Kara “Zor-El” Danvers Lane *Point of View
Eu sou Kara Zor-El Danvers, a última filha de Krypton.
Apesar de ter sido criada pelos Danvers, eu escolhi viver em Metrópoles com meu primo, me tornei uma heroína como ele e me casei com a cunhada dele, Kal-El casou com a Lois Lane e eu me casei com a Major Lucy Lane.
Então Lex tentou transformar o sol amarelo em um sol vermelho, para que eu e meu primo não tenhamos nossos poderes, pra isso ele sequestrou a própria irmã e a manteve de refém.
Num salvamento dramático, Lex se sacrificou e ia levar a mãe e irmã junto, eu usei a ultima reserva de energia e me joguei na frente para defendê-las, a ultima coisa que eu vi foi o olhar preocupado das mulheres Luthor e o brilho dourado da kryptonita dourada.
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10 anos depois
Acordei e eu não sabia onde estava, era um... era um... o que é isso? Que cor era essa? O que é cor? E o mais importante quem sou eu? Onde é aqui?
Eu comecei a entrar em pânico e minha mente a ficar inquieta, até que um rosto entrou em foco, uma mulher, pele clara, cabelos negros e olhos verdes.
Qual o seu nome? Quem ela era? Lena, Lena Luthor.
- L-Lena. – eu tentei dizer, mas minha voz estava rouca.
Respirei fundo e tentei de novo.
- LENAAAAA! – eu gritei.
Minha sala foi invadida por um monte de gente que eu nunca vi na vida.
- Kara? – uma mulher ruiva disse. – Kara, graças a deus!
Quem é ela? E quem é Kara? Que tipo de nome é esse?
- Q-Quem é você? – eu perguntei.
- Eu sou Alex, sua irmã. – a mulher disse.
- O que é uma irmã? – questionei.
- Você tá brincando? – a tal Alex questionou.
- Se eu soubesse o que é “brincando” – respondi. – Você não é Lena Luthor.
- Não, eu não sou. – ela disse. – Sou Alexandra Danvers, sua irmã.
- O que é uma irmã? – perguntei de novo.
Ela olhou desesperada pra uma mulher e ela mandou a tal Alex sair e o resto das pessoas também.
- Você sabe quem eu sou? – ela perguntou e eu fiz que não.
- Eu sou Kelly Olsen. – ela disse pacientemente. – Sou psicóloga, você sabe o que é isso?
- Não. – respondi. – Só sei quem é Lena Luthor.
- Você sabe quem você é? – ela perguntou e eu me irritei.
- Eu já disse que não. – falei e ela levantou com medo.
- Se acalme. – ela pediu.
- Me traga Lena Luthor! – eu pedi.
- Eu trago se me disser por que?- Kelly Olsen perguntou.
- Ela é a única que eu lembro, deve significar algo. – Falei apreensiva.
- Você tem razão. – ela disse. – Verei o que posso fazer.
Ela saiu e eu me deitei de vez, espero que a próxima pessoa que venha me ver, seja Lena Luthor.
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Lena Kieran Luthor *Point of View
Acabei de entrar na sala da minha mãe e ela sorriu ao me ver, depois daquele dia com o Lex, Lilian mudou, ela viu a loucura dele, até tentamos ajudar a Supergirl, mas quem deixaria Luthors perto de Supers.
- Como está querida? - ela perguntou. – Como foi o encontro ontem?
- Não foi legal. – falei.
- Lena, querida. – Lilian disse. – Você é lésbica, para de tentar se encaixar onde você não se encaixa.
- Na teoria é mais fácil. – falei.
- Só você sair e ir aos lugares certos. – ela disse. – Esses homens não lhe merecem.
- E quem merece, mamãe? – perguntei.
- Eu não sei meu amor. – ela disse. – Mas tem que ser alguém especial.
Mudamos de assunto e começamos a falar da empresa, Lilian e eu transformamos a LCorp num império e uma força para o bem.
De repente o DEO invadiu a sala dela e apontou armas pra nós duas.
- Do que se trata isso? – eu perguntei.
- Eu que pergunto. – uma ruiva irritada perguntou.
Logo atrás dela veio a namoradinha do Olsen, a Major Lucy Lane e na minha varanda pousou o Superman.
- Acho que a Supergirl morreu filha. – Lilian disse.
- Se foi isso a culpa não é nossa. – eu disse. – Então expliquem-se.
- Você vai vir com a gente Srta. Luthor. – o Superman disse.
- E por que eu iria? – questionei.
- Porque minha prima quer. – o Superman disse.
- Eu não conheço sua prima, que também é sua esposa e também sua irmã. – eu disse e eles me olharam com raiva. – Eu sei que Kara Danvers é a Supergirl, mas eu não conheço ela e o meu único encontro foi quando ela salvou minha vida e a vida da minha mãe.
- Ela lembra de você e exigiu falar com você. – Clark disse.
- E por que não a esposa dela? – eu perguntei.
- Porque ela não lembra de ninguém. – a irmã disse. – Ela só lembra de você.
Eu fiquei surpresa e minha mãe riu.
- Está rindo do que Luthor? – a major Lane perguntou. – Você sabe de algo que eu não sei.
- Tenho minhas suspeitas. – ela disse. – E é inesperado, mas não impossível.
- E pode nos esclarecer? – ela pediu.
- Não. – Lilian respondeu.
- Alex, prende ela. – a Major ordenou. – Uma hora na cadeia vai fazer ela abrir a boca.
- Vai em frente. – Lilian disse. – Já passei por coisas terríveis e vocês crianças não tem a imaginação da família Luthor.
A mulher colocou a mão na arma e eu tomei a frente.
- Eu não tenho obrigação nenhuma de ir. – falei. – Sou muito grata, mas não é da minha conta, então saiam ou eu processo todos vocês.
Eles se olharam e saíram, afinal ninguém mexe com um Luthor, pena que o Superman não teme minha família.
- O que você quer Kal-El? – questionei.
- Lena, Kara viu algo em você antes de lhe salvar. – ele disse. – Não precisa ficar mais que duas horas, mas por favor, você deve isso a ela.
- Ele tem razão. – minha mãe disse. – Devemos nossas vidas a ela.
- Okay. – falei. – Mas não vou demorar e não vou voando com você.
- Você não sabe onde é... – eu o cortei.
- Se quiser que eu vá, vai ter que ir comigo no carro. – falei.- Eu dirijo e você pode escolher qualquer um, pra não falar que é uma armadilha.
- Não acho que você faria isso. – ele disse.
- Isso sim é surpreendente. – Lilian falou. – Pode ir que eu cuido de tudo, se em uma hora ela não me mandar uma mensagem, eu vou acabar com quem a estiver prendendo e não vai ser bonito.
- Não tem necessidade, Sra. Luthor. – Kal-El disse.
Peguei meu celular e descemos de elevador até a garagem, ele escolheu um carro e eu assumi o volante, ele começou a me instruir sobre que direção tomar.
Chegamos em um prédio no centro e foi cômico ver o Superman sair de dentro de um carro, tranquei o carro e peguei meu celular.
- Fique próxima a mim. – ele disse.- Os ânimos vão ficar exaltados.
- Eu realmente não entendo o por que. – falei com sinceridade.
Entramos e quando o elevador se abriu o caos se instaurou, cada agente que havia ali sacou sua arma e apontou pra mim, logo a Major e a Diretora Danvers apareceram.
- Abaixem todos as armas. – Kal falou firme. – Eu trouxe ela pra ver minha prima e ela vai ver minha prima.
- Você não manda no DEO. – Alex falou.
- Ela é um membro da minha casa, da minha família. – ele disse sério. – Você não vai querer comprar essa briga.
- Ela é minha esposa. – a Major Lane disse.
- Só aqui na Terra e não é reconhecida por Argos e nem pelo conselho. – Kal falou de forma cruel e eu estranhei. – E não demorou nem um ano para você começar a se esfregar com o meu ex amigo James “Pilantra” Olsen.
- Você não pode falar assim comigo, eu sou sua líder. – ela disse.
- Você não passa de uma vadia, Lucy Lane. – Kal disse e eu toquei seu braço. – Kara Zor-El é minha líder, você não. Agora saiam todos!
- Sinto muito, Kal. – a Diretora Danvers disse.
- Nem você pode nos impedir Alex. – ele falou. – É o desejo da Kara.
- A Kara não lembra nem quem ela é. – Alex disse. – Só dessa dai, nem de mim ela lembra.
- Mas lembra da Lena. – ele disse e eu fiquei surpresa.
Ela ponderou e baixou a arma, nisso todos os agentes fizeram o mesmo.
Kal segurou minha mão e começou a andar, então ouvimos um disparo e depois uma parede explodiu e uma loira seminua estava na minha frente segurando o projetil.
Seus olhos estavam vermelhos e Kal entrou na frente dela com mãos levantadas em sinal de rendição.
- Supergirl? – eu chamei, ela me olhou com tanta intensidade que eu me senti estremecer. – Eles são sua família.
- Todo mundo só sabe me perguntar se eu lembro disso ou se eu lembro daquilo. – ela falou irritada. - E ninguém me trás você.
- Eu estou aqui agora. – falei. – Se acalme.
Ela assentiu e seus olhos voltaram ao normal, eram azuis iguais ao do primo dela.
- Vamos pra sala de reuniões. – Kal disse.
Ele nos levou até lá e saiu, me deixando com a loira, ela estava inquieta e me olhou tão perdida.
- O que quer saber Kara? – perguntei.
- Eu não sei. – ela disse. – Não sei nem quem é Kara.
- Eu não sei muito. – falei. – Mas posso te contar tudo o que sei desde que escute com atenção.
- Por favor, você é a única pessoa que eu lembro. – Kara disse. – Como vou acreditar nos outros se não sei quem eles são.
- Faz sentido. – eu disse. – Bom vamos lá.
Eu contei tudo o que eu sabia e o que descobri nos arquivos do Lex, contei a verdade e inclusive sobre o dia que ela nos salvou, ela ficou calada por um tempo e seus olhos se encheram de lágrimas.
- Eu sinto muito. – falei.
- Não foi sua culpa. – ela disse. – Eu agradeço por ter vindo.
- Eu lhe devia isso. – falei.
- Não, não deve. – Kara disse. – Me perdoe o transtorno, Lena.
- Não foi nenhum. – falei. – Se precisar pode ir até mim.
- Por que? – questionou.
- Porque eu gostaria de ser sua amiga. – falei. – Diferente do meu irmão e do seu primo.
- Com toda certeza. – ela disse e riu alto. – Bom, vamos começar de novo.
Ela se levantou e esticou a mão.
- Eu me chamo Kara Zor-El. – Ela falou.
Eu peguei na sua mão e ela sorriu.
- Eu me chamo Lena Luthor. – falei. – É um prazer lhe conhecer.
- O prazer é todo meu. – Kara disse e me deu um beijo no rosto.
Eu corei e ela riu alto.
- Aqui está o meu número. – disse e entreguei o meu cartão. – Sempre que quiser pode me ligar ou mandar mensagem.
- Obrigada Lena. – ela disse e segurou o cartão.
Kal abriu a porta e me levou em silencio até o meu carro, ele agradeceu e eu dirigi para empresa.
Kara é uma mulher fascinante e muito, muito bonita, pena que é casada e também corna.
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Kara Zor-El *Point of View
Lena saiu e eu sentei na cadeira, estava assimilando tudo o que ela me contou e tudo o que eu ouvi na hora que eles apontaram as armas pra ela.
Eu não sou humana. Eu sou casada e fui traída. Tenho uma família humana. Tenho uma família alienígena. Sou uma super heroína.
Saí da sala e andei devagar até a mulher que é minha irmã.
- Alex? – chamei e ela me olhou desesperada. – Eu não lembrei de nada, mas Lena me falou que você é minha irmã.
- Ainda não entendo como acredita nela e não em mim. – ela disse.
- Tenha paciência. – eu pedi. – Se me ama como vejo em seus olhos, preciso que tenha paciência.
- Okay. - ela disse. - O que precisa?
- Preciso sair daqui. – falei.
- Não! Isso não. – ela disse firme.
- Eu preciso sair daqui. – repeti.
- Não! Você não vai. – ela me disse.
- Você não pode me manter aqui. – falei. – É minha irmã e não minha dona.
- Eu sou responsável por você. – Alex falou.
- Mas não é minha mãe. – eu disse. – Eu vou sair.
- Não vai mesmo. – ela falou e colocou a mão numa algema verde.
Me afastei com medo daquela algema e ela veio andando na minha direção.
- KAL-EL! – gritei.
Meu primo entrou em super velocidade, quando ele viu o que ela tinha na mão me pegou no colo e saiu voando em alta velocidade.
Chegamos no ártico e havia uma estrutura de gelo, ele pousou e me colocou no chão.
- Essa é a fortaleza da solidão. – ele disse. – Kelex?
Um robô voador chegou e sem entender eu sorri.
- Kelex, é... – eu cortei.
- Ele é um robô assistente da base de dados Kryptoniana. – falei.
- Você se lembra? – ele perguntou.
- Não, mas sei quem é o Kelex e o que ele faz. – respondi.
- É um começo. – Kal falou.
- Kelex, por que eu não lembro de nada? – questionei.
- Preciso lhe examinar. – o robô disse.
- E por que não fez isso antes? – falei.
- Porque é a primeira vez que lhe vejo desde o incidente. – Kelex respondeu.
- Então faça isso agora. – falei. – E me traga roupas e algo pra eu me atualizar desde que cheguei aqui nesse planeta e até antes.
- Claro, me acompanhe. – Ele disse.
Kelex me levou até um laboratório, eu me sentia em casa ali e não entendia, já que Lena me disse que eu sou jornalista.
O robô me deu um aparelho e disse que era um tablet, me ensinou a usar e depois começou a me examinar.
Kal me observava em silêncio e eu comecei a me atualizar, minha história não era muito grande, mas era intensa.
- Então você me entregou para os Danvers. – falei.
- Sim. – ele disse.
- Por que fez isso? – perguntei. – Poderia ter me trazido para cá.
- Você merecia uma vida normal. – ele disse.
- Normal? Eu escondi quem eu realmente era, perdi o meu propósito. – falei. – Foi cruel Kal-El, por que não cuidou de mim como eu teria cuidado de você?
- Eu errei. – meu primo disse. – Fui um covarde e disse que era pra o seu próprio bem.
Eu esperei e ele respirou fundo.
- Estava com medo e ainda tinha raiva do nosso povo. – Kal disse. – Eu era imaturo, sei que não justifica, mas eu me arrependo, não pela sua família humana que te ama, e sim por não ter estado presente.
- Entendo. – eu falei. – Nós dois não tivemos escolha.
- Não. – ele respondeu.
- Eu fui traída? – perguntei.
- Sim e não. – Kal falou. – Você estava em coma no DEO, eu peguei sua esposa com o nosso melhor amigo, James Olsen.
- Que amigo. – eu disse. – Quanto tempo depois?
- Seis meses. – ele respondeu. – Os médicos do DEO disseram que você nunca mais iria acordar.
- E por que não me trouxe pra cá? Kelex poderia ter ajudado. – eu falei.
- Alex e Lucy não deixaram. – ele respondeu.
Assenti e voltei a me atualizar sobre minha vida e o mundo, eu fique dez anos em coma. Rao!
- Quem é Rao? – perguntei.
- Rao é o nosso Deus, ele é o sol vermelho. – Kal disse.
Assenti e voltei a ler, vi vídeos, vi fotos, áudios, então o Kelex voltou.
- Eu terminei. – a IA disse. – E vocês deviam ter me trazido ela depois da explosão.
- Por que o código de resgate não foi ativado? – perguntei.
- Eu desativei. – Kal disse e eu respirei fundo pra não bater nele.
- Okay. – falei. – Me conte o que descobriu Kelex?
- Você foi exposta a uma dose gigantesca de kryptonita verde e amarela. – Kelex disse. – Acontece que as duas combinada podem apagar a mente de um kryptoniano, se tivessem lhe trazido até mim, eu conseguiria filtrar do seu organismo, mas agora ela já apagou cada lembrança que você possuí, por isso acordou.
- Mas eu lembro da Lena Luthor. – falei.
- Acredito que ela não estava na sua mente. – ele disse. – Talvez lhe tenha causado uma reação física e seu corpo guardou a informação.
- Entendo. – falei. – Pode ser revertido?
- Não. – ele disse. – Há sua memória motora que está intacta, mas as suas lembranças se foram todas.
- Obrigada Kelex. – falei e ele foi buscar uma roupa pra mim.
- Quando se sentir melhor vá até as fontes termais e tome um banho. – ele disse ao me entregar as roupas.
- Kal, precisamos de kryptonita azul. – falei e ele me olhou assustado. – Ela é a única que pode nos proteger dos efeitos das outras.
- Eu nunca vi. – ele disse.
- Kelex? – chamei e quando ele chegou falei. – Como podemos achar Kryptonita azul?
- Não tem como achar, você pode produzir. – ele disse. – Só tem uma pessoa nesse planeta que pode produzir kryptonita.
- Quem? – Kal perguntou.
- Lena Luthor. – Kelex disse. – Pelos meus registros, nem o Lex conseguia.
- Okay. – falei. – O que ela vai precisar?
- Kryptonita verde e vermelha. – ele disse.
- Kelex, separe uma mala com essas duas kryptonitas. – falei. – Eu vou até Lena Luthor.
- Kara? – Kal me chamou.
- Ela não é igual ao o irmão e eu confio nela. – falei. – Não faço idéia de quem ela seja, mas esse é mais uma coincidência ou mais uma das tramas de Rao.
- Vou confiar em você prima. – ele falou. – O que precisa que eu faça?
- Me arrume um advogado. – falei. – Sei que a nossa tradição proíbe divórcio, mas eu quero me separar.
- Vou arrumar um. – ele disse. – Fique segura.
- Eu estarei. – falei.
Kal assentiu e se foi, tomei um banho nas fontes termais e vesti a roupa que o Kelex me deu, era uma lingerie de algodão, uma calça cinza bem justa, parecia uma extensão da minha pele, coloquei botas pretas e camisa preta com o símbolo de El em prata.
- Esse tecido absorve mais radiação do sol amarelo. – Kelex disse quando entrou nas fontes. – Vai lhe ajudar a recuperar suas forças cem por cento.
Kelex me deu um tipo de vitamina pra beber e eu me senti cheia, ele me entregou a pasta e falou pra eu não abrir.
Peguei uma jaqueta preta com detalhes em prata e o símbolo de El pequeno no peito, respirei fundo e comecei a flutuar, testei essa minha nova velha habilidade e como o Kelex disse, minha memória motora estava intacta.
Foquei minha super audição e achei Lena Luthor, ela estava numa cobertura, saí voando até lá em super velocidade, fiquei acima de onde um humano pode respirar e cheguei na cidade, pousei e bati na porta da varanda.
Demorou, mas ela veio me atender, ela estava com um vestido preto sem manga e estava linda, estava espantada com a minha presença.
- Kara? Aconteceu algo? – ela perguntou.
- Eu preciso da sua ajuda. – falei. – É pra minha segurança e você é a única que pode me ajudar.
- Entre. – ela falou me olhando de cima a baixo. – O que precisa?
- Eu preciso de Kryptonita azul e só você pode fazer. – eu disse. – Mas acho que cheguei numa hora errada.
- De forma alguma. – Lena disse. – Eu não estava querendo ir pra esse encontro mesmo.
- Eu posso voltar outro dia... – ela me cortou.
- É questão de segurança. – ela disse e mandou mensagem para alguém. – Isso vai demorar, pois eu preciso de kryptonita verde e vermelha.
- Eu sei. – falei. – Aqui está.
Entreguei a mala e ela assentiu.
- Você não pode está perto. – ela falou. – Mas vou transmitir pra você ver o que eu tô fazendo.
Eu assenti e ela sorriu.
- Hope, transmita em tempo real as imagens do meu laboratório. – Lena disse e uma IA respondeu que sim. - Olha na televisão e vai poder me ver e ouvir.
- Obrigada. – eu disse.
Lena assentiu e foi para o laboratório, ela colocou um jaleco e meu coração bateu forte, não entendi, mas guardei a informação.
- Kara, estou curiosa. – ela disse e começou a trabalhar. – Como confia em mim? E por que está correndo risco? E o mais importante, por que não procuraram Kryptonita azul antes?
- Nossa. – falei. – Confio em você e não sei dizer o porque, muito menos o motivo porque só me lembro de você. – ela assentiu. – Quando você saiu, pedi pra minha irmã me levar pra outro lugar e ela disse que eu não ia sair do DEO e pegou uma algema de Kryptonita verde, gritei e Kal me tirou de lá. – ela olhou pra câmera séria e eu continuei. – E eu estava me atualizando e na data base da minha nave tinha um arquivo sobre Kryptonita, eu abri e li, não fiz antes, pois fui proibida de ser eu mesma.
- Tudo isso. – ela disse e eu ri. – Pode ser revertida sua condição?
- Não. – falei.- Eles erraram em não me levar pra fortaleza.
- Ela existe mesmo? – Lena perguntou. – Lex sempre falou, mas nunca achou.
- Não é uma fortaleza, é uma base de dados kryptoniana. – falei. – Um pedaço na minha terra, apesar de Argos ter sobrevivido.
- Entendo. – ela disse.
Fiquei observando ela trabalhar no laboratório, era familiar pra mim, não por reconhecer a Lena, e sim porque pra mim era normal trabalhar num laboratório.
Ela se concentrou e conseguiu fazer duas pedras, cada uma do tamanho do meu punho, Lena guardou nas maleta e voltou.
- Aqui está. – ela disse.
- Eu tenho uma divida com você. – falei.
- Não tem não. – ela disse. – Que essa seja uma pequena reparação pelo que meu irmão lhe fez.
- Vou aceitar por hora. – falei. – Não é sua responsabilidade o que seu irmão fez.
- Eu sei, mas mesmo assim me importo. – ela disse.
- Me perdoa ter atrapalhado seu encontro. – falei. – Se eu puder fazer algo.
- Você não atrapalhou nada. – Lena falou. – E você pode jantar comigo, estou faminta.
- Eu adoraria. – respondi. – Mas não tenho dinheiro.
- Eu compro e comemos aqui. – ela disse. – O que gosta de comer?
- Não sei. – falei. – Acho que terei que descobrir.
- Não tem problema. – ela falou. – Posso lhe apresentar as que eu gosto.
- Será uma honra. – falei.
Lena sorriu tímida e pediu comida pra nós duas, perguntei sobre ela e começamos a conversar.
Foi assim até eu me despedir e voltar pra fortaleza.
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...Continua.