ZERO - Katsuki Bakugo

By samespacial

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Sobre quando Katsuki encontra alguém difícil de superar. Katsuki Bakugo x fem!oc More

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XXXIX
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XLII
ESPECIAL - Sobre o dia em que Kiara foi visitar Bakugo.
ESPECIAL II - Sobres as histórias que ninguém nunca ficará sabendo.

XVI

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By samespacial

Oi genteeeee, tudo bem?

Hoje eu to só puro ódio, mas minha felicidade é que esse mês vai acabar finalmente... é isso ou eu tenho um treco e vcs ficam sem saber como essa fic termina.

Beijos

Kiara estava tentando atacar a bota do seu traje, mas a porcaria havia emperrado e faltava muito pouco para ela arrancar a peça fora e jogar contra a parede mais próxima. Uma sombra se projetou sobre si, ela levantou os olhos encontrando Bakugo ali, ele ergueu a bola branca onde estava impresso o número 19.

- Tirei você no sorteio, levanta.

Era a primeira aula prática que ela participava desde o acidente, sua individualidade havia voltado a funcionar e estava quase 100% estável, agora Kiara só precisava se movimentar muito nos próximos dias para que o corpo pudesse reorganizar tudo. E tudo estaria muito bem se não fosse a porcaria do seu traje que resolveu dar problema justamente agora.

Kiara voltou a atenção para a porcaria da bota e ignorou o pedido do rapaz.

- Na boa, Bakugo. - ela suspirou. - Eu tenho cinco problemas agora, você sozinho é quatro deles. Então não enche.

A trava desencaixou novamente e ela soltou uma sequência de palavrões tão esdrúxulos que certamente a faria pegar uma detenção na hora se qualquer um dos professores fosse capaz de entender o seu idioma.

- O que foi? - perguntou Bakugo, abaixando-se diante de si.

- Essa merda não quer travar. - reclamou soltando a bota.

- Deixa eu ver... - ele disse passando a mão ao redor da panturrilha da bota.

Kiara travou por um momento, surpresa demais por ele ter se disposto a ajudar de forma tão... normal? natural? Não sabia dizer.

Bakugo levou uma das mãos à boca e a usou para tirar uma das luvas para que assim conseguisse mexer no equipamento sem nenhuma limitação, ele puxou a perna dela, apoiando no joelho. Kiara observou tudo aquilo em um silêncio estarrecido.

- Quando você fala no seu idioma natal... você está xingando, né? - perguntou ele tirando uma pedrinha que estava presa na trava, e acionou o mecanismo fazendo a bota se fechar, ajustando-se ao traje. - Eu não entendo uma palavra, mas parece ofensivo.

Kiara olhou para a perna com o cenho franzido, como merda havia enfiado uma pedra ali dentro?

- Obrigada. - agradeceu com sinceridade. - E sim, eu xingo bastante em português, é mais expressivo.

- É o que parece mesmo. - comentou ele levantando-se novamente. - Vem.

Kiara levantou-se do banco onde passou os últimos dez minutos e seguiu Bakugo até o aglomerado de alunos que esperavam pelas próximas orientações. Eles estavam nos limites do Ground Beta, enquanto o professor e herói aposentado All Migth dava as orientações de como seria a atividade, junto de Treze.

Não era nada tão diferente do normal. Duas duplas se enfrentariam e cada uma delas teria um objetivo a cumprir. Como a velha brincadeira de vilão vs herói.

- Essa bomba... - disse All Migth acenando para o objeto em suas mãos. - ...Quando ativada, explodirá em um timer de 5 minutos. O objetivo da dupla responsável por ela é impedir a dupla adversária de desativá-la, ou de tirá-la da arena antes da explosão acontecer.

- Mas, peraí, é uma bomba mesmo? - perguntou Kaminari.

- Sim. - respondeu Treze. - Foi feita pelo departamento de suporte, apesar de real, é uma bomba de glitter.

Uma bomba de glitter, provavelmente a inutilidade mais útil que existia na face da terra.

- Eu queria muito ver isso explodindo no rosto de alguém. - Kiara comentou baixinho, de modo que só Bakugou foi capaz de escutar.

Os professores haviam acabado de abrir um telão mostrando o tempo limite de cada rodada e as informações sobre os primeiros a entrarem. Logo foram anunciados Tokoyami e Ojiro contra Denki e Kirishima, enquanto os demais se dispersaram um pouco para assistir e planejar suas estratégias.

Bakugo não sabia que dupla enfrentaria, e perderia tempo demais se tentasse se preparar para todas as possibilidades, isso sem falar que apesar de ter treinado por meia semana com Kiara, não sabia direito como seria lutar com ela, ao invés de contra. Merda, aquilo poderia ser um grande problema.

Ele sabia pelo menos que ela era boa no corpo a corpo, e que a velocidade mesmo que reduzida deixava ela na vantagem com pelo menos metade da turma, também sabia que ela conseguia atingir uma velocidade absurda a ponto de sequer ser vista, mas ainda lembrava dela falar no acampamento que não usava muito essa habilidade, mas talvez pudesse usar isso para tirar a bomba da arena.

- Aí, Cenourinha... - chamou ele, abaixando um pouco o rosto para ficar na altura dela. - Você vai tirar a bomba da arena.

- Vale arremessar ela para fora? - perguntou a garota virando o rosto para encará-lo.

Ele franziu o cenho, não esperava por aquela pergunta.

- Acho que vale. - disse. - Mas porque você arremessaria? Correr com ela não seria mais fácil?

Kiara negou.

- Depende de quanto tempo eu vou ter para tirar ela da arena, não dá para manter uma velocidade muito boa em áreas residenciais, eu preciso desacelerar por conta das curvas. - ela ponderou enquanto observava a visão aérea da arena no telão. - Os telhados também são uma opção, mas também são irregulares, então daria na mesma.

Bakugo estalou a língua um pouco irritado consigo mesmo por não ter se dado conta de algo tão óbvio assim.

- Inclusive. - continuou ela. - Seria de grande ajuda se você mantivesse as explosões longe do chão.

- Porque?

- Me atrapalha. Eu não sou boa com terrenos irregulares, qualquer merda eu tropeço e vou parar dentro de uma parede. - explicou. - Inclusive, eu tô surpresa até hoje por você nunca ter pensado em explodir o chão.

- Você tá falando sério? - perguntou ele surpreso por um momento. Ele lembrava do acampamento e dela tentando manter distância.

Era por isso então? Teria conseguido derrotá-la se simplesmente tivesse explodido a porcaria do chão?

- Estou sim. É só pensar, Bakugo, qual a maneira mais rápida de manter a aceleração? Um terreno plano e trajetória linear. - ela estalou a língua e olhou para o telão, onde Denki e Tokoyami começaram a se enfrentar. - Não dá pra correr muito em locais como esse.

- Quem da nossa turma sabe disso?

- Acho que a maioria deles. - respondeu, mas sem parecer se importar. - Não que isso faça tanta diferença, eu ainda consigo ser mais rápida que todo mundo.

- Olha só... e não é que a Cenourinha é convencida. - disse ele debochando um pouco.

Ela riu e virou o corpo devagar na direção dele.

- Desculpa Bakugo, mas não fui eu quem acordou depois de um dia inteiro sem saber quem o acertou.

Ele cerrou a mandíbula irritado com a carinha convencida e cheia de sardas dela.

- Eu não tive chances de falar antes, mas isso ainda vai ter uma revanche. - declarou ele aproximando-se um pouco.

- É só falar a data e o local. - devolveu a altura.

- Que tal às quatro da manhã? - sugeriu ele, fazendo Kiara rir.

- Vai se ferrar, Bakugo.

O alarme soou estourando aquela bolha que envolvia os dois, chamando a atenção para o telão, eles viram Kirishima comemorar por ter conseguido desativar a bomba faltando 15 segundos para a explosão, e por mais que o som do telão fosse mudo, ela conseguia imaginar o garoto gritando. Kiara resmungou baixinho, ela queria ter visto aquela coisa explodindo só pra ver como ficaria.

Pouco tempo depois, os nomes de Kiara e Bakugo apareceram na tela, ao mesmo tempo em que eram revelados os nomes de seus opositores. Ela não ficou muito feliz quando viu o nome de Izuko ali, com Shoto ela conseguia lidar, mas Midoriya conseguia quase acompanhá-la em velocidade, e por mais que ela ainda tivesse a vantagem do tempo de reação, não era tão fácil de lidar já que o garoto também tinha mais de uma individualidade.

Basicamente aquela merda havia se tornado um dois contra quatro.

- Que maravilha, a dupla de apelões. - resmungou ela enquanto observava os dois caminharem com a bomba para dentro da arena.

Eles teriam cinco minutos para se organizarem antes dela e Bakugo entrarem, o tempo dos 10 minutos só começaria a correr após o primeiro contato.

- Se você for amarelar, é melhor nem entrar.

- Não enche. - ela disse virando-se para Bakugo. - O Izuko também consegue arrebentar o chão, e eu tenho certeza que ele vai fazer isso assim que me ver.

- E o meio merda? - perguntou ele.

Kiara pensou um pouco, lembrando-se das poucas vezes que treinou com Shoto e das vezes em que presenciou o garoto enfrentar outros colegas.

- Eu consigo desviar dos ataques dele, são fortes, mas são lentos. Ele provavelmente vai tentar me manter à distância, mas se eu conseguir chegar nele...

- Você enche o otário de porrada, eu tô ligado. - completou Bakugo. - Mas se o Deku de merda estiver perto, você se fode, não é isso?

- Basicamente. - murmurou ela um tanto surpresa com a rápida dedução do loiro.

- Certo, nele eu dou um jeito.

Kiara assentiu em concordância, ela já esperava por isso e até contava com essa possibilidade, mas ainda faltava uma coisa, muito importante, por sinal.

- E como nós vamos achar a droga da bomba?

Eles tinham dez minutos para concluir aquela atividade que começaria a contar a partir do momento em que eles se encontrassem com a dupla rival, Por uma questão de lógica, eles começavam em desvantagem já que não sabiam a localização da bomba, e nenhum dos dois possuía uma individualidade boa para rastreamento.

Apesar de Kiara ser velocista, levaria muito mais do que dez minutos para que ela conseguisse cobrir a área toda, mas havia um porém... Deku e Todoroki só teriam autorização para disparar o cronômetro da bomba após o primeiro contato, então eles contavam com isso para descobrirem a localização dela.

- Precisamos separá-los ao mesmo tempo. - instruiu Bakugo. - Eu vou pra cima do Deku primeiro, e quando ele se distrair você arrasta o meio merda pra longe.

- Certo. - concordou ela ajustando o capacete conforme adentravam o Ground Beta. - Você me chama se encontrar a bomba primeiro, e se eu encontrar, jogo ela pra fora da arena na primeira oportunidade.

- Quão longe você consegue arremessar?

- Ela não deve ser muito pesada, então o suficiente para explodir no ar mesmo se estiver ativa.

Ótimo, aquilo tinha que ser o suficiente. Eles só precisavam conseguir atacar primeiro, e então teriam toda a vantagem. Por sorte, ele não necessariamente precisava ser discreto. Só precisava localizá-lo e então distrair Deku por uns dois ou três segundos.

Ele posicionou as mãos para baixo e Kiara se afastou um pouco, sabendo o que viria a seguir. Bakugo se lançou no ar com suas explosões enquanto a garota o acompanhava do chão, atenta a qualquer sinal de qualquer um dos adversários, mas era mais provável que Bakugo os encontrasse já que ele conseguia ter uma visão mais ampla da arena.

E dito e feito, não levou mais do que um minuto para que ele conseguisse ver uma mancha verde no meio do asfalto. O garoto não pensou duas vezes antes de se lançar na direção dos dois.

- Estão na rua L. - disse ele através do ponto, para que Kiara pudesse seguir também. - É uma rua estreita e curta, mas fica atrás de uma avenida longa. Vai pra lá, espera e vê se não tropeça nos escombros. 

- Tá. - foi a resposta dela.

Bakugo achou que seria perda de tempo explicar que explodiria o filho da puta até o outro lado, e provavelmente ela já sabia que seria exatamente isso que ele faria.

Bakugo estava em uma rápida descida na direção dos dois, o sinal havia acabado de soar e agora eles tinham dez minutos. Como ele já esperava, assim que viu, Deku saltou para atacá-lo, e por mais que Bakugo estivesse super na pilha de encher a cara dele de porrada, não era isso que precisava fazer primeiro.

Ele esperou até o último instante para desviar do idiota impulsionando o corpo para o lado com uma explosão, enquanto Deku passava direto por ele. Bakugo usou mais uma explosão, tanto para acertar o Midoriya quanto para se aproximar mais rápido do Todoroki. E antes do meio merda conseguir lançar o seu primeiro ataque, Bakugo o explodiu, lançando o garoto com tudo até a avenida larga onde ele planejava deixar o idiota.

Katsuki deu um crédito ao meio merda, que ao menos pensou em proteger o corpo quando Kiara veio com tudo para cima dele, o arrastando para longe junto de uma onda de choque que abriu diversas rachaduras nos locais onde ela impulsionou os pés.

Ótimo, pensou ele assim que aterrissou. Ele virou na direção oposta a qual havia jogado Todoroki e viu o momento em que Izuko caiu sob os joelhos flexionados, o corpo dele já envolto por sua individualidade.

- Vai ter que passar por mim se quiser ajudar o arrombadinho meio merda. - ele sorriu. - Mas eu acho que ele não dura muito tempo na mão dela.

A coisa toda não durou nem dois minutos.

Kiara olhou para o lado onde Shoto estava desacordado, ele era mais resistente do que esperava. E ele conseguiu congelar as pernas dela duas vezes, o que fez com que ela precisasse quebrar as pernas mais duas vezes e depois concertá-las, mas ao menos conseguiu uma abertura para apagá-lo de vez.

Não dava para pegar muita distância, então só sobrou arrastar a cabeça dele pelo asfalto. Claro que Todoroki ainda tinha um rosto para chamar de seu, apesar de estar com alguns poucos arranhões e vários hematomas. Mas essa brincadeira foi cansativa demais e ela deduziu que se fosse ajudar Bakugo, além de correr o risco de não conseguir fugir com a bomba, teria o bônus de que sua dupla gritaria com ela por anos.

Mas poderia aproveitar aquele tempo em que Izuko estava ocupado com Bakugo para procurar.

Kiara conferiu novamente o estado de Shoto, ele certamente demoraria algumas horas para acordar de novo. A garota não conseguia tocar em ninguém sem passar energia, era uma desvantagem, mas o segredo é aprender e trabalhar as próprias fraquezas, e nisso ela descobriu que conseguia controlar a energia fora de seu corpo.

Era muito mais difícil e gastava muito mais que o normal, mas era útil em momentos como aquele. Ela conseguiu não deixar Shoto mais forte, mas melhorou a resistência dele o suficiente para que ele não tivesse problemas depois de ter sido arrastado por uns 100 metros. Foi basicamente a mesma coisa que fez com Bakugo quando apagou o garoto.

- Ei, o Shoto tá apagado. Vou procurar a bomba. - disse ela através do ponto.

A garota não esperou pela resposta porque certamente não teria uma, só ficou atenta aos sons da luta entre Bakugo e Midoriya para não acabar no meio do fogo cruzado e então começou a procurar.

Bakugo não sabia exatamente como, mas Izuko ativou aquela porcaria de bomba já que um aviso de ativação soou pela arena informando que eles tinham apenas cinco minutos agora que era o tempo cronometrado para a explosão. Seria inútil chamar a garota para ajudá-lo, a melhor chance era manter o merdinha ocupado para que Kiara conseguisse encontrar aquela merda, só esperava que esse tempo fosse o suficiente.

Por sorte o dia estava quente como o inferno, e aquela droga de segunda pele era útil pra cacete, tanto que às vezes era como se não existisse. E com isso ele estava conseguindo levar aquela luta com equilíbrio, já que era visível que ele estava tão igualmente arrebentado quanto Deku.

O loiro caminhou devagar na direção onde o otário acabara de se levantar, notou um olhar nervoso vindo do garoto, que avançou logo em seguida. Deku conseguiu desviar da explosão lançada, mas Bakugo foi ágil em desviar do seu chute.

- Você não vai ganhar essa, seu merdinha. - cuspiu Bakugo irritado.

A aquela altura ele estava pouco se lixando para a atividade, estava na mão da ruivinha, agora ele só queria deixar na cara do idiota e de todos que Katsuki Bakugo não era um merda inútil, que a porra do sonho dele não havia morrido e que ele seria sim o número um, e não haveria ninguém que o impedisse de realizar aquilo.

Aquele sentimento queimava vivo dentro dele misturado a raiva e a frustração que ainda sentia, mas não estava mais enterrado. Ele realmente conseguiu voltar a acreditar que era capaz de ir mais longe.

- Você melhorou muito, Kacchan... - observou Deku limpando o filete de sangue que descia pelo canto da boca.

- Tá surpreso porque? - ele girou em resposta, liberando duas explosões, uma seguida da outra.

A primeira era somente uma cortina para esconder o ataque secundário, Deku conseguiu desviar da primeira, mas ainda foi atingido na segunda. Ele escutou o clic das manoplas que indicavam o carregamento completo, ele explodiria aquela merda toda.

- Tava achando que eu ia ficar na merda para sempre, é? Você ia ficar feliz se não precisasse mais se preocupar comigo te superando, imbecil de merda! MAS FIQUE SABENDO QUE EU SOU FORTE, PORRA!

Deku não ficou surpreso, ele sabia que o relacionamento com o loiro não era dos melhores, mas e com certeza não era a primeira vez que Bakugo dava a entender uma coisa parecida, mas ele simplesmente havia se cansado daquilo. Era como se ele quisesse provar para Deku seu valor, sendo que Katsuki deveria ser exatamente o tipo de pessoa que não precisa disso.

- Mas eu... não- Mas que porra é essa Kacchan?

Bakugo, que estava a um passo de puxar a trava de uma das manoplas, travou quando escutou Deku xingar. Ele tinha escutado direito aquela merda?

- Você tá ficando doido? - ele continuou falando, melhor, gritando. - Você é uma das pessoas mais fortes que eu conheço, eu basicamente passei a minha vida inteira te admirando apesar de você ser um bosta quase sempre. EU NUNCA PENSARIA MENOS DE VOCÊ!

Bakugo sentiu a raiva fervilhando, o sentimento fazia com que ele não conseguisse escutar uma palavra vinda do oponente. Estava a um passo de ir pra cima dele quando o mundo explodiu em milhares de partículas coloridas e cintilantes de vários tons de azul e amarelo.

O loiro ficou imóvel se perguntando o que era aquilo, até lembrar da existência da maldita bomba, devagar, ele olhou para o lado, onde os filhos da puta haviam conseguido esconder aquela porcaria atrás de um cartaz velho, Izuko deve ter a ativado em algum momento quando a fumaça das explosões estava alta. A porcaria toda estava brilhando, as paredes, o chão.

Bakugo olhou para frente e o lado direito inteiro de Midoriya havia sido atingido e estava brilhando, e ele teria rido se não tivesse olhado para o próprio corpo antes.

- MAS QUE PORRA! - ele gritou.

A manopla estava coberta de glitter e já não parecia mais tão ameaçadora, não só ela, mas metade do seu corpo também estava brilhando. Ele ficou tão puto tentando limpar aquela merda que nem prestou atenção no que estava acontecendo ao redor.

- Kacchan... Porque você acha que eu pensaria isso de você? Porque fica falando essas coisas?

Ele se assustou, tanto por estar distraído tanto pelo teor da pergunta.

- Não sou idiota. - disse dando as costas. - Ou você achou que eu não ia notar você e o meio merda me deixando de lado?

Izuko piscou uma, duas, mil vezes enquanto balbuciou uma sequência de palavras incompreensíveis até conseguir formar uma frase coerente.

- Você. O que? Não, não, não, não... - murmurou incontáveis vezes enquanto se aproximava do loiro.

Bakugo virou o corpo na direção do rapaz e cruzou os braços, estava curioso para escutar a desculpa idiota.

- Não é isso, definitivamente não é isso, não tá nem perto. Eu... - o rapaz respirou fundo. - Eu, eu... Eu gosto do Todoroki, é por isso que tenho passado tanto tempo com ele.

O loiro travou.

- Você... - ele piscou devagar, absorvendo aos poucos aquela informação, e também aos poucos ele foi compreendendo o significado daquilo. - ... e o Todoroki? Você tão se comendo, é isso?

Bakugo nunca havia visto Deku ficar vermelho tão rápido.

- N-n-não... ele não sabe que eu gosto dele. - suspirou cansado. - Desculpa, eu não queria te deixar chateado. Só não imaginei que você fosse ver dessa forma.

- Ah... - Bakugo disse um pouco sem jeito, e de tão surpreso com a notícia, ele acabou respondendo a primeira coisa que passou pela cabeça. - Tudo bem, esquece isso. 

Um silêncio desconfortável se instalou entre os dois, e só foi quebrado quando o som de algo derrapando contra o concreto chamou a atenção de ambos. Bakugo e Deku viraram ao mesmo tempo, vendo Kiara desacelerando até finalmente parar, a garota levantou o visor que protegia o rosto olhando para os dois colegas de forma alternada.

Levou incríveis dois segundos para começar a rir sem parar, dando a Bakugo um novo motivo para ficar puto. 


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