Servante (jjk + kth) (ABO)...

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ALFA JEONGGUK | BETA TAEHYUNG Taehyung foi treinado a vida toda para ser um servo... Como um beta, o seu pape... More

Prólogo
I. Eucalipto
II. Triskel
III. Luna
IV. Obsidianas
V. Veridiana
VI. Argila
VII. Realeza
VIII. Trigo
IX. Ursae Majoris
X. Aroeira
XI. Cio
XII. Água
XIII. Narcissus
XIV. Conto
XV. Lyre
XVI. Parole
XVII. Desamado
XVIII. Estábulo
XIX. Isold
XX. Cartas
XXI. Orgulho
XXII. Piano
XXIII. Estufa
XXIV. Aniversário
XXV. Sorriso
XXVI. Elijah
XXVII. Gêmeos
XXVIII. Mango
XXIX. Wooshik
XXX. Legado
XXXI. Edmund
XXXII. Coelho
XXXIII. Elemento
XXXIV. Sentidos
XXXV. Lupino
XXXVI. Grutas
XXXVII. Tempestade
XXXVIII. Banheira
XXXIX. Glicínia
XL. Bhel
XLI. Jingoo
XLII. Karin
XLIII. Mirtilos
XLIV. Afrodisíaco
XLV. Esmeralda
XLVI. Lago
XLVII. Mudanças
XLVIII. Implícito
XLIX. Nascimento
L. Contratos
Segundo Prólogo
I. Léguas
II. Medlars
III. Vagalume
IV. Bandvja
V. Mensageiro
VI. Yoongi
VII. Pássaro
VIII. Conselho
IX. Arslan
X. Similar
XI. Alma
XII. Baile
XIII. Saudade
XIV. Dente-de-leão
XV - Trio
XVI. Arlandrianos
XVII. Nowbei
XVIII. Alvo
XIX. Ombre
XX. Hier
XXI. Kauput
XXII. Arco e flecha
XXIII. Pintura
XXIV. Namjoon
XXV. Da-rae
XXVI. Amor
XXVII. Bohumír
XXIX. Plano
XXX. Aliado
XXXI. Ékstasis
XXXII. Glândulas
XXXIII. Fantasma
XXXIV. Beta
XXXV. Vingança
XXXVI. Dunas
XXXVII. Lava
XXXVIII. Taehyung
XXXIX. Jeongguk
Epílogo

XXVIII. Cura

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By veggiekook

Boa noite, servanters :)

Como cês tão? Espero que bem! Desculpem não ter trago o capítulo no fim de semana, eu estava fazendo prova hehehehe Mas fiz o possível pra postar hoje. Espero que gostem (⁠◍⁠•⁠ᴗ⁠•⁠◍⁠)

Se puder, deixa seu voto e o seu feedback, significa muitíssimo pra mim!

Música: Ease Your Pain - Jesse Brown

Nenhum ataque os encontrou no restante do caminho; mesmo assim, a volta foi demorada e drenou todas as energias restantes da comitiva.

Os corpos de Bohumír e do guarda foram enterrados ao lado de um templo antigo construído por blocos de pedra, localizado no centro da floresta. Jeongguk tivera que arranjar alguns favores para viabilizar o sepultamento. Nenhum dos homens era um nobre, e os sacerdotes não autorizavam o enterro de plebeus; Bohumír seria o primeiro beta a ter um túmulo ali.

Na entrada para Kauput's, Jeongguk tocou no dorso da mão de Taehyung, tirando-o dos seus devaneios.

— Venha para a fortaleza comigo?

A pergunta de Jeongguk saía com a entonação de uma demanda. Dados os acontecimentos, Taehyung não teve nenhum ímpeto de contestar.

— Será melhor. — Taehyung remexeu no assento do coche. A mão de Jeongguk ainda estava muito perto da sua. Perdido em pensamentos, Taehyung ficou encarando o contraste das duas peles por um longo momento. — Podemos pegar o Mango também?

— Se formos rápidos, acho que não haverá problema. Ele está na sua vizinhança, correto?

Taehyung anuiu, direcionando seu olhar para a pequena janela quadrada. Mantendo a atenção na mudança de paisagem lá fora, ele lentamente cobriu a distância entre sua mão e a de Jeongguk, postando os dedos mindinho e anelar sobre os dele.

— Obrigado.

As bochechas de Jeongguk se pintaram de vermelho, e ele apenas deu um murmúrio inteligível.

Eles fizeram uma parada na casa de Amélia, a vizinha que se dispusera a cuidar do bichano. Ela tinha um filho, Milo, um beta de treze anos que possuía enorme adoração por Taehyung. O garoto expressara a sua vontade em se tornar um servo de um nobre, assim como Taehyung, em mais de uma ocasião.

Foi ele que os atendeu; Mango estava em seu colo.

— Taehyung!

Taehyung abaixou-se para ficar na sua altura.

— Ei, Milo. Como está? Como o Mango se comportou?

O gato respondeu por si mesmo. Com chilreados, ele se desvencilhou dos braços de Milo e pulou sobre Taehyung, que o pegou com uma risada.

— Parece que ficaste bem, Mango — Taehyung o acariciou entre as orelhas.

— Ele ficou! Brincamos à beça nesses dias. O Mango adora entrar atrás dos livros, e daí eu montei um circuito com- oh.

Distraído, Milo só então se dava conta da presença de Jeongguk, que havia acabado de se ajoelhar também para ouvir a história.

— Este é Jeon Jeongguk, Milo —Taehyung o apresentou, a voz abafada;  estava plantando um beijo no topo da cabeça de Mango.

— J-Jeon? — o garoto gaguejou, atrapalhando-se com uma reverência.

— Não precisa dessa formalidade. — Jeongguk sorriu para ele. — Você estava contando que montou um circuito para o Mango?

Milo logo se recuperou do deslumbramento com o lorde em sua frente, e prosseguiu em contar a história de Mango saltando pelos corredores de livros que ele montara. Taehyung observou a interação com um sorriso terno: Jeongguk era natural com crianças.

Quando estavam indo embora, Milo sussurrou — ou assim tentou, visto que carregava toda indiscrição típica da sua idade — para Taehyung:

— Você ainda é o beta dele?

Taehyung parou, contemplando a pergunta com cuidado.

— Eu não sou o beta de ninguém. Mas sou um amigo de Jeongguk… — conspiratório, Taehyung também assumiu um tom de falso sussurro. — Guarde como um segredo, sim? Mas descobri que é bem mais divertido ser um beta separado da nobreza.

Ele piscou para Milo, deu as costas e seguiu Jeongguk.

***

Era estranho para Taehyung estar de volta à fortaleza, revendo os muros que abrigara tantos momentos infelizes seus — e momentos bons, também, pois ele não era injusto de resumir toda sua estadia a situações traumáticas.

Se estivesse sendo sincero, sequer conseguia recordar-se bem dos seus últimos momentos ali. O que fizera? Havia arrumado suas coisas e despedido brevemente de alguns empregados e de Jimin… E esses eram os únicos fragmentos encontrados em sua memória para o dia.

Apesar da estranheza, Taehyung não se sentia angustiado. Estava apenas muito, muito exausto.

Já era madrugada, e a entrada do grupo foi silenciosa. Taehyung seguiu Jeongguk até o último andar como se seus passos fossem ditados pelo instinto. Mango saiu de perto para reexplorar a casa.

— Não me lembrava da torre ter tantos degraus — Taehyung reclamou assim que atingiu o fim da escadaria.

A exaustão de Taehyung estava visível em sua expressão. Jeongguk ficou dividido entre dar ou não algum apoio: estava incerto sobre as permissões que tinha para oferecer toques de conforto a Taehyung. Elas haviam sido revogadas, agora que as tensões da floresta estavam para trás?

— Ever e Marin dormem aqui, no seu antigo quarto — Jeongguk sussurrou, abrindo a porta para o cômodo. Dizendo mais para si mesmo do que para Taehyung, completou: — Ninguém além deles poderia ocupar o espaço.

Não parecia que Jeongguk falava só de um espaço físico e existente na casa dele. 

— É a solução mais prática, também, porque assim ficam perto de você — Taehyung sorriu, dissolvendo um pouco da tensão entre eles.

Jeongguk devolveu um sorriso similar.

— Tem isso também.

Os dois se calaram, já que não queriam interromper o sono dos gêmeos. Caminharam até os berços de madeira que ocupavam a maior parte do quarto. Por conta do olfato aguçado, Jeongguk já sabia que seus filhos estavam bem antes mesmo de adentrar nos perímetros do quarto. Ainda assim, sentia um enorme alívio ao assisti-los respirando profundamente em suas camas.

Ele e Taehyung zelaram pelo sono de Marin e Ever por um longo tempo. Quando estavam saindo, Taehyung aproveitou para largar a sua bolsa de pertences em um canto do quarto.

— Posso providenciar que arrumem a sua antiga cama, se quiser dormir aqui com eles.

Taehyung mordiscou os lábios enquanto refletia, sua expressão difícil de desvendar. A única luz do ambiente vinha da fresta da porta, a qual dava espaço para os candelabros nos corredores iluminarem as feições de Taehyung e Jeongguk.

— Melhor não, não quero correr o risco de acordá-los. Há algum quarto que já esteja preparado?

— Tem o meu — a sugestão saiu de Jeongguk antes que ele pudesse evitar. Suas palavras pararam no ar, e depois caíram sobre eles em forma de um silêncio pesado.

O olhar de Jeongguk era paciente, mas não havia nada no mundo que ele desejava mais do que ter Taehyung por perto. A vontade de passar a noite com ele ao seu lado chegava a ser angustiante. Parte de seu lobo tentava convencê-lo a usar sua voz de alfa, mas Jeongguk jamais o escutaria.

Taehyung não prolongou o sofrimento de Jeongguk, todavia. Ao mesmo tempo em que se abaixava para tirar algumas roupas de dentro da própria bagagem, ele disse:

— Preciso lavar-me antes de dormir. Eu o encontro em seu quarto, então?

***

Música: Cold Little Heart - L'Orchestra Cinematique

Jeongguk também tomou um banho. E depois ele passeou pelo quarto. E depois tentou ler os livros de bordo de seus navios. Tentativas vãs: nada acalmava sua inquietude.

Taehyung bateu em sua porta três quartos de hora depois.

Para a surpresa de Jeongguk, o peito dele estava despido. Jeongguk encarou; é claro que ele o fez. Os ombros de Taehyung estavam um pouco mais largos e definidos, o que podia ser  atribuído ao treino com o arco e flecha. O seu abdômen ainda era reto e suave, e em Jeongguk cresceu uma estranha vontade de deixar beijos por todo ele.

Abaixo de suas costelas, menos vermelha que da última vez que Jeongguk a vira, estava exposta a cicatriz. Foi o que mais surpreendeu Jeongguk. Apesar do último andar na torre ser o menos movimentado, alguém ainda poderia ter se deparado com Taehyung andando pelos corredores. O fato de que ele parecia confiante e confortável o suficiente para não se importar em ser visto tocou o coração de Jeongguk com orgulho. 

— Eu não tinha mais nenhuma camisa limpa — Taehyung disse como explicação, mesmo não precisando oferecer uma. — Posso entrar?

Gaguejando um sim, Jeongguk abriu espaço para ele passar. Ele tentou não encarar a sensualíssima curva das costas de Taehyung, mas acabou falhando.

Dizer que estava perdido era um eufemismo. Ele parou em frente à cama, incerto se deveria deitar-se, ou se deveria convidar Taehyung antes, ou se deveria providenciar outra cama, ou se…

Jeongguk foi acordado de suas dúvidas pela palma da mão de Taehyung no centro de seu peito, lugar em que os cordões da camisa se uniam em nós frouxos. Jeongguk nivelou os olhos com os dele, descobrindo que espelhavam as mesmas nuances de desejo: pupilas dilatadas, íris com inúmeras dúvidas.

Levemente, Taehyung o empurrou para que se sentasse no colchão. Jeongguk largou o peso do corpo na cama, não removendo sua atenção do beta.

Taehyung encaixou as mãos em seus ombros, curvando-se sobre ele. Usando a pegada para se equilibrar, o beta subiu na cama de joelhos, deixando que Jeongguk ficasse entre eles.

Taehyung estudou-lhe os contornos esculpidos. Os olhos de obsidianas criavam um grande contraste com a pele de alabastro, dando a Jeongguk um aspecto de porcelana cara. Como o alfa era lindo; de físico e de coração.

— Há uma enorme parte de mim que quer te beijar… — Com as pálpebras semi-cerradas, Taehyung abaixou a testa, colando-a na de Jeongguk. — Mas ainda há um lado feio que só consegue pensar em machucar-te e devolver a dor que senti quando me mandou embora.

Jeongguk cercou sua cintura com um braço.

— Então faça ambos.

Taehyung tornou a abrir os olhos.

— O que quer dizer?

— Beije-me, e faça doer.

A resposta audaciosa fez o beta parar de respirar por um segundo.

— Jeongguk…

Mas não havia julgamento no olhar de Jeongguk, só entendimento. Ele firmou a mão nas costas de Taehyung, dando-lhe suporte.

— Consigo aguentar qualquer sentimento que tenha para me dar.

Taehyung o fitou com olhos trêmulos e ferozes e incertos. Ele passou os dedos nos cabelos da nuca de Jeongguk, agarrando-se neles com firmeza, como se o alfa fosse sua âncora no mar de sentimentos conflituosos.

Devagar, começou a abaixar os lábios, mas não tinha como objetivo a boca de Jeongguk: desviou para a mandíbula dele, iniciando uma trilha de beijos suaves até a lateral do pescoço do alfa.

Jeongguk exalou em êxtase, deixando a cabeça cair um pouco para trás, colocando-se à mercê de Taehyung.

A suavidade foi deixando os lábios de Taehyung aos poucos. Os seus dentes começaram a participar dos beijos, e logo ele estava mordiscando a pele do pescoço de Jeongguk com ímpeto. Ele passeou as mãos nos trapézios rígidos de Jeongguk, fincando suas unhas curtas neles.

Taehyung queria ferir. Ele queria perfurar a pele de Jeongguk com suas unhas e sentir sua carne. Ele finalmente estava liberando toda a raiva, toda a frustração pelo ano que passara longe do outro.

Sua língua ficou mais participativa, dando pequenas pinceladas na pele de Jeongguk, arrancando-lhe gemidos roucos.
Taehyung começou a sugar demoradamente alguns pontos específicos, abaixo da mandíbula do alfa. Como um artista, ele pintou a pele de Jeongguk com marcas vermelhas e roxas que não sairiam com facilidade.

Era uma troca de personalidade entre eles, porque Taehyung sempre fora o mais paciente, enquanto Jeongguk fazia-se conhecido pelo fervor e descontrole. Naquele instante, porém, oferecia a Taehyung o que ele precisava: alguém sólido e confiável, alguém que pudesse absorver os golpes que seus lábios davam.

Subindo de volta para o rosto de Jeongguk, Taehyung percorreu com a boca o caminho do queixo até a orelha. Com a ponta da língua, ele encontrou um lugar atrás do lóbulo, fazendo arrepiar todos os pelos do corpo de Jeongguk.

Jeongguk permanecia quase imóvel, mas ele não diria que praticava o autocontrole. Sua ereção era clara contra a coxa de Taehyung. A mão que estivera na curva das costas dele também não era inocente, e já navegara para o sul para encaixar-se no quadril de Taehyung.

A saliva de Taehyung parecia ter alguma magia. Betas podiam não ter as propriedades curativas nas salivas como os demais rankings, mas cada beijo de Taehyung era sentido como remédio para as mordidas que ele mesmo dava.

Taehyung mexeu os quadris, o que levou os hormônios de Jeongguk para alturas perigosas. Ele entrou em estado de alerta, não confiando em seu lobo; tão perto da mudança de estações, no estado volátil que estava, entraria no cio bem ali. O lado mais agressivo de Taehyung era uma tentação para seu lobo lutar por dominância.

— Taehyung… — Jeongguk clamou, sua voz pesada e febril.

Entendendo, Taehyung parou. Ofegante, ele deslizou a bochecha para o ombro de Jeongguk, deixando sua face virada em direção a dele. Jeongguk encontrou seus olhos, e seu hálito quente preencheu a pequena distância que havia entre a boca dos dois. Os dois compartilharam um silêncio longo.

— Ajudou? — Jeongguk sussurrou.

Taehyung pausou. Seus olhos eram reflexos de águas turbulentas como as dos mares.

Ele negou com a cabeça.

Jeongguk colocou mais força no braço que o envolvia pela cintura, levando a mão livre até a sua face. Encaixou o polegar no queixo dele, desenhando semicírculos. Depois, arrastou-o pelo lábio inferior de Taehyung.

— Você me permite?

Taehyung o fitou com olhos enormes e a boca inchada pelos beijos que dera.

— Que você me beije?

Jeongguk sorriu de lado.

— Sim. Deixe-me tomar conta de você, Taehyung.

Havia um sentimento inominável engasgado na garganta de Taehyung, sufocante e mais assustador que a raiva que ele sentira há segundos atrás. Seria Jeongguk capaz de sugar tal sentimento com seu beijo?

Não custaria nada testar.

Taehyung respirou fundo, tentando impedir que o seu rubor se agravasse, e deu-lhe um aceno quase imperceptível.

Jeongguk puxou seu rosto para perto, e tão suavemente encontrou os lábios de Taehyung com os seus. Roçou-os sem pressa, sem demais intenções, deliciando-se na antecipação. Ele tentou manter os olhos entreabertos, porque não queria perder as expressões de Taehyung.

Taehyung carregava um franzido impaciente entre as sobrancelhas. Ele levantou o queixo, colocando mais pressão.

Jeongguk sorriu contra os lábios dele e finalmente o beijou. Foi suave como o primeiro que eles deram, há um ano antes, e possuía o mesmo sabor familiar. Taehyung inclinou mais a cabeça, permitindo que Jeongguk aprofundasse o beijo. A língua dele invadiu sua boca devagar, roçando atrás de seus dentes, no céu de sua boca.

As mãos de ambos começaram a explorar todas as partes que podiam: braços, coxas, peitoral. No mesmo ritmo, as línguas se tocaram em uma dança que os deixaram zonzos. Jeongguk afastou-se por uma fração de segundos para arrancar a própria camisa e para manobrar o corpo de Taehyung para os lençóis.

A cabeça de Taehyung afundou no travesseiro, e ele não perdeu tempo em puxar Jeongguk para perto de volta, arqueando as costas, ávido por voltar a beijá-lo.

Jeongguk alisou a lateral de seu corpo, aumentando impossivelmente a intensidade das carícias, que se tornaram mais primárias e urgentes. Taehyung agarrou a cintura fina dele, gemendo contra sua boca.

Arfando, Jeongguk descolou os lábios dos dele.

— Você ficou ainda mais atraente — Jeongguk abaixou um olhar apreciativo pelo peitoral desnudo. Ele deslizou as palmas pelos músculos dos braços de Taehyung, sentindo sua pele nua e quente. — Ainda mais perfeito.

Taehyung apertou os olhos, porque mesmo depois de tudo era difícil ser objeto da devoção de Jeongguk daquela maneira.

— Você também — Taehyung confessou, e era verdade. Havia uma aura em Jeongguk que o fazia parecer menos inalcançável, mais caloroso; tragicamente lindo.

Jeongguk abaixou-se para colar sua boca devota em outros lugares: nos vales da clavícula ossuda de Taehyung, no seu peitoral, na trilha de seu abdômen. Não tinha a intenção de progredir além daquilo: só queria adorar todos os cantos do corpo de Taehyung.

Os dedos dos pés de Taehyung se curvaram, seus joelhos se dobraram ligeiramente. Os pontos que Jeongguk beijava ardiam em chamas, mesmo ele sendo delicado com cada mínimo toque.

— Quando você me toca… — Taehyung suspirou — sinto que vou me rendendo. Não sei como você fez, mas é como se… como se pudesse fazer minha raiva se esvair.

— Então funciona? — Jeongguk brincou,  beijando-lhe o osso do quadril. Taehyung abafou um riso fraco, dando um tapinha irrisório no ombro de Jeongguk.

O sorriso morreu nos lábios de Jeongguk quando ele finalmente ficou de frente para a cicatriz. Com a ponta dos dedos, ele reescreveu a palavra. Depois, desenhou-a com os lábios, guiando-se pela textura mais alta na pele, desejando com todas as forças poder apagá-la. Sua língua tocou a pele de Taehyung mais timidamente.

Taehyung moveu as pernas contra o colchão; a saliva do alfa estava criando um formigamento estranho sobre a marca. Percebendo a nova inquietação no outro, Jeongguk ergueu os olhos.

— Ainda dói?

— Não. Não fisicamente… E dói cada vez menos, das outras maneiras. É só que… formigou um pouco agora, quando você tocou com a boca.

Surpresa pintou as feições de Jeongguk. Ele plantou mais um selinho sobre a palavra e voltou a nivelar o rosto ao de Taehyung. Ternamente, segurou-lhe a face e trilhou um caminho por toda ela, beijando os lugares mais inesperados: os cantos dos cílios do beta, a pinta que ele tinha no alto de uma das bochechas. Voltou para os lábios de Taehyung, oferecendo um beijo ambíguo: possuía a força de um redemoinho e a graça dos voos das gaivotas.

Encontrando-se com os olhos dourados marejados, Jeongguk sussurrou:

— Eu te amo, Taehyung, como mais ninguém no mundo jamais amou. — Com a expressão determinada, Jeongguk jurou contra os lábios de Taehyung: — E irei apagar qualquer resquício da mentira que plantaram em sua pele e em seu coração.

Jeongguk o beijou por inteiro, até que os primeiros raios de sol deram fim na madrugada e os dois, exaustos, finalmente adormeceram.

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