Nas Mãos Do Don - 2ª livro da...

Autorstwa Pann_doraa

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Proibido para menores de 🔞 Romance Dark, senão gosta, nem leia. Se ainda sim vai ler, não venha dizer merdas... Więcej

Personagens & Avisos
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Autorstwa Pann_doraa

Vittoria



Não sei se ele ainda está no banheiro, mas sei que ficou lá durante toda a madrugada, e eu só dormi quando raios de sol começaram a invadir o quarto. Olho ao redor quando me levanto, ainda vestindo o vestido de casamento, ainda não conhecia, assim como a casa, sequer vivia em Nova Iorque até dois dias trás, pousei na cidade com papai, meu irmão, minha cunhada e meu sobrinho, na manhã do dia do meu casamento.

Fomos direto para o espaço do casamento e fiquei lá até horas atrás, então tudo era realmente novo. O quarto tem suas paredes cinzas escuro, sem fotografias ou qualquer tipo de item decorativo. Além da cama, e duas mesinhas, só apenas uma poltrona também cinza e duas portas que levam ao banheiro e provavelmente o closet. Uma porta de correr que leva a sacada. Vou até lá e me deparo com a porta de vidro, trancada.

Será que ele espera que eu vá fugir?

Caminho devagar e quase não respirando até o banheiro e ponho meu ouvido atrás da porta, não há nenhum barulho. Paro de respirar de vez e abro a porta. Luca não está lá. O espaço é tão grande, escuro e limpo como o quarto e o que pude notar da casa. Ou Luca não vivia aqui tanto quanto eu, ou não se importava em ter nada e amava a cor escura. O que não era cinza escuro, era preto.

Sem graça.

Jogo água sobre meu rosto, antes de suspirar tristemente, eu deveria estar alegre, ele não me machucou e nem iria, mas não é o que sinto, ou só o que sinto, me sinto humilhada. Quantos maridos renegavam as esposas em sua noites de núpcias? Nenhuma!

— Ridícula! — digo para o meu reflexo no espelho.

Eu sabia que não era feia, mas era de longe a mais bonita da famiglia. Claro que Luca não se interessaria por mim. Havia muita carne. Muita bunda, muito seios, minhas coxas precisavam diminuir um pouco, a única coisa boa em mim, talvez fosse meu rosto. Havia herdado os traços delicados de mamãe e os olhos azuis e cabelo escuro com as pontas onduladas de papai.

Me livro do vestido, não me importando mais que queria o guardar como uma doce memória de um dia especial e inesquecível, e entro debaixo do chuveiro forte. A água arde levemente o corte que tenho no interior da minha coxa direita. Estou me enrolado na toalha quando ouço a porta bater, me apresso até lá, mas não há mais ninguém. Corro meus olhos até a cama.

— Maledetto! — xingo quando não noto o lençol.



(...)

Me despeço de papai segurando as lágrimas, imaginando que seus olhos estejam tão molhados quanto o meu, depois ele rapidamente passa o celular para meu irmão, que reforça o aviso sobre eu não envergonhar nossa família e ao meu marido, também que me ama, mas isso é rápido e quase não entendo, só sei pela experiência de anos, é como se ele fosse morrer se dissesse de modo entendível que me ama. Depois falo com meu sobrinho, de seis anos, que garante que eu não esqueça os jogos que lhe prometi agora que vivo nos Estados Unidos, o que me faz rir, gostaria de voltar a essa inocência, sem saber o que mundo é e o que me aguardava, então é passado para Malvina. A mulher foi como uma irmã mais velha muito querida, quando se casou há anos, com meu irmão.

Deixo o choro vir livre. Eu não a teria mais por perto, não os teria mais. Estava sozinha em uma terra desconhecida, sem amiga ou família. O único que pensei ter, não dando a mínima para mim, não se importando nem para fazer o ato mais banal e esperado, tamanha repulsa que sentia por mim.

— Mav, eu... — começo a chorar.

— Estou aqui, Vi!

Choro mais, ela não estava, nunca mais estaria.

— E-ele...

— Foi tão ruim assim, querida? — pergunta triste — Eu poderia matar essa besta! — acabo rindo, lembrando do que ele disse e como falou sério.

— Não desse jeito. Malvina, ele... Ele não fez... Eu ainda sou virgem!

Seu assombro vem até mim, mesmo não a vendo. Posso visualizar seus olhos arregalados e sua boca aberta.

— Espere... Como é? Como assim? Ele não funciona? Vittoria, isso é... Incomum no mínimo.

— Eu sei, me sinto tão humilhada! Ele teve repulsa de mim!

— Oh, querida, claro que não! Você é linda e maravilhosa! Havia uma fila de pretendentes e não só por suas mãos maravilhosas na cozinha!

— Então, por que ele não me quis? Me mandou me cortar para termos um lençol com sangue.

Malvina suspira outra vez, incrédula.

— Bom, talvez, ele seja... Não funcione e toda sua fama de mulherengo seja uma farsa, vá até os clubes, mas não funcione de verdade. 

— Como isso pode ser? Luca acabara de fazer trinta e um anos! Ele é jovem e saudável. Nós duas sabemos que ele se exercita e provavelmente deve comer bem. Não fuma e não bebe o suficiente para isso lhe causar mal.

Ela me ouve com atenção e parece pensar em uma explicação, mas estava tudo claro, Luca tinha repulsa de mim. Ao me chamar de bela foi tão irônico quanto ao me chamar de esposa.

É isso, não há para onde correr!

— Talvez ele ainda não esqueceu a esposa!

Sou eu a suspirar.

Sim.

Sua esposa. No fim, Luca a amasse, mas então o porque a matou?

— Mas ele a matou!

— Bom, dizem que o apartamento dele foi invadido aquela noite. Depois que surgiu ser uma farsa para encobrir o fato dele ter matado a esposa, você sabe que as pessoas podem ser maldosas.

Sim, eu sabia. Quando a notícia do meu noivado com Luca se espalhou, várias fofocas surgiram com meu nome, graças a Deus, que eu nunca havia dado motivos para sustentar e então nada foi adiante.

Mas...

— Será que de alguma forma Luca acreditou em algum dos boatos inventados? E teve nojo de mim?

Ela solta um riso.

— Querida, claro que não! Se um homem como Luca acreditasse em boatos maldosos como esses, ele teria cancelado o casamento e certamente a verificou antes disso. Fique tranquila, lhe dê algum tempo! Além do mais, Luca não se casou só porquê você é uma coisinha linda, ele precisa formar uma família. Luca já tem mais de trinta, logo ele a irá procurar. Faça dar certo, como falamos. Lembra que meu casamento não foi nenhum conto de fadas no início? Seu irmão foi uma coisona bem insuportável — rimos — E agora veja? Eu tenho que fingir para as pessoas que só nos suportamos — ela tinha razão.

— Obrigada, Mav, eu te amo!

— E eu amo você, querida!

Meu irmão e sobrinho, a chamam ao longe, nos despedimos mais uma vez e ela se vai.




(...)

Conheço alguns dos funcionários da casa, e me empenho a gravar seus nomes. Juliano, meu segurança particular, é o primeiro que me faço a decorar, então Gisele, a senhora responsável pelas refeições e a quem os outros funcionários reportam, depois de mim e Luca, e o jardineiro, Albert, por conta de seu belo trabalho na frente da casa e o quintal imenso.

— Onde meu marido está? — pergunto a senhora, ela parecia ter menos idade do que aparenta, deveria ter passado por muita coisa para chegar há esse estado.

Seus olhos contavam isso, essa mulher passou por muito ao longo dos anos. Sentia compaixão por isso. Eu não havia passado por nenhum mau bocado, durante meus vinte anos recém feitos, perdi mamãe, mas nunca havia a conhecido. A perdi no nascimento e não é que não doesse, mas era difícil sentir a falta de alguém que nunca conheci. Havia poucas fotos dela, papai e meu irmão não gostavam de falar ao seu respeito. Eu sabia como ela era linda e todos gostavam dela, e mais nada, era um sentimento e um desejo de a conhecer, mas nada que tivesse me feito sangrar de uma maneira grandiosa, às vezes me sentia péssima por isso e então pedia perdão a Deus e a ela, onde estivesse, por isso. Me sentia uma péssima pessoa, uma péssima filha, porém não sabia como ser diferente.

— O senhor saiu logo cedo, após estender o lençol, senhora!

Assinto, me sentindo envergonhada.

Será que passava pela cabeça dela ou qualquer um que aquele sangue era meu, mas não do jeito esperado?

— Me chame de Vittoria, por favor — sorrio para ela, que sorrir de volta.

— Me desculpa, senhora, mas não levo jeito para isso.

Assinto outra vez.

— Pode ao menos tomar café comigo? Não sei se percebeu, mas estou desesperada por alguém para falar? Odeio comer sozinha, lá em casa sempre tinha meu pai, meu irmão e sua família.

Seu novo sorriso é cheio de carinho e compaixão.

— Ficarei, senhora, mas não me sentarei — aceito isso.

— Obrigada!

Ela me envia outro sorriso doce e conversamos bastante, ou melhor, Gisele apenas me ouve, rindo de mim.





Votem e comentem bastante 💜

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