ALGUNS ANOS DEPOIS
SUNDERLAND
O Sol estava quente, mas nada que impedisse que todos estivessem no gigantesco jardim da casa dos Henderson's.
Autumn sorria para o marido que corria de uma lado para o outro jogando bola com Finn. O garotinho demonstrava que seria um jogador de futebol, estava na categoria de base do Liverpool, onde a família ainda vivia.
A fisioterapeuta tinha seu próprio consultório na cidade que lhe acolheu quando se mudou de país. Grace a ajudava, era sua secretária, estava se formando na faculdade de relações internacionais e vivia uma vida de casada com Alexander-Arnold, ainda sem filhos.
Finn Brian Henderson era o mais velho do casal, iria completar seis anos, era muito parecido com o pai, o mesmo cabelo, os olhos e a boca, quase um espelho do agora ex-jogador.
Jordan tinha se aposentado a poucos anos, tinha conquistado mais alguns títulos para o Liverpool como capitão, depois encerrou sua carreira no Sunderland, mas ainda estava ligado ao futebol, não só pelo filho, como também sobre projetos internos, como a conscientização sobre saúde mental de atletas, importância do futebol feminino e as questões da comunidade lgbtqia+.
Além disso, algumas propostas para que ele assumisse um cargo na comissão técnica do Liverpool e até da seleção inglesa, mas Jordan ainda não tinha dado uma resposta.
A caçula ainda era muito pequena, Aurora May Henderson tinha três anos, mas era muito esperta. Ao contrário do irmão, ela tinha a aparência da mãe, os olhos verdes e os fios de cabelo loiros, assim como a personalidade.
Henderson parou de correr atrás da bola, deixando Finn jogar para si mesmo, voltando para onde a esposa estava sentada.
O ex-jogador inclinou-se um pouco, deixando um beijo casto nos lábios da mulher, ganhando um sorrisinho maroto.
— Oi, princesa! — beijou a cabeça da menina, enquanto ela brincava sobre o pano estendido sobre a grama.
— Papai, cadê a tia Kiara? — a menina perguntou, enquanto pegava a outra boneca.
— Deve vir mais tarde, querida. — ele passou a mão no rostinho dela. — Cuidar de quatro crianças não é fácil. — olhou para Autumn. — Mas deve ser muito divertido. — mexeu as sobrancelhas.
— O quê? — perguntou Jordan sentou-se ao lado dela. — Nem precisa olhar para mim desse jeito, dois estão ótimos. — o ex-jogador encostou o nariz no pescoço dela. — Jordan Brian… — ele beijou a bochecha dela.
— Eu não disse nada, Autumn Rose. — soltou uma risadinha. — Acho que dois estão ótimos, apenas quis ver sua reação. — a mulher lhe deu um tapa no ombro. — Aí, mulher. — ele passou a mão onde foi atingido.
— Você adora fazer isso, não é Jordan Henderson? — ela riu, beijando o rosto dele.
— É meu passatempo favorito, Autumn Henderson. — seus braços passaram ao redor dela. — Depois de entrar apenas de cueca em apartamentos alheios. — os dois gargalharam.
— Ainda bem que o meu apartamento foi o primeiro e último que você fez isso, amor. — olhou para ele séria.
— Se fosse para te conhecer e ter a família linda que temos, eu entraria no seu apartamento várias vezes. — um sorriso enorme subiu pelos lábios da mulher.
— E eu te deixaria entrar todas às vezes. — os dois se beijaram.
⚽
Jordan era orgulhoso do que fez, as conquistas que teve com o Liverpool, time que tanto se dedicou da família que tinha e das escolhas que fez.
Autumn foi sua escolha perfeita, desde que tinham viajado para Helsinque para o casamento de Dawson. No fundo, ele sempre soube que seria ela.
Os filhos eram seus maiores tesouros, Finn veio de surpresa, no susto, sem planejamento, mas com certeza encheu a família de alegria e mais amor.
Aurora chegou de forma planejada, Finn já tinha três anos e sempre pedia um irmãozinho. Autumn estava na clínica, tinha sócios, Jordan estava quase se aposentando, a menina chegou no momento certo.
— Amor! — Jordan chamou pela esposa. — Você pode vir aqui. — pediu, ele estava fora do quarto.
Autumn abriu a porta do quarto, dando de cara com o marido apenas de cueca.
— O que foi… — não completou a frase, sua risada soou alto.
O ex-jogador esticou a mão, segurando a da esposa, puxando-a para si. Autumn soltou uma risadinha, dando um beijo no marido.
— Não acredito que você está fazendo isso de novo. — ela exclamou. — Você é inacreditável, Jordan. — passou os braços ao redor do pescoço dele.
— Eu te amo, tanto, Autumn. — ele disse em um sussurro. — Minä rakastan sinua. — repetiu a frase em finlandês. — Queria dizer em todos os idiomas… — os olhos de Autumn brilharam.
— Eu te amo, Jordan… — ela replicou a fala dele, antes de dar um selinho nele.
— Quero te dar uma coisa. — esticou o braço que estava atrás de si.
— Não é nenhuma data especial! — exclamou. — Ou eu esqueci de alguma data? — segurou a caixinha.
— Todos os dias ao seu lado deveriam ser comemorados. — Jordan disse. — E você esqueceu uma data especial sim. — ela arregalou os olhos, antes de abrir a caixinha.
O cordão de ouro com um pingente de folha de bordo, que simbolizava o outono.
— Hoje fazem sete anos que nos conhecemos no corredor do seu apartamento, naquela noite fria e chuvosa. — Há sete anos, eu conheci Autumn. Meu outono particular, que simboliza a morte do velho e o renascimento de novos momentos.. — os olhos de Autumn encheram de lágrimas. — Você foi o renascimento de novos momentos, após a morte do velho, querida. — a finlandesa não conseguiu segurar as lágrimas.
— Você sempre consegue me fazer chorar com essas declarações, amor. — ela limpou as lágrimas.
— Você pode me fazer um favor? — Jordan perguntou a ela.
— Depende do que você vai pedir… — levantou as sobrancelhas.
— Posso entrar no seu quarto? — sorriu.
— Você pode, Jordan. — o ex-jogador pegou a mulher no colo,
Os dois entraram no quarto, Jordan fechou a porta, levando a esposa até a cama.
Autumn colocou a caixinha sobre a mesinha ao lado da cama, antes de beijar o marido. Ela sentia as mesmas sensações de quando conheceu o marido, os toques eram intensos, as pernas ficavam bambas, o estômago era enchido por borboletas clichês e o calor subia por seu corpo, fazendo o esquentar violentamente.
— Eu te amo, Autumn Rose…
— Eu te amo, Jordan Brian…
Jordan e Autumn ainda tiveram mais uma menina, Elexa Daisy Henderson.
Esse epílogo do futuro deles me pegou bastante, porque eles são uma família muito linda e porque eu aposentei o Hendo 🥺.
Sobre os nomes dos filhos, eu demorei muito pra encontrar algum nome que me agradava porque na minha cabeça precisa fazer sentindo com o casal.
Finn significa finlandês, acho que não preciso dizer nada.
Aurora é autoexplicativo, auroras boreais são vocês.
Elexa eu simplesmente catei o nome da filha mais velha do Hendo mesmo.
Espero que vocês tenham gostado, passa pros agradecimentos.