Apricity

By soccerverso

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O amor se apresenta em nossas vidas de forma diferente e também de maneira distinta enfrentamos esse sentimen... More

Notinhas
Personagens
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Personagens II
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95
Capítulo 96
Capítulo 97
Capítulo 98
Capítulo 99
Capítulo 100
Capítulo 101
Capítulo 102
Capítulo 103
Capítulo 104
Capítulo 105
Capítulo 106
Capítulo 107
Capítulo 108
Capítulo 109
Capítulo 110
Capítulo 111
Bônus I
Bônus II
Bônus III
Bônus IV

Capítulo 83

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By soccerverso

- Brenda Narrando -

Alguns dias se passaram desde que a Lara acordou e ela não passou por outras intercorrências porém não consegue se comunicar com a gente e ainda está bem confusa em relação a tudo. O Marcelo que estava com as emoções no limite pela Lara, agora estava pior e o tempo todo eu pegava ele chorando ou olhando para algum ponto de forma vaga e isso era bem explicável já que a minha sogra piorou muito nos últimos dias. O médico da Lara marcou uma reunião essa manhã e eu já estava agoniada querendo saber o que ele tinha pra falar.

- Preciso que vocês entendam o quadro da Lara e irei explicar da forma mais simples - o médico começou a falar e eu assenti, olhei de lado para o Marcelo e vi o mesmo super concentrado - Como eu suspeitei a Lara está com um quadro de afasia global que é a perda de toda a capacidade de compreender a fala, a escrita ou linguagem - deu uma pausa e arregalei os olhos - Ela até solta algumas palavras mas com dificuldade, ela não consegue formular frases e não se lembra de nomes de objetos. Ela tem a palavra em mente porém ao tentar falar não consegue. Entendem?

- Sim, entendemos - Marcelo falou e me olhou, apenas confirmei com a cabeça - E qual o plano a seguir?

- Tratamento com neuropsicólogo e fonoaudiólogo, os profissionais precisam avaliá-la e quando ela tiver condições os tratamentos serão iniciados de forma rápida - falou e eu coloquei o cabelo atrás da orelha - Quanto mais rápido começar o tratamento é melhor

- O meu filho e o meu genro falaram que ela não se lembrou do namorado, ela sabe quem é porém não se lembra dele - falei e segurei a mão do Marcelo - Ela tá com amnésia?

- Não, ela não está - negou e respirei aliviada, já li que alguns tratamentos sempre possuem eficácia maior se o paciente estiver cercado de pessoas do convívio e se ela não lembrasse seria complicado - A Lara está confusa, ela se perde em relação ao tempo, em alguns momentos não lembra quem são as pessoas ou chega lembrar mas não sabe o nome e já esperávamos isso - explicou - É muito provável que ela não se lembre do acidente e nem desses primeiros dias acordada

- Se for pra esquecer algo que seja esse evento ruim, né? - falei e o Marcelo concordou com a cabeça - São essas as sequelas ou tem mais alguma coisa?

- A Lara esqueceu funções básicas - começou a falar e o meu coração disparou - Não consegue engolir, não sabe como segurar um talher - deu uma pausa - Para efeito de comparação é como se ela tivesse voltado a ser bebê e precisasse reaprender tudo que o cérebro esqueceu, e ela precisará de muita fisioterapia pra se lembrar de como andar, subir um degrau, segurar um garfo

- Meu deus - sussurrei e senti o Marcelo apertando a minha mão - O senhor sabe mais ou menos o tempo de recuperação total?

- Olha, eu estimar com certeza seria um erro porque a recuperação depende de muitos fatores mas levando em consideração a paciente acredito que em 3 meses a afasia não será um problema - falou e eu assenti - E a parte motora de 6 meses a 1 ano

- Tudo bem - Marcelo balançou a cabeça - Eu quero os melhores profissionais cuidando da minha filha, não importa o preço e não importa de onde ele venha, eu quero que ela continue tendo o melhor tratamento

- Ela terá - garantiu e eu suspirei

- Gabriel Narrando -

Eu precisava ocupar a minha cabeça de alguém forma e a forma que eu encontrei foi aceitar uma reunião, o caso era super simples pois o MP não tinha provas e estava tentando uma confissão do meu cliente, coisa que não aconteceria. Quando saí da reunião a minha secretária avisou que o Ricardo, investigador aqui do escritório, estava me esperando na minha sala.

- O que descobriu? - perguntei e fiz um toque com ele

- Tudo - falou simples - Filho de peixe, peixinho é

- Como assim? - perguntei confuso e ele me entregou uma pasta

- O pai já se envolveu em acidente e pelo descobri ele vive bêbado por aí - contou - Playboy classe média e que vive fazendo merda, sabe? E os pais passando a mão na cabeça, confusões bêbado e acusação até de agressão a uma ex-namorada - deu uma pausa - Eles até tentaram subornar os médicos pra falarem que o garoto não estava bêbado

- A ficha que ele está cultivando é linda - ironizei e ele riu

- O pai tem uma dívida imensa com um fornecedor e deu a casa da família e o restaurante como garantia - falou e eu li por cima sobre a dívida, virei a página e li a cópia do contrato o que me fez sorrir

- Me deu uma vontade de investir em distribuição de alimentos - falei sorrindo

- Hartmann - alertou negando com a cabeça

- Executa a dívida - falei simples

- Precisa disso, Gabriel? - perguntou sério - Quem fez a merda foi ele e não os pais, você vai tirar a casa e a fonte de renda deles

- Se eles não tivessem passado a mão na cabeça dele não estaria fazendo isso - falei sério - Enquanto eles se importavam em encobrir o filho, tentar subornar os médicos a minha namorada estava lutando pra viver e tendo a porra da cabeça aberta o tempo inteiro - senti a minha mão tremer, abri e fechei pra aliviar a tensão - Tem noção que tiraram uma parte do crânio dela e o alojaram no abdômen?

- Ok - engoliu a seco - Ainda hoje te mando os papéis e você será o novo dono da distribuidora e também da dívida

- Obrigado - falei e nos despedimos, sai da minha sala um pouco depois e tomei um susto ao ver a Estela

- Gabriel - sorriu e veio na minha direção - Soube do seu acidente e fiquei tão aflita, fiquei com o coração apertado e até fui te visitar mas acredita que quando cheguei lá o seu pai disse que era pra eu ir embora? - falou e eu fiquei surpreso - Ele disse que de todas as pessoas do mundo eu seria a que menos você queria receber - contou e sorriu fraco - Tentei explicar que nós somos amigos, que tínhamos uma história só que até a sua mãe me mandou embora

- O que você está fazendo aqui? - perguntei direto

- Eu vim pra uma reunião com o Peixoto, preciso que ele olhe um caso meu e - estava falando mas resolvi interromper

- Ele não vai te ajudar e você sabe disso - falei e ela revirou os olhos

- Não custa tentar - sorriu - Lembra que a minha cara tristinha consegue qualquer coisa? Ou um sorriso um tanto sugestivo

- É mesmo? - ri em deboche - Vai fazer carinha triste pro promotor também? Abrir um botão da camisa? Ah, vai abrir as pernas? - mal terminei de falar e ela tinha os olhos arregalados

- Você está me ofendendo - falou séria - Tá achando que eu sou o quê?

- Uma péssima advogada - falei irritado - Não é capaz de resolver um caso sozinha porque resolveu manter a carteirinha na gaveta ao invés de estudar, né? E se engana quem pensa que essas ajudas que você pede aos outros é pra coisa complicada mas não, não é, Estela, qualquer um dos patetas que estagiam pra mim resolveriam os seus casos sem nem pensar direito e você simplesmente não faz ideia de como começar e prefere culpar ao mundo do que olhar pra realidade e se dar conta que você é uma pessoa profissional - os olhos dela ficavam cada vez mais arregalados e me dei conta que já tinha inúmeras pessoas observando mas eu não estava nem aí

- Você não tem o direito de falar assim comigo - falou e limpou rapidamente uma lágrima que escorreu

- E você não tem o direito de vir perturbar os outros por conta da sua incompetência - falei alto - Invés de ficar tentando se jogar pra cima de mim senta a porra da bunda em uma cadeira e vai estudar

- S-seu babaca - tentou me bater mas fui mais rápido e segurei a mão dela

- É isso que vai fazer quando um promotor te detonar na frente de várias pessoas? - ri em deboche - Meus parabéns, Estela, é mais fraca do que eu pensava

- Idiota - tentou vir pra cima de mim mas seguraram e quando olhei era um segurança

- Ei, vem comigo agora - Andrade se aproximou e me segurou pelo braço, me puxou e quando eu vi estava dentro do elevador - Se acalma, caralho! Respira com calma - travou o elevador e eu tentei fazer o que ele mandou mas estava difícil

- Não consigo - falei baixo e ele segurou meus ombros

- Consegue sim - falou firme e eu fechei os olhos mas só me vinha a Lara em mente e isso piorava a minha situação

- Caralho - coloquei a mão no meu peito e apertei ao sentir um aperto no coração

- Vem - chamou e eu nem tinha me dado conta que o elevador voltou a funcionar, ele me tirou do elevador e quando reparei já estava na sala do meu avô e fiquei surpreso ao ver o meu pai

- O que foi? - meu pai perguntou rápido e o Andrade me levou até um sofá

- Um bate boca com a filha do Sponza - contou e meu pai se ajoelhou na minha frente

- Respira devagar - soltou a minha gravata e abriu os botões do colarinho

- A Lara - funguei - Eu fui mais cedo no hospital e ela não consegue nem beber água, pai - solucei - Mandei o Ricardo investigar e acredita que os pais do cara até tentaram subornar os médicos pra não falarem que o filho da puta estava bêbado - ele limpou o meu rosto e as lágrimas desciam sem parar - A Lara vai precisar aprender como se vive, e tudo porque alguém achou que seria legal pegar um carro com a cara cheia

- Ela vai se recuperar, campeão - falou e solucei - Ela vai reaprender tudo e em breve estará pronta pra ser completamente feliz novamente

- Mesmo assim, pai - respirei fundo - Ela tá sofrendo e eu conheço a Lara, ela vai sofrer quando descobrir as limitações - neguei com a cabeça - Ela é bailarina, ela ama dançar e agora não lembra como se anda

- É uma fase muito ruim, é injusto ela pagar pelo erro dos outros - deu uma pausa - Porém agora o que nos resta é focar na realidade, campeão, e pra você ajudar a sua namorada precisa estar bem

- Eu estou bem - falei e ele negou

- Eu vou te levar pra casa, você vai tomar um banho e vai descansar - falou sério - Você não tem dormido e quando cochila acorda pouco depois e fica andando pela casa

- Como você - estava falando mas ele me interrompeu

- Ah, eu e a sua mãe não conseguimos dormir muito bem sabendo que você não está bem - falou simples - E ouvimos passos no corredor

- Entendi - falei e ele me abraçou

- Precisa conversar com o Sponza e avisar sobre essa maluca da filha dele - escutei a voz do Andrade - Ela vive vindo aqui pedir reunião e quando vai vê é ajuda em caso, no mínimo no escritório do pai ninguém quer ajudar por motivos óbvios

- Eu vou acabar com a carreira dela - meu avô falou simples

- É uma boa opção - Andrade falou simples e meu avô se sentou ao meu lado, segurou a minha mão e logo apertou

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