Alina e o Concílio de Sangue

By RodRodman

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Em "Alina e o Concílio de Sangue", a intrépida vampira secular romena, Alina Grigorescu, enfrenta um novo e p... More

Prólogo
Capítulo 1 - Em busca de perdão
Capítulo 3 - O despertar
Capítulo 4 - Confrontos pretéritos
Capítulo 5 - Verdades e mentiras
Capítulo 6 - Amaldiçoada
Capítulo 7 - Rastro de morte
Capítulo 8 - Anjos e demônios
Capítulo 9 - O caído
Capítulo 10 - Jogos e marionetes
Capítulo 11 - Destino adiado
Capítulo 12 - Origens e maldições
Capítulo 13 - Bem-vindos a Londres
Capítulo 14 - Dança com lobos
Capítulo 15 - Entre dois lados
Capítulo 16 - O Condado Grealish
Capítulo 17 - Do Passado ao Presente
Capítulo 18 - A tragédia de Mason
Capítulo 19 - Desafio de Fogo
Capítulo 20 - Conexão
Capítulo 21 - Os segredos de Alanna
Capítulo 22 - Batem à porta
Capítulo 23 - A mansão de Montbéliard
Capítulo 24 - O Concílio de Sangue
Capítulo 25 - O clã de Archambault
Capítulo 26 - Cerceada
Capítulo 27 - Uma verdade incômoda
Capítulo 28 - Fuga de Lyon
Capítulo 29 - Refúgio em Edmonton
Capítulo 30 - De volta à Moscou
Capítulo 31 - A isca
Capítulo 32 - Yuliya
Capítulo 33 - Amor de anjo
Capítulo 34 - A surpresa de Dumitri
Capítulo 35 - Sedução pela inocência
Capítulo 36 - A essência
Capítulo 37 - A decisão de Akanni
Capítulo 38 - Magia enoquiana
Capítulo 39 - Vida e morte em Hîncesti
Capítulo 40 - Criaturas subterrâneas
Capítulo 41 - O poder interior
Capítulo 42 - Missão Bruxelas
Capítulo 43 - O baile
Capítulo 44 - A dinastia Ardelean
Capítulo 45 - Tertúlia da Lua
Capítulo 46 - Em território hostil
Capítulo 47 - Nostalgia em Pleven
Capítulo 48 - O grimório perdido de Dubhghaill
Capítulo 49 - A ascensão de Adela Quinn
Capítulo 50 - Reagrupamento
Capítulo 51 - Prenúncio de guerra
Capítulo 52 - A fúria de Thænael
Capítulo 53 - Entremundos
Epílogo

Capítulo 2 - Plano a longo prazo

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By RodRodman

O CASTELO CONSTANTINESCU fora erguido no século XVII e se manteve hirto e imponente através das décadas por conta do seu isolamento geográfico. Construído num dos montes mais íngremes da Transilvânia, se escondia dos olhares curiosos de moradores vizinhos por causa da vegetação alta que o circundava.

Longe de tudo, era a fortaleza perfeita para as famílias nobres que, em tempos idos, buscavam proteção de ataques inimigos atrás de suas paredes. Era o símbolo vivo de um período antigo de guerras e conflitos armados, todavia, atualmente, se mostrava antiquado para o mundo moderno que se estabelecia à sua volta, e se mostrava cada dia mais deslocado pelo tempo, como uma peça antiga fora do museu.

Eu possuía um misto de ótimas e péssimas recordações daquele castelo. Tinha me mudado para o local logo após a minha ressurreição no começo do século — após ficar enterrada e mumificada em uma câmara mortuária no Peru por quarenta anos — e gozei dos seus aposentos confortáveis enquanto me reconectava com o mundo que encontrei assim que despertei.

Foi ali que, meses depois do meu renascimento, eu me reencontrei com o meu meio-irmão, Costel, após uma separação de mais de quatro décadas. E também foi no interior daquelas paredes que esse mesmo Costel me reapresentou à minha amada filha, dez anos mais madura, com uma personalidade completamente diferente da que eu conhecia em nosso lar em Vaucluse, na França, porém, totalmente saudável e bem.

Após o sequestro de Costel em Oradea e da minha subsequente associação com a Teia — a agência internacional de combate às forças malignas ocultas —, o castelo com toda a sua mobília havia sido vendido e passou de mão em mão até que retornasse para a minha família. Costel — em sua identidade de Theodor Constantinescu, o poderoso empresário e administrador da refinaria petrolífera russa Novvy Kordon — usou de toda a sua influência para adquirir aquela pilha imensa de pedras e a passou para o nome de Alex tão logo teve a chance.

A minha filha agora possuía em seus documentos o sobrenome adotado por meu meio-irmão em seu retorno à Europa no começo do século e, por mais que eu odiasse admitir aquilo, como sua "sobrinha" no papel, ela era herdeira da fortuna acumulada por Costel ao longo daqueles anos, e teria boa parte da sua vida imortal muito bem financiada por todo aquele dinheiro.

Eu subi as escadas de piso rústico que me conduziram até um dos andares mais altos do castelo. As torres e as paredes espessas da sua arquitetura projetavam sombras assustadoras no jardim circundante à propriedade lá embaixo. Através das janelas grandes de molduras decorativas de pedra e madeira esculpida, era possível vislumbrar toda a paisagem bucólica da Transilvânia ao longe, e eu me detive por um segundo a contemplar aquele cenário incrível, além dos telhados em estilo de mansardas[1] e as suas várias seções de inclinação íngreme.

A caminho do meu destino, eu me encontrei com o mordomo francês que cuidava do restante da criadagem do castelo. Jean-Paul Duvivier era um homem prático e prestativo a quem eu recorria todas as vezes que necessitava saber mais a respeito da educação de Alex naqueles dez anos, e também a quem eu dava instruções quando precisava me comunicar com o meu irmão.

Fazia mais de um mês que eu estava morando provisoriamente sob o mesmo teto que ele por causa da minha filha, mas tinham sido raros os momentos em que havíamos nos encontrado, de fato, pelos corredores intermináveis do lugar. Quando não estava viajando a negócios, Costel passava mais da metade do seu tempo enfurnado dentro do seu escritório. Mal dava as caras na hora do jantar e pouco interagia com a sobrinha.

Depois que ele havia tentado me matar no castelo de Dumitri — logo após degolar o nosso antigo mestre — e fugido em seguida, não existiam motivos para voltar a confiar naquele homem. Costel tinha se transformado em uma criatura ardilosa e vil e, se não fosse pelo carinho que Alex desenvolvera por ele em minha ausência, a minha escolha seria por viver a um continente de distância do cretino, por segurança.

— Ele está na biblioteca, Jean-Paul?

O homem pequeno de bigode fino no rosto magro acenou positivamente enquanto instruía uma camareira roliça de avental branco frente ao colo a remover a roupa de cama de um dos vários aposentos de hóspedes daquela seção.

— Está à sua espera, mademoiselle Alina.

Andei contando os passos até a esquina angular que desembocava em um salão largo cerrado por uma porta elaborada com detalhes em ferro forjado e ornamentos em relevo. Não desejava voltar à presença dele tão cedo, mas necessitava confrontá-lo a respeito de Alex e o seu tratamento para comigo.

— Costel, sou eu.

A sua voz ecoou de dentro da sala em resposta e eu me vi autorizada a adentrar o seu espaço privado. Um cheiro muito forte de madeira antiga atingiu o meu olfato logo que dobrei as duas maçanetas para abrir a porta dupla. O escritório do castelo era amplo e imponente. Possuía paredes revestidas com painéis de madeira escura e teto alto com molduras ornamentadas. As janelas grandes nas laterais eram cobertas de modo a impedir que a luminosidade solar invadisse o recinto, por isso, para que não estivesse tudo mergulhado em breu, candelabros de ferro equilibravam luzes e lâmpadas acima das nossas cabeças.

— A que devo a honra de tão ilustre visita, minha querida irmã?

Costel estava sentado atrás de uma imensa escrivaninha de carvalho com pernas torneadas e uma superfície desgastada pelo uso. Sobre o tampo da mesa, havia um antiquado tinteiro de prata, penas antigas e em desuso, uma variedade muito grande de papéis separados em pilhas e um sem-número de livros em capa de couro. Meu irmão parecia absorto em algum tipo de estudo ou pesquisa, e terminou de fazer uma anotação em esferográfica azul num bloco de papel pouco antes de me convidar a se aproximar dele.

Dei alguns passos em direção à poltrona estofada em veludo vermelho diante da mesa. Corri os meus olhos pelo ambiente e identifiquei, em três das quatro paredes, diversas estantes repletas de volumes encadernados com títulos em latim, alemão, francês e em outras línguas. Havia escadas de madeira nas bordas das estantes para facilitar o acesso aos livros nas prateleiras mais altas, e aquilo me fez acreditar que, por mais sórdido que ele fosse, o meu odioso meio-irmão não havia mentido quanto a manter Alex instruída culturalmente.

— Interrompo algo importante? — indaguei, enquanto puxava o assento para me acomodar.

— De forma alguma, Alina. Eu só estava concluindo algumas anotações acerca dos estudos que tenho feito nos últimos meses sobre o folclore romeno.

— Interessante — balbuciei, conforme me lembrava da nossa juventude na Valáquia. Costel tinha o costume de me contar histórias de terror sobre monstros e criaturas místicas que atormentavam os antigos moradores da cidade, ao Sul dos montes Cárpatos e, ao longo de muitos anos, conforme eu crescia, me vi acreditando fielmente em seus contos, em especial, nos que falavam sobre herdeiros monstruosos gerados do relacionamento consanguíneo entre parentes próximos.

O bastardo deve ter se divertido contando essas mesmas histórias à minha filha, pensei, incomodada, um segundo depois de me lembrar que os seus poderes ampliados agora lhe permitiam ler os meus pensamentos tão limpidamente quanto ele podia ouvir o canto de um rouxinol.

— Você deve ter ficado surpresa em me encontrar aqui atrás dessas pilhas empoeiradas e mofadas de livros velhos, não é, minha irmã? — Os olhos de Costel brilhavam num tom azul-turquesa a me encarar da sua poltrona. Ele trajava uma espécie de casaco de couro negro sobre o torso e os seus lábios se curvaram num sorriso cínico logo que ele descansou a caneta que segurava sobre a mesa. Eu estava sentada confortavelmente à sua frente e não o respondi, o esperando continuar com suas observações. — Eu não sou mais aquele jovem mulherengo e inconsequente que você conheceu, Alina. Ah, não. Eu tenho outras preocupações agora além de bebidas, prostitutas e orgias.

Corri os olhos pelos títulos dos livros encimando a mesa e ri ironicamente.

— Quais são os seus interesses agora? Strigois, morois, zmeus e capcauns?

Ele não pareceu ofendido com o meu tom sarcástico. Apanhou um volume de capa cinza grafado em dourado com os dizeres "Legendăși Mituri Românești" — ou "Lendas e Mitos romenos" — e começou a folheá-lo.

— O Leste Europeu, mais especificamente a região que hoje forma a Romênia, sempre foi muito fértil na criação e na manutenção dos mitos hoje tão difundidos na literatura fantástica. Muito desse material, obviamente, não passa de idiotice fictícia inventada para assustar criancinhas medrosas. Eu demorei um tempo para fazer um levantamento sobre o que era real em meio a tantos mitos, e descobri coisas interessantes a respeito da nossa linhagem, irmãzinha.

Costel manteve o volume cinzento aberto em uma determinada página e o deslizou até mim por sobre a mesa. Havia uma gravura antiga representando uma criatura híbrida meio-homem, meio-morcego na folha da direita, enquanto na da esquerda, uma descrição em meu idioma nativo falava sobre strigois, os monstros mitológicos que eram vistos sempre na literatura fantástica como "ratos assustadores dotados de presas", além de poderosos vampiros psíquicos capazes de absorver a energia humana.

— Eu estudei tudo a respeito desses tais "ratos com presas" e descobri que eles são bem raros hoje em dia. São quase uma espécie em extinção, mas ainda podem ser extremamente perigosos para a nossa raça.

Eu tinha ficado curiosa. Nunca tinha parado para pensar a respeito das classes de vampiros existentes. Desde que ganhara os meus dons, estava sempre preocupada em manter a minha cabeça acima do pescoço, seja lutando contra bruxos das trevas, lobos gigantes ou meios-irmãos lunáticos. Não tinha tempo para me ater a folclore ou coisas do tipo.

— A nossa "raça"?

Ele assentiu. Buscou outro livro na pilha à sua direita e abriu em uma página marcada pouco antes de me entregar. Aquela era uma enciclopédia muito rara datada do século XVI e estava toda escrita em latim. Me ative à imagem de um homem alto e de aparência humana ilustrado à esquerda.

— Nós somos descendentes dos morois, minha irmã. Diferente das ratazanas sem cabelos e de orelhas pontudas que você viu anteriormente, os morois são mais parecidos com os humanos e podem se misturar perfeitamente entre eles durante a noite. Normalmente, são fortes, elegantes e têm o costume de se alimentar de outras iguarias além de carne crua e sangue.

Voltei a atenção para a imagem no livro em minhas mãos e algo nos olhos frios daquele desenho me fez lembrar de Dumitri, pouco antes de ele me atacar sobre a cama do meu aposento, me violentar e de sorver todo o sangue do meu corpo humano.

" Tão quente! Tão doce!".

Aquela lembrança de quase cento e vinte anos atrás ainda me incomodava.

— Por que acha que os strigois são mais raros que os morois hoje em dia?

Ele já tinha a resposta para a minha questão na ponta da língua:

— Os strigois não são vampiros comuns, cujos dons podem ser transmitidos de um indivíduo para o outro. Em geral, eles são vítimas de uma maldição. São espíritos malignos reencarnados que vivem apenas e tão somente para consumir sangue inocente. Não podem ser mandados de volta para o além-túmulo senão por métodos específicos, diferentes de ferimento por estacas, cruzes ou alho. Apesar de possuírem dons especiais que nós não temos, como transmutação animal e até teletransporte, essas bestas não podem se reproduzir como nós, por isso, ficam restritos a um círculo menor de existência, sendo mais raros no mundo.

Havia conhecimento de causa por trás das informações levantadas por Costel e, se bem o conhecia, existia um motivo para que ele estivesse compartilhando aqueles dados comigo.

— Você disse que os strigois não podem se reproduzir... Mas, até onde eu sei, nós também não.

Costel curvou as sobrancelhas e franziu levemente a testa antes de continuar:

— Há mais de uma forma de reprodução, Alina. Pelo menos, no que se refere aos vampiros. — Com um movimento rápido, a mão direita de meu irmão abriu uma gaveta na escrivaninha e ele tirou de dentro uma espécie de caderno de capa marrom. Era menor que os livros que eu tinha visto até então e possuía um cordão a envolver verticalmente as suas páginas. — Dias após o rapto da Alex e do nosso infeliz entrevero, eu resolvi retornar ao castelo do nosso mentor e encontrei isso. — Costel sacudiu o caderno em sua mão de dedos grossos. — Dumitri tinha o costume de documentar tudo que acontecia em sua vida em diários. Ao vasculhar o seu escritório, eu me deparei com dezenas desses cadernos empilhados em estantes. Todos escritos à mão e inteiramente preenchidos com as memórias do nosso velho mestre.

Eu ainda não sabia a razão, mas aquela informação me causou um desconforto instantâneo.

— O mais antigo desses diários data de 1766, mas é provável que haja outros ainda mais velhos na coleção. Eu não sei. Ainda não tive tempo de ler todos. — O riso cínico estampou o seu rosto gelado mais uma vez. Me mexi em meu assento, incomodada. — O fato é que o Ardelean já vinha estudando a respeito das linhagens vampíricas há muito tempo, e foi por causa dos seus textos que eu tive a ideia de pesquisar sobre morois e strigois, bem como entender a diferença entre eles.

— E o que isso tudo tem a ver comigo... Ou com nós dois, Costel?

Ele fez uma pausa dramática proposital antes de responder.

— O velho Dumitri não foi transformado como nós, minha irmã. Ele nasceu um moroi. Fruto da união proibida entre duas pessoas de laços consanguíneos, de dois parentes próximos, logo, um amaldiçoado.

— Os pais dele eram... irmãos?

— Não, primos. — Ele disse aquilo com um sorriso na cara. — Todas as lendas que pesquisei, romenas ou não, tratavam o fruto do incesto como uma forma de maldição, uma punição aos pecadores, e o velho Dumitri era uma prova de que os mitos, afinal, não eram mitos. Eram fatos. O herdeiro dos Ardelean era um moroi legítimo e, por isso, era tão poderoso. Pelo menos, mais do que qualquer outro vampiro com que eu topei.

— Mas, e sobre a reprodução? Você disse que havia mais de uma forma de os vampiros se reproduzirem...

— Sim — respondeu ele prontamente. — O ato de infectar as suas vítimas com o sangue contaminado dos vampiros, por si só, é um meio de reprodução, mas não era o que o Dumitri buscava. Pouco antes de eu o matar, o velho estava falando de linhagens reais, de descendentes de sangue. Ele enxergava em você a consorte perfeita para a realização do seu sonho de procriação, irmã. Ele era obcecado por você e tinha uma razão para isso.

— Ele era louco, Costel. Não havia razão alguma no que aquele monstro dizia!

— Não é verdade, Alina. Segundo os estudos de Dumitri e os documentos que encontrei em seu escritório, a reprodução entre dois morois é perfeitamente possível. Quando ele me ofereceu dinheiro para que eu vendesse você a ele nas ruas de Bucareste, não foi uma ação aleatória. Dumitri sabia quem você era e já tinha em mente um plano a longo prazo. — Costel começou a gesticular mais largamente diante do corpo enquanto falava. — Agora consigo enxergar claro como a água. Dumitri sempre quis transformá-la em uma vampira porque ele desejava gerar descendentes seus. Você era a esposa moroi perfeita para ele. O velho Ardelean queria herdeiros e você foi a escolhida para desempenhar tal tarefa, Alina.

A minha mente parecia ferver com aquelas informações. Era como se as peças de um quebra-cabeças imenso, enfim, estivessem se ajeitando sobre o tabuleiro. As coisas faziam cada vez mais sentido, e uma verdade incontestável me arrebatou de maneira violenta.


[1] Mansardas são elementos projetados que compõem o telhado de um edifício, característicos por terem inclinações em dois sentidos distintos.

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