We Go Down Together [Versão e...

By Awthra

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Em um mundo onde o tempo tece sua intrincada tapeçaria, Jade, uma antiga vampira, encontra-se presa em um cic... More

não é capítulo
1. Archer
2. Difficult
3. ANIMAL
4. Feels
5. It'll be Okay
6. The Great War
7. Make Up Your Mind
8. Mess It Up
9. For My Friends
10. I'm yours
11. Let Me
12. Meet You in Hell
13. Cardigan
14. Ceilings
15. Out of the Woods
16. Through Me ( The Flood)
17. Gimme A Minute
18. Holy
19. You and I
20. Rival
21. Savage
22. lavender haze
23. Let It All Go
24. Pyro
26. Criminal
27. Bad Idea
28. How Villains Are Made
29. All I Wanted
30. Beating Heart
31. Let You Go
32. Medicine
33. Youth
34. Lost My Mind
35. I Want To Be With You
36. Treacherous (parte um)
37. Treacherous (parte dois)
38. Been Like This
39. Peer Pressure
40. Ghost of You
41. Teeth
gift
42. Everything I Wanted
43. My Blood
44. Yellow Flicker Beat
45. New Ways
46. Wanna Be Missed / Reflections On A Hero
47. Die First
48. Hunting Shadows
49. Who Will Save Us
50. Beginning to End
51. We Go Down Together
Epilogue

25. When the Party's Over

206 28 2
By Awthra

*TRIGGER WARNING!!!*

conteúdo: sangue, morte e violência

*FLASHBACK*

Agnar tropeça pelo corredor do navio, o balanço das ondas contra a polpa do navio fazendo-o sentir-se enjoado, ele passa por pessoas tossindo e chorando, lamentando a perda de seus familiares falecidos recentes.

O navio estava infectado, um imbecil havia escondido uma pessoa doente com a lepra, e graças a isso, agora mais da metade do navio estava infectado, e os que não estavam, foram trancados do lado de fora, para evitar o contágio.

Agnar não estava doente, não importa se ele esfregasse sua pele contra as feridas de um dos leprosos, ele nunca pegaria a doença graças a sua natureza vampírica, mas ninguém o deixava sair de lá.

Ele entra na área onde há quartos individuais, o seu quarto é no final do corredor, ele se sente fraco, não se alimenta a dias, e apenas o pensamento de se alimentar de um dos doentes o deixava enojado.

Ele está quase em seu quarto quando uma mulher se aproxima e toca no seu braço, ele se vira e contempla uma mulher jovem, ela usa luvas, cobrindo as feridas da lepra em suas mãos, mas apesar disso, ela parece estar apenas muito no início da doença.

— Perdoe-me incomodá-lo senhor — ela sussurra — Mas seria muito importuno se eu pedisse para falar com o senhor a sós?

Agnar franze o cenho.

— Me desculpe senhora, mas eu estou com pressa...

— O senhor é uma das criaturas das trevas, não é?— Ela o interrompe sussurrando

Agnar arregala os olhos e olha ao redor pra se certificar de que ninguém ao seu redor a escutou, ele a pega pelo braço e a arrasta até seu quarto, batendo a porta atrás de si.

— Como sabes disso?— ele pergunta.

A mulher torce as mãos, os cabelos cacheados e ruivos caem em seu rosto quando ela abaixa a cabeça.

— Em meu reino— Ela diz — Nós somos ensinados de que as criaturas das trevas andam entre nós, escondidas dos caçadores e que de vez ou outra, eles são piedosos e tornam vítimas a beira da morte em um deles.

Agnar bufa, ah sim claro, ele devia ter visto isso vindo.

— Senhora, eu não a tornarei ...— ele começa a dizer.

— Não a mim senhor — Ela diz — Minha irmã, ela está num estado muito ruim — Ela junta suas mãos em súplica — Ela já está delirando e eu temo que ela não vá sobreviver muito tempo — Lágrimas enchem seus olhos — Por favor senhor, ela é a única família que me resta, e ela é apenas uma menina.

Agnar respira fundo, a mulher à sua frente não deve ser mais velha do que 36.

— Por que pedes por sua irmã e não você mesma?— ele pergunta e indica suas mãos enluvadas — Sua lepra está apenas no início, você poderia sobreviver.

Ela olha para suas mãos e suspira.

— Senhor eu não quero abusar de sua bondade — ela diz — E se há qualquer chance de que uma de nós possa ser salva, então eu sempre rogarei por minha irmã — Ela olha para ele — E além disso, há um pagamento, você parece prestes a desmaiar, branco como um fantasma, seria mais do que certo que eu oferecesse meu sangue em troca da cura de Jade.

Agnar analisa oque ela oferece, ele estava mesmo faminto, e se alimentar dela seria melhor do que qualquer outra doente cheio de feridas, quando sua lepra apenas atingiu suas mãos.

E pelo menos, ao final de tudo, ele teria uma companheira sobrevivente ao sair do navio.

Então Agnar concorda em transformar a irmã da mulher, pedindo que ela o encontrasse naquela noite no corredor dos quartos e então o levasse até sua irmã.

A mulher mais do que aliviada agradece e quase se ajoelha, mas ele a para, fazendo-a sair de seu quarto.

Ele se senta em sua cama, retirando o longo casaco de couro tingido de verde turquesa, Agnar fazia parte da Casa de Kader, um coven de vampiros que fingia ser uma família de herança ancestral,é por isso que ele podia comprar roupas tão bonitas.

A verdade é que a única coisa ancestral naquele coven eram os vampiros mais velho, como Agnar, o resto eram apenas ladrões e assassinos descontrolados que levavam morte a todo lugar que pudessem.

Agnar havia se cansado de fazer parte de um coven onde nenhuma ordem era imposta, nenhum deles se preocupavam com as vidas de ninguém além das deles mesmos.

Por isso ele resolveu se separar do coven, fugindo para longe e recomeçar em um lugar novo.

Ele olha ao redor, repleto de desgosto, que grande recomeço esse!

Ele desliza as mãos por seus cabelos curtos, apesar de não haver nenhuma ordem no coven, havia apenas uma regra, a partir do momento que você fizesse parte do coven, você deveria mudar sua aparência para o "padrão" do grupo.

O que significa que você deveria cortar seu cabelo muito curto, rente ao couro cabeludo, e deveria usar tatuagem na sua nuca, o símbolo do coven, que se resumia numa quimera envolvendo a letra "K".

Agnar retira suas botas e se deita na cama dura, pondo seu braços sobre seus olhos e desejando para si um sono profundo, apesar de não precisar dormir, Agnar precisava encontrar uma maneira de fugir da realidade em que estava, e dormir seria a maneira mais simples e fácil de fazer isso.

+++

Agnar observa as pessoas passarem, alguns usando panos ao redor do rosto, esses eram os enfermeiros e médicos, e outros tossindo e gemendo, os doentes.

Em algum momento uma criança passa chorando agarrada à sua mãe, feridas cobrindo seus pequenos braços e pernas, ele se afasta quando ela olha em sua direção, arrepios percorrendo sua pele quando em sua mente, a imagem de uma outra criança surge e vai embora, como um flash de memória.

Ele a escuta antes de vê-la, seus passos leves como plumas vindo rápido pelo corredor, a mulher de mais cedo surge no fim do corredor e se apressa em sua direção, com um sorriso no rosto.

— Muito obrigado por isso senhor — Ela diz pegando seu braço e o levando pelo mesmo corredor em que veio — Como é seu nome?

— Agnar — Ele diz, sua voz soando mais rouca do que pretendia, Agnar deveria admitir, a coragem daquela mulher o surpreendia, a maioria das pessoas que descobriam sua verdadeira natureza normalmente entravam em pânico ou o caçavam, mas ela parecia lidar com isso como se fosse algo completamente comum.

Talvez ela tenha se encontrado com outros vampiros antes...

— Meu nome é Crystal — Ela diz e olha para ele — O nome de minha irmã é Jade.

Agnar não reponde, Crystal o guia para a área mais pobre do navio, onde os quartos não eram mais do que um cubículo que cabia apenas uma cama e espaço o suficiente para apenas uma pessoa ficar de pé.

Ela abre uma das inúmeras porta no corredor, revelando exatamente o que ele esperava, o minúsculo quarto.

Agnar entra e vê uma jovem dormindo de costas pra ele, ela tem grossos e espessos cachos ruivos como os de Crystal.

Ela fecha a porta e devagar, sobre na cama, acordando gentilmente sua irmã.

— Jade — Ela chama docemente — Eu trouxe alguém que pode te ajudar, veja, este é Agnar.

Jade se vira devagar, revelando seu rosto para Agnar.

Os ouvidos de Agnar parecem se tapar e ele se sente afundando quando ele vê o rosto dela, apesar das feridas, ela se parece exatamente como Braena, sua falecida filha, que fora morta por ladrões quando ela tinha apenas 15 anos, foi naquela mesma noite que Agnar foi transformado.

Ele se abaixa ao lado da cama, o coração acelerado, o fantasma de Braena o seguiria até sua morte, não importa aonde ele fosse, ela o atormentaria para que jamais se esquecesse o que aconteceu com ela por culpa dele.

— Olá Jade — Ele diz.

Ela olha para ele, seus olhos se demorando para focalizar nele.

— Você pode mesmo me ajudar? — Ela pergunta, apesar de sua voz estar fraca, seu sotaque é forte.

Ele assente.

— Sim, mas não será uma sensação agradável — Ele diz olhando para Crystal — Haverá muita dor.

Crystal assente.

— Jade aguenta — Ela diz — Se isso significar uma cura definitiva, Jade passará pelo que for necessário, não é irmãzinha?

Jade assente vigorosamente.

Agnar suspira e se senta na beira da cama, ele estende as mãos para ela.

Jade se ergue com dificuldade e se aproxima dele, ela está coberta de sangue de suas inúmeras feridas, há muitas delas, por todo seu corpo, constantemente sangrando.

— Feche seus olhos Jade — Ele diz se inclinando na direção dela e afastando os cabelos de seu pescoço.

Ela o obedece, então ele toma fôlego antes de se aproximar mais e mordê-la, Jade solta um gemido de dor e agarra seu ombro, tentando afastá-lo, Crystal intervém, segurando-lhe as mãos.

— Deixe que ele faça Jade.

— Não — Ela choraminga, enquanto Agnar usa suas presas para sugar o sangue e injetar seu veneno nas veias de Jade — Irmã, não, por favor, dói! dói!

Agnar segura o ombro dela, mantendo-a o mais imóvel possível, o gosto do sangue de Jade na boca de Agnar ferve como fogo, até que ele começa a sentir o gosto do veneno voltando pelas veias de Jade, então ele se afasta, apertando o ferimento com as mãos, Jade começa a gritar quando o veneno começa a percorrer seu corpo, atingindo seus nervos cerebrais, ela revira os olhos pra trás e começa a convulsionar, Agnar a segura em seus braços.

Ele e Crystal esperam por alguns minutos, até que Jade para de convulsionar e simplesmente para, seu peito imóvel, sem nenhum momento de respiração, seu coração parado.

Crystal se estica para ver a irmã e empalidece ao perceber que ela está morta.

— Jade? — Ela chama — Jade? — Ela se vira para Agnar — O que o senhor fez? Você matou minha irmã? — Sua voz embarga — O senhor a matou??

— É parte do processo Crystal — Ele diz, a segurando longe de Jade — Ela precisa ressuscitar com o veneno, não entre me pânico.

Crystal começa a chorar, ela cai de joelhos e enterra o rosto nas mãos, Agnar desvia os olhos dela, observando o veneno fazer seu efeito em Jade, as feridas de lepra lentamente se curando, sua pele se esfriando e empalidecendo, a cor voltando aos seus cachos, tornando-os vermelhos como o sol.

Então ela começa a se transformar, seu corpo estremece, as garras se afinhando nas pontas dos dedos, então um arquejo escapa dos seus lábios e ela se ergue, abrindo os olhos, soltando um grito de dor e agonia ao passo que suas presas saem pela primeira vez, ferindo seu gengiva, sangue escorre pelo seu queixo, sombras se formando embaixo dos seus olhos e suas pupilas dilatando tanto que nenhuma parte de suas íris castanhas ficam visíveis.

Ela olha ao redor, assusta, principalmente porque sua visão está tão expandida que seus olhos doem, ela aperta suas mãos contra os olhos, soltando um grunhido de dor.

— Faça parar — Ela pede — faça parar!

Crystal se ergue rapidamente e avança em direção a sua irmã.

Agnar a agarra antes que ela fique no alcance de Jade.

— Não chegue perto ainda, ela acabou de se transformar, ela está faminta.

Jade abre os olhos, ela rosna e tenta se levantar, ela fareja o ar como um animal.

E antes mesmo que ele consiga a conter, ela pula nele e em Crystal, sua força de recém formada forte o bastante para derrubar Agnar.

Ele bate a cabeça contra a parede do quarto, e quando ele finalmente consegue se erguer, seu corpo fica imóvel diante da visão diante dele.

Jade, estraçalhando a garganta de seu irmã, se alimentando do seu sangue, nova demais para conseguir se conter ou sequer reconhecer o que ela está fazendo.

Talvez transformá-la não tenha sido uma boa ideia no fim de tudo... 

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