Nas Mãos Do Don - 2ª livro da...

By Pann_doraa

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Proibido para menores de 🔞 Romance Dark, senão gosta, nem leia. Se ainda sim vai ler, não venha dizer merdas... More

Personagens & Avisos
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By Pann_doraa

Vittoria


Agora que sei das coisas tudo se encaixa. Sua desconfiança extrema ao ponto de pôr câmaras em nosso quarto, os seguranças e especialmente Juliano que mal podem olhar por dois segundos em minha direção, sua frieza e má vontade de permitir que nosso casamento dê certo além de todo o sexo. Será que Luca deu um voto de confiança a Bianca? Deveria ter perguntado a Gisele, e isso, me leva a pobre mulher. Por minha culpa está em problemas, o que será que Luca fez a ela?

— Gisele não está aqui. Lhe dei férias — responde a minha pergunta silenciosa, enquanto olho para todos os cantos da sala na esperança dela surgir ali, meu coração erra algumas batidas — Não férias do tipo eternidade — suspiro de alívio.

— Não a machuque, Luca, por favor. Foi minha culpa.

— Sobre sua participação, veremos o que farei depois — avisa — Avise a Simone que irei dirigir hoje — diz a Juliano que assente e se vai — A beijei, pois gosto de beija-lá, mas também gosto de castigar. Eu já lhe disse onde é seu lugar, então pare e haja como a mulher que me foi dito como seria.

Eu... Eu quero chutar ele!

Como uma pessoa pode ser tão estúpida e cabeça dura?

Santo Deus, dai-me paciência.

Respiro profundamente, tentando me acalmar, eu preciso disso para lidar com Luca. Ele continua a me olhar, esperando por uma resposta.

O que eu faço?

Luca não quer uma esposa, quer alguém fraco para subjugar a ele. Uma submissa. Era assim que ele e todos os outros me viam? Eu era assim? Passei toda uma vida ouvindo sobre meus deveres, a forma correta de agir, vestir, falar e fazer, às vezes até meus pensamentos pareciam serem fiscalizados e detidos quando considerados impróprios. Em casa, nunca foi uma imensa preocupação já que apesar de ser ensinada, tinha direito, mas fora da minha gaiola dourada, agora vivendo em uma maior e mais incrustada de preciosidades as coisas são completamente diferentes. Meu carcereiro é diferente. Cruel e egoísta.

— Me recordarei onde é meu lugar — murmuro, fraca e humilhada. Submissa, como Luca quer e todos esperam. E, infeliz, mas não importa, ele não se importa.

Se percebe, o que aposto, não se importa nem mesmo para se divertir às minhas custas, Luca dá às costas e segue para a saída, eu o acompanho.



(...)

Reconheço muitas caras quando finalmente chegamos há um grande e luxuoso salão, devo admitir que esperava por uma grande mansão e algum anfitrião puxando o saco de Luca, embora não exista um, a puxação de saco não demora a surgir. Assim que atravessamos as portas, todos param para lhe observar, o silêncio dos vozeirões reina, a orquestra ao fim do salão é a única responsável por algum som, as pessoas até mesmo parecem pararem de respirar. Há dezenas e dezenas de pessoas, desde há homens, mulheres e crianças, e ainda sim, ele é capaz de calá-los somente com sua presença.

Com meu braço entrelaçado ao seu, o observo. Luca Romano, é mesmo um homem poderoso. E isso me assusta de maneira grandiosa. Por isso quer tanto que eu reconheça e assuma meu lugar. Ao seu lado não passo de um grande nada do qual pode se livrar quando bem quiser e entender. Luca possuí inúmeras vidas em suas mãos e a minha é só mais uma em seu poder.

— Don! — o primeiro de muitos homens querendo a atenção de Luca, surge.

O homem baixo e calvo beija o dorso da mão de Luca, olha por meio segundo para mim, me enviando apenas um acenar de cabeça e volta para o homem ao meu lado, me ignorando completamente, isso segue por vários minutos. Até que avisto Francesca, ela sorrir para mim e me chama. Desvio para perguntar a Luca se posso ir até lá, me surpreendendo quando o encontro olhando para mim, os homens ao seu redor falando sem parar.

— Cuide da sua língua — inclina a cabeça até minha orelha e sussurra. Francesca saberia me dizer muitas coisas. Assinto — Juliano — ele chama e logo o homem surge a nossa frente — Acompanhe, Vittoria.

Juliano assente e fica há alguns passos de distância enquanto caminho até a mulher. No caminho vou cumprimentando algumas senhoras que me param e fugindo quando querem estender a conversa. Eu as recompensaria depois.



(...)

Francesca parece notar que há algo me incomodando, ou como minha língua coça para enche-la de perguntas, mas não diz nada, estávamos rodeadas por mulheres falantes, a exceção, a irmã de Cherry. Essa, estava do outro lado salão me fitando raivosa. Vê-la, me lembra que já teve Luca ao seu lado e provavelmente teria novamente em breve.

Suspiro.

— Meninas, nos deem licença — Francesca interrompe uma das mulheres, falando e não dando tempo para ser contrariada, segura meu braço e nos tira dali.

Não lhe pergunto nada, apenas a acompanho, ciente que Juliano, nos segue. Logo chegamos onde Francesca quer, banheiro.

— Obrigada! — sorrio para ela, quando feca a porta e verifica se está mesmo vazio.

Francesca para a minha frente e me observa, o pequeno sorriso simpático que me esforcei a trazer á tona, desaparecendo a medida que meu rosto fica em sua mira.

— O que aquela peste aprontou? — indaga irritada — Luca merece uns bons tapas, uma pena que não aproveitei quando ele era menor.

— Luca viveu com você?

— Ele e Vincenzo iam a minha casa e ficavam por alguns dias, vez ou outra. Chegou ao fim quando foi iniciado e o perdi — suspira tristemente — Apesar de quase impossível de imaginar, em algum momento de sua vida, Luca foi um rapaz muito doce e atencioso. Assim como o pai fez a sua mãe, também o quebrou.

Meu coração se aperta. Penso em meu irmão e papai, apesar de ter sido rígido, Leon foi um bom pai, rígido na medida e muito amoroso no restante. Luca e o irmão nunca tiveram isso, de nenhum dos lados.

— Como Luca era com Bianca? — pergunto por fim. Francesca parece em dúvida se toca no assunto — Já sei que ela o traiu — seus olhos se arregalam.

— Estou supondo que não foi ele quem lhe contou — assinto em negativa — Luca e Bianca cresceram praticamente juntos, creio que por isso ele decidiu pedi-la em casamento, acredito que imaginou que além de fácil seria algo bom, poderiam fazer dar certo.

— Ele tentou — digo pensativa e admito, um tanto invejosa. Bianca teve o que sonho, mas não soube cuidar. Não estava a culpando, Luca não é fácil e ninguém mandava no coração.

— Sim. Dado ao pai que teve e o que presenciou, Luca era um bom marido. Conheci Bianca por toda minha vida, assim como a Luca.

— Sinto muito! — afago seu braço. Ela sorri docemente para mim.

— Obrigada, querida, mas não precisa — a olho sem compreender — Luca sabia da traição. Sempre soube — é a minha vez de ter os olhos arregalados e o adicional de boca aberta. "Não sabia da sua possessividade com as mulheres", me recordo da fala de Vincenzo, tempos atrás quando foi almoçar na casa do irmão junto ao primo — Bianca sempre foi apaixonada por um dos seguranças, seu pai nunca permitiria isso. Quando se casou, Luca permitiu que o rapaz fosse junto.

Ok.

Isso... Isso não faz sentido algum.

— Como... Mas ele a matou por ter o traído!

— Bianca e o amante tentaram matar Luca. Por pouco não conseguiram. Ela o drogou e no meio da noite, o rapaz entrou no quarto — revela, me deixando ainda mais em choque. Francesca caminha até a extensa bancada de pia e observa o espelho tão extenso quanto, atrás de mim. Me viro para ela, nossos olhares se encontrando no reflexo — Vê como é difícil? Imagine: nunca te dão a mão e mesmo assim você o faz, sua recompensa é a traição.

— Bianca não sabia que Luca estava a par de sua situação, então pensou que...

Francesca me interrompe, rindo. Um riso seco, sem humor.

— Tive esse mesmo pensamento — ela puxa seu batom de sua bolsa — Eles sempre souberam. Quando Luca se deu conta que Bianca nunca ficaria feliz com o casamento, trouxe o segurança, ele não veio de imediato. Luca não queria que a garota com cresceu e certamente a via como uma espécie de amiga, terminasse igual sua mãe. O rapaz estava traindo a Cosa Nostra com os russos e Bianca sempre soube e aceitou fazer parte disso.

Francesca retoca seu batom e digiro cada palavra que acabei de ouvir. Bianca tinha outro e Luca sempre soube, ele trouxe o amante de sua mulher para dentro de sua casa. Bianca e o amante estavam triando a famiglia com os russos e pretendiam matá-lo. Luca tentou!

— Luca apenas se defendeu — murmuro por fim.

— Sim, querida.

— Com o pai, com Bianca.

Ela assente.

— E com você.

Me apoio na bancada, de repente me sinto zonza.

Luca, me vê como uma inimiga!
Luca, me vê como um predador!

— Eu... Eu nunca... — Francesca me abraça — Eu o amo!

Me soltando, segura carinhosamente meu rosto.

— O faça enxergar!



(...)

— O Chefe está lá fora, senhora — Juliano avisa quando finalmente Francesca e eu estamos fora do banheiro. Levamos muito tempo lá.

— Obrigada!

Com Francesca sendo requisitada por uma das mulheres assim que saímos do banheiro, estou sozinha e isso é perfeito para Cherry, me interceptar quando pretendo ir até meu marido.

— Bianca nunca ficava muito tempo longe do Luca, acho que está certa, então é bom que marque logo esse chá, quero ver quais mudanças farei em minha nova casa — diz sorridente, cheia de maldade. Respiro fundo. Lidar com Cherry era a última coisa que eu quero nesse exato momento — Pensei em usar vermelho em algumas partes, dessa forma sempre que olhar imaginarei sendo seu sangue — suas novas palavras saem em um tom mais alto, atraindo a atenção das pessoas, a música até para.

Fecho minhas mãos mãos em punho.

Era só um soco na boca dessa garota insuportável.

Penso em uma bela resposta que não seja essa, mas antes que eu possa fazê-la, uma parede de músculo se põe a minha frente, cobrindo Cherry do meu campo de visão.

Luca.

— Vermelho não combina com você, Cherry — ele diz tranquilo a ela, o silêncio parece reinar mais ainda. É como se as pessoas nem respirassem — Tony — Luca chama, e o homem baixo e calvo de mais cedo corre até Luca, saio de trás dele para ver melhor. Tanto o homem quanto Cherry estão pálidos e trêmulos. A irmã de Cherry também se aproxima, mas não diz nada, muito assustada para isso. Tony só pode ser o pai delas — Chame uma ambulância — Cherry chora, o homem olha em espanto para Luca, mas faz o que ele pediu após poucos segundos de hesitação — Mostre sua língua — pede a ela, sua tranquilidade esvaindo, a fera saindo da toca.

— Por favor, Luca, por favor — implora. Um pedaço de mim quer que ele pare o que pretende fazer, mas é tão minúsculo, que permaneço quieta, observando, assistindo como todos ali presente — Vittoria, por favor — seu rosto molhado e olhos banhados e brilhando em lágrimas, se voltam para mim.

— Não ouse implorar para minha mulher depois de importuna-la! — esbraveja, fazendo nós duas pular no lugar com o susto.

Estou para chamar Luca, isso foi o suficiente, mas então, Cherry corre. Não adianta. Foi como um borrão. Logo Luca tem seus braços envolta da mulher, depois um de suas mãos segurando a bochecha dela e exigindo que ela lhe mostre sua língua. As lágrimas que banham meus olhos, embaçam tudo a minha frente e o choro preso em minha garganta, impede que minha voz saia. As lágrimas escorrem quando fecho e aperto meus olhos por alguns instantes. Luca acaba de cortar um pedaço da língua de Cherry.

— Vermelho fica bem melhor em mim — diz a ela, quando a solta, liberando barulhos e cuspindo sangue no chão reluzente — Venha, Vittoria — me chama — atirando o pedaço de carne e o esmagando no chão. Sigo até ele, e percebo então que Francesca quem me empurra até lá — Continuem com a festa — a música retorna — Vamos dançar.

Tony e sua filha mais velha, retiram Cherry dali. As pessoas dispersam, loucas para poderem cochichar a respeito. E Luca e eu nos movemos pelo salão, dançando. Ele totalmente fazendo a coisa toda, eu simplesmente o acompanhado.

— Não precisava...

— A língua de Francesca deveria ir junto também — me interrompe, ele sorrir pela cara assustada que faço — Relaxe, bella — sussurra em meu ouvido — Sabe o que eu fazia lá fora? — nego com a cabeça — Espancava um maldito filho da puta muito animado em relação a você, então sou avisado logo em seguida sobre o que aquela cadela fazia e isso me deixou ainda mais louco...

— Não falei com homem algum, Luca! — me apresso em me defender, sendo minha vez de interromper. Ele me envia um largo sorriso que traz um arrepio a minha espinha.

— Eu sei. Por isso seu sangue não está mim. Como dizia, estou louco por você — paro de acompanhá-lo. O que ele acabou de dizer? — Oh, bella, isso não é algo para gostar. Muito pelo contrário. Não sabe onde se meteu. Com quem se meteu.

— Você me ama? — pergunto eufórica e espantada.

— Não exagere. Só a quero. Muito! E ninguém além de mim pode tê-la, pode machucá-la! Você é completa e inteiramente minha! Sempre foi, mas agora decidi assumir isso — revela, encontrando a minha nuca, levando minha cabeça para mais perto de seu rosto — A bella e a bestia — sussurra em meus lábios, antes de me beijar.




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