A culpa é dos seus olhos - Pa...

By snalov

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Montreal, Canadá. Audrey Laurent saía do Starbuck's, que ficava localizado na esquina entre a Crescent Street... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 5
Capítulo 6

Capítulo 4

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By snalov

Kaleb Rivers

Neste momento, estava sentado na poltrona macia da recepção do senhor Mesquinho.
A secretária dele estava lá, digitando alguma coisa no computador. Audrey a chamou de Karina. Tentei puxar assunto algumas vezes, mas ela não me respondeu, então me contentei em admirar seu corpo.
Karina, claramente, era muito mais bonita que Audrey, mais alta e mais elegante também. Tenho certeza que ela não é daqui. Primeiro: pelo seu corpo e seu tom de pele bronzeado, as canadenses não costumam ter um bronzeado natural. Segundo: pelo seu sotaque quase imperceptível.
Ela tinha um corpo esguio, complamente definido e uma bunda do caramba. Observá-la estava me deixando duro, então tratei de desviar o olhar, mas só por alguns minutos.
Levei um susto quando a porta foi aberta, me levantei e caminhei até Audrey.

- Podemos ir - ela disse.
-  Entrarei em contato, srta. Laurent.
- Certo.

Revirei os olhos e comecei a traçar meu caminho até o térreo com Audrey ao meu lado.
Comecei a bater meu pé no elevador e não a olhei em momento algum. Ela percebeu isso e quando estávamos na metade do térreo e parou para me encarar.

- O que foi?
- Você aceitou não foi?
- Sim.
- Por quê? - Só a ideia dela perto daquele arrombado perto dela já me dá nos nervos.
- É uma boa oportunidade pra mim, Kaleb. Vou poder abrir meu próprio orfanato mais rápido e também vamos poder comprar nossa própria casa e quem sabe abrir sua...
- Não devia ter aceitado - tentei falar suavemente, mas saiu pior do que pensei, então simplesmente saí andando.
- O quê? - Ouvi ela exclamar e vir na minha direção. - Mas por quê?
- Surgiu um imprevisto no escritório, preciso ir. Pode voltar pra casa de ônibus? - Mentira! Não tinha nada no escritório, disse aquilo só para encerrar o assunto.
- Mas...
- Até mais tarde.

Sem mais nem menos, atravessei a rua e deixei ela pra trás. Fingi receber uma ligação para parecer mais convicente, entrei no carro e saí sem direção, só queria pensar um pouco.
Acabei parando em uma loja de conveniência num posto de combustível, abri os vidros e puxei, de dentro do porta-luvas, um maço de cigarro. Tirei um, acendi, coloquei na boca e deixei que a fumaça quente invadisse meus pulmões e saísse pela minha boca, formando um círculo de vapor em minha volta.
Falei para Audrey que tinha parado de fumar só para não ouvir suas reclamações, já estavam me irritando.
Levantei a manga da camisa social que usava até os cotovelos e respirei fundo.
Dentro da loja de conveniência, vi uma silhueta conhecida, e muito bem conhecida. Dos tempos da escola, ela não mudou nadinha. Julie Watson, uma das putas do terceiro. Não sei o que viu em mim, mas insistia em me dar todo fim de semana. Só de lembrar já estava ficando com calor.
Em movimentos rápidos, saí do carro, joguei a bituca de cigarro no chão e apaguei com o pé. Caminhei até ela e analisei seu corpo de longe, ela andou malhando. Esperei que ela viesse até a entrada e me visse.

- Rivers, quanto tempo.
- Devo dizer o mesmo, Watson - ela sorriu e colocou as mãos em meu peitoral.
- Sabe... Senti sua falta.
- Você tá ocupada?
- Não pra você. Tá de carro?
- Sim, senhorita.

Ela sorriu e mordeu o lábio inferior, o que só aumentou meu tesão. Envolvi sua cintura em meus braços e a guiei até meu carro. Julie entrou no banco do passageiro com uma puta cara de safada. Ela levantou sua saia e deixou a calcinha vermelha de renda a mostra. Puta que pariu, ela estava me deixando doido.
Dei partida no carro e saí o mais rápido que o carro conseguia ir. Fui até um motel que eu sempre frequentava. Na recepção, estava uma recepcionista incrivelmente gostosa, claro que já comi. Começar a fazer academia foi uma das melhores coisas que já tinha feito, as mulheres gostavam de músculos.
Fiz o check-in e em questão de minutos eu já estava trancando a porta do quarto e tirando os meus sapatos.

- Tire a saia! - Ordenei.
- Ainda tá com aquela sem sal? - É claro que ela estava falando de Audrey, meu sangue subiu no mesmo momento. - Qual é, Kaleb, sabe que posso te satisfazer muito mais do que aquela menininha, né?
- Vire-se!

Não acredito que ela teve a coragem de chamar minha garota de sem sal e menininha.
Era uma meia verdade. Audrey ficava enjoativa na maior parte das vezes. É sempre tudo muito igual. Foi por isso que busquei outras visões, como a da secretária lá embaixo e Julie de vez em quando. Ah, claro, ainda tinha Marilyn. Os pais dela eram realmente artistas, mas nunca cheguei a comer ela, só uns amassos aqui, outros lá...
Julie fez o que pedi e ficou de quatro na cama. Nessa altura, minha camisa estava devidamente pousada na cadeira e minha calça e boxer em algum lugar do quarto. Em uma de minhas mãos estava uma camisinha - que vesti rapidamente, não quero filhos tão cedo. A outra mão estava livre até então, pois comecei a depositar tapas e mais tapas em suas nádegas fartas. Tanto que elas já estavam ficando vermelhas, no mesmo tom de sua calcinha de renda enfiada no meio daquela deliciosidade.
Com cuidado para não rasgar, coloquei sua calcinha para o lado e enfiei meu pau em sua boceta fundo e forte como ela gostava. O resultado disso fora um puta de um gemido que só deixou meu amigão mais duro.
Ela gemia cada vez mais alto conforme a estocava mais e mais. Assumi um ritmo confortável, porém forte. Joguei minha cabeça para trás e me permiti gemer um pouco. Foi quando meu celular vibrou, mas não me importei em ir até ele antes de ela gozar, assim como eu. Ela se jogou na cama, cansada depois de ter que sustentar seu corpo por tanto tempo, ainda mais comigo fodendo ela.

- Você já vai? - Ela perguntou manhosa.
- Não sei...

Tirei o preservativo do meu pênis e o joguei no lixo do banheiro. Limpei meu pau e caminhei até a mesa que tinha próximo a porta e peguei meu celular. Lá tinha uma mensagem do meu chefe no grupo do escritório. Ele acabara de avisar que vamos ter um workshop essa semana, até sexta. No mesmo momento, mandei mensagem para Audrey Rose e a avisei. Sorri ao ver que ela pediu fotos.

- Então... Vai dar pra ficar?

A voz doce de Julie, em total constraste com sua personalidade, invadiu o ar e eu a olhei. Caminhei até a mesa de cabeceira, lugar que deixei meu celular, e me deitei junto com Julie, a abrançando por trás. Ela se virou quase que de imediato e passou a beijar meu pescoço.

- O que está fazendo?
- Provocando um segundo round.
- Não vá se arrepender depois.

Já estava de noite quando Julie disse que precisava ir. Não pedi pra ela ficar, porém queria ter feito isso. Peguei a minha cueca e a vesti, não era legal ficar andando por aí com o pau batendo na perna. Em cima da mesa próxima a porta estava uma garrafa de chamapanhe e duas taças. Peguei uma das taças e enchi com o champanhe recém aberto. Caminhei até a sacada do quarto e me sentei em uma das poltronas de veludo azul que tinha lá. Estava na segunda taça quando ouvi meu celular vibrar novamente. Me levantei e vi o nome do contato de Audrey aparecer na tela.

- Olá, princesa, precisa de algo?
- Kaleb... - Sua voz saiu embargada e tive a certeza que ela estava chorando.
- O que aconteceu? Está tudo bem?
- Minha...  Minha mãe... Ela traiu meu pai. - Ela disse com dificuldade. Meu olhos se arregalaram instantaneamente quando ouvi tais palavras. - Ela tava... Saindo com meu professor...
- Fica calma. Onde você está?
- Na porta do seu apartamento.
- Estou a caminho.

Desliguei o telefone e vesti minha roupa o mais rápido que consegui. Não demorou para eu estar dentro do carro dirigindo igual doido até o prédio onde ficava meu apartamento. Estacionei o carro de qualquer jeito e caminhei o mais rápido de podia até o elevador que levava até meu andar. Assim que o elevador apitou e a porta se abriu, avistei ela sentada no chão, toda encolhida e chorando baixinho.

- Audrey! - Seus olhos encontraram o meu, assustados. Me agachei ao seu lado e acariciei seu rosto inchado. - Se levante, vamos entrar - ela fez o que pedi. Abri a porta e a coloquei pra dentro, sentamos no sofá. - Me conte o que aconteceu.
- Meu... - Ela engoliu o choro e limpou o rosto com a manga da jaqueta jeans. - Meu pai e eu saímos. Ele estava me levando pra assistir um espetáculo de ballet. Foi quando esbarrei em uma mulher, - as lágrimas voltaram a aparecer - era a minha mãe com meu professor.

Audrey passou a chorar como uma criança de novo. Ela sempre foi mais próxima da mãe, mesmo ela sendo comissária de bordo e viajando sempre, elas se falavam todos os dias. Puxei ela para um abraço, mas me arrependi no mesmo momento. O cheiro de Julie ainda estava em mim. Mas Audrey não teria percepção o suficiente para identificar esse cheiro, ela nunca teve.
Ela se agarrou ao meu corpo ainda mais e senti minha camisa ser molhada pelas suas lágrimas. Audrey sempre foi muito sensível as coisas. A tudo praticamente. Não me lembro de uma cena triste de qualquer filme que ela não tenha chorado. Isso me deixava um pouco irritado, confesso, mas nada que não pudesse controlar.

- Posso dormir aqui hoje? - Ela perguntou baixinho.
- Mas que perugunta! É claro que pode.

Ela olhou para mim e deixou um beijo em minha bochecha. A peguei no colo, como um bebê, e a levei para o quarto. Coloquei ela na cama, tirei seus sapatos e a embrulhei.

- Pode dormir. Não vou sair daqui - Sussurrei para ela.

Audrey se encolhei e fechou os olhos. Me sentei ao seu lado na cama e fiquei olhando para o nada. Por mais que gostasse de Audrey, odiava ter que fazer o papel de pai. O pai dela nunca foi o pai do ano e isso sobrava para mim. Ter que cuidar dela e falar coisas bonitas quando ela estava chateada não era minha praia, mas fazia mesmo assim para ela não decidir ir embora, jamais vou deixar isso acontecer.
Tirei meus sapatos, me enrolei no cobertor e fechei os olhos.

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