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rei estava a caminho da casa de Taehyung junto de seus dois guardas, Mark e Jisung, que sempre estavam consigo. Ao chegar na residência, vê a entrada ainda totalmente molhada, e as outras casas ao lado não estavam diferentes, torcia para que a casa do loiro não estivesse ficado tão danificada.
Ao entrar, parando numa área em que a água não tocava em seus pés, vê ainda um palmo de água que restava no chão e alguns móveis que ficaram encharcados, já que depois a água abaixou, e que com certeza teriam que ser jogados fora. Só dava para salvar as coisas que ficaram no alto como a televisão, alguns eletrônicos, livros que estavam em prateleiras e os ingredientes da cozinha.
— Vai dar para salvar poucas coisas. — suspirou frustrado, levando seus cabelos para trás.
— Eu e Jisung podemos tentar tirar esse restante de água e ver se não tem perigo de choque, senhor. — Mark diz, já mudando sua bota normal para uma de borracha, Jisung fez o mesmo e o rei concordou.
Os dois guardas entram, procurando os fusíveis da casa, e quando Jisung acha, os desliga imediatamente. Jungkook tira os sapatos e depois as meias, em seguida dobra a barra da calça o suficiente para não molhá-la e começa a andar naquela água gelada junto de seus guardas.
Ele vai ao quarto primeiro, vendo que estava no mesmo estado que a sala, a cama seria salva por ser grande e não ter sido afetada, o guarda-roupa na parte de baixo não tinha chance, junto do outro armário que ficava no chão, as roupas dentro deles com certeza estariam horríveis e sujas. O trocador de Yuna, que ficava no alto, poderia ser salvo e isso fez Yuk sorrir, a menininha parecia ser abençoada.
Mark e Jisung faziam o trabalho de tirar a água pelos ralos disponíveis na cozinha e banheiro, o que já ajudava muito. Mesmo dando prioridade para a casa de Taehyung agora, Jungkook iria indenizar todas as casas que sofreram nessa enchente e irá melhorar a segurança e o sistema de bueiros para que isso não ocorra nunca mais.
O caminho seria longo e ele daria um foco maior nisso, deixando todas as outras coisas de lado por enquanto.
Queria que Taehyung ficasse sim consigo, mas, se a resposta dele fosse não aos seus sentimentos, ele o deixaria ir e só os observaria de longe, para pelo menos ter a certeza de que os dois estivessem bem.
Os três levaram as coisas que podiam ser salvas para fora, por sorte o caminhão que o rei contratou chegou na mesma hora e já foi pegando os móveis para levar ao reino.
Mais tarde, eles voltaram ao castelo, tendo as coisas mais pesadas despachadas no depósito que estava um pouco vazio, as únicas coisas que Jugkook levaria para dentro eram o trocador da bebê, que era mais leve para levar nas mãos, e a sacola com roupas de Taehyung que deram sorte.
Subiu as escadas com ajuda de Jisung e seguiu até o quarto do Kim, tendo uma surpresa ao encontrar todos seus irmãos, com exceção de um, reunidos no chão enquanto viam a bebê fazer caretas para eles, que, claro, morriam de fofura.
— Perdi alguma coisa? — brincou, chamando a atenção de Tae, que se levantou da cama rapidamente e foi até ele quando viu o trocador.
— Ai meu deus, deu mesmo pra salvar isso? — sorriu feliz. — Era uma das coisas mais importantes que eu precisava!
— Não só isso, como também algumas de suas roupas.— abriu passagem para Jisung entrar e deixar a sacola em cima de uma cômoda ao lado. — Também sua tv, cama e alguns objetos que não foram tão afetados.
— Oh, muito obrigado, muito obrigado de verdade! — agradeceu aliviado e abraçou o outro do jeito que pôde, mesmo com a filha nos braços.
— Não precisa agradecer, eu faço tudo por você. — disse sem perceber e foi zoado pelos irmãos com um coral de "hmmm's", Taehyung corou. — Bom, é... O que vocês estavam fazendo aqui?
— Conhecendo eles, Tae é um fofo, hyung! — Lele diz sorridente.
— "Tae"? Uau. — riu pela intimidade.
— Deixei que eles me chamassem assim. — Kim sorriu.
— Entendi... Ok, agora todos pra fora porque eu vou ajudar o Taehyung a montar isso e vou conversar com ele. — disse, expulsando os irmãos, que, a contragosto e reclamando, foram saindo um por um.
— Por que não deixou que eles ficassem?
— Porque são uns fuxiqueiros que não sabem medir as palavras e iriam ficar querendo saber da sua vida. — riu e colocou o trocador num lugar livre do quarto, onde seria pregado.
— Um pouco da conversa que tivemos não mostrou isso, gostei da personalidade de cada um e o Yeonjun é um amor, você estava mentindo! — fez uma falsa expressão brava.
— Ok, talvez... — Tae arqueou a sobrancelha. — Tá, eu menti. — bufou se rendendo e o mais novo sorriu vitorioso.
— Vou montar isso, pode furar a parede?
— Pode, na verdade você pode fazer o que quiser aqui.
— Ah, tudo bem, só preciso então de uma furadeira e parafusos. — sorriu fofo.
— T-Tá eu vou pegar...
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O rei chegou com o que Taehyung pediu e entregou a ele, que na troca deixou Yuna consigo, Jungkook ficou chocado.
— Vai mesmo fazer isso sozinho?
— Sim, já estou ocupando um quarto do seu grande castelo então tenho que pelo menos fazer alguma coisa. — se sentou no chão perto do objeto. — Já montei esse trocador antes, então sem problemas.
— Onde aprendeu a fazer isso?
— Quando não se nasce com privilégio, e começa a mora sozinho, você aprende muitas coisas. Mas montar coisas pesadas foi com meu pai e alguns tutoriais na internet. — deu risada, já ligando a furadeira e separando os parafusos.
— Uau, essa doeu. — levou a mão ao peito, tirando mais risadas do loiro. — Mas eu entendo que sou e fui privado de muitas coisas por só ficar no castelo desde sempre.
— Você quer ter uma noite divertida algum dia? — parou e olhou para ele.
— Quero…?
— Então vamos hoje à noite num lugar que eu gosto muito, vou te tirar desse mimimi todo que você tem. — sorriu de lado e começou seu trabalho.
— Fiquei com medo agora. — abraçou mais a menininha, que pegou e apertou sua bochecha, com sua mãozinha fofa, mordendo a outra com seus dentes ainda não tão crescidos.
༺═──────────═༻
Já estava perto da meia noite quando o Kim se encontrou com o Wong nos corredores dos quartos para poderem sair, Yu estava dormindo no ombro do pai e a garotinha iria ficar com os titios, já que os funcionários do castelo já se recolheram e também seria um abuso e falta de noção enorme pedir pra eles, que trabalham tanto, cuidar de um bebê enquanto o pai sai para festejar, Yoongi e Hoseok adoravam ficar com a menina de qualquer forma.
Jungkook guiou Taehyung até lá fora, onde pegaram um táxi até a casa do casal e depois dali iriam direto para o local que o loiro escolheu. Ainda era um mistério para o rei, mas, depois de deixarem a bebê, ele descobriu um lugar que nunca havia visto na vida e que chamava muita atenção, era bonito para os olhos.
— Bom, chegamos, seja bem-vindo à gruta JunXing! — Tae apresentou, apontando com as mãos para a entrada do lugar, já que ainda estavam na calçada e em frente ao mesmo.
— Muito bonito, eu já gostei. — riu.
— Vai gostar ainda mais quando entrar, vem. — puxou o rei pela mão, já descendo as escadas para o subsolo.
— Tem certeza que não irão divulgar em tudo quanto é lugar que vim aqui? — perguntou, enquanto era puxado pelas mãos macias do outro.
— Tudo o que acontece em JunXing, fica em JunXing, vossa majestade. — parou em frente à porta de madeira e sorriu, já empurrando-a.
O que Jyngkook viu foi único, o lugar estava todo iluminado com luzes neon nas cores roxa e rosa, sua estrutura continha madeiras rústicas, que não tiravam a modernidade do lugar, o bar era bem decorado com várias garrafas de bebidas nas prateleiras e com plantas falsas, os bancos em frente dele estavam ocupados por várias pessoas e uma música um pouco alta rolava, estava cheio mas nada de muito exagerado e sufocante.
— Taehyung, que bom te ver! — um desconhecido chega abraçando o mais novo, que corresponde. — Oh esse é... Vossa majestade? — brincou e se reverenciou de um jeito bem exagerado, igual faziam antigamente, ele puxou até seu vestido inexistente.
— Trouxe ele aqui hoje, aconteceram muitas coisas, depois te conto. — Tae disse. — Jungkook esse é Junmyeon, dono do lugar junto do marido, que está ali no bar. — apontou e receberam um aceno do outro, que estava fazendo algumas bebidas.
— Muito prazer Junmyeon, eu adorei aqui. — sorriu e o cumprimentou com um aperto de mão.
— Fico feliz, aproveitem muito hoje, a noite é uma criança e aqui não há regras! — se despediu com a mão enquanto sorria e voltou a andar pelo lugar para atender as outras mesas.
— É exatamente isso. — Taehyung falou e já puxou o Wong para o bar, logo se sentando num banquinho disponível. — Yixing! Desce uma rodada especial pra nós!
— Taehyung?
— É pra já, Tae! — o outro dono do local diz.
— Que foi? É fraco pra bebida? — debochou.
— Claro que não! É só que... — pirragueou. — Não acha que é muito?
— Não, quando venho aqui com meus amigos nós arriscamos até metade de outra. — deu de ombros.
— Uau, você me surpreende sempre. — riu soprado.
— Isso é bom? — apoiou o cotovelo no balcão, olhando para ele.
— É sim...
Tae apenas sorriu e logo suas bebidas chegaram, eles agradeceram Yixing, que fazia perfeitamente suas misturas e a preferência favorita do Kim, este que hoje iria mostrar a Jungkook mais uma coisa sobre si: como se bebe.
Entregou um copo para o mais velho, brindaram e Taehyung logo virou o copo todo, Jungkook fez o mesmo e sentiu a bebida rasgar sua garganta, nunca havia tomado algo tão forte igual aquilo.
— Uou!
— Muito forte?
— Um pouquinho...
— Tente se acostumar, porque piora a cada copo. — seu sorriso era travesso.
Bebida vai e bebida vem, Jungkook já estava começando a ficar um pouquinho alterado, enquanto Woo estava bem animadinho. Os dois riam de nada e Taehyung contava os micos que passou, e mesmo não tendo graça nenhuma os dois riam de se acabar.
— Eu acho que... Que vou ao banheiro. — Jeon falou meio embolado e se levantou para ir, depois do Kim dizer um "ok".
— Até que enfim ele saiu. — Yixing chegou para pegar os copos da bandeja. — Ele é seu namorado ou algo assim?
— Longe disso, um amigo, talvez? E por coincidência do destino ele é o doador da clínica onde fiz a inseminação.
— Uaaaau então deve ser o destino mesmo, quais as chances?
— Me pergunto isso até hoje. — bagunçou o cabelo e suspirou.
— Mas uma coisa que eu percebi foi — se aproximou mais, fazendo Ta3 focar em si. —, ele está totalmente apaixonado por você!
— O que? Não brinca, Lay. — riu descrente.
— É sério! Taehyung, você não viu como ele olhava pra você enquanto você estava falando sobre sei lá o que, faltava os olhos dele brilharem. — comentou e segurou a bandeja com as duas mãos. — Vou trazer mais.
— Obrigado. — agradeceu, vendo o amigo sair. — Ele fez realmente aquilo? — olhou fixo para um lugar qualquer e sabia que as palavras de Lay ficariam ecoando por um bom tempo em sua cabeça.
— Voltei. — Jungkook voltou parecendo mais aliviado. — Vamos beber mais?
— Sim, ele já vai trazer. — sorriu mínimo. — Lay, traga menos que a metade! — gritou e o outro chinês assentiu.
— Por quê?
— Temos que dançar ainda, a pista é uma das melhores coisas daqui.
— Aah!
Bebendo os poucos copos que Yixing trouxe, eles foram pra pista depois que terminaram, Moonlight do EXO começou a tocar e ficou perfeita para o momento, Jungkook adorou o fato de que poderia tentar dançar lento com o mais novo. As pessoas já começavam a ir para pista também para dançar todos juntos, Tae se xingou mentalmente por ter que fazer o mesmo para não ficar feio.
— Só faça se quiser, Taehyung. —Jungkook diz ao perceber a expressão do outro.
— Está tudo bem. — sorriu e entrelaçou seus braços no pescoço do maior, ainda tendo uma certa distância. — Tudo bem...
— Eu acho que tive sorte. — sorriu, pegando na cintura do Kim.
— É... — desviou o olhar abaixando a cabeça.
— Essa música é muito bonita. — se movia lentamente junto do loiro, este que nada respondeu. — Olhe para mim. — pediu e Tae fez, encarando suas íris. — Já disse que você está bonito hoje?
— Não.
— Você está muito bonito hoje, Taehyung. — juntou mais seus corpos, abraçando-o e falando bem perto da orelha alheia.
— Você... É um puta de um cavalheiro, Jungkook. — fala e o rei ri.
Os dois pareciam estar num baile de escola digno dos filmes americanos, e os donos da gruta, que olhavam a cena, com certeza dariam o prêmio de reis do baile a eles.
— Eles definitivamente tem química! — Junmyeon comenta.
— Que nem eu e você. — Yixing fala e os dois se entreolham ao mesmo tempo.
— Aish. — bate de leve, empurrando o ombro alheio, no marido, que começa a rir.
— Mas é verdade!