RUMORS | JORDAN HENDERSON

By ahmarslinda

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- the fair play series #2 Autumn Larsen detestou Jordan Henderson desde o primeiro instante que o viu. Talvez... More

RUMORS
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epílogo
agradecimentos e considerações finais

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By ahmarslinda

AUTUMN LARSEN

Meu coração estava apertado, as lágrimas me consumiam aos poucos, me deixando cada vez mais fraca e ao ponto de surtar.

Fazia seis semanas desde que acabei com o acordo que tinha com Jordan. Ainda doía muito, as imagens viam em flashes embaçados e vozes que se misturavam, formando uma bagunça.

Depois que Anne fez seu show, eu fugi como sempre fazia. Passei horas andando pelas ruas de Londres, sem atender ninguém e com meu coração em pedaços.

Lembro-me que voltei para o hotel onde estava hospedada, pedi um quarto e passei a noite. Minha mala tinha sido despachada para Liverpool e ficou sob responsabilidade de Kiara.

Nesse período, Jordan tentou falar comigo, mas eu não respondi nenhuma tentativa de contato. Tinha acabado, não havia necessidade de continuar em manter uma relação. Tinhamos dito que iríamos ser amigos depois de tudo, mas eu não contava que iria me apaixonar por ele e pelo visto, eu estava sozinha.

Os dias se arrastavam com lentidão desde então, eu me esforçava muito para ir às últimas aulas na faculdade e para o estágio. Meu corpo era um esqueleto estraçalhado, quase reduzindo a pó.

Além disso, as pessoas não paravam de perguntar; "Cadê seu namorado jogador?", "Muitas pessoas disseram que vocês brigaram no dia anterior da final da Europa", "Vocês terminaram?". Aquilo cansava ainda mais minha mente.

Alguns tabloides começavam a pipocar nossa separação, o que me obrigou a ir até às redes sociais e dizer que tinha acabado. Com isso, muitas mensagens se acumularam na minha dm. Inclusive uma de Jordan, que eu passei a ignorar. Tudo que vinha dele era ignorado, mensagens e ligações. Seria melhor para mim, não pensar nele.

O jogador tentou falar comigo, indo até a faculdade, meu estágio e até meu apartamento — do qual ele ainda tinha as chaves — mas eu fugi todas as vezes, pedindo a alguém para que falasse que eu não estava.

Nas vésperas do meu aniversário, decidi de última hora ir para Helsinque, mesmo sabendo que minha mãe iria encher o saco com o assunto que eu tentava ignorar o tempo todo.

Juntei as malas de um dia para o outro, não avisei ninguém além das pessoas do estágio que iria ficar ausente por alguns dias. Optei por deixar Grace sem saber, assim seria melhor, porque eu tinha certeza que ela contaria para Trent e consequentemente ele contaria para Jordan.

Quando pisei em Helsinque naquela manhã de Sol ameno, percebi que foi um erro tremendo. A última vez que estive na minha cidade natal, Jordan estava comigo. Naquela vez, vivemos alguns dias estranhos, porque eu ainda estava o conhecendo e ele não sabia muito sobre mim, mas também foram dias incríveis, já que não me sentia sozinha lutando contra as coisas que minha mãe dizia.

Naquela vez foi quando nos beijamos pela primeira vez, que experimentamos o prazer juntos. Eu não me arrependia daquele momento, mas lembrar me causava ainda mais dor.

Meu pai foi me buscar no aeroporto. Ele me recebeu com todo seu carinho e amor, se preocupando comigo, sendo prestativo.

Fomos até a casa em silêncio, passei o trajeto todo com os olhos presos nas ruas da cidade, como a cabeça cheia de pensamentos.

Quando chegamos, saltei do carro, indo para dentro, enquanto meu pai pegava minhas malas.

Fazia tempo desde que da última vez que passei meu aniversário em Helsinque e eu não sentia muita falta. Todos os anos antes de me mudar para Liverpool, minha mãe fazia um bolo e comíamos em família.

— Autumn! — ouvi meu nome ser chamado. — Você chegou, minha filha. — minha mãe me interceptou antes que eu entrasse.

— Oi, mãe! — dei um sorrisinho fraco.

— Você está tão triste, querida. — ela constatou.

— Não é isso. Eu estou cansada, o final da faculdade está me matando. — suspirei, mudando de assunto.

— Tudo bem. Se você diz. — fingiu acreditar. — Sei que naquele dia em Londres, não foi bom, mas independente de tudo ainda estou aqui e sempre vou estar. — beijou em meio aos meus fios de cabelo.

Franzi a testa por um milésimo de segundo, estranhando o fato dela não estar me dando uma lição de moral.

— Obrigada, mãe. — agradeci vendo ela assentir. — Eu vou para meu quarto. — anunciei.

Ela deu um sorriso fraco, enquanto eu subia os degraus.

As imagens minhas com ele naquela escada voltaram rapidamente, me lembrando de como foi a noite após o casamento de Dawson.

Acordei com vinte e nove anos, era quase a idade do sucesso.

No fundo eu desejava que fosse a idade, já que minha formatura estava muito perto e a oportunidade de efetivada também brilhava no fim do túnel.

Me levantei naquela manhã ensolarada em Helsinque, indo direto para o banho. Lavei meus cabelos, pensando seriamente em mudar a cor deles. Ruivo era uma opção.

Depois do banho, desci para tomar café e para minha surpresa, Dawson estava em casa com Yohanna e sua barriga enorme, que carregava minha sobrinha.

— Feliz aniversário, maninha! — Meu irmão me abraçou, cobrindo-me com seu corpo.

— Ah, Dawson! — eu sorri. — Muito obrigada. Eu senti saudades. — ele beijou meu rosto, estendendo o buquê de rosas que estava sobre a mesa.

— Rosas para Autumn Rose. — meus olhos ficaram cheios de lágrimas.

O abracei mais uma vez.

— Feliz aniversário, cunhada! — Yohanna me abraçou de lado por conta da barriga enorme. — Que seus sonhos se tornem realidade e que você tenha muita saúde. — beijei seu rosto.

— Obrigada, Hanna. — sorri. — Ah, vocês estão me fazendo chorar a essa hora da manhã. — limpei meus olhos.

— Agora é minha vez. — meu pai anunciou. — Feliz aniversário, querida. — me abraçou, deixando um beijo na minha bochecha.

— Obrigada, pai. — sorri observando seus olhos.

— Autumn… — mamãe me chamou. — Feliz aniversário. — me afastei do meu pai para abraça-la. — Que o próximo ano seja bom para você, filha. — beijou em meio aos fios de cabelo. — Ah, antes que eu me esqueça, eu e seu pai decidimos fazer um almoço de aniversário para você. — arregalei os olhos.

— Mas… — antes que pudesse protestar, fui interrompida.

— Sem protestos, Autumn. — papai pediu. — As últimas semanas foram muito difíceis para você, então decidimos fazer algo diferente nessa data especial. — assenti sem ter argumentos para protestar.

Após mais alguns comentários, tomamos café. Passei o tempo todo ouvindo Dawson e Yohanna falarem sobre coisas da gravidez, não tendo o que dizer.

As horas se seguiram naquele marasmo que parecia não ter fim. Alguns familiares começaram a chegar, acomodando-se pela casa, enquanto eu tive que trocar de roupa para receber os cumprimentos.

A ideia de primeiro pareceu estúpida, mas aos poucos eu gostava de ter todos os parentes em casa para comemorar comigo. Só que a paz acabou assim que vi Gemma se aproximar de mim.

— Autumn, minha prima querida! — senti muito sarcasmo escorrer por sua fala. — A Tia Margareth disse que você estava bem triste por conta do término com aquele jogador… — fechei os olhos esfregando as têmporas. — Eu sinto muito. — tocou minha mão. — Vocês pareciam se amar muito.

— Eu estou bem, Gemma. — tirei sua mão da minha. — Términos são assim, os primeiros dias são difíceis, mas passam e dias melhores sempre vêm. — sorri o máximo que consegui. — Ciclos se fecham. A vida é feita disso. — engoli o bolo que se formou em minha garganta. — Eu e Jordan tínhamos respeito e companheirismo, mas não deu certo. — respirei fundo para não chorar.

— Você é tão madura em relação a isso. — ela arregalou os olhos surpresa. — Te admiro por isso.

— Obrigada, Gemma. — agradeci. — Se não se importa, eu preciso subir até meu quarto para tirar esses sapatos. — apontei para os saltos.

Quis acrescentar que também queria chorar abraçada ao meu travesseiro, por conta das lembranças que aquele assunto tinha me causado.

Me afastei dela e subi a escada correndo, sem me importar com todos que estavam ali.

Entrei no meu quarto, já com os olhos cheios de lágrimas. Me joguei sobre a cama, afundando sobre o colchão, enquanto me praguejava por ainda pensar em Jordan.

Olhei para meu pulso e a pulseira vermelha ainda estava amarrada, desde que ele colocou-a ali.

Tentei tirá-la, mas estava bem amarrada. Com ajuda da tesoura, arrebentei a pulseira, jogando-a longe.

Eu precisava me livrar das coisas que me lembram ele.

Aí, gente! Essa fase de Rumors tá me deixando maluca, mas estamos aqui com a Autumn sendo depressiva no aniversário dela.

Estamos no final, espero que vocês estejam gostando, tudo vai dar certo, eu prometo.

Um grande beijo e até mais!

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