferente de onde mora, pelo menos foi sua primeira impressão.

A corretora lhe mostrou a sala, já estava tudo mobiliado. Uma das exigências que ela fez para a imobiliária e por isso suas opções eram bem específicas. O quarto, não tão grande, exatamente do jeito que procura, um banheiro, uma cozinha com bons equipamentos e um quintal de fundos!

E foi isso que mais a impressionou, gostou de ter um espaço externo onde pudesse relaxar. Havia uma churrasqueira e já tinha planos de usá-la. Sente muita falta de comer churrasco, três longos anos na Itália, onde cozinhar tem sido uma válvula de escape dos seus problemas com a família e depois quando seu namoro com Matteo passava por alguma fase crítica. Talvez agora que seu namoro não estava em fase nenhuma, ela precisasse ainda mais da cozinha para desanuviar seus pensamentos.

Olivia realmente adorou a casa, tanto que estava com medo de perguntar o preço do aluguel. Tinha suas economias, nunca passou por nenhuma dificuldade, nem quando saiu de casa porque ela já planejava isso há um bom tempo e como sua família sempre teve uma boa conta bancária foi fscil no início. Mas ela esta ha três anos se virando, isso tem custos.

- E então, o que achou.

- Uma casa muito boa, não dá para negar, mas vamos lá, crava a faca no meu peito - brincou. - Quanto é o aluguel?

- Não é tão caro, oitocentos reais e você precisa arcar com luz, telefone e água. A imobiliária pede deposito de três meses, mas como ficará apenas cinco pediremos o equivalente a dois meses. Um paga o mês que a senhora já ficará na casa e outro na conta da imobiliária caso haja desistência antes do tempo previsto.

Olivia relaxou ao ouvir o preço do aluguel, na Itália as casas costumam ser mais caras. Tinha dinheiro para isso e ainda poderia comprar o básico para morar, como comida, toalhas, talheres, essas coisas.

Conseguiu fazer com que a imobiliária entregasse a casa no dia seguinte logo cedo, então poderia sair do hotel bem ao lado da irmã.

Sentia-se até apreensiva em voltar para Resende, mas foi o que fez após aceitar a casa.

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