Apricity

By soccerverso

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O amor se apresenta em nossas vidas de forma diferente e também de maneira distinta enfrentamos esse sentimen... More

Notinhas
Personagens
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Personagens II
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 94
Capítulo 95
Capítulo 96
Capítulo 97
Capítulo 98
Capítulo 99
Capítulo 100
Capítulo 101
Capítulo 102
Capítulo 103
Capítulo 104
Capítulo 105
Capítulo 106
Capítulo 107
Capítulo 108
Capítulo 109
Capítulo 110
Capítulo 111
Bônus I
Bônus II
Bônus III
Bônus IV

Capítulo 93

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By soccerverso

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- Gabriel Narrando -

A minha manhã estava reservada a organizar alguns pontos de uma defesa e apesar de já saber qual seria o resultado desse julgamento a nossa função era que o julgamento fosse justo e conseguíssemos aliviar em alguns pontos a pena.

- O perito falou que não tem como o tiro ter sido na hora da briga, o senhor Senna mostrou a forma que
foi, e o legista afirma que é impossível - Guimarães falou me olhando - A teoria do perito é que foi tudo planejado e ele estava esperando a esposa de frente para a porta e a recebeu com um tiro

- Teoria - ri - O promotor não vai usar isso

- Por que? - perguntou confuso - O perito está certo, o senhor Senna fez exatamente isso

- Mas ele não pode afirmar como aconteceu - falei e ele anotou alguma coisa - E não consegue sustentar o argumento, ou seja, usar isso não é favorável para a promotoria

- Ele é qualificado pra meio cruel - falou e eu assenti

- Mas não será usado - falei simples - Quando corta o pescoço o sangue vai para as vias respiratórias e isso só aconteceria se ela estivesse respirando - peguei a pasta e joguei na frente dele, ele pegou e abriu - E o que vamos perguntar é "Ela poderia estar com morte cerebral?"

- Acha que adianta? - perguntou duvidoso

- O tiro foi na cabeça - ri - Só precisamos que digam um simples "poderia" - dei uma pausa - E o júri vai entrar em dúvida e acabar acreditando, entende? E aí cai o meio cruel

- Cruel é o que a pessoa sente - falou pensativo - Faz sentido a jogada

- Ele só vai responder por judiação de cadáver - falei e peguei o celular

- Ele sabe que passará um bom tempo preso? Tem a noção disso? - perguntou e eu ri - Ou vai querer dar um tiro em cada um da defesa depois?

- Compensa, Guimarães, ele atirou na cabeça da mãe do filho dele, a mulher que ele dizia amar, picotou o corpo todo e vai ficar no máximo 7 anos preso - dei de ombros - Ele sabia que em algum momento seria pego e ele conhece as leis e os benefícios do país com os presos

- Com todo o dinheiro que ele tem vai ficar melhor lá do que muita gente aqui fora - falou e concordei com a cabeça

- Risco calculado - falei olhando pra ele - Ele sabia os riscos e preferiu abdicar de 7 anos de liberdade para matar a esposa

- Pra ele compensou - falou pensativo - E se alguém no júri levantar a discussão que morte cerebral não é morte?

- Não está morto mas não está sentindo dor, o ponto é esse, está respirando mas não sente nada - falei me levantando - Você acha que morte cerebral a pessoa está viva? Tá, ela pode até está viva, mas não é capaz de sentir nada

- Entendi - falou pensativo

- Vou almoçar - avisei - Quando chegar do almoço só pegar com a dona Carla as coisas que precisa fazer

- Tá bom - falou e saímos da minha sala

- Lara Narrando -

A minha recuperação estava muito boa, palavras dos meus médicos, eu ainda esquecia algumas palavras e trocava outras mas no geral a única questão é a parte motora que ainda estou reaprendendo a maioria dos movimentos.

- Tá bonita - escutei a voz do Guilherme e olhei para ele que descia as escadas

- A Tata me levou no salão - contei - Ela me maquiou pra ficarmos em casa e a Ana pintou a minha unha

- Um dia de meninas - falou e eu assenti - Cadê ela?

- Na cozinha - falei olhando pra ele - Você vai dormir aqui? - perguntei e ele negou

- Só vim almoçar e aproveitei pra jogar uma água no corpo - explicou - Mas já vou voltar para o escritório

- Me leva? - pedi e ele arqueou a sobrancelha

- Por que? - perguntou confuso mas acabou rindo - E eu ainda pergunto

- Vai levar? - perguntei e ele suspirou

- Tem certeza? - perguntou e eu assenti - Se ele tiver ocupado não vai conseguir te dar atenção

- Eu venho embora - falei simples

- Não vai ficar chateada? - perguntou e neguei com a cabeça - Eu vou avisar a minha madrinha

- Tá bom - falei e ele saiu da sala, me apoiei no braço do sofá e consegui me levantar, respirei fundo e ouvi a voz da minha irmã

- Se ela precisar vir embora ou quiser vir me liga que eu vou buscá-la - Tata falou séria - Não é pra largar a garota sozinha lá

- Ela vai se agarrar no namoradinho - Gui riu - Nem vai se lembrar de mim

- Vou sim - falei e peguei a minha bolsa - Ainda mais se alguma menina se jogar em você

- Mais fácil se jogar no seu namorado - mal terminou de falar e eu arregalei os olhos - As meninas que tem a minha idade me olham como concorrente e as mais não me interessa

- Se jogar no meu rado? - perguntei irritada - Vamos logo

- Sem briga - Tata falou mas acabou rindo

- Vamos - segurei a mão do Gui e puxei ele

- Calma - falou rindo

- Sem briga - Tata reforçou rindo e saímos

- Muita mulher olha pra ele lá? - perguntei curiosa

- Sim - confirmou e abriu a porta do carro

- Bonitas? - perguntei baixo e ele me ajudou a entrar no carro

- Muito - falou e eu bati irritada no braço dele - Aí! O que foi?

- Que ódio - falei e ele riu

- Tem que bater nele e não em mim - falou óbvio

- Tanto faz - resmunguei e ele negou com a cabeça

- Maluca - cantarolou e fechou a porta

Não demoramos muito para chegar ao escritório, ele não era longe da minha casa e o trânsito ajudou. Ele deixou o carro no estacionamento e nós subimos no elevador.

- Vem - segurou a minha mão e saímos do elevador, ele cumprimentou algumas pessoas pelo caminho e ao me dar conta estava parada em frente uma mesa que tinha uma senhora sentada - Oi, dona Carla

- Oi, querido - falou e quando me olhou sorriu - É a namorada do menino Gabriel?

- É sim - Gui confirmou e ela se levantou

- Torci muito pela sua recuperação, querida - falou e estendeu a mão na minha direção

- Obrigada - apertei a mão dela e sorri - Eu acho que todo mundo que pediu pela minha recuperação teve um efeito

- Eu também acho - Gui concordou - Ela veio visitar o Hartmann

- Claro - balançou a cabeça - Ele está livre

- Está estressado? - perguntei e ela riu

- Sempre - falou simples e eu acabei rindo

- Vai ficar? - Gui perguntou me olhando

- Vou sim - confirmei

- Qualquer coisa me manda mensagem - falou sério

- Mando sim - sorri - Posso ir?

- Claro, querida - falou e eu me aproximei da porta, bati levemente e abri

- Lá vem a dona Carla com alguma notícia que tenho certeza que irá me deixar muito feliz - Gabriel falou e vi o mesmo concentrado no computador - Não basta a burrice que a pateta da estagiária fez no contrato a senhora ainda veio estragar mais o meu dia, né? Eu só quero paz - sorri e vi ele afrouxando a gravata, ele tirou deixando a mesma pendurada no pescoço e não demorou para abrir as abotoaduras

- Ela é bonita? - questionei e ele me olhou assustado

- Lara? - perguntou surpreso e se levantou

- A estagiária é bonita? - perguntei e fechei a porta

- Que estagiária? - perguntou confuso - E o que você veio fazer aqui?

- Você estava falando de uma estagiária e a pergunta é: ela é bonita? - perguntei e ele riu

- Sei lá - deu de ombros - Nunca reparei

- Sei - falei desconfiada - O Gui almoçou lá em casa e eu pedi pra ele me trazer, fiz mal?

- Não, claro que não - se encostou na mesa, ergueu a manga da blusa e cruzou os braços - Você está linda - sorriu e eu me aproximei

- Fui no salão - contei e abracei ele, beijei o rosto do mesmo porém ele virou e me deu um selinho, botou a mão na minha cintura e apertou de leve

- Cada dia mais linda - alisou o meu rosto e selou os nossos lábios novamente, sorri e ele iniciou um beijo calmo. Brinquei com os botões da camisa dele e sorri quando ele encerrou o beijo e beijou o meu pescoço - Você abriu a minha camisa toda? - perguntou e olhei para baixo

- Eu consegui - falei animada e ele riu

- Era o seu objetivo? - perguntou e eu neguei

- Mas preciso reaprender a abrir e fechar botões, e o que mais tiver em roupa - expliquei - Foi automático, desculpa!

- Tudo bem - falou e fechou os botões tão rápido que senti até inveja

- Ontem fiquei a sessão inteira pra conseguir fechar um botão - ri baixo - Aí eu passei a noite tentando

- Conseguiu? - perguntou curioso

- Consegui - confirmei - E consegui arrebentar umas camisas do meu pai também

- Faz parte - riu - Eles estão em Angra ainda?

- 4 dias já - falei e ele me puxou, me encaixei no meio das pernas dele - Mandam mensagem toda hora mas acho que estão se entendendo, né? Ou já estariam de volta

- Também acho - falou pensativo - Ei, quer conhecer a minha casa?

- Quero sim - falei sorrindo - Já se acostumou?

- É meio estranho as vezes - confessou - Porém eu tô gostando de ter o meu canto

- A sua mãe se acostumou? - perguntei e ele riu

- Todo dia ela me manda mensagem dizendo que se eu quiser posso ir dormir lá - falou e eu ri baixo

- Tem vontade? - perguntei e ele riu fraco

- Sim - balançou a cabeça - Mas sou forte e resisto

- Um neném - apertei a bochecha dele de leve

- Sou nada - falou e me deu um selinho - Você que tá mais pra neném, né? Mama e tudo

- Eu não - estava falando mas me calei e senti o meu rosto pegar fogo ao perceber o duplo sentido - Nossa - fiz careta e tampei o rosto

- Muito cedo pra piada de duplo sentido - riu baixo e me abraçou - Desculpa

- Tudo bem - falei e ele beijou o meu rosto

- Gabriel Narrando -

Uns 40 minutos depois nós chegamos na minha casa e eu fiz uma tour com ela pelo apartamento. Deixei a mesma explorando o ambiente e fui jogar uma água no corpo para tirar o suor e a sujeira da rua. Me vesti com uma bermuda de jogar futebol e fui atrás dela e logo a achei na varanda, ela estava deitada no chaise e observando o por do sol.

- Pode falar que eu sou uma delícia - cantarolou e eu arqueei a sobrancelha - Que nada te dá mais tesão do que eu te fazendo jogar tudo dentro de mim

- Lara, Lara - repreendi e ela me olhou assustada

- Caramba - colocou a mão no peito e eu ri

- Fica cantando essas coisas que vou levar como uma indireta - me aproximei e me deitei ao lado dela

- Tocou no spotify e fiquei com ela na cabeça - falou e deitou a cabeça no meu peito - Eu tive um sonho

- Bom? - perguntei e ela deu de ombros

- Foi com a minha avó, ela dizia que tudo ficaria bem e que está cheia de saudades - falou baixo e comecei a acariciar o cabelo dela - É estranho

- O que? - perguntei baixo

- Ninguém fala dela lá em casa, percebi que o pessoal está meio abalado com alguma coisa e estou bem, em comparação com antes, né? - deu uma pausa - E um domingo por mês todo mundo se reunia na casa dela e isso não aconteceu, Gabriel, não aconteceu

- Lara - tentei falar e ela se sentou me olhando

- Ela se foi, né? A minha avó morreu? - sussurrou a pergunta e eu me sentei

- Na semana do natal - contei - Ela estava fraquinha e se foi dormindo - as lágrimas começaram a descer pelo rosto dela e logo o choro se intensificou

- Eu não consegui me despedir - tentou falar porém a voz estava embolada por causa do choro

- Calma - abracei a mesma e me deitei, ela escondeu o rosto no meu pescoço e apertou o meu braço. Ela tinha um choro muito doido e sei que era por não ter tido a chance de se despedir da avó.

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mattoslaraa: Na minha infância eu não entendia porquê todas as avós dos meus amigos se chamavam Maria e a minha avó não, a Lara de 5 anos ficou TÃO indignada e enquanto todos não sabiam como explicar você sentou e simplesmente disse que eu poderia te chamar da forma que desejasse, você era assim, você sempre tinha uma solução simples que aquecia o nosso coração. O tempo passou e eu entendi que você era a vovó Elisa e eu amei ter você na minha vida. Me perdoa pelos momentos em que me afastei por não entender o que você queria dizer e acima de tudo, me perdoa por não ter tido tempo de me despedir de você. Te amarei, para todo sempre, dona Maria.

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