Alina e o Concílio de Sangue

By RodRodman

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Em "Alina e o Concílio de Sangue", a intrépida vampira secular romena, Alina Grigorescu, enfrenta um novo e p... More

Prólogo
Capítulo 1 - Em busca de perdão
Capítulo 2 - Plano a longo prazo
Capítulo 3 - O despertar
Capítulo 4 - Confrontos pretéritos
Capítulo 5 - Verdades e mentiras
Capítulo 6 - Amaldiçoada
Capítulo 7 - Rastro de morte
Capítulo 8 - Anjos e demônios
Capítulo 9 - O caído
Capítulo 10 - Jogos e marionetes
Capítulo 11 - Destino adiado
Capítulo 12 - Origens e maldições
Capítulo 13 - Bem-vindos a Londres
Capítulo 14 - Dança com lobos
Capítulo 15 - Entre dois lados
Capítulo 16 - O Condado Grealish
Capítulo 17 - Do Passado ao Presente
Capítulo 18 - A tragédia de Mason
Capítulo 19 - Desafio de Fogo
Capítulo 20 - Conexão
Capítulo 22 - Batem à porta
Capítulo 23 - A mansão de Montbéliard
Capítulo 24 - O Concílio de Sangue
Capítulo 25 - O clã de Archambault
Capítulo 26 - Cerceada
Capítulo 27 - Uma verdade incômoda
Capítulo 28 - Fuga de Lyon
Capítulo 29 - Refúgio em Edmonton
Capítulo 30 - De volta à Moscou
Capítulo 31 - A isca
Capítulo 32 - Yuliya
Capítulo 33 - Amor de anjo
Capítulo 34 - A surpresa de Dumitri
Capítulo 35 - Sedução pela inocência
Capítulo 36 - A essência
Capítulo 37 - A decisão de Akanni
Capítulo 38 - Magia enoquiana
Capítulo 39 - Vida e morte em Hîncesti
Capítulo 40 - Criaturas subterrâneas
Capítulo 41 - O poder interior
Capítulo 42 - Missão Bruxelas
Capítulo 43 - O baile
Capítulo 44 - A dinastia Ardelean
Capítulo 45 - Tertúlia da Lua
Capítulo 46 - Em território hostil
Capítulo 47 - Nostalgia em Pleven
Capítulo 48 - O grimório perdido de Dubhghaill
Capítulo 49 - A ascensão de Adela Quinn
Capítulo 50 - Reagrupamento
Capítulo 51 - Prenúncio de guerra
Capítulo 52 - A fúria de Thænael
Capítulo 53 - Entremundos
Epílogo

Capítulo 21 - Os segredos de Alanna

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By RodRodman

OS DIÁRIOS DE DUMITRI

22 de maio, 1802.

A Guerra Napoleônica que assolava a Europa se estendia além das expectativas e, sobretudo, os conflitos em território italiano estavam me causando prejuízos incalculáveis.

A contragosto, parti da Bulgária em uma embarcação que se arrastou por semanas até o porto de Gênova. Ao pisar em tão conflituoso terreno, fui compelido a participar de inúmeras reuniões com advogados, latifundiários e burocratas, todos envolvidos nas questões acerca das posses que eu herdara do velho Giovanni Di Montanaro.

Intrincadas disputas jurídicas no âmbito da exportação me impediam de comercializar os produtos cultivados nas fazendas de trigo que me pertenciam por direito. Naquele período, a Itália era composta por uma miríade de estados e regiões agrícolas, cada uma com suas peculiaridades de cultivo, o que gerava tensões latentes entre eles, especialmente, entre os senhores que governavam as atividades agrárias no país.

A fim de evitar que esse assunto tedioso me mantivesse afastado de casa por mais tempo do que o estritamente necessário, decidi contratar um grupo de advogados italianos experientes para me auxiliarem, e confiei em suas mãos habilidosas a tarefa de resolver os problemas relacionados à exportação de trigo.

30 de abril, 1804.

Na presente data, recebi uma missiva do ilustre senhor Marcelo Bonaventura Di Montanaro, um dos hábeis advogados que encarreguei de desbravar os horizontes do comércio exterior de trigo. O homem é primo-neto de minha falecida consorte, a virtuosa Valentina, e tem exercido com maestria as importantes negociações junto aos compradores e fornecedores do precioso cereal, que nossas propriedades agrícolas têm prodigamente cultivado ao longo de décadas.

Em sua tão gentil mensagem escrita, o senhor Bonaventura informa-me sobre os êxitos alcançados nas transações com os mercadores locais de trigo, porém, sugere que uma exportação para as nações vizinhas da península possa configurar uma valiosa oportunidade para conquistar maior domínio de mercado. Consciente das agruras advindas da guerra, que promete acarretar severas dificuldades aos negociantes de produtos agrícolas, meu nobre Marcelo busca precaver-se, antecipando-se à crise iminente.

Determinarei que o mencionado cavalheiro proceda a uma minuciosa análise de mercado, a fim de verificar se detemos chances de crescimento, apesar dos avanços impetuosos perpetrados por Napoleão em todo o continente europeu. Nossa próxima interação servirá para deliberar a respeito das exportações, e aguardo com interesse tal ocasião propícia para tomar uma decisão fundamentada.

3 de junho, 1806.

No seu último comunicado, o honorável Marcelo Bonaventura comunicou-me com grande júbilo que o escritório da prestigiosa firma de advocacia Montanaro fora inaugurado com sucesso na bela cidade de Gênova. Para tal empreendimento, foi necessário que o caro cavalheiro dispusesse de alguns parcos escudos dos lucros provenientes das vendas do vinhedo em Nápoles, a fim de custear os festejos e regalos condizentes.

As fazendas de trigo continuam prosperando de forma auspiciosa, o que me levou a expandir nossas atividades para o cultivo de uvas e a manufatura de vinhos na região. Além da notória excelência dos vinhos produzidos nessa terra, a Itália vem se distinguindo também pela sua expertise na produção de azeitonas, frutas cítricas e hortaliças, despertando assim em minha pessoa o desejo de iniciar em breve tal empreendimento agrícola.

Com o prezado primo-neto de minha amada esposa à frente das minhas empreitadas, finalmente encontrei alguém habilidoso para gerir as minhas posses, cessando, assim, a necessidade constante de minhas viagens marítimas entre a Bulgária e demais paragens, as quais sempre me eram deveras incômodas.

8 de agosto, 1807.

A vasta biblioteca do nobre marquês Di Montanaro já não me oferecia mais desafios literários há algum tempo, no entanto, recentemente, fixei-me em um dos seus antiquíssimos volumes que abordava os povos celtas e a sua notável jornada pelo mundo.

Tenho dedicado inúmeras horas de pesquisa ao estudo da feitiçaria, do arcanismo e da bruxaria, e por minha insaciável curiosidade acerca desse tema, descobri que algumas das tribos celtas eram propensas à prática da magia, assim como outros tipos de xamanismo.

Diversos seres mitológicos oriundos da rica cultura celta ainda habitam o imaginário dos mais crentes até os dias atuais, destacando-se as banshees, figuras associadas à morte e ao sobrenatural; os leprechauns, diminutas criaturas ligadas à fortuna e a tesouros ocultos; as selkies, seres híbridos entre criaturas marinhas e humanas; os pookas, dotados de poderes metamórficos que lhes permitem transmutar-se em diversos animais, como cavalos e gatos; e, é claro, os druidas que, embora não possuam natureza mitológica em si, possuíam habilidades que poderiam ser igualmente consideradas fantásticas.

Segundo relatos ancestrais, através da prática de sua magia, os druidas eram capazes de apropriar-se de certas aptidões de outros seres da cultura celta, incluindo o lamento sinistro das banshees ou os poderes metamórficos das selkies e dos pookas.

À medida que me aprofundo nesse conhecimento, cresce em mim o desejo de dominar a magia. Se com meus dons vampíricos já me tornei alguém extraordinário, imagine então o que poderia ser alcançado se unisse minha existência a alguém capaz de manipular as energias que nos circundam?

Que tipo de prole onipotente poderíamos conceber conjuntamente?

Quais grandiosas proezas seríamos capazes de realizar com a conjunção de nossas singularidades fisiológicas?

13 de setembro, 1809.

Após uma longa e profunda ausência, tomei a decisão de retornar à pitoresca Hîncesti para uma breve jornada de negócios, e não pude resistir à ideia de visitar o antiquário daquela mulher que tantas vezes ocupou meus pensamentos nos últimos anos.

No entanto, para minha desventura, deparei-me com a fachada do antigo estabelecimento, onde outrora ela operava, reformada e adornada com uma placa de aluguel fixada à porta.

Embora ansiasse ardentemente reencontrá-la, não vislumbrei sequer o menor indício da presença de Alanna Dubhghaill em seu antigo endereço, sendo obrigado a descobrir, através de estranhos, que sua filha, Arlene, havia se retirado do local após o trágico falecimento de sua progenitora.

Não nutrindo em meu ser sentimentos humanos como a tristeza ou a comoção, meu coração, contudo, estremeceu ao tomar ciência de que tão nobre mulher havia abandonado este mundo sem que pudéssemos, ao menos, compartilhar mais de nossos conhecimentos remotos, tal como em nossos dois primeiros e fortuitos encontros.

Ansiando desesperadamente por mais informações acerca dessa súbita passagem, em vão busquei encontrar quaisquer detalhes que pudessem saciar minha insaciável sede de conhecimento. A jovem Arlene partiu sorrateiramente durante a escuridão da noite, após a venda do antiquário, sem deixar rastro algum de seu novo endereço aos residentes circunvizinhos, causando-me grande aflição e desgosto.

18 de setembro, 1809.

Após longas e exaustivas diligências em busca de objetos pertencentes ao ilustre antiquário, rastreei um de extremo valor que havia sido vendido a uma mulher que morava a duas quadras do Din Trecut în Prezent. A morada em questão era um deplorável conjunto de dois cômodos, com sua fachada lastimavelmente deteriorada, porém, em seu interior, abrigava uma mulher romani que se autointitulava "vidente, cartomante e sensitiva".

Madame Sasaachi era, indubitavelmente, uma figura notável. Exibia uma tez morena, olhos cintilantes que pareciam quase em uma tonalidade violeta, e uma pele sedosa que ocultava habilmente sua verdadeira idade. Dotada de um acentuado sotaque indo-ariano, não ocultava suas origens.

Tudo que eu sabia sobre o povo a que Sasaachi pertencia era que os romani eram um grupo étnico originário do subcontinente indiano. Historicamente, eles haviam migrado para várias partes do mundo, incluindo a Europa, durante o século XI, e ali tinham se estabelecido.

Ao adentrar a sua tenda das adivinhações, fui surpreendido pela fragrância oriunda de um incensário posicionado ao lado da porta, e pelas seguintes palavras proferidas pela mulher:

"A pessoa que você busca saber mais a respeito esteve várias vezes em minha companhia".

Embora não houvesse sussurrado um único som ao aproximar-me da pequena mesa circular na qual atendia seus clientes, era como se Sasaachi já tivesse ciência do propósito que me conduzia até ali.

Era verdade que eu buscava por um amuleto em cor fogo que havia visto a última vez por entre os seios de minha amada Alanna, ainda por detrás do balcão do seu antiquário. Entretanto, ao estender-me o objeto adquirido junto à filha da falecida, a romani percebeu-me desalentado que não se tratava da mesma peça.

A verdadeira natureza do tal amuleto que bloqueara meus dons de compulsão intrigava-me profundamente, e eu necessitava desvendar o funcionamento desse encantamento. Sasaachi desconhecia qualquer informação acerca dessa forma de encantamento, contudo, assim como os portadores do objeto, ela também era imune ao meu olhar hipnótico. Desarmado, vi-me compelido a empregar métodos convencionais a fim de persuadi-la a auxiliar-me, depositando algumas moedas sobre a mesa para que ela respondesse às minhas indagações.

Madame Sasaachi era uma mulher de voz suave, trajando um tipo de xale acomodado em suas costas e roupas confeccionadas em tecidos brilhantes e coloridos. Mantendo um contato visual ininterrupto enquanto dialogava, ela revelou, sem rodeios, que havia conhecido Alanna em vida. Ambas haviam compartilhado momentos agradáveis em uma taberna local há menos de dois anos, e fora nesse local que a enigmática búlgara confidenciara alguns de seus segredos à companheira vidente.

Segundo Sasaachi, Alanna era, de fato, uma bruxa bastante poderosa que descendia diretamente de uma tribo celta. Com mais de um século de existência, ela descobrira a chave da imortalidade por meio da prática do que se denominava "magia enoquiana", ou, em termos mais prosaicos, a linguagem dos anjos.

No século XVIII, tinha criado um conciliábulo de pessoas que manipulavam dons parecidos aos seus, e havia combatido forças malignas junto a elas. A humanidade não sabia, mas o plano terreno estava em constante ameaça desde que os anjos haviam descido a solo para copular com as humanas, no período pré-diluviano e, com o passar do tempo, por puro descaso com os filhos de Deus, nem mesmo as criaturas angelicais faziam mais a proteção do mundo.

Com seu imenso poder, Alanna assumiu essa responsabilidade, estabelecendo, em colaboração com os demais bruxos de seu "coven", uma linha defensiva entre a Terra e a dimensão conhecida como "Sheol", uma espécie de limiar entre o Céu e o Inferno.

Sasaachi também revelou que Alanna havia selado portais dimensionais espalhados pelo mundo com o intuito de bloquear a passagem de seres demoníacos para o nosso plano, e que só ela possuía a chave para abrir tais passagens. Depositei mais três moedas sobre a mesa a fim de que a romani me falasse mais a respeito daquele assunto, porém, a romani insistiu que aquelas eram todas as informações que podia me oferecer, resguardando-se de revelar qualquer outra coisa por meio das cartas de tarô.

Ao deixar a tenda daquela cigana, meu peito ardia de curiosidade, e mais dúvidas permeavam minha mente do que quando adentrara aquele recinto.

Quantos seriam os portões selados por Alanna e, com a sua morte, quem estaria tomando conta deles?

O que teria acontecido ao seu coven após a sua morte?

Haveriam outros bruxos a zelar pelo plano existencial, impedindo a passagem de seres malignos de imenso poder para a nossa realidade?

23 de outubro, 1809.

Escrevo esse relato no conforto do meu lar em Varna, mas há menos de vinte e quatro horas, tive um encontro inesperado e nada amistoso com alguém que eu desconhecia a sua origem, mas que sabia da minha existência há bastante tempo.

Tudo começou quando decidi retornar a Hîncesti para mais uma consulta às cartas de Madame Sasaachi. Era a terceira visita que eu fazia à romani em pouco menos de dois meses, e a mulher estava me ajudando a resolver o quebra-cabeças que havia se tornado a minha antiga relação com Alanna Dubhghaill.

Embora possuíssem um relacionamento amigável de vizinhas e tivessem saído para beber certa vez, a cigana não conhecia a dona do antiquário muito a fundo, e havia feito, ao todo, três visitas à sua loja. Uma, para adquirir um novo jogo de cartas de tarô, outra, para comprar um faqueiro de prata espanhol e uma última apenas para jogar conversa fora.

Desde a minha última visita à sua tenda, ela e eu estávamos unindo esforços para descobrir mais a respeito dos ditos portais selados por Alanna em ação conjunta com seus amigos feiticeiros, e a mulher captou com seus dons naturais dois pontos energéticos de enorme poder na Bulgária; um próximo à Rila (cidade que ficava a quase cem quilômetros da capital búlgara, Sófia) e o outro no Santuário de Belintash, um pequeno planalto que ficava localizado entre as montanhas de Rhodope.

Apesar de pequeno, nós havíamos conseguido um avanço significativo quanto àquele tema e, em reconhecimento aos seus serviços, fiz um pagamento substancial à romani.

No entanto, no momento em que deixava a residência da cigana, algo fora do comum ocorreu. Dirigia-me ao local onde meu fiel assistente e cocheiro, Rowan, aguardava-me habitualmente, próximo a uma casa de penhores a uma quadra de distância, quando percebi que estava sendo seguido por três indivíduos indistintos.

Era noite, o céu estava bastante nublado àquele horário e uma névoa espessa começava a encher as ruas de Hîncesti, ocultando a visão de quem passava pelas suas calçadas.

Felizmente, não me limitava apenas à minha visão para perceber o ambiente ao meu redor. Acelerei o passo com o intuito de despistar os homens que me perseguiam, mantendo minha audição e meu olfato aguçados. Sabia que, caso fossem meros assaltantes à espreita de uma vítima desavisada, eles se surpreenderiam com a desagradável situação ao me alcançarem. Entretanto, logo descobri que não havia nada de comum em meus perseguidores.

Quando pensei ter me livrado deles, camuflando meus rastros na névoa que encobria meu trajeto, ouvi três batimentos cardíacos ao meu redor. Contudo, era tarde demais para voltar a correr. Dois dos indivíduos agarraram meus braços e me pressionaram contra uma parede. Eram fortes, possuíam uma aparência feral e exibiam presas vampíricas.

Antes que o terceiro homem se apresentasse, consegui me desvencilhar do que me segurava pela direita e lhe quebrei o braço. Apesar de vigoroso, o sujeito era demasiado jovem, e minha experiência naquela época já se mostrava valiosa.

Golpeei o flanco de seu companheiro, arremessando-o para longe, e já me preparava para o confronto com o terceiro homem quando ele me surpreendeu, agarrando meu pescoço com uma velocidade sobrenatural.

Por mais que eu pressionasse o seu pulso na esperança de que ele me largasse, os meus esforços eram em vão. O homem de cabelos crespos e olhos vermelhos à minha frente também era um vampiro e, de alguma forma, mais forte do que eu. Sussurrou-me que detinha informações a meu respeito, conhecendo meu endereço em Varna e as minhas visitas recorrentes à Madame Sasaachi em Hîncesti.

Quando desisti de me libertar, o sujeito, enfim, se apresentou como Mael D'Aramitz. Informou-me que estava ali em nome do homem que comandava um clã de vampiros denominado Concílio de Sangue, e que ele desejava a minha presença em seu castelo em Pleven.

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