Vittoria
Luca se esfrega mais uma vez em minha bunda e não tendo mais nenhum controle sobre meu corpo, ou mente, repito a resposta, repito meu desejo desde que soube que seria sua mulher, na verdade, desde que o vi quando ainda era uma adolescente que nunca imaginou que em algum dia se tornaria sua mulher, apesar de querer isso mais do que qualquer outra coisa no mundo.
— Se incline sobre o balcão — me solta, eu giro minha cabeça até ele, os olhos de Luca estão escuros e sorrio fazendo o que pediu, na verdade, ele ordenou, mas Luca sente o mesmo que eu, isso era mais uma prova além de sua excitação. Mav devia estar certa, ele deveria ter pensado na esposa em nossa noite de núpcias, não que isso fosse melhor, mas se Luca sentiu algo por ela, poderia sentir por mim com o tempo, retribuir a minha paixão — Você foi uma péssima esposa, querida — diz a última palavra carregada de ironia, parte da minha excitação cai por terra, vou para olhar para ele, mas, Luca prende minha cabeça no frio do balcão — Não se mova.
O medo que senti antes de notar sua protuberância e desejo por mim, volta.
— Luca, ele era só uma criança faminta! — digo tentando não me mexer, tentar correr para longe dele — Por favor, não usei seu dinheiro, acredite em mim! Confessou que foi o responsável por acabar com a minha conta!
— Sabe por que fiz aquilo?
— Não.
Ele abaixa sua cabeça até meu ouvido, minha pele por inteira se arrepia, dos dois jeitos, parte da excitação que havia partido retorna ainda mais com força.
— Como poderia me casar com aqueles vídeos expostos por aí?
— Ninguém além da minha família sabia que era eu. Nunca mostrei meu rosto neles, e usava um nome falso na conta. Não havia nada de errado, se houvesse nunca teria se casado comigo!
Ele rir e não gosto nada, assim como fez agora há pouco, era algo sinistro.
— Não? Você é cega, esposa? Não lia a porra dos comentários?
— Minha cunhada cuidava da conta, ela os editava e postava, eu só fazia arrumar meu celular e cozinhava. E mesmo se tivesse algo que considera ofensivo, não sabem que sou eu, Luca, então não precisa se preocupar que eu tenha sujado sua imagem de alguma forma!
— Mas eu sei, Vittoria! Se só por ouvirem sua voz e verem suas mãos, ficavam daquele jeito... É bom que nunca tenha mostrado seu rosto e o seu corpo — sua voz foi se tornando furiosa há cada palavra — Não sabe o que eu teria feito.
— Então, o problema são os vídeos?
— O problema é você!
Choro.
— Então por que se casou comigo? Por quê? — exijo saber em meio as lágrimas, mas ele não me responde, Luca se afasta de mim, mas não ouso me mexer, até que sinto suas mãos nos meus joelhos e quase engasgo, minha pele queima e é como se uma descarga de energia se apoderasse de meu corpo, não só onde ele tocou, mas todo ele e se concentrando por fim em meu ventre e o meio de minhas coxas — Luca — solto em um gemido baixo.
— Calada — sua voz está rouca e ainda mais mandona, meu centro lateja.
As mãos de Luca vão se rastejando do meu joelho até minhas coxas descobertas pelo vestido, deixando um rastro de fogo pelo caminho, até que ele encontra as laterais do vestidos e vai o erguendo aos poucos, chega a ser torturante. Uma rajada de ar vem sobre minha bunda quando o vestido finalmente chega a minha cintura e Luca o deixa ali, me deixando exposta.
— Luca? — eu chamo quando ele não diz ou faz mais nada.
— Não me faça repetir — fecho minha boca — Do jeito que imaginei — diz baixinho, chego a duvidar do que disse, mas então crio coragem e olho para ele, seus olhos congelados na minha pele exposta, algo volta a mexer com tudo dentro de mim, ele sequer pisca enquanto me observa parecendo admirado, fica ainda mais lindo desse jeito concentrado — Suas calcinhas são tão pequenas quanto seus vestidos — eu não sei o que fazer com isso, ele ainda está olhando aquela parte íntima minha.
— Todas as minhas peças íntimas foram trocadas, para o casamento — ele olha para meu rosto, algo atravessa sua face bonita, que faz mais uma carga de arrepio do tipo mais carnal possível, me dominar. Luca aprova isso, ele recebeu a informação com prazer.
— Para alguém de rosto tão inocente sabe como provocar. Uma pequena demônia — não sei se o orgulho que se instala dentro de mim é certo, mas o sinto — Não se anime, esposa, eu acabo com pequenos demônios desde quando você não fazia ideia do diabo que teria em sua vida — aquele arrepio cheio de medo é o que me enche dessa vez, a frieza com que fala, da qual me ameaça — Afaste às pernas — faço sem hesitar, mas volto a juntá-las — Vittoria...
— Faça amor comigo em nossa cama, Luca. Será minha primeira vez... Podemos voltar aqui de... — me calo quando ele começa a rir.
— Não irei fazer amor com você hoje ou nunca! Agora afaste as pernas. Graças a você tive que interromper meus negócios, preciso voltar ainda hoje — revela furioso.
Uma vez ouvi uma das senhoras contar como foi horrível sua primeira vez e então aconselhou a jovem noiva que ela deveria fechar os olhos e deixá-lo fazer o que tinha que ser feito, levando sua mente para outro lugar, assim doeria menos. Nunca imaginei que aquele conselho me serviria, previ vários cenários, mas nada nunca assim.
Fecho meus olhos quando Luca arrebenta as laterais da minha calcinha, quando suas mãos acariciam as bochechas da minha bunda, aperto com toda minhas forças quando sua mão grande se prende a minha cintura, começo a pensar que estou longe dali, para me proteger nem que minimamente quando ele me invadir, eu o senti e sabia que Luca era grande e grosso, não havia nada para comparar, mas não era tão idiota, ele estava acima da média, Luca era dotado.
Mas nada me prepara para o que acontece em seguida, eu grito e meus olhos se enchem de lágrimas. Um misto de dor e alívio. Luca desce sua outra mão sobre a parte direita da minha bunda, em um tapa que ecoa o som.
— Ai! — minha voz sai no segundo tapa, do lado esquerdo.
— Isso é por ter impedido a morte daquele merdinha — diz e me bate outra vez, quando chega ao quarto volta a falar: — Esse por cozinhar para meus homens — ele se cala até o sexto tapa — Por dar presentes a eles — e assim continua. No oitavo, sou punida por receber um dos soldados nas roupas que vestia. O décimo por ter que sair de sua viagem de negócios, décimo segundo por ser uma pequena demônia, o décimo quarto por não ser a esposa que haviam o prometido, o décimo sexto, Luca simplesmente desce sua mão sobre minha carne murmurando algo que não entendo, que já arde pelas palmadas firmes e dolorosas, mas também de um jeito estranho que nunca imaginei, gostoso. De alguma forma os tapas de Luca, reverberam em minha intimidade — Por aqueles vídeos — por mais que tenha seu lado delicioso, não posso impedir que lágrimas rolem por meu rosto, um soluço me escapa — Está doendo? — não há preocupação ou zombaria em sua voz ainda rouca.
— S-sim.
Luca encosta em mim, sua ereção moendo sobre minha bunda, eu gemo vergonhosamente alto. Ele se inclina sobre meu corpo ainda debruçado de barriga para baixo no balcão, não se preocupando se o seu peso possa me machucar.
— Onde? — ele exige saber de maneira tão mandona que outro gemido me escapa, além disso me mantenho calada — Onde, bella? — mordo meu lábio inferior, não iria lhe responder isso — Me diga agora, Vittoria, onde dói? — nego com a cabeça — Não foi tão difícil foi? — levanto minha cabeça para olhá-lo, não o respondi, mas não chego ter tempo de vê-lo.
— Luca! — chamo alto, quando acerta um tapa em minha intimidade, meu corpo parece há ponto de explodir, não consigo explicar.
— Posso fazê-la gozar assim. Quer?
— Sim, por favor! — respondo desesperada, percebo meu erro quando ele rir, perverso, mas de novo, não tenho tempo, Luca bate lá outra vez e repete e repete, sinto a sensação deliciosa aumentar e se concentrar ali, no meu centro e no pé da barriga, parecendo que estou a segundos de finalmente explodir para valer, grandiosamente, mas então, o novo tapa que espero ansiosa, não vem. As mãos de Luca também se vão para longe do meu corpo, meu vestido é abaixado e meu corpo tirado do balcão quando me puxa pelo cabelo — Luca, termine, por favor — imploro, meus olhos já embaçados pelas lágrimas que não derramo. Lágrimas de dor, frustração, vergonha, desejo e espanto.
— Quanto está doendo? — questiona sem revelar nada, ao menos em seu rosto, sua voz ainda está rouca e o volume em sua pelve ainda se mantém estufado.
— Tanto, que eu poderia enlouquecer — seu pomo de Adão se movimenta quando engole seco, seu polegar vai sobre seu lábio inferior, uma mania, percebi.
— Ótimo — enfia a mão no bolso e puxa seu celular — Suba e não saia do quarto até que eu ordene — diz e digita, pondo o aparelho no ouvido — Estou pronto — fala com a pessoa do outro lado da linha.
— Você também está com dor — não sei porque insisto, mas faço.
Ele segue meu olhar até seu pênis lutando contra o material de sua calça.
— Sempre posso me aliviar — se diverte.
Tenho vontade de algo que nunca tive, bater em alguém, bater nele.
— Não pode ter uma amante!
Ele sorrir de lado e se aproxima, se abaixa até estar cara a cara comigo.
— Querida, entenda, eu sou o rei. Eu posso tudo! — sua diversão é maior ainda.
Fecho minhas mãos em punho e isso não lhe passa despercebido, mas ele também não se afasta.
— Isso me torna sua rainha, não se esqueça — perigo percorre todo o rosto de Luca, me afasto cheia de pavor.
A besta estava me encarando de volta.
— Não se esqueça que só é ela, pois a primeira está há sete palmos — me abraço — Vá para o quarto e tranque a porta, bella, antes que a bestia decida se divertir um pouco mais e dessa vez sem sequer algum lampejo de prazer, bom, não vindo de você.
Não espero por mais.
Eu corro, como se minha vida dependesse disso, e quando percebo que depende, corro mais ainda.
Votem e comentem bastante 💜