Nas Mãos Do Don - 2ª livro da...

By Pann_doraa

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Proibido para menores de 🔞 Romance Dark, senão gosta, nem leia. Se ainda sim vai ler, não venha dizer merdas... More

Personagens & Avisos
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By Pann_doraa


Vittoria

Uma voz suave e cheia de preocupação é o que me puxa para fora do meu sonho ou memórias. Luca e eu tão unidos que haveria dificuldades em dizer onde um começa e o outro termina, os sons que nossos corpos produziam ao se chocar quando Luca entrava fundo em mim e os gemidos que abandonavam nossas bocas junto há palavras sujas e outras tantas ininteligíveis, a sensação crescente de prazer é afastada quando meus olhos em fim, se abrem.

— O que houve, Gisele? — pergunto atordoada, coçando meus olhos e bocejando. Estava muito cansada. Luca havia me deixado muito cansada. Sinto minhas bochechas esquentarem — Tudo bem? — deixo isso de lado e me preocupo com a mulher.

— O Chefe ligou. Mudaram o jantar, será em poucas horas. Deve se apressar, logo estará aqui para buscá-la.

Gemo de desgosto.

Eu quero dormir.

— Santo Dio! Gostaria de não ir — fecho meus olhos e ajeito o cobertor. Gisele rir — Não há um pingo de graça.

Ela rir mais.

— Vamos, menina, levante. Pelo visto se entendeu com o Don, não estrague isso. Ele saiu daqui de bom humor.

Ok.

Isso me deixa com as bochechas super quentes.

Eu sabia que Gisele e todos os outros funcionários sabiam o que Luca e eu fazíamos, mas não deixava de ser vergonhoso.

— Gisele!

— Oras! Ele é seu marido! — me sento e a observo. Ela apanha as minhas roupas do chão. Agora eu vestia somente uma camisa de Luca, que eu havia apanhado ao me limpar e praticamente me arrastei até a cama de volta — E é muito bom que estejam dando certo — ao fim da frase sua voz vai sumindo.

Me recordo do que contou.

— Como Bianca era? — pergunto, a voz cheia de dúvida, não queria me aproveitar dela para saber das coisas, mas estava realmente curiosa — Por que Luca fez isso?

Gisele para, na verdade, é mais como se travasse e lentamente se vira para mim. Seus olhos escuros e carregados de dor, brilham com as lágrimas presas.

— Um doce como você, maravilhosa. O seu erro foi... — ela respira profundamente, talvez usando isso para pensar se me conta — Não sei se devo... — como imaginei.

Fora da cama, a abraço apertado.

— Sinto muito!

Ela retribui meu abraço de maneira rápida e se afasta de mim.

— O mantenha satisfeito, menina. Faça o que ele quer — aconselha — Minha garota fez isso, então não pôde mais. Por isso deixe que ele dite as regras e não ao contrário. Sei que quer se impor, que ele haja como você, mas em nosso mundo nós mulheres somos somente para servir.

Raiva me enche. Não de Gisele, pois, ela está mais que certa, mas por estar dizendo a verdade.

— Por isso Luca a matou? Bianca queria mais? Queria o que nem deveríamos lutar?

Gisele arregala os olhos, olha para porta e volta para mim. Fico em silêncio, mas não ouço nada.

— Não — responde finalmente — Antes de se casar, conheceu um rapaz e se apaixonou.

Junto as coisas.

— Ela o traiu.

Gisele me olha ofendida. Como se eu tivesse a acusado por isso, ou dito que ela roubou algo. Seu carinho por Bianca é maior do que imaginava.

— Ela não quis, mas no coração ninguém manda... Naquela noite, ele chegou mais cedo e os pegou juntos — suas lágrimas finalmente escorrem — Ainda ouço os gritos... O Don pensou que eu os acobertava, mas não fazia ideia, havia sim percebido como ela olhava para o segurança, mas me prometeu que eu estava vendo coisas. Acreditei. Bianca não mentia para mim, eu a criei... Preferi acreditar... Mas também... — se cala.

"Mas também, se dissesse o que eu faria?!", imagino que seja assim que terminaria sua frase. Talvez o melhor tenha sido exatamente assim, se Luca percebesse que Gisele mentia, ela não estaria aqui agora.

Lhe dou outro abraço. Esse ela não retribui, no entanto, a forma agradecida que me olha, diz tudo.

— Vá e se recomponha. Irei me arrumar — lhe dou um sorriso, que com muito custo, ela retribui.

Pobre, Gisele.

Com a água forte do chuveiro caindo sobre minha cabeça e escorrendo por meu corpo, penso no que descobri. Bianca o traiu! Na famiglia isso era a pior das traições. Ainda não justificava, mas era como jogávamos. Ela o traiu! Luca viu tudo. Ela o traiu! Ele os matou. Momentos passados povoam minha mente. Luca pensa que posso e vou fazer o mesmo. Bianca o traiu. Se alguém já fez uma vez o que impediria de fazer novamente? A água quente disfarça o fato de eu estar chorando. Por antes, por me render tão facilmente a ele, por seu passado, por estar com saudades da minha família, por Gisele, por Luca acreditar que farei o mesmo, por a possibilidade que posso terminar feito Bianca se Luca somente sonhar que eu possa estar fazendo o mesmo que ela.

A água disfarça, mas não leva minhas dores, meus medos e pavores.





Luca

Dino olha de seu relógio para mim, fazendo uma careta que logo trata de disfarçar, quando finalmente chego no prédio comercial em um dos nossos negócios legais no centro. Eu sabia que estava atrasado, não precisava dele para me recordar disso.

— Tentaram te matar de novo? — pergunta me acompanhando — Estão mais insistentes há cada dia. Praticamente um vício — entramos no elevador.

Matar.
Insistência.
Vício.

Matar. Vittoria vem a minha mente. Sua face deixava claro seu desejo de voar sobre meu pescoço e dar fim a minha vida, ou me machucar bastante no mínimo, no restaurante, igualmente ao seu desejo por mim, quando me aceita e deixa que eu a possua. Insistência. Minha fome por ela, maior há cada dia, insaciável há cada vez que a tenho. Viciante!

Eu devo dar fim há esse vício.

A fera ruge.

Nossa!

Porra!

— Pode-se dizer que sim.

Dino não entende.


(...)

Gisele parece estar a um segundo antes de cair dura no chão em minha frente, quando surjo na área das empregadas. As outras são espertas o suficiente para darem o fora da sala quando ouvem minha voz chamando pela velha mulher.

— O que tanto conversou com Vittoria? — seus olhos se arregalam mais ainda. A culpa logo brilha em seu rosto enrugado, diferente daquela noite, ou não estaria aqui. Por amor ou falta de confiança, a desgraçada da Bianca não contou nem mesmo para sua amada babá e confidente o fato de manter um caso com o segurança, e isso lhe garantiu não ter a vida ceifada por mim, no passado — Não tenho toda a noite, Gisele.

Ela engole seu choro. Seca rapidamente suas lágrimas.

— O motivo de ter matado Bianca, Chefe — revela baixo, apavorada, arrependida, mas também como certo prazer. Pequeno, mas presente. Gisele criou aquela cobra, a amou como uma filha, a protegeria como uma se tivesse tido alguma chance — A senhora me pergun...

Ergo a mão e se cala.

— A culpa é de minha esposa então?

Ela acena em negativa, desesperadamente.

— Por Cristo! Não, Chefe.

— Foi o que pensei. Arrume suas coisas — seu terror ganha uma dose há mais — Não se preocupe, Gisele, será poucos dias para aprender a se calar sobre as minhas coisas. Tem sorte por eu não arrancar sua maldita língua.

Ao sair, deixando-a em lágrimas, ordeno que o guarda que esperava do lado de fora entre para buscá-la.

Agora era a vez de Vittoria.






Vittoria

Pulo no lugar pelo susto que levo ao encontrar Luca sentado na poltrona solitária no canto do quarto, uma de suas longas pernas apoiada sobre a outra, o cabelo tão bem penteado que chegava a ser ridículo e alguns botões da sua camisa vinho abertos, por pouco o tom da camisa não se aproximava do vestido longo que uso.

Como uma estátua o observo. Luca levanta-se e se mantém ali, me observando como se pudesse enxergar cada coisinha em mim, como se pudesse enxergar e sugar minha alma, logo seu polegar encontra seu lábio inferior e o percorre, ainda me olhando. Então, quando finaliza com sua mania caminha lentamente até mim. Continuo estática, paralisada, de algum modo eu sabia, Luca descobriu e temo por Gisele, lembro-me de suas palavras há respeito de Francesca, certamente pensou que a mulher poderia ter me contado, em seguida, preocupo-me comigo.

— Seu celular — pede, estendendo a mão. Aperto a pequena bolsa antes de abri-la e segurar firmemente meu aparelho — Não me faça repetir.

— O que fez a Gisele? — o temor está em minha voz claramente.

Luca sorrir. Perversamente.

— Não se meta nos meus assuntos. Mas, tudo bem, o erro é meu por deixá-la acreditar que tem algum espaço importante em minha vida para isso.

O aperto que meu aparelho recebe outra vez não tem nada haver com medo, é raiva.

— Não sou como Bianca, Luca,...

Seu sorriso se vai é uma frieza da qual provavelmente nunca irei me acostumar vem sobre seu rosto.

— Para mim não há diferença alguma — seu sorriso retorna quando minha mão paira ao ar, poucos centímetros afastado de seu rosto — Vá em frente — me desafia, fecho minha mão e hesito em trazê-la de volta para perto do meu corpo.

Nos encarando, a história de vida de Luca me abate... Ninguém dá o que não tem, ninguém dá o que não conhece. Seu pai foi um crápula monstruoso, sua mãe tão perdida em sua dor que nunca pode amar a ele ou ao irmão, Bianca o traiu. Monstros não nasciam, eram moldados a isso.

Deixo meu celular ir.

— Sinto muito, Luca! — ele não espera por isso e muito menos sabe como lidar. A surpresa e confusão estão estampadas em seu lindo e perdido rosto. Me agarro a ele, abraço Luca tão apertado que meus braços logo estariam doendo — Você não está mais sozinho. Estou com você! — choro as palavras... A promessa.

Segundos, minutos, horas podem ter se passado e Luca não se move, eu tão pouco faço menção de larga-lo, mas então, uma batida vem sobre a porta e é como se ele despertasse. Luca finalmente me toca, porém não do jeito que espero e anseio, seu toque é para afastar meu corpo do seu.

— Não haja como se pudesse ir — diz amargo, recuperado e maldoso — É minha, Vittoria! — rosna em meu rosto, e ali está a besta dando as caras mais uma vez — Minha. Só minha! Então onde mais estaria senão ao meu lado?

Ergo meu queixo, quero olhar bem em seus olhos de olhar ardente, flamejante.

— Ótimo! Só não esqueça disso, pois posso ir para longe mesmo dormindo em sua cama.

Travamos uma batalha de olhares. As batidas retornam.

— Tudo bem, Chefe? — Juliano indaga.

Nossos olhares não desviam.

— Estamos indo — ele responde — Fazer isso só provará como sua promessa é vazia.

Não vacilo.

— A única forma de minha promessa ser quebrada, é se você fazê-lo. Estou aqui, Luca! E no que depender de mim, estarei até meu último suspiro. Só cabe a você.

Não há palavras depois disso. Luca enfia sua mão por meu cabelo e leva minha cabeça até ele, sua boca logo cobrindo a minha, sua língua a caça da minha, se entrelaçando quando se encontram. Luca me devora e eu permito de bom grado.

Cabe somente a ele.






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