22/05/2017 às 9:18 da manhã
- Você está morto, Jimin — Disse.
- E os meus pais? Cadê os meus pais?
- Eles estão na terra... vivos na terra.
- Vivos? Ma-mas o quarto deles? O quarto deles, eu tranquei o quarto o deles! ELES NÃO ESTÃO VIVOS! EU ESTOU! EU ESTOU VIVO!
- Não, Jimin senta — Doyun usa sua magia para prender o mais novo na poltrona — Você está morto, os seus pais estão vivos, bom, seu pai saiu ileso e sua mãe com umas feridas, mas eles estão bem, já sabem da sua morte, o bairro todo sabe da sua morte, foi como... como um show.
- Não... — Balança a cabeça — ELES NÃO PODEM ESTAR VIVOS! ELES DEVERIAM MORRER E NÃO EU! POR QUE EU? POR QUE EU MORRI? O QUE EU FIZ? — Começa a chorar — O que eu fiz? Por que eu?
- Jimin! — E tudo em volta fica em chamas.
22/05/2017 às 12:14 da tarde
- O que está fazendo? — Uma mulher chama atenção do Jimin — Me devolve o que pegou e volte para o final da fila pegar o seu almoço.
Todos na cozinha olhava para a criança que entrou na cozinha e roubou a comida por fome.
- E-eu só quero co-comer.
- E roubar não é a maneira de ter as coisas, por isso você não irá comer hoje para aprender que roubar é errado e vo-
- Mãe? — Outra cozinheira chega por trás.
- Esse garoto entrou aqui na cozinha achando que poderia pegar o que quisesse, a fila está lá fora, ande, ande — Empurra o menino.
- Mãe? Não — Dispensa a mulher e volta a olhar para o pequeno garoto de cabeça baixa, se agacha — Eu sou a Hajun, você deve ser o novo Elem Jimin, certo? — Nenhuma resposta — Eu sei que é assustador pensar na morte, Doyun não é muito bom em não assustador os novos humanos — Sorriu gentil — A nossa cantina é como em escolas.
- Eu não sei escola — Murmura.
Por ser uma bruxa, Hajun não sabia como as escolas humanas funcionavam então explica como a cantina era — Está vendo essa fila? Ela está um pouco grande porquê é a hora do almoço, mas você espera nela, caminha junto com os outros e pega uma bandeja... — Procura em sua volta uma — Uma bandeja como essa, então você passa pelas comidas e diz qual você quer comer e eu coloco no seu prato.
- Eu não gosto dessas comidas — Falava baixo pela vergonha que sentiu ao ser gritado.
Hajun olha — Elas são como as da terra.
- Vocês tem chocolates? Eu sempre quis comer chocolate.
Hajun sorriu — Eu faço bolo de chocolate para a sobremesa, gosta? — E pelo olhar, já sabia a resposta do menino — Vem cá — Guia o mais novo dentro da cozinha, assistindo o olhar de desaprovação de sua mãe — Você gosta de sanduíches?
- Vocês tem presunto e queijo?
- Temos muitas coisas para colocar em um sanduíche, tudo o que você quiser.
- Tudo o que eu quiser? — Seus olhos se arregalam até pensar — Eu não tenho dinheiro.
Hajun nega — Não, aqui pode parecer como a terra mas não é, o dinheiro aqui não vale nada então não temos — Sorriu — Olhe aqui o que você pode colocar em um sanduíche.
- Eu posso colocar carne?
- Pode, mas isso seria um hambúrguer... quer fazer seu próprio lanche? — Jimin balança sua cabeça positivamente, então Hajun deixa o mais novo, assistindo ele ficar em dúvida do que colocar em seu lanche porquê:
- Tem tanta coisa — Disse admirado.
- O que pensa que está fazendo? — Sua mãe se aproxima ao ver a cena — Você sabe que se os outros Elems ver isso, vamos ter que deixar todos os outros entrar na nossa cozinha e fazer o que quiserem aqui?
- Mãe... é só uma criança, não escutou o anúncio hoje de manhã? Primeiro dia dele... fogo mãe, o elemento desse garoto é fogo.
- Você sabe como os humanos são burros, provavelmente estava brincando com os amigos de fogo e desafios e morreu, agora eu não quero mais esse Elem e nenhum outro aqui dentro da nossa cozinha, está entendendo?
Jimin chama atenção das duas — Me desculpa.
- Não tudo bem — Hajun diz — O seu lanche está do jeito que queria?
Jimin balança a cabeça — E você ainda tem aquele bolo de chocolate?
- Claro — Guia o menino para onde ficava, sendo encarada pela sua mãe mais uma vez até saírem do campo de visão dela — Pode pegar quantos pedaços quiser, mas não deixe que os outros alunos vejam ou eles irem ficar com invejas de tantos bolos — Ri um pouco, assiste Jimin pegar três pedaços e colocar no seu prato ao lado do lanche — Quantos anos você tem?
- Quatorze... mas meu aniversário é no final do ano então acho que tenho treze, não sei.
- Ah sim, certo — Sorriu — Aquilo coisa que os humanos coreanos tem de fazer aniversário no ano novo, eu entendo — Disse — Pegou tudo o que queria?
- Sim.
- Está bem... — Olha para os lados — Jimin, tenho medo de que você não poderá mais fazer o que te deixei fazer hoje, entrar aqui e fazer seu próprio lanche, no jantar hoje e amanhã você terá que pegar a fila como te disse, está bem?
- Sim... — Sai da cozinha em pressas.
E por mais que em sua volta poderia ser algo que alguém da sua idade amaria ver, pessoas voando, flutuando, controlando seus poderes no meio da cantina, Jimin tinha sua cabeça baixa e seus passos rápidos para encontrar o lugar mais vazio de toda essa bagunça, sendo o corredor do banheiro, onde sentou no meio do chão.
A primeira coisa que seus olhos ficou curioso foi aquele bolo chocolate, seus dedos ficaram melados pela cobertura e sua barriga fez um alto barulho e não perdeu mais tempo para morder.
Seus olhos se arregalaram a cada mordida que dava, deixando o seu lanche de lado para poder comer o segundo pedaço, então o terceiro.
- Comendo doce antes do salgado? — Uma voz de um homem surge fazendo Jimin se assustar.
- Hm? — Se encolhe por medo.
- Não vou mentir, quando era criança essa era a minha parte favorita do dia, chegar de fininho na minha cozinha e pegar um doce sem que minha mãe visse e brigasse comigo — Ri um pouco antes de sentar — Tem umas mesas livres, o que faz aqui no chão? — Nenhuma resposta vindo do menino — Isso é estranho, não é? Agora fogo pode sair das minhas duas mãos e aparentemente do meu cabelo também...
- Você também é fogo? — Murmura.
- Sou... — Abaixa sua cabeça — Me desculpa, você não merecia vim para cá... eu tentei, eu tentei mas algo caiu em cima da gente e eu não tive mais força para levantar... nossos corpos foram encontrados hoje de manhã, meu filho foi quem teve que reconhecer o meu corpo — Olha para cima para não deixar as lágrimas cair — Eu só não podia deixar uma criança para trás mas eu falhei... eu deveria ter sido mais rápido em te pegar, eu deveria ter olhado em nossa volta e ser mais atendo... se eu fosse mais atendo nós não estaríamos aqui, eu sinto muito, você não merecia morrer... tão jovem em algo assim.
Ao escutar o homem chorar, Jimin levanta o seu olhar, vendo o rosto do bombeiro que lhe pegou no colo no seus últimos segundos de vida.
- E os meus pais? — Começa a tremer.
- Eles estão bem, sua mãe teve ferimentos pelo o que consegui saber, aquele bruxa barra robô que aparece do nada me contou tudo depois da nossa morte... eu sinto muito Jimin, eu sinto muito, muito, você deveria viver.
- Meus pais... os meus pai estão vivos?
- Eles perderam você, um filho, imagino que nenhum pai ficaria vivo depois disso... não imagino como uma família ficaria.
Jimin começa a chorar — O que eu fiz? O que foi que eu fiz? Era para eles morrerem...