Kape

By JBreno07

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Um jovem adolescente, seus problemas podem parecer bobos para qualquer um, mas quem sentiu a dor de perder su... More

Café de lembrança
Café com gosto de sorvete
Café que derrama como sangue
Café de hospital
Café De Uma Garota Pervertida
Café Com a Campeã de Xadrez
Café com verdade
Café com uma psiquiatra
Café que uma hora chega ao fim.

Café de ciúme

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By JBreno07

  Na quarta-feira, Leny retornou para a escola, visto que a médica o liberou.

Hoje tem algo estranho, ele percebeu.

Ele já está dentro da escola, "Espera! Cadê Alice? Porém, talvez seja melhor eu não encontrar com ela."- Pensa ele ao lado de Nara. Os dois estavam sentados em um dos bancos da escola.

Nara olhava para o pátio com a ajuda de seu óculos. O pátio que ficava em sua frente. Na verdade, ela admirava uma pessoa, uma garota muito linda. Nara babava por essa garota. Ela suspira, "Ela é linda! No dicionário, onde tem a definição de bela, tem uma foto dela. E aqueles cabelos ruivos, esses olhos castanhos que não ligam para nada."- pensa ela, suspiro: "e aquelas duas coisinhas lindas... Nara, não pensa nisso!"

...

Leny sentado ao lado de Nara, não entende o que ela tanto olhava. - Terra para Nara. –fala ele, passando a mão na frente do rosto de Nara.

- O que você está olhando?

Ela não responde, apenas suspira.

-Ou, cabeça de alface, o que você tanto olha?- ele espera uma resposta, mas, novamente, não conseguiu, por tanto, resolveu tentar achar aonde ela estava a olhar...
Então, ele vê uma garota de cabelos ruivos, olhos penetrantes e castanhos. Por fim, Leny entende a boca aberta de Nara.

Ele deixa ela aproveitar a vista. Infelizmente, isso não demora muito. Quando Leny levantava um copo de café em sua boca, é interrompido por Nara, que o assusta, fazendo o quais derrubar o seu café. Por pouco.

- Leny, eu preciso de sua ajuda! -fala ela, com um olhar de cachorro pidão.

- E agora eu preciso de um cardiologista! –pronuncia com seu café nas mãos trêmulas.

... Com Leny um pouco mais calmo, Nara explica seu "desejo": - Então. Eu estou gostando de uma garota...

Leny a interrompe com estas palavras: - A Raven do terceiro "B".

Nara não conseguiu entender como Leny sabia disso.

–Como você sabe? – ela se aproxima mais de Leny. –Quem te disse? –ela chega tão perto de Leny, que daria para sentir seu perfume.

Leny a afasta antes de responder: – Ninguém! Só que você dá muito na cara.

Ela fica sem palavra. Usando isso a seu favor, vai a dizer: - Ótimo. Eu não vou precisar explicar minha história para você?

-Não. 

- Vai ser mais fácil. Você poderia...

- Não. –Leny a interrompe de novo.

Ela levanta sua voz. – Mas você nem sabe o que eu ia falar?

Leny analisa calmamente Nara.

– Você quer que eu peça o  contato da Raven, não é?

-Como...

Ele suspira: -Você dá muito na cara.

-Por favor, eu preciso! -a carinha de cachorro pidão apareceu.

-Eu não vou atrás de uma garota para você. -se manteve firme.

-Vamos, Leny, eu te dei 'Os Suicidas da Meia Noite'.

- Quem me deu foi sua mãe, não você.

-Só me faz esse pequeno favor!

Ele suspira: –Eu vou tentar, mas não te prometo nada. –ele decidiu ajudar. Ele próprio não sabe o motivo de sua bondade.

Nara pula de alegria. –Isso!

Ele olhara para Nara toda animada. Agora ele talvez tenha uma teoria de sua bondade.

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Heitor estava atrasado para a escola, e isso não era comum, visto que ele sempre manteve uma ótima frequência na escola.

Ele não corria, só andava com passos longos.

Heitor continua a andar para a escola, mas, de repente, passa por ele, uma garota correndo com seus cabelos loiros ao vento, quais atingiu Heitor. Logo ela na frente de Heitor, um caderno cai de sua mochila, que estava nas suas costas. Heitor vê o objeto a cair, no mesmo momento, grita para ela: - Garota, seu caderno! 

Ela não ouviu.

Heitor se aproxima do objeto derrubado e o pega. Saindo correndo em direção a ela... Isso não leva muito tempo, visto que ele era bem mais rápido do que ela. Quando ele veio a alcançar; a segura pelo ombro, parando ela.

Isso dá um basta susto na garota, que era ater que baixa, mas não muito, porém não é demostrado por ela, que apenas se virá levantando as suas mãos...

Heitor a segura, a impedindo de avançar. -Você é surda? Não me ouviu gritar por você a duas ruas atrás?- ele pronuncia.

... Ela sinaliza com as mãos: - Algum problema?

Ele não entende o que ela sinalizou, pois ele nunca aprendeu linguaje de sinal.

Sua maior preocupação não foi entender o que ela esteve a dizer, e sim, ter a chamando de surda. Ele não gostava de ofender as pessoas. Suas palavras antes tinham sido ditas de forma descontraída, mas agora só parecia que ele estava tentando ofender.

Ele paralisa, e só consegue entregar o caderno nas mãos da garota e sai andando para a escola, que estava logo na esquina.

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Leny aproveitou o intervalo para conseguir o contato de Raven para Nara, aquela amiga que ele resolveu fazer a boa ação do dia.
Leny não é tímido, é apenas fechado. Com isso, dava para contar em uma mão seu ciclo de amizade.
Ele abre a porta do terceiro B, e todos os olhos vão para ele. Ele só foca em seu objetivo.
-A Raven está aí?- pergunta ele de forma dura e recuada.

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Raven se sentava ao fundo, visto que conversava com suas amigas, mas, de repente, ouve alguém chamar por seu nome. Ela se levanta de sua cadeira.  Vai em direção à porta.

Chegando lá, vê um garoto que já tinha visto na escola, mas nunca tinha falado com ele.

-Quem és tu?- pergunta ela, tendo quais a mesma altura de Leny.

-O quê?- ele entendeu a pergunta, mas não entendeu o motivo dela perguntar desse jeito.

Ela se ajeita, estava firme em seu olhar.

– Desculpa- ela começa a sorrir. -A última aula foi de literatura.

Ele sorri, e complementa: - Legal. –ele aponta um dedo para ela. –Nosso professor de literatura não é o mesmo?

Ela confirma com a cabeça. –Sim, o mesmo pé no saco.

ele aumenta o sorriso.

-Mas, afinal, o que você quer?-pergunta ela, cruzado os braços.

- Sim, claro! Eu sou Leny do terceiro D...

Ela o interrompe com uma afirmação: -Isso eu já sabia! Eu quero saber o que você quer comigo, entendeu?

Ele se surpreende, pois queria enrolar ela o máximo possível, para não falar sobre isso:
- Então, Raven. - ele suspira:- Conhece aquela cabeça de alface atrás de mim?- ele aponta sobre o ombro esquerdo, e lá estava Nara observando Leny.

Raven olha por cima do ombro de Leny, e vê Nara. –Você está falando da senhora Uncle?

- Sim, mas por que você a chamou de forma tão formal?

Permanecendo de braços cruzados, ela responde: - Por nenhum motivo! Esqueça!- ela descruza os braços. –Então o que você quer?

- Bom... A Nara...

-Sim...

- Ela queria saber se você poderia dar seu contato para ela?- ele resolve perguntar logo de uma vez, sem ter medo da resposta.

Ela demora um pouco para responder. Continua analisando Nara de longe. "Por que não?", ela pensa.

-Tá bom- ela pega o seu celular...

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-Você a chamou de surda?- Alice pergunta para Heitor, na sala de aula.

-Por que você faria isso?- Ivõ pergunta, era outro que interrogava Heitor.

Heitor deitado com sua cabeça na cadeira, apenas conseguia sentir vergonha de suas atitudes. Essas atitudes não eram tão abomináveis assim. Ele não tinha dito por mal.

Ivõ se senta sobre a mesa ao lado de Heitor. –Mas quem é essa garota?

Alice esfrega sua testa com o indicador. – Acho que... Uma garota surda aqui na escola... - Alice não fazia ideia, ela nem sabia que tinha uma pessoa surda na escola. na verdade,  ela se lembra da reunião de hoje mais cedo...

-O nome dela é Amy do segundo A.- Alice levanta a mão para se confirmar.

-Tem certeza?- pergunta Ivõ.

-Sim- ela dá de ombro. –Ela começou a estudar aqui a algumas semanas.

Heitor só ouvia as palavras, ater que, se levanta da cadeira, e vai para a porta sem falar nada.

Alice e Ivõ ficam sem entender os motivos de sua saída tão repentina.

-Ei, você vai aonde?- questiona Ivõ.

Heitor chega à porta do segundo ano A. Se curvando para dentro com a cabeça na sala, ele questiona: - A Amy está?

Todos olham com um tom de julgamento para Heitor. Ater que, uma garota se levanta dizendo:

- O que você quer com ela?

Heitor estava muito desconfortável. Nunca tinha ficado assim.
Ele pronuncia bem timidamente em direção à garota: - Só queria conversar com ela.

Ao lado da garota, Amy se encontrava sentada.

-Algum problema?- ela pergunta com suas mãos.

E sua amiga responde fazendo sinal: - Um garoto quer conversar com você?

Amy se surpreende, "Por que um garoto quer conversar comigo?", ela pensa.

-E o que ele quer conversar comigo?- ela sinaliza sua pergunta.

Sua amiga que estava em pé, repete a pergunta para Heitor.

Heitor responde a pergunta de uma forma mais fechada: - Ela poderia vim ater aqui?

A tradutora ouve a pergunta e repassa para Amy.

Amy nem usou suas mãos para responder isso, só precisou balançar sua cabeça.

Do lado de fora, Heitor pula ao chão com sua cabeça nele.

Amy e sua amiga, que sempre ficava com ela, tomaram um baita susto pela atitude repentina de Heitor.

- O que ele está fazendo?- sinaliza Amy para sua amiga.

- E eu lá que sei.

-Pergunta para ele!

A amiga de Amy questiona Heitor: - O que você está fazendo?

Heitor levanta um pouco sua cabeça, mas não muito, só o suficiente para vê o rosto da garota.

-Me desculpando com Amy!- ele fala como se fosse obvio.

A garota não entende, então questiona: - Pelo o que você está se desculpando?

-Ela sabe o motivo das minhas desculpas.

Ela gira para Amy e explica o que sabe: -ele está se desculpando.

logo após da explicação, Amy questiona a amiga: - Por que ele está se desculpando?

-Ele falou que você sabia o motivo.- e ela responde com os sinais.

-Não, eu não sei!

A garota, outra vez, interroga Heitor: - Ela disse que não sabe o motivo de suas desculpas. - ela cruza os braços.- Vamos, fala! Por que você está fazendo isso?- ela bate o pé no chão.

-É porque...- ele hesita em sua resposta.- Eu estou me desculpando por hoje mais cedo! Eu não deveria ter falado aquilo!- ele assumiu a culpa, se referindo em a chamar de surda.

De novo, a tradutora diz para Amy o que Heitor disse. E novamente, Amy diz que não faz ideia do que Heitor está falando.

Em vez de iniciar esse ciclo outra vez, Amy se abaixa. Levanta Heitor, para que ele possa ver o rosto dela.

E ela pronuncia bem lentamente: - Por que você está me pedido desculpas?- ela aprendeu para o caso de emergência, não podia confiar que todo mundo saiba linguagem em uma situação de vida ou morte, ela prefere e contra seus princípios a perder sua vida.

Heitor a responde: - Eu não deveria ter te chamado de surda!- algumas lágrimam caem ao chão.

A amiga de Amy a puxa para longe de Heitor.

-O que você quer?- ela segura sua amiga. - Estar querendo tirar uma com a cara da Amy? –ela aponta um dedo para Heitor. - Continua falando que vou contar tudo para a direção da escola.

-Não, eu não quero ofender. Eu quero me desculpar por ter falado aquilo. –ele se levanta, percebendo que um pouco de alunos já estão começando a olhar. - Eu não deveria ter a chamado de sur...

A voz de Heitor é interrompida pela mão da amiga de Amy, que vinha em direção a seu rosto, mas a mão é interrompida por Amy, que estava concentrada em fazer leitura labial em Heitor. Amy tinha entendido toda a ocasião.

-Não o machuque! Ele não fez nada de errado. - ela mexia suas mãos rapidamente, aplicando um tom agressivo em seus gestos. –Ele só está tentando pedir desculpas por um erro!- ela se acalma, e bem mais retraída ela gesticula: - E... - ela enrola para continuar. –Ele é bem bonito!

Sua amiga só conseguiu rir, mas logo ela sinaliza: - Só poderia ser você, Amy.

Heitor fica confuso, não entedia linguagem de sinal e não entendia o motivo daquelas risadas.

- O que está acontecendo? Eu a ofendi?- ele questiona.

A risadinha o responde e explica a situação, na verdade, não toda, ela guarda uma parte: "ele é bem bonito.".

Ela é interrompida por Amy, que olha diretamente para Heitor. e faz um gesto com sua mão esquerda: a levando ater seu queixo, o segurando com seus dedos, e logo após, ela solta ele e faz um sinal com seu dedão para cima. Heitor não entende o que ela disse, mas não consegue interrogar ela, pois depois dela fazer esse jogo de sinal, ela vai embora. Heitor não sabe o que aconteceu, mas resolve voltar para sua sala.

==============================================================================

Leny sai da porta da sala de Raven com o contato dela.

-O que você falava com a Raven?

Ele olha para trás; vê Alice de braços cruzados o encarando.

-O quê?- ele questiona.

-O que você estava falando com Raven?- ela repete sua pergunta.

-Eu? Bom... –ele levanta um papel onde estava o contato de Raven. - Eu fui pegar o contato da Raven.- ele se esqueceu de explicar que o contato era para Nara.

- Você foi fazer o quê?- ela se surpreende.

- Fui pegar o contato da Raven. - Ele repete sua resposta, pensando que Alice não tinha ouvido direito da primeira.

Ela descruza os seus braços. –Certo. Então... – ela balança sua cabeça em sinal de não. -Por acaso, esse é teu jeito infantil de me responder aquilo? Você é um idiota! Não custava me mandar ao menos uma mensagem me avisando. - ela se vira. –Sério, só fica longe de mim. - em um tom triste, ela sai.

Ele fica paralisado sem entender o que tinha acontecido.

-Mas... - fala Leny tentando parar a saída de Alice.

"Eu gosto de você!", ele pensa.

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